Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. Utilização da larva de mexilhão “perna perna” como organismo teste para avaliação do grau de toxicidade das águas nas áreas de Maricultura da Baía da Babitonga – SC – Brasil.
  2. ANÁLISE BIOACÚSTICA DE DUAS ESPÉCIES DE PRIMATAS, Alouatta guariba clamitans e Cebus nigritus, DO NORDESTE CATARINENSE EM REMANESCENTES DA FLORESTA ATLÂNTICA.
  3. Análise comparativa do assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (Linneus, 1758) em dois tipos de coletores na praia da Enseada, São Francisco do Sul, Santa Catarina.
  4. Avaliação da função auditiva no período neonatal em uma maternidade pública de referência terciária.
  5. Avaliação da ictiofauna das nascentes do rio Itapocu, município de São Bento do Sul, SC.
  6. Avaliação da poluição sonora no ambiente da Baía da Babitonga - SC
  7. Avaliação de medidas antropométricas de crianças e adolescentes na escola do limoeiro em Timôteo MG
  8. Avaliação de parâmetros populacionais de populações de cetáceos a médio e longo prazo
  9. Avaliação do conhecimento de alunos e professores de algumas creches de Joinville sobre à contaminação e desinfecção de escovas dentais
  10. Avaliação do perfil dos óbitos infantis no município de Joinville (SC): 2001-2005.
  11. Avaliação do tempo de sobrevida de camundongos tratados com caldo de cultivo de pleurotus ostreatus.
  12. Avaliação do tempo de sobrevida de camundongos tratados com caldo de cultivo de Pleurotus sajor caju.
  13. Avaliação do uso de alginato comercial na imobilização de Zymomonas mobilis ATCC 29191 visando a produção de sorbitol e ácido glucônico.
  14. Avaliação in vivo do potencial antitumoral das frações polissacarídicas oriundas do corpo frutífero de Pleurotus sajor caju CCB 019
  15. Caracterização estrutural preliminar de folha e caule de Austroeupatorium inulaefolium (H. B. K.) R. M. King et H. Rob. (ASTERACEAE).
  16. Caracterização química de soluções hidroetanólicas das partes aéreas Ocimum basilicum L.
  17. Censo e análise da situação dos primatas encontrados na área de preservação ambiental Serra Dona Francisca, Joinville/SC
  18. Comparação do índice de condição do mexilhão Perna perna (Linaeus, 1758) cultivado em ambiente praial e estuarino no litoral norte de santa catarina, Brasil
  19. COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMIFEROS NÃO-VOADORES NA APA DO RIO VERMELHO, SÃO BENTO DO SUL, SC.
  20. Comunidades de abelhas ocorrentes em Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM) em São Bento do Sul, SC
  21. Conhecimento popular da fauna na serra dona franscisca, nordeste de SC.
  22. Desenvolvimento do sarcoma 180 em ratos albinos swiss fêmeas
  23. Determinação da toxicidade do bioinseticida Bti para controle de borrachudos (Simulídios).
  24. EPÍFITOS VASCULARES SOBRE QUATRO FORÓFITOS EM DIFERENTES NÍVEIS ALTITUDINAIS NO MORRO DA TROMBA, JOINVILLE - SC
  25. Escore de Risco de Khan e Estimativa de Sobrevida em Pacientes em Hemodiálise (HD)
  26. ESTUDO PRELIMINAR DOS ASPECTOS ECOLÓGICOS DE UM GRUPO DE MACACO-PREGO (Cebus nigritus,) NA RPPN VOLTA VELHA NO MUNICÍPIO DE ITAPOÁ, SC.
  27. Fotoidentificação digital da população de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga
  28. Identificação de carotenóides em uma fração obtida da solução extrativa éter de petróleo de folhas de Ocimum basilicum L.
  29. Impacto da fragmentação sobre o(s) grupo(s) de Alouatta guariba no Distrito Industrial Norte de Joinville - SC.
  30. IMPORTANCIA DO RASTREAMENTO DOS ATESTADOS DE OBITO EM JOINVILLE
  31. Levantamento das espécies de aranhas encontradas no município de Joinville e dos acidentes aracnídicos ocorrentes
  32. Levantamento de Orchidaceae e Pteridophyta em três ilhas da Baía da Babitonga.
  33. MACROBENTOS SUBLITORAL DE FUNDOS INCONSOLIDADOS DOS CANAIS DO PALMITAL E DO LINGUADO NA BAÍA DA BABITONGA, SANTA CATARINA.
  34. Macrofauna bentônica no eixo principal da baía da Babitonga, Santa Catarina, Brasil
  35. Medicina Baseada em Evidências
  36. Medida da atividade da enzima glicose frutose oxidoredutase em Zymomonas mobilis ATCC 29191 imobilizadas em alginato comercial, visando a produção de sorbitol e ácido glucônico.
  37. METODOLOGIA DE TREINAMENTO, ATRAVÉS DE ATIVIDADES DIFERENCIADAS, VISANDO MELHORA NOS NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA EM IDOSOS
  38. O perfil da prescrição médica: enfoque no uso racional de medicamentos.
  39. Perfil das Prescrições Médicas em Ambiente Ambulatorial
  40. PERFIL DOS COMPONENTES DA APTIDÃO FÍSICA PARA A SAÚDE DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE PARA IDOSOS NA UNIVILLE
  41. PREDITORES DO ALEITAMENTO MATERNO NÃO-EXCLUSIVO POR OCASIÃO DA ALTA HOSPITALAR EM RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO
  42. Protocolo para extração de DNA bacteriano obtido a partir do substrato da palha de folha de bananeira, em cultivo de Pleurotus ostreatus
  43. SABER ECOLÓGICO TRADICIONAL EM COMUNHÃO COM O SABER CIENTÍFICO: NOVA PERSPECTIVA NO MEIO RURAL
  44. Testar metodologias para inoculação de células tumorais em ratos.
  45. USO DE COLETORES ARTIFICIAIS PARA OBTENÇÃO DE SEMENTES DE MEXILHÃO Perna perna EM ENSEADA, SÃO FRANCISCO DO SUL (SC)
  46. Utilização de assobios para obtenção de estimativas de abundância de Sotalia guianensis (Cetacea, Delphinidae)
  47. Variação da macrofauna bentônica em um banco lodoso de Mytella charruana na foz do Rio Palmital em três anos de amostragem (Baía da Babitonga - Santa Catarina)
  48. Variação sazonal de estágios iniciais de peixes na praia do Calixto, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil

Resumos

Utilização da larva de mexilhão “perna perna” como organismo teste para avaliação do grau de toxicidade das águas nas áreas de Maricultura da Baía da Babitonga – SC – Brasil.

  • RENATA FALCK STORCH BÖHM, Graduando, renatastorch@hotmail.com
  • RENATA FALCK STORCH BÖHM, Graduando, renatastorch@hotmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Perna perna, Baía da Babitonga, Bioensaio

Os ensaios toxicológicos são realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos ou químicos a diversos organismos, visando avaliar o potencial de risco à saúde humana. Para a quantificação destes efeitos, realizam-se testes de toxicidade com organismos teste através de metodologias protocoladas. A área de estudo, Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, encontra-se no entorno de seis municípios: Joinville, Garuva, Barra do Sul, São Francisco do Sul, Araquari e Itapoá, cada um com diferentes atividades econômicas: industrial, pesca, portuária e agropecuária, onde grande parte dos efluentes, gerados por tais atividades escoam por rios da região juntamente com os esgotos domésticos não tratados até a Baía da Babitonga. A região, de grande interesse econômico e ecológico, apresenta um complexo estuarino berço de inúmeras espécies. Este projeto objetivou analisar a qualidade da água de quatro pontos de maricultura. Por refletirem diretamente as condições do meio ambiente, e por servirem de alimento para a população, a qualidade dos moluscos bivalves deve ser monitorada. Para a realização do teste, larvas do mexilhão Perna perna, foram submetidas a amostras de água da Baía da Babitonga, além disso foram monitorados parâmetros físico-químicos das águas como: salinidade, pH, turbidez, OD, condutividade e temperatura. As larvas foram obtidas em laboratório, através da reprodução e fertilização in vitro, de mexilhões de áreas não impactadas. A larva é um bom indicador de poluição, demonstrando através de alterações em seu padrão morfológico a presença de contaminantes na água. Esse tipo de teste vem sendo utilizado cada vez mais, devido à complexidade de substâncias presentes num mesmo ambiente, tornam inviável a sua completa caracterização, sendo assim o teste com organismos possibilita indicar os efeitos causados por poluentes.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

ANÁLISE BIOACÚSTICA DE DUAS ESPÉCIES DE PRIMATAS, Alouatta guariba clamitans e Cebus nigritus, DO NORDESTE CATARINENSE EM REMANESCENTES DA FLORESTA ATLÂNTICA.

  • Juliana dos Santos, Graduando, juli_santos@click21.com.br
  • Juliana dos Santos, Graduando, juli_santos@click21.com.br
  • Sidnei S. Dornelles, MSc, psid@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC

Palavras-chave: Primatas, Vocalização, Mata Atlabtica

Muitas espécies de primatas, inclusive neotropicais, emitem gritos longos que podem ser ouvidos a grandes distâncias, que supostamente correspondem a defesa da área de uso, já que a comunicação visual é possível apenas à curtas distâncias. Neste sentido o entendimento das vocalizações como comportamento social pode elucidar aspectos importantes quanto à ecologia dos primatas uma vez que há forte ação antrópica e carência de dados sobre vocalizações destas espécies.Portanto, o seguinte trabalho visa adquirir dados sonoros das espécies, analisar a freqüência com que as vocalizações são emitidas ao longo do dia, verificar as respostas dos primatas frente a utilização de “playback” e confeccionar sonogramas para identificação de possíveis tipos de vocalização. Estes dados são de extrema importância para a compreensão da ecologia destas espécies, sendo o gênero Cebus pouco estudado no bioma Mata Atlântica. O estudo está sendo realizado desde abril de 2006 em floresta atlântica, sendo uma no município de Joinville (área 1) e outra em Itapoá (área 2). A área 1 compreende um remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana pertencente a empresa privada Multibras, servindo de moradia para o gênero Alouatta. Logo, a área 2 está situada nas dependências da Reserva Particular de Patrimônio Natural Volta Velha representada por Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, abrigando o gênero Cebus. As vocalizações estão sendo registradas através do método animal-focal e ad libitum, registrando as seguintes informações para ambas as espécies envolvidas: hora, emissor (animal ou faixa sexo-etária), tipo de vocalização, posição em relação ao resto do grupo, presença de possíveis referentes externos, contexto e provável função. Mesmo as vocalizações apenas ouvidas (sem observação direta do animal) serão consideradas para o cálculo da freqüência. A técnica de “playback” foi utilizada conforme o avistamento do grupo, iniciando as observações referentes ao episódio, analisando os efeitos comportamentais decorrentes aos estímulos produzidos. Foi utilizado gravador e microfone para a obtenção das vocalizações emitidas pelos membros dos grupos estudados. O equipamento será ligado a cada 10 minutos independente do comportamento do sujeito. Gravações oportunísticas (ad libitum) serão utilizadas para obtenção de sinais raros. A emissão das vocalizações em ambas as espécies apresenta-se diretamente relacionada aos períodos do dia, ocorrendo picos de vocalizações em diferentes horários. Logo, preencher lacunas referentes à vocalização com a utilização de sonogramas e colaborar com o processo compreensão destas espécies.

