O Mundo desencantado dos jovens e crianças: Um reflexo da pós-modernidade? Nos últimos anos, caminhamos numa sociedade, na qual construir situações que lhe privilegiem o aqui e o agora, passou a ser um ato normal e muitas vezes o dito correto. Aos nossos olhos são colocados todos os dias as mais diferentes cores e ofertas do que “para alguns” possa ser a mais rica fonte de prazer, sendo muitas vezes de um completo esvaziamento. Aquilo que alguns chamam de sociedade pós-moderna e outros teimem em dizer não existir, parece acontecer com muita velocidade. O que passou a valer é o externo, a forma; o conteúdo muitas vezes perdeu seu valor. Em uma sociedade que dê tantos méritos a tais situações, não temos como fugir de tais atitudes se dando nas mais variadas situações. Dentro desta perspectiva é que podemos ver a literatura, neste caso destinada a jovens e crianças, mergulhada muitas vezes em questões que assim se aplique, por fora um produto belo e maravilhoso e por dentro uma escassez de conteúdo. Com objetivo de levantar dados acerca da qualidade dos textos infanto-juvenis em circulação o presente trabalho tem como metodologia a análise de livros, levando em conta projeto gráfico e a qualidade do texto. Espelhado no objetivo do trabalho de pesquisa citado queremos analisar e contrapor texto vs. projeto gráfico, mostrando que muitas vezes a forma prevalece ao conteúdo, espelhando assim um reflexo da sociedade atual. Queremos mostrar que o livro para que possa desempenhar o seu verdadeiro papel, precisa ter a qualidade de um texto que propicie a liberdade do leitor e não seu aprisionamento por palavras soltas sem sentidos em belos papeis e montagens gráficas que encham somente o olhar, mas que no fundo demonstrem um completo esvaziamento de sentidos e impressões. Da mesma forma queremos mostrar bom textos, que muitas vezes, não apresentem projeto gráfico de muita qualidade, mas que levam muitas vezes o leitor a um espaço de reflexão sem igual.