6º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão
De 17/05/2010 à 21/05/2010
Arte e sua exposição
- Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.br
- Alena Rizi Marmo, MSc, lemarmo@gmail.com
- Larissa Miiller da Silva, Graduando, larissa.miiller89@gmail.com
- Lauze Maria Onofre, Graduando, lauze.maria@gmail.com
Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil
Palavras-chave: arte , exposição, instituição
Em uma exposição cujo objeto é a produção artística o foco de atenção está totalmente voltado para a obra de arte. A exposição configura-se então como um espaço de institucionalização e de legitimação da arte, o que o torna também um espaço impregnado de tensionalidades. Constitui-se como o espaço da experiência estética, forma privilegiada de humanização. Anterior a exposição dois personagens são importantes em primeiro lugar o artista, aquele que cria, no seu percurso poiético vive o embate frente a matéria de que dispõe e transforma. Embate pois há efetivamente um enfrentamento entre a intensionalidade do artista e a sua sensibilidade em perceber o que a obra lhe impõe. É desse diálogo que surge a obra. Entretanto, uma vez pronta a obra tem vida própria, ela entra no fluxo da vida e potencializa seu sentido na experiência estética. Em segundo lugar surge o curador, a ele cabe o papel de organizá-la no espaço de tal maneira a instigar múltiplos diálogos. Ele, o curador, é um propositor de diálogos, cabe a ele pensar a obra no espaço, a sua disposição, as relações que a obra possibilitará, a iluminação e as informações técnicas e institucionais necessárias. Todavia há nessa relação entre obra e exposição um paradoxo, pois a arte é por natureza transgressora, é pura inventividade, é individualista e crítica, provoca a reflexão e a instabilidade de conceitos cristalizados. A exposição, no entanto, é parte de um sistema institucionalizado, programático e totalizante, cuja política caminha em sentido oposto ao da obra. A pesquisa busca investigar esta relação entre a obra de arte e suas formas de exposição, tendo como pano de fundo a política institucional e cultural dos órgãos que a promovem. A partir de visitas in loco nos espaços expositivos, entrevistas e análises dos modos de expor em cada instituição, busca-se compreender como se dá esta tensão e as suas implicações técnicas, conceituais e sensíveis em cada mostra. No período de vigência do projeto foram visitadas 19 exposições, nas cidades de Florianópolis, Blumenau, Itajaí, São Francisco do Sul e Joinville, nas quais poucas foram as instituições que investiram na melhoria de suas instalações e em mudanças significativas na forma de pensar e expor as obras.
Apoio / Parcerias: FAP - Univille
ISSN: 1808-1665