Apoio / Parcerias: Artigo 170/UNIVILLE

Análise comparativa do assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (Linneus, 1758) em dois tipos de coletores na praia da Enseada, São Francisco do Sul, Santa Catarina.

  • CRISTIANE COLLAZO HILLEBRAND, Graduando, crisvansoria@hotmail.com
  • Adriano Weidner C. Marenzi, Dr(a), marenzi@univali.br
  • Cristiane Collazo Hillebrand, Graduando, crisvansoria@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: mitilicultura, assentamento , Enseada

A maricultura constitui, atualmente, um dos setores produtivos do estado de Santa Catarina, tendo a mitilicultura ou o cultivo de mexilhões relevância nesta produção de organismos marinhos. Entretanto, esta expansão levou à extração generalizada das sementes de mexilhões Perna perna nos costões rochosos, causando grande impacto aos estoques naturais. A utilização de coletores artificiais de larvas é uma alternativa para o promover um desenvolvimento sustentável da mitilicultura. O presente estudo teve como objetivo contribuir em melhorar a oferta de sementes do mexilhão P. perna, utilizando e comparando o assentamento de larvas entre dois tipos de coletores de larvas desta espécie. Para tanto, nas áreas de cultivo na praia da Enseada (São Francisco do Sul, SC), foram instalados no período de junho/2005 a janeiro/2006, dois tipos de coletores, um denominado de “Árvore-de-Natal” e “Canadense”, sendo este já utilizado pelos produtores da região norte catarinense. Cada coletor possuía 1m de comprimento, fixados horizontalmente na superfície entre dois cabos das estruturas flutuantes de cultivo ou long-lines duplos. Foram realizadas três séries de experimentação, a primeira denominada de “série curta”, com instalação dos coletores a cada 15 dias e retirada após 1 mês. A segunda série ou “série longa” foi instalada a cada 30 dias e retirados a cada 3 meses. A terceira série ou “extra” foi instalada a cada 60 dias e retirada a cada 6 meses. Cada experimento possuía cinco coletores de cada um dos dois tipo. Após retirados da água, os coletores eram colocados em sacos individuais, identificados por etiquetas e levados ao laboratório onde foram conservados congelados em freezer. Após, estes eram lavados, as sementes retidas em peneiras, armazenadas em potes plásticos com álcool 70% e posteriormente contadas em placas de Petri sob lupa. Para os coletores do tipo Canadense, na “série curta” foi observada uma média de 437,8 larvas por coletor e , para a mesma série, nos coletores do tipo Árvore-de-Natal obteve-se uma média de 1074,8 larvas por coletor. Na “série longa” a média de larvas fixadas foi de 1107 no tipo Canadense e 1609 no tipo Árvore-de-Natal. Para a série extra, foi observada a média de 2629 e 5651,5 larvas por coletor para o tipo Canadense e Árvore-de-Natal, respectivamente. Os resultados indicaram que o coletor do tipo Árvore-de-Natal obteve maior sucesso na fixação de larvas de mexilhões da espécie P. perna na maioria das amostragens realizadas.

Apoio / Parcerias: CNPq, FAP/UNIVILLE, UFSC, EPAGRI, Sr. Almir (produtor do Iperoba, São Francisco do Sul).

Avaliação da função auditiva no período neonatal em uma maternidade pública de referência terciária.

  • Adriana Dal Bello, Graduando, adri_dalbello@hotmail.com
  • Carlos Augusto Cardim de Oliveira, Dr(a), cardim.joi@zaz.com.br
  • Adriana Dal Bello, Graduando, adri_dalbello@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Avaliação auditiva, Recém-nascidos, Maternidade pública

Distúrbios auditivos moderados e graves no primeiro ano podem comprometer a aquisição da fala e da linguagem, assim como a cognição, o desenvolvimento psicomotor, psicossocial e intelectual. As principais variáveis que decidem como a doença auditiva irá afetar o desenvolvimento da criança são o grau de diminuição da audição e a idade em que é diagnosticada a doença. O número de fatores de risco aumenta a chance de diminuição da audição, incluídos: hereditariedade, baixo peso ao nascimento, drogas ototóxicas, hipóxia perinatal e icterícia. É estimado que uma a cada mil crianças nasça todos os dias com profunda doença auditiva bilateral. O objetivo geral deste trabalho é avaliar a função auditiva dos recém-nascidos de uma maternidade pública de atenção terciária, determinar a incidência de deficiência auditiva dos recém-nascidos, conhecer as principais características demográficas e individuais dos recém-nascidos portadores de deficiência auditiva e conhecer os fatores de risco para deficiência auditiva. A pesquisa esta sendo realizada na Maternidade Darcy Vargas,Joinville SC. A avaliação audiométrica, é realizada pela fonoaudióloga, empregando a técnica de emissões otoacústicas.A população inclui todos os recém-nascidos da MDV.Os dados coletados, referem-se aos meses de abril a setembro de 2006. Nesses meses,nasceram 2020 bebês,em média 400 nascimentos por mês.A proporção de cesáres em relação a parto normal foi de 61,72% a 38,27% para as mulheres as quais encontravam-se na primeira gestação.Constatou-se que ocorreram mais cesáreas em mulheres com idade gestacional entre 40 e 41 semanas. Comparando-se o boletim de Apgar nos primeiros minutos,73,5% dos recém-nascidos de cesárea apresentaram,ao 1º. minuto,escores entre 1 a 5, e 7 e 8,sendo os escores de 7 e 8 predominantes,com 67,1% e os recém-nascidos de parto espontâneo apresentaram apgar de 6, 9 e 10, com 42,1%, sendo que os valores 9 e 10 referencem-se a 38,6%. A freqüência do peso ao nascimento foi maior entre 3001 e 4000gramas,abrangendo 62,3%. A porcentagem de crianças nascidas de sexo feminino foi de 49%.Durante este período foram detectados cinco recém-nascidos com déficit auditivo.Estas crianças apresentaram pelo menos um fator de risco, como peso inferior a 1500 gramas, ventilação prolongada, medicação ototóxica e malformações de cabeça/pescoço.O trabalho irá até dezembro, quando então a totalidade dos nascimentos será quantificada e analisada estatisticamente, para que se possa buscar estabelecer associações relevantes entre fatores de risco e perda auditiva, para, a seguir, programar ações preventivas ou corretivas.

Avaliação da ictiofauna das nascentes do rio Itapocu, município de São Bento do Sul, SC.

  • Iuri Salim Abou Anni, Graduando, iuri.salim@gmail.com
  • Iuri Salim Abou Anni, Graduando, iuri.salim@gmail.com
  • Hiuta Rosvita Chirstóvão, Graduando, hiutac@bol.com.br
  • Pedro Pinheiro, Dr(a), pedro_pinheiro@brturbo.com.br
  • Denise M. D. S. Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Mariluci Kesten, G, iuri.salim@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: ictiofauna, Itapocu, São Bento do Sul

O presente estudo foi realizado nas nascentes do rio Itapocu no município de São Bento do Sul - SC, nas imediações da Fazenda Km 26 e do CEPA Rugendas/UNIVILLE. A área pesquisada apresenta altitude de 600m e está situada na zona de domínio fito-fisionômico da Mata Atlântica, bioma que acompanha a costa leste do Brasil, na formação denominada Floresta Ombrófila Densa Montana. Os dados preliminares apresentados correspondem às fases de inverno. O estudo tem como objetivo caracterizar a ictiofauna quanto à composição e distribuição temporal e verificar a diversidade, riqueza e equitabilidade para cada estação de coleta. As coletas foram realizadas através da pesca elétrica, varreduras com arrastos de picaré e peneiras. Em termos de número de espécies, abundância e biomassa as ordens Characiformes e Cyprinodontiformes foram as mais representativas. Foram realizadas três coletas até o presente momento e após a triagem do material foram encontradas as seguintes espécies: Geophagus brasiliensis, Hyphessobrycon reticulatus, Astyanax aff. scabripinnis, Bryconamericus microcephalus, Characidium sp., Corydoras erhardti, Rineloricaria sp., Pimelodella pappenheimi Pareiorhaphis steindachneri, Trichomycterus sp1, Trichomycterus sp2, Phalloceros caudimaculatus e Phalloceros sp. Os resultados obtidos, embora não complementares, demonstram uma diversidade de peixes superior em relação a outros rios de cabeceira na Mata Atlântica já estudados na região litorânea de Santa Catarina.

Avaliação da poluição sonora no ambiente da Baía da Babitonga - SC

  • Carolina Pereira Dias, Graduando, carol_biomar@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, MSc, marta.cremer@univille.net
  • Carolina Pereira Dias, Graduando, carol_biomar@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC

Palavras-chave: poluição sonora, conservação, Baía da Babitonga

A poluição sonora em ambientes marinhos ocasionada pela ação antrópica tem crescido consideravelmente nas últimas décadas. Atividades humanas no ambiente marinho são um importante componente para o aumento do ruído de fundo, sendo seus principais contribuintes a navegação comercial, atividade portuária entre outros. Para este trabalho, consideramos como poluição sonora todo o ruído de origem antrópica proveniente de uma fonte específica, que se destaca em intensidade do ruído ambiente podendo, assim, ser medido e analisado. Até o momento foram feitos registros sonoros de pequenas embarcações de pesca e de lanchas esportivas. Esses registros foram tomados a partir de uma embarcação que teve seu motor desligado durante as gravações. O sistema de aquisição sonora constitui-se de um hidrofone modelo C-53 (Cetacean Research Technology) com alcance de 15Hz a 60kHz e 100kHz a 250kHz de freqüência, posicionado entre 2 a 4 metros de profundidade, um gravador analógico Sony modelo TC-D5M e fitas cassete tipo IV. As amostragens foram efetuadas em boas condições ambientais, com mar entre Beaufort 0 e 1, sem chuva. As amostras foram digitalizadas através do programa Avisoft-SAS Lab Pro versão 4.1 para Windows. Para medir a distância da fonte sonora foi utilizado um rangefinder (Nikon Laser Rangefinder com alcance de 5 a 1372 metros). Barcos com motores de 15 Hp apresentaram diversas linhas de freqüências múltiplas (harmônicos) sendo que um teve sua linha mais intensa com média de -8,12 dB, 0,62 kHz a uma distância de aproximadamente 130m. Barco com motor de 4 Hp descreveu no espectrograma uma linha densa com freqüência média de 4,43 kHz, intensidade média de -28,57 dB a uma distância de aproximadamente 30m. Um barco com motor de 40 Hp chegou a mostrar faixas de freqüências variadas sendo a mais forte entre 3,32 e 4,17 kHz com o ponto máximo de -11, 30 dB (em 3,86 kHZ). Uma lancha com dois motores a diesel apresentou duas linhas bem marcadas com intensidades médias de -15,47 e -18,25 dB e médias de freqüência de 0,74 e 1,45 kHz respectivamente com distância de aproximadamente 225m do hidrofone. Nosso trabalho apresenta, até o momento, uma pequena amostra das fontes emissoras de ruído na Baía da Babitonga, sendo, portanto necessário um maior número de gravações para melhor caracterizar esse ambiente quanto ao seu grau de poluição sonora.

