5º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 18/05/2009 à 22/05/2009

Interrupção precoce da amamentação exclusiva: Principais motivos associados.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aleitamento materno, Anemia, Estado nutricional

Introdução: A prática do aleitamento materno, principalmente o aleitamento materno exclusivo, ainda é uma realidade distante, mesmo sendo conhecidas suas inúmeras vantagens na nutrição dos lactentes. Objetivo: Descrever os principais motivos que levam as mães a interromperem precocemente a amamentação exclusiva. Metodologia: A população de estudo foi composta por todas as crianças nascidas na Maternidade Darcy Vargas no mês de outubro de 2007, e que estavam acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família de Joinville. Em uma primeira visita, após seis meses do nascimento da criança, esta e a mãe foram solicitadas a comparecerem na USF de seu bairro para participar de uma entrevista e coleta dos dados. Para a criança, foram coletadas medidas de peso e comprimento, e o sangue para verificar a concentração de hemoglobina. Para as mães a entrevista foi direcionada na obtenção de dados sócio-econômicos, obstétricos e informações sobre a amamentação. Foi explicado à mãe os objetivos da pesquisa e, quando esta concordou em participar, foi solicitada a assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em outubro de 2008, aos 12 meses de idade, as crianças e suas mães foram novamente avaliadas, repetindo-se o procedimento realizado no primeiro contato. Resultados: Grande parte (45,0%) das mães havia entre 20 e 29 anos de idade, foram classificadas como donas de casa (70,0%) e eram casadas (80,0%). A maioria relatou permanecer em casa de 5 a 6 meses após o nascimento da criança e 35,0% não completaram o ensino fundamental. Somente 23,4% mantiveram amamentação exclusiva (AME) até o 6º mês de vida da criança. A característica do leite ser fraco ou insuficiente foi o principal motivo (41,3%) revelado pelas mães para interromper a AME, seguido do fato da mãe ter que trabalhar (28,2%). Conclusão: Apesar de todo incentivo que as maternidades têm feito para que as mães mantenham a amamentação exclusiva até o 6º mês de vida da criança, muitas mães ainda interrompem desnecessariamente a AME, prejudicando o bom desenvolvimento da criança ao longo de sua vida. Desta forma, torna-se fundamental desenvolver novas políticas públicas que eduquem as mães a seguir as recomendações do Ministério da Saúde quanto a AME.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa-UNIVILLE; Secretaria Municipal da Saúde de Joinville.

ISSN: 1808-1665