5º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 18/05/2009 à 22/05/2009

Leituras e memórias/desdobramentos de sentidos – oficina – Memórias narram histórias

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leitura, memória, histórias

A Oficina de leitura – memórias narram histórias foi construída e desenvolvida com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento das competências leitoras/escritoras dos participantes do Projeto Matur(a)idade, a partir de leituras de textos ficcionais e poéticos relacionados à memória e reflexões dirigidas para o “como” as memórias narradas representam o real, possibilitando a reestruturação do vivido, ou seja, como esses resíduos, ou “restos”, denominados por Oliveira e Alves ( 2002), selecionam os fatos e reconstroem as vidas. E como as memórias narradas se organizam em discursos demarcados pelo tempo e pelo espaço recuperam experiências cotidianas que podem ser deslocadas para outros tempos e espaços, como resíduos que ampliam o saber sobre as ações humanas. Os textos foram lidos como um fio narrativo que nos dirigem, nos redirecionam para outras histórias.A recuperação de memórias / histórias de tempos passados estão impregnadas de afetividade e recuperam as experiências vividas, (re)significando a vida e o sujeito. A palavra memorizada pelo sujeito, se constitui como signo que referencia o espaço representado por ele no mundo, e por meio da leitura e da discussão de textos ficcionais circulantes, gradativa e progressivamente foi sendo constituído um espaço para o registro escrito de memórias do grupo, demarcando o momento como uma etapa de interlocução entre os pares. A leitura faz parte do indivíduo e de seu mundo, pois através dela o homem pode refletir sobre sua conduta e seus atos, construir conhecimentos, trocar experiências, buscar auxílios para suas dúvidas.Pois, a leitura desperta memórias e histórias remetendo-as ao presente de forma questionadora e reveladora, ou seja, se constitui como uma prática de subjetivação que produz imagens em constante mutação e assim, a constituição da identidade do idoso pode ser associada à materialidade da língua como uma prática discursiva, onde os efeitos de sentido são construídos no e pelo discurso.

ISSN: 1808-1665