Apoio / Parcerias: Art.170 e FAP-Univille

Avaliação de medidas antropométricas de crianças e adolescentes na escola do limoeiro em Timôteo MG

  • DAYANE MARQUES SALES, Graduando, dayane.marques@univille.net
  • Dayane Marques Sales, Graduando, dayane.marques@univille.net
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.edu.br

Universidade da regiao de joinville - UNIVILLE, UNIVILLE, JOINVILLE/SC, BRASIL

Palavras-chave: crianças, adolescentes, timoteo

Kimm e Obarzanek (2002), relatam que uma das maiores preocupações atuais na pediatria preventiva tem sido a obesidade infantil, devido o aumento assustador nas últimas décadas, apesar de todas as medidas nutricionais e educacionais implantadas. Encontra-se, portanto, certa dificuldade em comparar os diversos estudos, devido a variabilidade entre os critérios para o diagnóstico. Segundo estes autores afirmaram que a prevalência da obesidade infantil pode variar de 17 a 70% em todo o mundo. Na Escola Municipal do Limoeiro, encontrou-se uma prevalência de 13% de sobrepeso e obeso, definido como índice de massa corporal (IMC) acima do percentil 85, segundo critério adotado pela CDC (Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, USA) em 2000. A preocupação foi o fato da prevalência ser maior quanto menor a idade, mostrando uma tendência de aumento do índices de excesso de peso nos próximos anos. As medidas antropométricas da amostra evidenciaram média em estatura de 1,4±0,2 m e peso de 36,4±14,7 kg. O índice de massa corporal evidenciou média de 17,6±3,6 kg/m2. Segundo critério do CDC, encontro-se 13% dos alunos com IMC acima do percentil 85 para idade e sexo. O índice de massa corporal estava acima do percentil 85 em 12,8% dos escolares entre 6 a 10 anos e 16,9% daqueles escolares entre 11 a 15 anos. De acordo com Nicklas, Dwyer, Feldman, Luepker, Kelder, Nader (2002) estudos populacionais sobre ingestão de gorduras por crianças têm demonstrado uma queda na quantidade deste macronutriente com o passar dos anos. Mas ainda, ela permanece acima do desejável. Segundo Nicklas (1995), a ingestão de fibras, por crianças correspondem a metade da quantidade diária necessária deste elemento. Na Escola Municipal do Limoeiro, 73% dos escolares ingeriam mais quantidade de gordura do que o desejável, e nenhum escolar ingeriam fibras na quantidade adequada. Independente do efeito deste hábito alimentar sobre a prevalência da dislipidemia este deve ser modificado, no intuito de prevenir não só doenças coronarianas, mas também, outras doenças crônico-degenerativas dos adultos.

Avaliação de parâmetros populacionais de populações de cetáceos a médio e longo prazo

  • EDUARDO TANOS BARROS, Graduando, eduardo.tanos@univille.net
  • Marta Jussara Cremer, MSc, marta.cremer@univille.net
  • Eduardo Tanos Barros, Graduando, eduardo.tanos@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: Transecto linear, Cetáceo, Babitonga

Cetáceos de hábitos costeiros estão mais sujeitos aos impactos de origem antrópica. Considerando a intensa utilização da Baía da Babitonga para diversas atividades humanas, o presente trabalho consiste no monitoramento dos parâmetros populacionais de Sotalia guianensis e Pontoporia blainvillei. O método aplicado para a obtenção dos dados foi o de transectos lineares. Foram definidos 11 transectos a serem percorridos, concentrando os esforços de campo nas áreas conhecidamente de maior ocorrência das espécies. Foram realizados treinamentos de estimativa visual de distância e amostragens piloto em transectos alternativos nomeados TPs de 1 a 6. Na amostra piloto foram avistados 12 grupos, totalizando 59 indivíduos. Destes, 6 eram grupos de S. guianensis, somando 40 indivíduos, e 6 eram grupos de P. blainvillei, somando 19 indivíduos. A primeira amostragem correspondeu ao inverno, quando foram percorridos 72,3Km em esforço. Nas amostragens realizadas nos 11 transectos definidos para o monitoramento foram avistados 14 grupos, totalizando 43 indivíduos. Destes, 11 grupos eram de S.guianensis, somando 33 indivíduos, e 3 eram grupos de P. blainvillei, somando 10 indivíduos. Na análise dos dados no programa Distance 4.1â foram utilizados os dados das duas espécies, obtidos nos pilotos e nos transectos definitivos. Estimou-se um tamanho de grupo médio de 3,4 indivíduos (95% IC: 2,5952 - 4,5464). Para densidade populacional foram estimados 7,1 ind./Km2 (95% IC: 3,9837 - 12,849), enquanto os anos anteriores apresentaram para S. guianensis 1,446 ind./Km2 (95% IC: 0,917 - 2,28) (2001); 0,857 ind./Km2 (95% IC: 0,49 - 1,5) (2002) e 0,962 ind./Km2 (95% IC: 0,446 - 2,075) (2003). Para abundância estimou-se 572 (95% IC: 319 – 1028) indivíduos. Já nos anos anteriores para S. guianensis estimou-se 231 (95% IC: 147 – 365) (2001), 137 (95% IC: 78 – 240) (2002) e 154 (95%IC: 71 – 332) (2003) indivíduos. Considerando que este trabalho analisou dados obtidos apenas nas áreas de concentração, associado ao fato das duas espécies terem sido analisadas conjuntamente, era esperado que a densidade fosse muito superior aquela registrada para S. guianensis. Além disso, contribuiu na discrepância do parâmetro abundância o baixo n amostral.

Apoio / Parcerias: FAP UNIVILLE

Avaliação do conhecimento de alunos e professores de algumas creches de Joinville sobre à contaminação e desinfecção de escovas dentais

  • MARIANA HELLWIG COELHO, Graduando, mariana.hellwig@univille.net
  • Patrícia Alessandra Limas Schein, Graduando, mpschein@uol.com.br
  • MARIANA HELLWIG COELHO, Graduando, mariana.hellwig@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: contaminação, escova de dente, desinfecção

A cavidade bucal é um ambiente densamente povoado por microrganismos. Portanto considerando o íntimo contato da escova dental com tal ambiente, é de se imaginar que este objeto de higiene pessoal seja especialmente contaminado com diversos tipos de microrganismos que habitam a cavidade bucal, e até mesmo microorganismos presente no ambiente. A escova dental é o instrumento de higiene bucal mais usado e mais eficiente na prevenção de doenças bucais, porém se não forem acondicionadas adequadamente poderá servir como veículo de doenças, principalmente aquelas de transmissão orofecal. Durante dois anos de estágio observou-se que em algumas creches municipais de Joinville nem sempre as escovas dentárias das crianças são acondicionadas de maneira adequada, sejam mantidas abertas no próprio banheiro da escola ou reunidas na sala de aula. Devido a estas observações, o trabalho tem como objetivo avaliar o grau de conhecimento dos professores e alunos, na faixa etária de 6 a 12 anos de idade, no que se refere à contaminação e desinfecção deste instrumento de higiene bucal.

Avaliação do perfil dos óbitos infantis no município de Joinville (SC): 2001-2005.

  • DARIO MACAGNAN, Graduando, dario.macagnan@univille.net
  • MARIA BEATRIZ R. NASCIMENTO, MSc, beanascimento@infomedica.com.br
  • SELMA CRISTINA FRANCO, Dr(a), scfranco@terra.com.br
  • DARIO MACAGNAN, Graduando, dario.macagnan@univille.net
  • MARCO ANTONIO MOURA REIS, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Mortalidade infantil, Qualidade de vida, Indicadores de saúde

A mortalidade em crianças com idade inferior a 1 ano é um dos mais importantes marcadores da qualidade de vida e das condições de saúde de uma comunidade. Muito embora Joinville apresente índices de qualidade de vida e mortalidade comparáveis àqueles de países mais desenvolvidos, é fundamental a análise crítica do obituário a fim de identificar eventuais desvios epidemiológicos ou as causas preveníveis. O objetivo da pesquisa é descrever o perfil da mortalidade infantil e seus componentes no município de Joinville. Trata-se de estudo descritivo, baseado em dados da mortalidade infantil no município de Joinville entre 2001 e 2005, a partir dos registros da Secretaria Municipal de Saúde, pela análise das Declarações de Óbito de crianças nascidas no município. Foram coletados os dados epidemiológicos da mãe e criança, transcritos a computador do tipo PC pelo uso do software EpiData – v.3.02 e analisados (análise de freqüências) com o software EpiInfo – v. 6.04. Foram selecionados os dados de 259 óbitos em crianças no período de estudo, sendo 136 (53,1%) do sexo masculino, tendo a maioria delas nascido prematuras (65,1%), com baixo peso (69,0%) e sem malformações significativas (79,4%). As características maternas evidenciaram uma idade média de 24 anos e 3 meses (± 6 anos e 5 meses), sendo 25,6% de adolescentes. A maioria das mães (59,1%) era de casadas, com mais de 8 anos de escolaridade (54,0%), e tendo freqüentado assistência pré-natal (94,4%). O óbito ocorreu no domicílio em 24 casos (9,3%) e em ambiente hospitalar em 90,3%. Observou-se a predominância de óbitos no período neonatal (66,4%), tendo 77,3% destes ocorrido na primeira semana de vida. Apenas 8,1% dos óbitos estudados foram de crianças com mais de 6 meses de idade. A mortalidade infantil no município de Joinville é ligada especialmente a eventos congênitos ou perinatais. A identificação das causas tratáveis de óbito em crianças com menos de 6 meses de idade poderá trazer grande impacto à redução do obituário infantil em nosso meio.

Avaliação do tempo de sobrevida de camundongos tratados com caldo de cultivo de pleurotus ostreatus.

  • PAULA ANGÉLICA DE SANT'ANNA, Graduando, paula.angelica@univille.net
  • PAULA ANGÉLICA DE SANT'ANNA, Graduando, paula.angelica@univille.net
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Márcia Luciane Lange Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br

Universidade da região de joinville, univille, joinville/SC, brasil

Palavras-chave: Tempo de sobrevida, camundongos tratados , com caldo de cultivo pleurotus ostreatus

O cancêr é uma das principais causas de morte no mundo, sendo afetado por fatores químicos, físicos e hereditários, aumentando sua proliferação a cada ano.

