Esta pesquisa tem como objetivo analisar a percepção das indústrias, dos principais ramos industriais da região da baía da Babitonga, sobre seus impactos, riscos e passivos ambientais. Atualmente o tema meio ambiente tornou-se literalmente estratégico e urgente dentro das organizações empresariais. Pois, em meio à necessidade crescente da busca pelo desenvolvimento e expansão dos negócios, existe hoje a exigência de usar ferramentas de gestão não somente para questões produtivas, econômicas e de qualidade, mas também ambientais, de forma que passe a fazer parte de uma das questões essenciais dentro da empresa a preocupação constante com os impactos que sua atividade causa ao meio ambiente. A abordagem da pesquisa é quantitativa do tipo levantamento. A indústrias selecionadas fazem parte dos principais ramos de atividades encontrados na região baía da Babitonga, tais como ramos: borracha, mecânica, metalúrgica, têxtil, material de transporte e matérias plásticas. A listagem da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC foi a fonte de onde obteve-se o universo de 237 indústrias. Desse total, 18 optaram em não participar do estudo alegando ser decisão da diretoria, 92 empresas aceitaram participar da investigação, as demais não responderam ao convite. A técnica de coleta de dados foi um questionário, versando sobre a temática ambiental na industria, que foi encaminhado via e-mail. Os resultados desta pesquisa tornam possível avaliar as estratégias de atuação das empresas na gestão ambiental bem como lhes dá a oportunidade de aprimorar suas políticas, instrumentos e práticas ambientais. As empresas que foram pesquisadas demonstraram conhecer os impactos que sua atividade causa no meio em que estão inseridas, porém muitas delas não consideram que o impacto não é somente local, mas também regional. As empresas possuem iniciativas para diminuir seus passivos ambientais, reclamam e alegam que não há falta de agilização e são impedidos por questões burocráticas governamentais ou morosidade nos processos. As respostas apontam que a maior parte das indústrias possui controle de suas atividades poluidoras apenas para cumprir a legislação, e não pela conscientização de que hoje é necessário que as indústrias tomem iniciativas para que seus impactos ambientais sejam o menor possível e que não se perca ecossistemas como a exuberante baía da Babitonga.