6º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 17/05/2010 à 21/05/2010

Aspectos biológicos de Callinectes danae na baía da Babitonga (SC) e a relação com parâmetros da coluna d’água

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Portunidae, estuário, Sul do Brasil

A baía da Babitonga é um importante estuário de Santa Catarina, sendo área de desova e/ou crescimento de muitos vertebrados e invertebrados marinhos. O trabalho objetivou estudar a distribuição da abundancia, tamanho corporal e a proporção sexual de C. danae na baía da Babitonga em relação a parâmetros da coluna d’água. Foram realizadas 6 coletas, de dezembro de 2008 a julho de 2009 (exceto janeiro e abril) nas áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul. Uma rede de arrasto de porta (5m de boca e malha 20mm) foi utilizada para captura de C. danae. Cada arrasto durou 8 minutos, sendo registrados os parâmetros ambientais salinidade e temperatura. Amostras de zooplâncton foram obtidas com rede de plâncton cônica com fluxômetro, 40cm de boca, malha 200µm, a qual foi rebocada por dois minutos. Para a clorofila a, em cada área foi coletada uma amostra de água de superfície (100mL) e filtrada com filtros AP40, que foram acondicionados em papel alumínio, etiquetados e congelados para extração e análise em fluorímetro. Os siris foram mantidos em sacos plásticos e etiquetados. No laboratório, os exemplares foram identificados, separados por sexo, medidos na largura do cefalotórax e pesados. Em seguida calculada a abundância mensal por arrasto. A temperatura media foi 23; 25; 26; 21,5 e 18°C em dezembro, fevereiro, março, maio e junho, respectivamente. A salinidade média em dezembro foi 33,5; fevereiro 32; março 28; maio 35,5 e junho 35. A abundância média por arrasto em dezembro foi 36; em fevereiro 3,5; março 3,5; maio 29,5 e junho 34 indivíduos. O tamanho variou de 61,1-95mm em dezembro, fevereiro 26,4-100,4; março 76,5-90,9; maio 65-100 e junho 62-104mm. A proporção sexual (fêmeas:machos) em dezembro foi 75:1, fevereiro 6:1, março 7:0, maio 4,9:1 e junho 67:1. Em maiores salinidades o número de portunídeos aumentou, e a temperatura não indicou influenciar a variação do número de indivíduos. O biovolume zooplanctônico foi maior em maio e menor em julho, caracterizando outono e inverno. A clorofila a decresceu ao longo dos meses, caracterizando a passagem do período quente do ano para o frio. As médias do biovolume foram 84; 117 e 88mL/100m³, e da clorofila a foram 18; 21 e 16¼g/L para as áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul, respectivamente. A espécie ocorre de forma continua na área, com maiores densidades no fim da primavera e no outono. Contudo, sugere-se mais estudos sobre esta dinâmica distribuição.

Apoio / Parcerias: CEPSUL/IBAMA

ISSN: 1808-1665