O tratamento para esta doença comumente é a intervenção cirúrgica, combinada com quimioterapia e/ou radioterapia. Porém estes procedimentos não são específicos para as células tumorais, atacando também as células normais do organismo, gerando graves reações adversas. As tentativas de descoberta de medicamentos antineoplásicos menos agressivos ainda estão em desenvolvimento. Metabólitos produzidos por basidiomicetos tem mostrado efeito sobre o sistema imune, especificamente polissacarídeos já demonstraram atividades antitumorais, antivirais e antimicrobianas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o tempo de sobrevida de camundongos inoculados com Sarcoma 180 (S 180) e tratados com caldo de cultivo de Pleurotus ostreatus. Foram utilizados 5 camundongos albinos Swiss fêmeas (Mus musculus) para cada grupo, sendo dois grupos com indução tumoral (25x106cel/mL) e tratamento e um grupo sem indução tumoral e tratado com PBS. O tratamento foi realizado com caldo de cultivo de P. ostreatus, administrado via intraperitonial, com 30 mg/Kg de peso dos animais, por 5 dias. Estes animais foram mantidos em biotério com ração e água a vontade, por 30 dias, sendo pesados a cada três dias. Após, foi verificada a taxa de sobrevivência (regressão) e taxa de mortalidade.

Avaliação do tempo de sobrevida de camundongos tratados com caldo de cultivo de Pleurotus sajor caju.

  • Anna Carolina e Silva Bastos, Graduando, annacarolbastos@yahoo.com.br
  • Anna Carolina e Silva Bastos, Graduando, annacarolbastos@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: antitumoral, fungos, sobrevida

O câncer constitui a segunda causa de morte na maioria dos países desenvolvidos, numa taxa aproximada de 23% do total de mortalidades. A incidência, dos diferentes tipos de cânceres, varia amplamente entre diferentes populações e é atribuída a fatores ocupacionais, sociais e geográficos. Vários estudos estão sendo realizados com polissacarídeos extraídos de fungos basidiomicetos, a fim de avaliar suas propriedades terapêuticas, dentre elas, a atividade antitumoral. Os estudos de novas substâncias antitumorais são de extrema importância, uma vez que as terapias utilizadas atualmente para erradicar esta doença são muito agressivas e por vezes ineficazes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o tempo de sobrevida de camundongos inoculados com Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE) e tratados com caldo de cultivo de Pleurotus sajor caju. Foram utilizados 5 camundongos albinos Swiss fêmeas (Mus musculus) para cada grupo, sendo dois grupos com indução tumoral (25x106cel/mL) e tratamento e um grupo sem indução tumoral e tratado com PBS. O tratamento foi realizado com caldo de cultivo de P. sajor caju, administrado via intraperitonial, com 30mg/Kg de peso dos animais, por 5 dias. Estes animais foram mantidos em biotério com ração e água a vontade, por 30 dias, sendo pesados a cada três dias. Após, foi verificada a taxa de sobrevivência (regressão) e taxa de mortalidade.

Avaliação do uso de alginato comercial na imobilização de Zymomonas mobilis ATCC 29191 visando a produção de sorbitol e ácido glucônico.

  • Viviane Lazzaris, Graduando, vivilazzaris@yahoo.com.br
  • Viviane Lazzaris, Graduando, vivilazzaris@yahoo.com.br
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville - Univille, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Zymomonas mobilis, alginatos, sorbitol

Zymomonas mobilis em presença de uma mistura de glicose e frutose ou de sacarose, possui a capacidade de produzir sorbitol e ácido glucônico. Neste processo, a enzima glicose-frutose oxidorredutase (GFOR) (EC 1.1.99) oxida glicose e reduz frutose a gluconolactona e sorbitol, respectivamente. A gluconolactona por sua vez, é hidrolisada a ácido glucônico pela enzima gluconolactonase (ZACHARIOU & SCOPES, 1986). Vários tipos de matrizes tem sido utilizados para a imobilização de células de Z. mobilis ao longo dos últimos anos. Os principais tipos de matrizes utilizados foram k-carragena, alginato de sódio e boro silicato (CHUN & ROGERS, 1988; BRINGER-MEYER & SAHM, 1991). O presente trabalho teve por objetivo avaliar a possibilidade de utilização de alginato comercial como alternativa nos ensaios de biotransformação. As marcas de alginato comercial testados foram o SKW-Biosystems do Brasil tipo Satialgine S1100X; SANOFI do Brasil tipo Satialgine SF 1000G e S 1100G e SIGMA, tipo Alta, Média e Baixa viscosidade.

Avaliação in vivo do potencial antitumoral das frações polissacarídicas oriundas do corpo frutífero de Pleurotus sajor caju CCB 019

  • Rafaela de Souza, Graduando, rafaela.univille@gmail.com
  • Rafaela de Souza, Graduando, rafaela.univille@gmail.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Márcia Luciane Lange Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus, polissacarideo, frações

Segundo dados do INCA, o câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil. Seu tratamento pode ser feito através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia ou a associação dessas terapias. Como são tratamentos agressivos, há a necessidade de buscar novas opções terapêuticas, complementares às existentes ou não, a fim de estabelecer prognósticos mais precisos no tratamento dessa patologia. Os fungos do gênero Pleurotus têm despertado grande interesse devido à possibilidade de extração de polissacarídeos que possuem atividade antitumoral. Baseado no exposto, este trabalho teve por objetivo, avaliar a capacidade antitumoral de frações polissacarídicas oriundas de corpos frutíferos de Pleurotus sajor caju CCB 019. Foram utilizados 24 camundongos fêmeas (Swiss), divididos em cinco grupos, sendo três grupos teste, com indução tumoral e tratamento, um grupo controle substância, sem indução tumoral e com tratamento e um grupo controle tumor, com indução tumoral e tratamento com PBS. O Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE) foi induzido nos grupos teste e no grupo controle tumor através de inoculação intraperitonial de células ascíticas, com concentração de 25x106cel/mL. O tratamento, via intraperitonial, teve início 24 horas após o implante tumoral e se estendeu até o sexto dia, utilizando as frações FI, FII, FIII-I e FIII-II, separadamente, na concentração de 10 mg/Kg de peso do animal. No grupo controle tumor foi administrado PBS com as mesmas condições. Sete dias após a indução, foi realizada a avaliação da ação antitumoral das frações, através da contagem de células tumorais no líquido ascítico. Não foram observadas diferenças significativas entre as frações FI e FII e também entre as FIII-I e FIII-II. As frações FI e FII apresentaram menor valor médio de número de células tumorais (14,8x106cel/mL) e, conseqüentemente, o maior valor médio de redução do número de células tumorais (85,6%) em relação ao grupo controle tumor.

Caracterização estrutural preliminar de folha e caule de Austroeupatorium inulaefolium (H. B. K.) R. M. King et H. Rob. (ASTERACEAE).

  • ANNA LUIZA HERING RINNERT, Graduando, annabc_moon@yahoo.com.br
  • CYNTHIA HERING RINNERT, MSc, crinnert@univille.edu.br
  • KARIN ESEMANN DE QUADROS, Dr(a), karin@furb.br
  • ANNA LUIZA HERING RINNERT, Graduando, annabc_moon@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Austroeupatorium inulaefolium , Folhas e caule, Caracterização estrutural

O gênero Eupatorium (Eupatorieae, Asteraceae) compreende aproximadamente 600 espécies no Brasil. Austroeupatorium inulifolium (K.) R.M.King & H.Rob., popularmente conhecido como vassoura ou erva-de-embira, é um arbusto melífero de 1,0 a 2,5 m de altura com flores brancas que ocorre desde as Antilhas até o centro da Argentina. Estudos indicam que os óleos voláteis de A. inulifolium possuem propriedades antioxidantes. Este trabalho teve por objetivo caracterizar estruturalmente folha e caule jovem da espécie, fornecendo dados para sua identificação farmacobotânica, através da sua estrutura anatômica. Foram coletados caules jovens e folhas provenientes de um indivíduo localizado no Horto Medicinal da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. O material foi fixado em FAA e conservado em etanol 70%. Cortes transversais de caule jovem e folha e cortes paradérmicos das superfícies abaxial e adaxial da folha foram obtidos à mão livre com lâmina de barbear e montados em lâminas histológicas semipermanentes, seguindo-se técnicas usuais de microscopia. O caule apresenta uma eustele característica, com sete feixes vasculares de maior calibre intercalados por 6-8 feixes menores, dispostos ao redor de uma medula ampla. Esta estrutura confere ao caule um aspecto externo angular, com sete costelas. O córtex é reduzido, com 3-4 camadas de células parenquimáticas e 4-5 camadas de colênquima lamelar. A epiderme é uniestratificada, apresentando muitos tricomas tectores pluricelulares (3-9 células) não ramificados. A folha apresenta limbo muito fino e nervuras salientes. Em corte transversal, observa-se um mesofilo com uma camada de parênquima paliçádico e 3-4 camadas de parênquima lacunoso. A epiderme da face adaxial tem células achatadas, algumas com tricomas tectores semelhantes aos do caule. A epiderme da face abaxial tem células pequenas, arredondadas, com muitos tricomas tectores e também glandulares, capitados e não capitados o que, juntamente com a saliência das nervuras, confere a esta face uma superfície irregular. Estômatos anomocíticos estão dispostos ao mesmo nível das demais células epidérmicas. A nervura central, muito saliente, apresenta um ou dois feixes vasculares de tamanhos diferentes, rodeados por parênquima e colênquima angular; a epiderme está constituída por células pequenas, arredondadas, com muitos tricomas. Estas características são as que devem ser consideradas em análises para identificação de fragmentos desta espécie com fins farmacobotânicos.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Caracterização química de soluções hidroetanólicas das partes aéreas Ocimum basilicum L.

