6º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 17/05/2010 à 21/05/2010

O RPG COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Jogos de Interpretação , Recurso Pedagógico, Educação Inclusiva

O presente relato apresenta uma prática pedagógica desenvolvida em 2009 com os alunos do Curso de História na disciplina de Educação Inclusiva utilizando os Jogos de Interpretações de Papéis, os conhecidos RPG (ROLDING PLAY GAMES) como recurso pedagógico para o aprendizado e fixação de conteúdos História. Nas reflexões iniciais para o uso do RPG delineou-se uma pesquisa bibliográfica buscando compreender aspectos de uma educação mais interativa. Perguntas norteadoras foram levantadas para orientar melhor o trabalho: O que é, um RPG? Como os fatos históricos ou situações históricas podem ser construídas nesta proposta? Como as características de cada personagem podem ser percebidas no contexto? Como envolver alunos de diferentes idades nesses projetos educativos? Como se efetivam a teoria e prática pedagógica? Para responder a essas questões foi necessário compreender como os fatos históricos são tratados, discutidos e fundamentados nos projetos escolares e práticas pedagógicas. O RPG, vem como proposta que, além de permitir uma ação lúdica no ensino de História, estimula a leitura, a interpretação, o raciocínio global, a tomada de decisões entre outros fatores importantes na formação de um sujeito crítico e atuante socialmente. Após o entendimento dos conceitos envolvidos na proposta de trabalho os acadêmicos vivenciaram um RPG de tabuleiro, The Classic Dungeon e dois RPG históricos: Uma Estrada para o Inferno - que mostra uma visão diferente do desembarque da Normandia: O desembarque aéreo por trás das linhas inimigas; Emboscada em Sadr City - que apresenta a situação atual da ocupação americana no Iraque. Após isso recriaram, em grupos, contextos e eventos históricos a serem vivenciados no RPG, descrevendo, inclusive a geografia: relevo, vegetação, clima, flora e fauna e ainda, as relações políticas entre os povos envolvidos e criando os personagens. Para a criação de seu personagem, cada acadêmico uniu elementos diferentes que iam desde o aspecto físico e elementos para o combate (força, conhecimento, habilidades...) até um passado (história de sua vida) e um perfil psicológico marcante (obtido através das características de personalidade). Vale destacar que sendo um jogo de interpretação de papeis, cada participante age de acordo com as características de seu personagem, não podendo alterá-las. O RPG também prioriza o trabalho em equipe, a cooperação e como conseqüência a formação de personagens que juntos precisam superar os desafios, cabendo a cada um uma tarefa que lhe seja mais familiar ou possível de ser executada. A vivência permitiu aos acadêmicos vivenciar o RPG como potencial pedagógico.

ISSN: 1808-1665