5º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 18/05/2009 à 22/05/2009

Investigação histórica, técnica e estética na linguagem da tecelagem com fibras naturais

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Artêxtil, Vibras vegetais, Educação ambiental

A pesquisa teve como objetivo investigar a história, técnica e estética, acerca da linguagem da tecelagem num contexto contemporâneo, pesquisando fibras vegetais, iniciando um acervo de obras de artêxtil, a fim de contribuir na produção científica e poética dos cursos de Artes Visuais, e ciências Biológicas. A metodologia empregada na pesquisa foi bibliográfica e exploratória, pois investigou tipos de fibras vegetais já catalogadas do Jardim Botânico da Univille. A princípio realizou-se leituras e fichamentos de alguns teóricos que já investigaram sobre assuntos abordados na pesquisa, como: tecelagem e teares numa visão histórica, enfatizando elementos estéticos contemporâneos. Pesquisamos artistas tecelões pesquisadores que em seu fazer artístico já trabalham com fibras vegetais. A tecelagem é uma linguagem tradicional que se constitui de uma técnica milenar. É o ato de tecer ou entrelaçar fios formando uma tela de trama e urdume para a confecção de tecidos. A técnica pode ser manual em tear artesanal ou industrial utilizando-se de tear automático. Em seu início todas as técnicas eram artesanais, utilizadas para a própria sobrevivência do homem. Na era Neolítica ou Idade da Pedra polida, o homem entrelaçava pequenos galhos e ramos para construir cestos ou escudos. A inspiração veio pela observação do homem da teia de aranha ou ninho de passarinho. Mais tarde utilizaram-se novos materiais para a produção de tecidos rústicos para o vestuário feito de fibras fiadas e entrelaçadas, tanto de origem animal quanto vegetal. Hoje temos teares industriais e manuais que possibilita a arte de entrelaçar fios. Um tear serve para se colocar uma quantidade de fios que devem ser mantidos tensos com o auxílio de uma chave de tensão. Este grupo de fios é chamado de urdume, é posicionada de maneira longitudinal no tear formando a cala, uma manta de fios mais alta e outra mais baixa, a qual permite a inserção da trama por meio de um instrumento chamado navete. Nos anos 60, com o amadurecimento dos ateliês de artistas pesquisadores, o Brasil conheceu uma verdadeira eclosão do movimento de artêxtil. As obras de NICOLA E DOUCHEZ representam uma influência de maior força criativa e renovadora da artêxtil contemporânea, fazendo-se sentir numa intensa lista de artistas em todo o Brasil e no exterior. Na pesquisa prática tiramos fibras de folhas de palmeira, do caule da bananeira, do caule do bambuzinho, entre outros. Criamos com estas fibras produtos decorativos, acessórios e imagens artísticas.

ISSN: 1808-1665