  • Marcos Rodrigues, Graduando, marcos_jlle@yahoo.com.br
  • Gustavo de Almeida Chagas Fernandes, Graduando, guto_acf@yahoo.com.br
  • Mayara Medeiros Doile, Graduando, mayaradoile@ig.com.br
  • Marcos Rodrigues, Graduando, marcos_jlle@yahoo.com.br
  • Luciano Soares, MSc, lsoares@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Ocimum basilicum, cromatografia em camada delgada, perfil de substâncias

O Ocimum basilicum L. (Lamiaceae), conhecido como manjericão, é utilizado popularmente contra inflamações e convulsões. O objetivo deste trabalho foi preparar e caracterizar soluções extrativas hidroetanólicas 70 % (SE) a partir de folhas, flores e caule de O. basilicum. As SE foram obtidas por maceração de 8 dias na proporção droga:líquido extrator 1:20. A caracterização foi realizada por cromatografia em camada delgada (CCD - gel de sílica-200 ¼m), revelada sob luz visível, 254 e 360 nm, e após reação com anisaldeído sulfúrico 0,5% (AS). A SE de caule apresentou melhor perfil cromatográfico com o eluente Butanol:Ácido Acético Glacial (AcA):Água (H2O) 6:1:5, com 7 manchas (I–verde após AS, Rf 0,21; II–azul em 360 nm, Rf 0,28; III–azul em 360 nm e verde após AS, Rf 0,39; IV–azul em 360 nm, Rf 0,54; V–azul em 360 nm, Rf 0,61; VI–azul em 360 nm e visível em 254 nm, Rf 0,71; VII–vermelha em 360 nm, Rf 0,78). O eluente Acetato de etila:Ácido fórmico:AcA:H2O 50:11:11:7 caracterizou as SE de folhas e flores. Neste eluente a SE de folhas apresentou 7 manchas (I–amarela após AS, Rf 0,17; II–verde após AS, Rf 0,36; III–amarela após AS, Rf 0,48; IV–roxa após AS, Rf 0,63; V–roxa após AS, Rf 0,72; VI–roxa em 360 nm, Rf 0,88; VII–visível em 254 nm, Rf 0,94) e a SE de flores apresentou 12 manchas (I–amarela após AS, Rf 0,18; II–verde após AS, Rf 0,31; III–verde após AS, Rf 0,38; IV–amarela após AS, Rf 0,52; V–roxa após AS, Rf 0,59; VI–amarela após AS, Rf 0,65; VII–roxa em 360 nm, Rf 0,72; VIII–roxa após AS, Rf 0,78; IX–roxa após AS, Rf 0,82 ; X–roxa após AS, Rf 0,89; XI–visível em 254 nm, Rf 0,94; XII–roxa após AS, Rf 0,96). Verificou-se que a SE de flores possui maior número de substâncias comparada às SE das folhas e caule, as quais apresentam, um número menor de substâncias menor, nos sistemas cromatográficos utilizados. As SE de folhas e caule apresentaram grupos de substâncias com características bastante diferentes, enquanto as SE de flores e folhas apresentaram perfil de substâncias semelhantes. Estudos quanto a bioatividade destas SE no modelo de Artemia salina e atividade anticonvulsivante em camundongos estão em andamento.

Apoio / Parcerias: Bolsa Artigo 170

Censo e análise da situação dos primatas encontrados na área de preservação ambiental Serra Dona Francisca, Joinville/SC

  • GUILHERME HARNOUD EVARISTO, Graduando, guilherme.harnoud@univille.net
  • GUILHERME HARNOUD EVARISTO, Graduando, guilherme.harnoud@univille.net
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Primatas, Censo, Mata Atlântica

A região da Serra Dona Francisca ainda concentra uma grande extensão de Mata Atlântica remanescente, onde ainda ocorrem várias espécies endêmicas deste ecossistema ameaçadas de extinção. As propostas para a conservação de áreas prioritárias passam por trabalhos de pesquisa como o censo populacional de espécies de primatas, que tem como objetivo analisar a situação das populações de primatas considerando a sua densidade, podendo indicar o nível da interferência antrópica em seu habitat. A Serra Dona Francisca, Joinville/SC, é uma APA com cerca de 500 Km², caracterizada pela formação de Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana. Foram escolhidos três pontos de amostragem nesta região: a região do Monte Jurapê, a RPPN Caetezal e o Castelo dos Bugres. O método escolhido para a realização deste trabalho foi o de transectos lineares, da família DISTANCE de estimadores de densidade, com início dos trabalhos em abril de 2006. A cada avistamento foi anotada a espécie, número de indivíduos e distância perpendicular entre o animal e a trilha. A distância foi medida com o auxílio de uma trena métrica, no caso em que havia mais de dois indivíduos avistados no mesmo grupo, foi medida a distância perpendicular do centro do bando à trilha. Até o presente momento foi percorrido um total de 38,048 Km, com apenas 8 avistamentos, 4 bugios (Alouatta guariba clamitan) e 13 macacos-prego (Cebus nigritus). Pela dificuldade de registrar todos os indivíduos do grupo, supõe-se que o número de primatas seja maior, pois quando o observador é percebido pelos primatas esses vocalizam de modo a avisar o bando para iniciar a fuga, podendo-se ouvir a vocalização dos outros enquanto fogem. Uma análise prévia pelo método de King, indica que a densidade de Cebus nigritus é de 7,76 indivíduos/Km² e de Alouatta guariba clamitan é de 1,31 indivíduos/Km². Este trabalho também registrou a presença de outros animais como quatis (Nasua nasua), veados (Mazamma spp.) e a anta (Tapirus terrestris), sendo esses dois últimos registrados apenas por vestígios, como fezes e pegadas. Será preciso aumentar a quilometragem percorrida para que se possa obter informações mais precisas e obter número mínimo de avistamentos para validar as estatísticas no método DISTANCE.

Apoio / Parcerias: FAP-Univille

Comparação do índice de condição do mexilhão Perna perna (Linaeus, 1758) cultivado em ambiente praial e estuarino no litoral norte de santa catarina, Brasil

  • Suellen Carolina Souza, Graduando, sukatinha@pop.com.br
  • Suellen Carolina Souza, Graduando, sukatinha@pop.com.br
  • Claúdio Tureck, MSc, ctureck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: índice de condição, mexilhão, mitilicultura

O Índice de Condição (IC) em mexilhões é a relação entre o peso corporal (partes moles) e o peso da concha (partes duras). Indivíduos com tecidos reprodutivos desenvolvidos correspondem a um IC alto, já um IC baixo indica que os organismos eliminaram seus gametas, apresentando gônadas pouco consistentes ou em fase de repleção. Através da análise do IC, pode-se fazer previsões sobre os períodos de maior disponibilidade de larvas no meio, permitindo informar ao produtor a melhor época de imersão dos coletores na obtenção de sementes para cultivo, bem como previsões de melhores épocas de colheita para comercialização de mexilhões. Objetivando comparar o IC em dois parques de cultivo de São Francisco do Sul (SC), analisou-se mexilhões provenientes de ambiente praial (Praia da Enseada - EM) e estuarino (baía da Babitonga - BB). As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de junho/2005 a junho/2006, sendo retirados de cada local 30 mexilhões com comprimento entre 7 e 8 cm. Após coletados, foram levados ao laboratório para limpeza das conchas; pesados e medidos individualmente; abertos para determinação do sexo e estágio sexual macroscópico. Os tecidos do molusco foram retirados da concha sendo pesados e medidos individualmente e mantidos em estufa a 60 ºC por 48 horas, para obtenção do peso seco individual. Para o cálculo do IC foi utilizada a fórmula [IC=peso seco das partes moles / peso total – peso da concha seca]. Os organismos da baía da Babitonga apresentaram maior IC na primeira quinzena de agosto com média 14,58 e desvio padrão 2,89 e, menor IC na segunda quinzena de junho com média 6,92 e desvio padrão 1,28. Já os exemplares da Enseada apresentaram maior IC na primeira quinzena de março com média 18,04 e desvio padrão 6,57 e, menor IC na segunda quinzena de dezembro com média 4,35 e desvio padrão 1,79. Os mexilhões da baía da Babitonga apresentaram um IC superior aos da Enseada na maioria das coletas, com exceção da segunda quinzena de agosto. Isso pode estar relacionado com o aporte de nutrientes característico das regiões estuarinas. Porém, a confirmação dessa característica só será realizada com estudos de composição de seston, material particulado e clorofila dessas regiões. As diferenças de IC indicam períodos diferenciados de desova mesmo para locais próximos geograficamente e, a necessidade de se acompanhar o ciclo sexual localmente quando das definições de períodos de colocação de coletores e de colheita para fins comerciais.

Apoio / Parcerias: CNPq, FAP-UNIVILLE, UFSC, EPAGRI e maricultores de São Francisco do Sul

COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMIFEROS NÃO-VOADORES NA APA DO RIO VERMELHO, SÃO BENTO DO SUL, SC.

  • Hiuta Rosvita Chrisóvão, Graduando, hiuta_@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Estevão Jasper Comitti, G, estevaocomitti@gmail.com
  • Iuri Salin Abou Anni, Graduando, iurisal@hotmail.com
  • Hiuta Rosvita Chrisóvão, Graduando, hiuta_@hotmail.com
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: mamiferos , São Bento do Sul, Diversidade

O Estado de Santa Cataria é um dos estados brasileiros menos conhecido quanto à sua mastofauna, principalmente para pequenos mamíferos terrestres, sobre os quais só existem trabalhos recentes, restritos à região litorânea, incluindo breves inventários em municípios. Diante disso, o presente trabalho pretende contribuir para o conhecimento dos pequenos mamíferos do estado. O estudo foi realizado na APA do rio Vermelho, município de São Bento do Sul, (049º18’27”W e 26º19’24,9”S), planalto norte de Santa Catarina. A região é coberta pela Floresta Ombrófila Densa Montana, com precipitação, temperatura média e umidade relativa do ar anuais de 1500mm, 16,7°, 88% respectivamente. Até o momento ocorreram duas campanhas de dez dias cada, uma em abril e outra em julho de 2006. Foram armadas sessenta armadilhas tipo live trap (trinta modelos Sherman e trinta Tomahawk), divididas em duas estações de coleta de trinta armadilhas, sendo vinte e cinco no solo e cinco suspensas a uma altura de dois a quatro metros. A identificação se fez no campo, visualmente, com o auxÍlio de guias taxonômicos e em laboratório, por meio de uso de literatura especializada e consulta a especialistas. Até o momento foram capturadas as seguintes espécies: (Rodentia) Oryzomys angouya, Oryzomys russatus, Oxymycterus cf. judex, Delomys dorsalys, Akodon sp.1, Akodon sp. 2, Oligoryzomys sp., Guerlinguetus aestuans, (Didelphimorphia) Phillander opossum. Esta última espécie foi a mais capturada e todas as espécies capturadas indicam uma comunidade de mata em estágio secundário de regeneração. O trabalho terá continuidade e os animais ainda não identificados, o serão com o auxílio de especialistas.

Comunidades de abelhas ocorrentes em Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM) em São Bento do Sul, SC

  • Vanessa Alves Valentini, Graduando, vanes_bio@hotmail.com
  • Hiuta Rosvita Christóvão, Graduando, hiuta_@hotmail.com
  • Vanessa Alves Valentini, Graduando, vanes_bio@hotmail.com
  • Denise M. D. da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Iuri Salim Abou Anni, Graduando, iurisal@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Abelhas, Sâo Bento do Sul, diversidade

As abelhas representam um dos grupos animais mais representativos da integridade dos ecossistemas pela sua diversidade, estreita correlação com a flora e estruturação social de abordagem ambiental. Este trabalho visa conhecer a diversidade da comunidade de abelhas que ocorre em área localizada em FODM assim como seus recursos florais em termos temporais. Montar uma coleção de referência da apifauna para a localidade, verificar as associações entre apifauna e flora, a semelhança desta biocenose com outras, os valores de índices de similaridade, diversidade e equabilidade assim como a freqüência de ocorrência das espécies também integram as metas. O estudo foi realizado no entorno do CEPA Rugendas, em São Bento do Sul, em área coberta primariamente por FODM (Mata Atlântica), com altitude de cerca de 600 m. As amostras são mensais, tendo se iniciado em março de 2006. Foi utilizado o método de captura ativa com rede entomológica, em transsecto, durante 6 horas por dia, e também observação visual. As plantas visitadas pelas abelhas foram coletadas para identificação. O material zoológico coletado foi preparado para identificação. Temperatura e umidade relativa foram anotadas ao longo do período de cada coleta. Foram realizadas até o momento 6 coletas, que totalizaram 534 espécimes de abelhas capturadas e 18 espécies de plantas forrageadas. As plantas se distribuem em 9 famílias, das quais foram as mais freqüentes Asteraceae, Zingiberaceae , Balsaminaceae Acanthaceae e Commelinaceae. As abelhas até o momento identificadas estão distribuídas em 6 famílias e totalizam 22 táxons sendo os mais recorrentes: Apis mellifera, Bombus atratus, Bombus brasiliensis, Trigona spinipes, Trigona hyalinata, Scaptotrigona sp 01, Plebéia sp 01, Trigona sp 01, Melípona sp 01, Megachile sp 01, além de outras espécies de Meliponinae e Megachilidae assim como de Halictidae, Colletidae, e Andrenidae. Os dados se referem a um período de coleta realizado no outono e no inverno. Os resultados analisados até o momento evidenciam uma grande diversidade de abelhas nesta área da Mata Atlântica. O prosseguimento das coletas e a apuração dos dados deverão poder confirmar este pressuposto, permitir a comparação com estudos realizados em áreas similares e obter uma avaliação mais nítida do perfil da localidade.

