O estudar e pesquisar organizações, se insere, no contexto do que se busca no meio universitário, pois implica em conhecer adequadamente o meio em que atua, face ao referencial teórico existente. As organizações têm suas peculariedades na gestão, o que é objeto dos cursos, notadamente, inserido no curso de Administração de Empresas da Univille, Campus de São Bento do Sul. As empresas familiares têm suas particularidades, sobretudo na maneira de gerir, que merecem uma atenção especial do meio acadêmico. O envolvente quando se fala em empresa familiar é saber que está focando o complexo que abrange as relações entre família, propriedade e gestão. Assim, o título desta pesquisa já elucida o objetivo maior: buscar através da pesquisa de campo nas empresas, Condor S.A., Buddemeyer S.A., Tuper S.A., Móveis Rudnick S.A. e Artefama S.A., as cinco maiores, cujos proprietários são radicados em São Bento do Sul, a forma da condução do processo sucessório do negócio, no sentido de preservar a sua sustentabilidade, baseada numa gestão em que se favoreça a profissionalização ao invés de apenas o viés familiar. A pesquisa foi qualitativa exploratória inserindo as confrontações nas abordagens vivenciadas pelas empresas versus o que se extrai do material bibliográfico sobre o tema. Os resultados dentro dos objetivos foram alcançados, de vez que houve a participação efetiva de todos os entrevistados das empresas analisadas. O resultado da pesquisa resume-se: as pessoas vinculadas a cargos de gestão, ou no contexto de proprietários, nestas empresas, têm a consciência de que para a sustentabilidade das empresas, há necessidade de uma gestão mais profissional possível, com gestores nomeados por competência e não por critérios familiares; no entanto, à exceção de uma empresa, todas as outras têm nuances de favorecimento, seja a pessoas familiares ou pessoas com vínculo afetivo nos quadros dirigentes. Assim, pode-se se afirmar que os laços afetivos que se agregam na gestão de uma empresa familiar, muito embora, haja um claro objetivo de profissionalização é algo que não se consegue extirpar, e que, em certos casos, até se mostrou positivo. No que se relaciona ao efetivo engajamento no sentido de construir os passos para uma profissionalização efetiva da gestão, verificou-se que quatro das cinco empresas, atuam internamente, com normas claras, para a sucessão e para ocupação de cargos, com critérios de competência profissional.