Apoio / Parcerias: Art.170/Fap-Univille

Conhecimento popular da fauna na serra dona franscisca, nordeste de SC.

  • CAMILA HELOISA SILVEIRA, Graduando, camila.heloisa@univille.net
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, psid@ilhanet.com.br
  • Camila Heloisa Silveira, Graduando, camila.heloisa@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: conhecimento popular, caça, extinção

Há muitos anos, a natureza era preservada por meio de lendas, crenças e histórias e o saber adquirido com o cotidiano era repassado para as gerações seguintes. Apesar dessa prática ter caído em desuso, é indispensável e oportuno que o conhecimento popular seja levado em conta, uma vez que se trata de instrumento para o manejo e a conservação de espécies e representa um importante patrimônio cultural. A área de estudo localiza-se na Serra Dona Franscisca entre Joinville e São Bento, e compreende Campo Alegre e as serras do Quiriri, Rio Bonito e Rio do Júlio. A vegetação é classificada como Floresta Ombrófila Densa, parte integrante do domínio da Floresta Atlântica, importante zona para a mastofauna local. Para este estudo, utilizou-se questionários semi-estruturados para obtenção de informações que possibilitaram identificar o grau de conhecimento do entrevistado sobre a região, acerca das variações estacionais das espécies, o status de conservação e ameaças que estas vêm sofrendo, assim como possíveis extinções locais. Percebeu-se que a região estudada sofre com a pressão antrópica em vários aspectos, tais como a caça desenfreada, o desmatamento, obtenção de recursos hídricos, especulação imobiliária, e até mesmo o ecoturismo que em situações inconscientes ocasiona interferência negativa para os animais. Notou-se que os entrevistados eram conhecedores da densidade, do comportamento das espécies locais e a importância das relações ecológicas. Durante as entrevistas percebeu-se que a maioria dos entrevistados sabem que antigamente a caça era praticada por ser o recurso mais próximo para obtenção da proteína animal, e hoje em dia preferem somente apreciar a beleza da natureza, reprovando assim qualquer forma de caça. Mas infelizmente, alguns desconhecem e não têm essa mesma responsabilidade, atacando os animais com a intenção de matá-los para evitar que os mesmos se aproximem de suas propriedades. Alguns também praticam a caça por lazer ou com intenção de obter alguma renda com a venda ilegal desses animais. Foram citadas 21 espécies, das quais 13 estão ameaçadas de extinção. Em razão disso é preciso fortalecer ou mesmo demonstrar à população e às autoridades locais a importância desses animais para a biodiversidade como um todo. Com esse levantamento espera-se contribuir de forma significativa para a divulgação do conhecimento popular para posterior aprofundamento científico acerca das espécies locais.

Apoio / Parcerias: art.170/FAP-Univille

Desenvolvimento do sarcoma 180 em ratos albinos swiss fêmeas

  • Eliziane Wuthstrack, Graduando, elizianew@bol.com.br
  • Márcia Luciane Lange Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Eliziane Wuthstrack, Graduando, elizianew@bol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Sarcoma 180, Ratos, Desenvolvimento

Sarcoma, termo que advém do grego e significa "crescimento carnoso", é um cancro do osso, cartilagem, tecido gordo, músculo, vasos sanguíneos, ou de outros tecidos do tipo conjuntivo ou de suporte. O sarcoma 180 é um bom modelo de estudo, pois as células são de fácil obtenção e manutenção. Histologicamente apresenta-se como massa sólida formada por células poliédricas de citoplasma basófilo e núcleo central, arranjadas em ninhos ou cordões, que invadem o músculo esquelético, tecido adiposo, nervos e vasos sangüíneos. Apesar de seu comportamento agressivo local, esta neoplasia não produz metástases. Pode ser transplantado por inoculação subcutânea, intramuscular ou intraperitoneal e cresce rapidamente em 90% a 100% dos animais inoculados, havendo regressão natural em 8% a 10% desses. Neste trabalho foi avaliado o crescimento e o desenvolvimento do Sarcoma 180 em ratos adultos fêmeas da espécie Swiss, separados em 2 grupos, o primeiro com concentração de indução tumoral de 25x 106 cel/mL e o segundo com 100x106 cel/mL. Cada grupo foi dividido em 5 subgrupos com 4 ratos, sendo que a cada 10 dias um subgrupo foi sacrificado e foi avaliado o desenvolvimento do tumor, através dos parâmetros de peso e volume. O experimento foi realizado por um período de 50 dias. A taxa de sobrevivência também foi avaliada. Nos resultados obtidos, tanto para o peso do tumor quanto para o volume, observou-se dependência da concentração de indução tumoral. Os valores médios para o peso do tumor foram de 0,90g para a menor concentração e 2,73g para a concentração maior. Com relação ao volume, foi observado um pequeno aumento até o vigésimo dia, intensificado após o trigésimo dia, apresentando um valor médio final de 23 cm3 para a maior concentração. A taxa de sobrevivência foi de 97,5%.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Determinação da toxicidade do bioinseticida Bti para controle de borrachudos (Simulídios).

  • Camila Janine de Liz, Graduando, camila_liz@yahoo.com.br
  • Giannini Pasiznick Apati, MSc, giapati@univille.br
  • Camila Janine de Liz, Graduando, camila_liz@yahoo.com.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Bioensaios, bioinseticida, Bacillus thuringiensis israelensis.

Tratamentos com inseticidas químicos são de grande valia no controle de vetores, atingindo suas formas adultas. Por outro lado, o bioinseticida a base de Bacillus thuringiensis israelensis - Bti atinge formas imaturas, exterminando-os antes mesmo que estes insetos-alvo possam se desenvolver por completo. O aumento da procura por bioinseticidas nos últimos anos tem incentivado cada vez mais o desenvolvimento de processos para obtenção do produto. A eficiência desse produto é atualmente determinada através de bioensaios. O objetivo deste trabalho foi avaliar o bioinseticida Bti produzido Fermentação Submersa (FS) e Fermentação em Estado Sólido (FES), utilizando os resíduos agroindustriais quirela de arroz, casca de banana e bagaço de cana-de-açúcar como substratos. Os bioensaios foram realizados a partir da criação massal de imaturos de Culicídeos (Aedes aegypti) empregando o método descrito por DRAFT (1999). Para os testes foram utilizadas 25 larvas de 4º instar inicial, acondicionadas em 150 mL de água desclorada. Os testes foram realizados com seis diferentes concentrações do produto, com cinco repetições em dias diferentes. A leitura da mortalidade foi realizada 24 horas após exposição das larvas ao produto. Todos os bioensaios foram conduzidos a 22 °C ± 2 °C com fotoperíodos de 12h por dia. Os testes realizados até o momento indicaram que o produto obtido por FES não apresentou mortalidade das larvas até concentrações de 15 mg/L. O produto obtido por FS, apresentou mortalidade a partir de 4 mg/L. Foram feitos novos produtos de Bti por FES e FS que serão submetidos a bioensaios.

Apoio / Parcerias: FAP-Univille

EPÍFITOS VASCULARES SOBRE QUATRO FORÓFITOS EM DIFERENTES NÍVEIS ALTITUDINAIS NO MORRO DA TROMBA, JOINVILLE - SC

  • Werner Siebje Mancinelli, Graduando, werner.siebje@univille.net
  • Werner Siebje Mancinelli, Graduando, werner.siebje@univille.net
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Epífitos, Florística, Morro da Tromba

O Morro da Tromba está localizado no município de Joinville, região norte do estado de Santa Catarina. Com 967 metros de altura e está coberto por Floresta Ombrófila Densa Submontana, Montana e Altomontana. Com o objetivo de amostrar a riqueza de epífitos vasculares sobre forófitos de grande porte, foram selecionadas quatro árvores em diferentes altitudes, levantadas as espécies de epífitos vasculares e verificada a similaridade entre eles. Por meio de métodos de escalada em árvores, foram realizadas coletas de material fértil, que foi herborizado, identificado e incluído no acervo do Herbário Joinvillea, da UNIVILLE. O primeiro forófito, a 380 metros de altitude, no limite entre a Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana, é o maior dos forófitos selecionados; nele foram identificadas 72 espécies, de 16 famílias botânicas. O segundo forófito, a 670 metros de altitude, em Floresta Ombrófila Densa Montana, apresentou 77 espécies, pertencentes a 18 famílias. O terceiro forófito, a 920 metros de altitude, em Floresta Ombrófila Densa Altomontana, apresentou 50 espécies, pertencentes a 16 famílias. O quarto forófito, o menor dos quatro selecionados, por integrar a vegetação de topo do morro, a qual é de porte mais reduzido devido aos rigores ambientais, apresentou 24 espécies de epífitos, compreendidas em 11 famílias. No total foram identificadas 137 espécies, de 19 famílias, sendo Aechmea ornata Baker, Philodendron loefgrenii Engl. e Polypodium catharinae Langsd. & Fisch. as espécies mais representativas. Em todos os forófitos do estudo, a família Orchidaceae foi a que se sobressaiu em número de espécies, seguida por Bromeliaceae e Polypodiaceae. Comparando-se os resultados com estudos fitossociológicos realizados no Vale do Itajaí, foram identificadas, nos quatro forófitos do Morro da Tromba, 18 espécies citadas como raras e cinco como muito raras na Floresta Ombrófila Densa. A riqueza de epífitos encontrada, principalmente nos dois primeiros forófitos, é alta; no entanto, os dados são escassos com relação à composição florística de epífitos vasculares nesta área de estudo, fato que pode ser evidenciado pela baixa similaridade entre os forófitos.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Escore de Risco de Khan e Estimativa de Sobrevida em Pacientes em Hemodiálise (HD)

  • Vera Lúcia Braatz, Graduando, vera_braatz@yahoo.com.br
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netsivion.com
  • Jean André Hammes, Graduando, jah@smo.com.br
  • Felipe Pfuetzenreiter, Graduando, felipepf@yahoo.com
  • Vera Lúcia Braatz, Graduando, vera_braatz@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise, Comorbidades

A sobrevida dos pacientes em terapia de substituição renal (TSR) é influenciada por múltiplos fatores, tais como idade, doenças coexistentes e a técnica utilizada. Apesar dos avanços na terapia dialítica, as taxas de mortalidade na TSR permanecem acentuadamente elevadas. Estudos prévios tem tentado estimar a sobrevida desses pacientes, baseados na existência de comorbidades ao início da hemodiálise. Khan e cols (1993) elaborou uma estratificação de risco capaz de predizer a sobrevida em 2 anos em alguns centros. Conduzimos um estudo retrospectivo visando verificar a reprodutibilidade deste escore em nosso meio. O objetivo da pesquisa foi avaliar a reprodutibilidade da estratificação de risco de Khan (Lancet, 341:1993) para estimativa de sobrevida de 2 anos em pacientes em HD. Identificamos todos pacientes que iniciaram diálise no período de 29/03/1999 a 24/08/2004 na Clínica de Nefrologia de Joinville, uma unidade satélite de hemodiálise. Foram excluídos aqueles com história prévia de diálise em outro local e os que perderam o seguimento. Registramos idade e comorbidades ao início da terapia de substiuição renal e estratificamos conforme Khan. A mortalidade observada por grupo foi comparada com os valores esperados (qui-quadrado) e a sobrevida actuarial foi determinada pelo método de Kaplan-Meier comparando as curvas pelo teste de long-rank. De 41 pacientes, 4 foram excluídos (óbito < 3 meses). Os resultados de sobrevida de 2 anos são (risco: observada, esperada, n, p): baixo: 100%, 87-94%, 15, ns; médio: 66,7%, 69-71%, 12, ns; elevado: 25,7%, 43-49%, 10, p=0,01 (RR 1,43, IC 1,10-1,87). A sobrevida observada entre os grupos de risco mostra diferença significativa (p=0,0041). A estratificação de riscos de Khan foi reprodutível nos grupos de risco baixo e médio. No grupo de risco elevado observamos um mortalidade maior que a esperada, sugerindo que, em nosso meio, essa ferramenta pode não ser adequada.

ESTUDO PRELIMINAR DOS ASPECTOS ECOLÓGICOS DE UM GRUPO DE MACACO-PREGO (Cebus nigritus,) NA RPPN VOLTA VELHA NO MUNICÍPIO DE ITAPOÁ, SC.

  • Heitor Grochoski Matias, Graduando, hgmatias@yahoo.com.br
  • Heitor Grochoski Matias, Graduando, hgmatias@yahoo.com.br
  • Sidnei S. Dornelles, MSc, psid@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC

Palavras-chave: Cebus nigritus, Ecologia , Mata atlântica

No Estado de Santa Catarina é citada a ocorrência de apenas dois gêneros de primatas, Alouatta e Cebus, ambos com ampla distribuição pelo país. Cebus nigritus, conhecido popularmente como macaco-prego, distribui-se nas diversas formações florestais na parte sudeste e meridional da Mata Atlântica, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Apesar desta ampla distribuição geográfica pelo país, a maior parte dos estudos com macaco-prego foi realizada na Amazônia, e pouco se sabe do estado desta espécie em Mata Atlântica. O presente trabalho tem como objetivo estudar os aspectos ecológicos de um grupo de C. nigritus ocorrentes no município de Itapoá-SC. O estudo está sendo realizado desde março de 2006 na RPPN Volta Velha, uma área de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas situada no município de Itapoá- SC que possui cerca de 1.186 ha com altitude próxima de 9 metros, mantendo 5 km de distância do Oceano Atlântico. Inicialmente foi aplicando o método Ad libitum para habituação e entendimento base do grupo em questão, além da adequação dos métodos a serem utilizados. Paralelamente, está sendo realizado o preparo da área de estudo através da construção de um sistema de trilhas (quadrantes) englobando a área domiciliar do grupo, as quais facilitam o deslocamento do pesquisador e a localização do grupo, contribuindo para determinar rotas e distâncias percorridas pelos mesmos. Até o momento, foram realizadas 138 horas de esforço amostral, das quais 16 compreendem o acompanhamento do grupo, o que reflete a dificuldade de encontro e registro das atividades comportamentais destes primatas. Como resultados preliminares nota-se a grande área de vida e elevado deslocamento diário do grupo de estudo, sendo animais extremante ativos, gastando grande parte do seu tempo para forrageio e deslocamento, mostrando preferência pela parte central do dossel da floresta. Estes primatas apresentam uma dieta variada, consumindo material vegetal diverso (frutos, sementes e folhas) ainda não identificado, além de insetos e da base foliar de bromélias. Foram coletadas e analisadas três amostras fecais contendo sementes e restos de insetos, estes últimos em situação de difícil identificação. Os resultados adquiridos com este projeto possibilitarão o conhecimento do status de conservação da população em questão, contribuindo com estratégias e subsídios conservacionistas, como informações para corredores biológicos e o uso de uma espécie carismática para conservar o bioma Mata Atlântica. Além de contribuir pra o conhecimento local, levando em conta o grande potencial biológico da região.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Fotoidentificação digital da população de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga

  • Denis Alessandro Hille, Graduando, denishille@ig.com.br
  • Marta Jussara Cremer, MSc, mjc2209@yahoo.com.br
  • Denis Alessandro Hille, Graduando, denishille@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Sotalia guianensis, fotoidentificação, padrões de residência

A fotoidentificação é uma ferramenta utilizada para diversas finalidades e uma delas é a definição de padrões de residência. O presente trabalho visa complementar o catálogo de fotoidentificação da população de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina, assim como analisar os padrões de residência dos animais e seu grau de fidelidade. O catálogo foi iniciado em 2000 e conta com 52 indivíduos identificados até o momento. O método se baseia na obtenção de fotos da nadadeira dorsal dos golfinhos, onde são identificadas marcas naturais ou adquiridas, como mutilação, “nicks”, arranhões, áreas esbranquiçadas e patologias de pele, identificando cada um dos indivíduos. As fotos foram obtidas a partir de um barco com 5,5 metros de comprimento, utilizando uma câmera digital Canon EOS 20D de 8 Mp. Os registros foram efetuados apenas em condições do mar até Beufort 2. Foram realizadas até o momento 9 saídas a campo para a obtenção de registros fotográficos, entre os meses de abril e agosto. Para as análises foram utilizadas apenas fotos de boa qualidade. Foram batidas até o momento 791 fotos, das quais 111 (14%) foram analisadas. Primeiramente foram feitas comparações com animais já identificados, e catalogados os indivíduos até então não identificados. Setenta e seis fotos (68%) mostraram indivíduos já identificados anteriormente, sendo que o restante (32%) mostraram animais com marcações novas, correspondendo a 8 indivíduos.

Apoio / Parcerias: FAP-Univillle

Identificação de carotenóides em uma fração obtida da solução extrativa éter de petróleo de folhas de Ocimum basilicum L.

  • Mayara Medeiros Doile, Graduando, mayaradoile@ig.com.br
  • Gustavo de Almeida Chagas Fernandes, Graduando, guto_acf@yahoo.com.br
  • Marcos Rodrigues, Graduando, marcos_jlle@yahoo.com.br
  • Mayara Medeiros Doile, Graduando, mayaradoile@ig.com.br
  • Luciano Soares, MSc, lsoares@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Ocimum basilicum, carotenóides, cromatografia em camada delgada

O Ocimum basilicum L. (Lamiaceae), conhecido como manjericão, é utilizado popularmente contra inflamações e convulsões. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a fração (FLEP) obtida por cromatografia em coluna da solução extrativa éter de petróleo (EP), preparada por Soxhlet a partir de folhas de O. basilicum. A caracterização da FLEP foi realizada por cromatografia em camada delgada (CCD - gel de sílica-200 ¼m; revelação sob luz visível, 254 e 360 nm e após reação com anisaldeído sulfúrico 0,5%-AS), sendo necessária a eluição da placa em dois eluentes diferentes, em CCD por gradiente. O primeiro eluente aplicado foi EP:Benzeno:Acetato de etila 1:3:1 com uma corrida de 5 cm, e o segundo eluente foi EP com corrida de 10 cm. A identificação dos carotenóides foi realizada por espectroscopia de absorção no ultravioleta, utilizando soluções de EP e clorofórmio na concentração de 250 ¼g/mL de FLEP. Foi realizada uma varredura de 600 a 200 nm e os resultados foram comparados aos espectros descritos por Harborne (1998). No sistema cromatográfico descrito a FLEP apresentou 9 manchas: I–roxa após AS, Rf 0,4; II–amarela sob luz visível, Rf 0,44; III–roxa após AS, Rf 0,48; IV–roxa após AS, Rf 0,53; V–amarela sob luz visível, Rf 0,57; VI–roxa após AS, Rf 0,7; VII–vermelha após AS, Rf 0,76; VIII–roxa após AS, Rf 0,92; IX–azul após AS, Rf 0,96. Na identificação de carotenóides, a solução de EP apresentou um espectro com 3 picos de absorção (472, 446 e 424 nm), enquanto a solução clorofórmica apresentou 2 picos de absorção (485 e 461 nm). Estes espectros são característicos de carotenóides e evidenciam a presença de substâncias análogas ao ±-caroteno ou luteína na FLEP. A presença de carotenóides também pode ser suportada pelas manchas II e V da CCD, as quais possuem coloração amarela sob luz visível, e podem representar dois ou mais carotenóides. Além disso, a lipossolubilidade apresentada pela FLEP é uma característica semelhante à solubilidade destes pigmentos. Estudos quanto a bioatividade da FLEP no modelo de Artemia salina, bem como sua atividade antioxidante utilizando DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) estão em andamento. A purificação e possível isolamento das substâncias da fração analisada brevemente serão realizados por HPLC, podendo esta(s) substância(s) subsidiar a obtenção de um marcador químico para a espécie.

Apoio / Parcerias: Bolsa Artigo 170

Impacto da fragmentação sobre o(s) grupo(s) de Alouatta guariba no Distrito Industrial Norte de Joinville - SC.

  • GUILLERMO MUELAS SANGIAO, Graduando, guillermo.muelas@univille.net
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.edu.br
  • GUILLERMO MUELAS SANGIAO, Graduando, guillermo.muelas@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Primatas , Fragmentação, Joinville

A fragmentação de habitat é o processo pelo qual uma grande e continua área de habitat é tanto reduzida em sua área, quanto dividida em fragmentos. Na região do Distrito Industrial de Joinville/SC (26°14’21”S e 48°52’02” W) a ocupação antrópica tem aumentando o número de fragmentos. Um dos fatores determinantes para a elaboração deste projeto foram os atropelamentos, em anos passados, de três bugios-ruivo (Alouatta guariba clamitans), na Av. Edgar Meister evidenciando que havia uma população e que provavelmente esta estaria isolada. Sendo assim, o projeto tem por objetivo avaliar a ocorrência e a distribuição do bugio na região do Distrito Industrial. Como método de trabalho, os fragmentos da região com mata nativa foram divididos em quadriculas de 250 x 250 m, denominados unidades amostrais, as quais estão sendo percorridas. Na presença de bugios, ou de vestígios destes (fezes), a quadrícula foi registrada e as árvores do ponto marcadas com fitas indicativas, considerou-se também ainda a vocalização, paralelamente, vai se avaliar a vegetação com o intuito de estabelecer as relações entre estrutura do habitat e o primata. Essas unidades começaram a ser monitoradas em abril de 2006, e a totalidade dos registros de presença dos primatas concentram-se no fragmento principal que possui 74,3 ha. As vocalizações na maioria das vezes variaram nos horários entre 10:30 à 13:00. Três grupos foram avistados, o maior era composto por dois machos , sendo um dominante, duas fêmeas adultas uma delas com um infante, e dois juvenis; o outro grupo era composto por dois machos sendo um dominante, duas fêmeas e um juvenil e ainda um terceiro grupo, composto por um macho dominante e duas fêmeas. Nos fragmentos periféricos nenhuma evidência dos animais foi observada. Os dados ainda são preliminares e possivelmente a continuidade das atividades levantará mais dados sobre a dinâmica de A. guariba em áreas fragmentadas.

Apoio / Parcerias: Artigo 170 FAP-Univille

IMPORTANCIA DO RASTREAMENTO DOS ATESTADOS DE OBITO EM JOINVILLE

  • Juliana Viesi, Graduando, juviesi@yahoo.com.br
  • Carla Heloísa Cabral Moro, E, moroch@netvision.com.br
  • Norberto Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br
  • Scheila Gechele, Graduando, scheilagechele@yahoo.com.br
  • Juliana Viesi, Graduando, juviesi@yahoo.com.br
  • Anderson Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC

Palavras-chave: acidentes cérebro-vasculares , mortalidade, atestados de óbito

Baseado nos Indicadores de Mortalidade de 1997 do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade do Brasil(32,3%). Apesar de sua importância médico-social, são raros os estudos epidemiológicos sobre morbi-mortalidade no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com a Sociedade Internacional de acidentes cérebro-vasculares (AVC) e com a Federação Mundial de Neurologia tem incentivado o monitoramento prospectivo de dados epidemiológicos através de um programa de coleta de dados em três estágios de complexidade com a fundamentação teórica e prática para que cada serviço possa implementar sua base de dados - WHO STEPwise surveillance. O segundo estágio é desempenhado através do monitoramento dos atestados de óbito(AO) ou através de autópsias. O banco de dados de base populacional em AVC de Joinville (estudo JOINVASC), segue a metodologia em três estágios proposta pela OMS. Iniciado em janeiro de 2005, a previsão de coleta de dados é de três anos e objetiva definir a incidência, mortalidade e fatalidade por caso ajustado a populações padronizadas por sexo e faixas etárias. O objetivodo trabalho foi avaliar qual o incremento que o segundo estágio da metodologia proposta pela OMS pode fornecer aos dados obtidos no primeiro estágio realizado a nível hospitalar, a partir do estudo JOINVASC. Todos os AO ocorridos em Joinville no ano 2005 foram coletados, tendo como primeiro episódio de AVC quaisquer CID relacionados com AVC (CID 10: I61 a I69, G45 e R99-causa desconhecida). Os AO não captados previamente foram correlacionados com prontuário, TC de crânio e busca ativa domiciliar. 296 casos foram evidenciados. Dessa amostra, foram excluídos 145 casos. O motivo para exclusão em 87 casos foi por inconsistência clínico-radiológica na análise dos prontuários. A busca ativa domiciliar excluiu os 58 casos restantes (46 pacientes não encontrados, 7 com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, 3 com óbitos antes de 24 horas e 2 desconhecidos). Outros 62 casos não eram óbitos em primeiro evento de AVC e também foram excluídos. O banco de dados do JOINVASC identificou 63 óbitos em primeiro episódio de AVC a nível hospitalar (primeiro estágio). O segundo estágio confirmou mais 26 AO consistentes com AVC (14 casos foram confirmados na correlação com prontuários e 12 casos pela busca ativa domiciliar). O rastreamento, correlação e busca ativa dos AO, permitiram um incremento de 11,35% (26/229) na amostra.

Levantamento das espécies de aranhas encontradas no município de Joinville e dos acidentes aracnídicos ocorrentes

  • Adilson Kuntz, Graduando, adi.k@ig.com.br
  • Denise M. D. S. Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Adilson Kuntz, Graduando, adi.k@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Aranha, Picadas, Acidentes

As aranhas são artrópodes importantes ecologicamente, no entanto, no município de Joinville, há uma escassez de estudos a respeito desses animais. Visando obter informações, foram analisados: incidência de picadas por aranhas, identificadas as principais famílias encontradas no município e montada uma coleção de referência da Ordem Araneae na UNIVILLE. Para a incidência de picadas, realizou-se um levantamento dos casos de picaduras de aranhas reportados à Secretaria do Estado da Saúde (SES), sita em Joinville, ocorridos de 1994 até o presente, em prontuários de toda a região e realizadas 14 entrevistas na área da saúde, em 14 pontos de referência em Joinville (postos de saúde, pronto socorros e farmácias conhecidas), escolhidos aleatoriamente. Para a identificação das famílias de aranhas, foram analisados os espécimes conservados no acervo do Laboratório de Biologia da UNIVILLE e realizadas 8 coletas (armadilhas pitfall e guarda-chuva entomológico), instaladas nos bairros Vila Nova, Bom Retiro, Glória e Itinga, verificadas a cada 07 dias, além de captura ativa de março a outubro de 2006 . O material foi conservado em álcool 70%. Foram levantados 408 casos de picaduras, dos quais 391(95,83%) não têm relato exato da aranha picadora embora , em alguns, sejam relatadas espécies dos gêneros Phoneutria, Loxosceles e Lycosa. As entrevistas revelaram que nem todos os casos de picadura de aranhas foram registrados pois muitos eram resolvidos apenas nas farmácias (uso do soro) ou com “simpatias”. Também viu-se que, até o ano de 1994, existiam muitos casos de picaduras não registrados pois geralmente o indivíduo picado era levado ao hospital, sem notificação ao SES. Atualmente, tem havido poucos relatos de picadura e é sabido que o indivíduo picado deve ser conduzido ao hospital, embora muitos não saibam que a aranha deve ser encaminhada junto. Constatou-se que não há informativos ou treinamento preventivo quanto à picada de tais animais nos estabelecimentos entrevistados. Quanto à coleção de referência, o material zoológico analisado e coletado até o momento totalizou 196 espécimes, sendo que 81,63% pertencem à Subordem Labdognatha, 10,72% à Subordem Orthognatha e para 7,65% não foi possível a identificação. As famílias predominantes foram Ctenídae (22,96%), Lycosydae (9,69%), Zodariidae (18,88%) e Saltícidae (11,22%). Estes dados confirmam a literatura e trabalhos realizados em Criciúma e Chapecó, no que se refere à aracnofauna urbana, sua investigação devendo ser continuada.

Apoio / Parcerias: Artigo 170 FAP-Univille

Levantamento de Orchidaceae e Pteridophyta em três ilhas da Baía da Babitonga.

  • Guilherme do Amaral, Graduando, gda_amaral@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, cynt.bc@terra.com.br
  • Guilherme do Amaral, Graduando, gda_amaral@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Ilhas, Orchidaceae, Pteridophyta

As ilhas situadas no interior da Baía da Babitonga detêm uma grande diversidade biológica, apresentando importante papel ecológico e econômico. Devido a diversidade da vegetação encontrada nas ilhas, objetivou-se, por meio deste trabalho, colaborar com o conhecimento sobre a flora insular, através da identificação das Orchidaceae e Pteridophyta encontradas em 3 ilhas da Baía. O levantamento foi desenvolvido nas ilhas dos Papagaios, Cação e Alvarenga, sendo a primeira localizada no município de Araquari e as demais em São Francisco do Sul. Este trabalho também está sendo realizado nas ilhas das Claras, Araújo de Dentro, Araújo de Fora e Araújo do Meio, porém essas não apresentaram resultados significativos até o momento. Coletas de material fértil foram realizadas uma vez ao mês em cada ilha. O material coletado foi trazido ao herbário da UNIVILLE, onde foi prensado e herborizado para posteriormente ser identificado com o auxílio de técnicos do Herbário Barbosa Rodrigues, de Itajaí. As coletas resultaram em 17 espécies de Orchidaceae: na ilha dos Papagaios as espécies Epidendrum latilabre Lindl, Liparis nervosa (Thunb. ex Murray), Encyclia fragrans (Sw.) Dressler Lind e Vanilla chamissonis Klotzsch predominaram; nas ilhas Cação e Alvarenga foi verificada Epidendrum latilabre Lindl como a espécie mais encontrada. O epifitismo foi o modo de vida prevalecente, representado por 13 espécies (Epidendrum latilabre, entre outras) seguida por 3 terrícolas (Liparis nervosa (Thunb. ex Murray) Lindl., Aspasia lunata Lindl. e Cyrtopodium paranaense Schltr), e apenas 1 hemi-epífita (Vanilla chamissonis Klotzsch). Para as Pteridophyta, 19 espécies foram localizadas nas 3 ilhas, sendo mais comum na ilha dos Papagaios Pteridium aquilinum (L.) Kuhn, indicativa da ação antrópica que vem descaracterizando a vegetação nas ilhas, e Microgramma vacciniifolia (Langsd. & Fisch.) Copel. Na ilha do Cação Pteridium aquilinum foi a espécie predominante e na Alvarenga, Microgramma vacciniifolia. A forma de vida predominante para as Pteridophyta foi a terrícola representada por 15 espécies (Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin e. Trichomanes pilosum Raddi, entre outras) e 4 lianas (Lygodium volubile Sw., Microgramma vacciniifolia, Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd. e Pleopeltis percussa (Cav.) Hook. & Grev. ). As espécies coletadas foram encontradas em áreas com vegetação compatível à Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e Restinga. Esse levantamento contribuiu com o conhecimento sobre a família Orchidaceae e sobre as Pteridophyta que ocorrem nas ilhas da Baía da Babitonga. Apoio FAP/UNIVILLE.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

MACROBENTOS SUBLITORAL DE FUNDOS INCONSOLIDADOS DOS CANAIS DO PALMITAL E DO LINGUADO NA BAÍA DA BABITONGA, SANTA CATARINA.

  • Aline Gonzalez Egres, Graduando, alinegres@bol.com.br
  • Leonardo Schlogel Bueno, Graduando, lecobueno@gmail.com
  • Bianca Pismel Almeida, Graduando, biancapismel@walla.com
  • Jenyffer Vierheller Vieira, Graduando, jenyffer.v.v@bol.com.br
  • Aline Gonzalez Egres, Graduando, alinegres@bol.com.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Associações macrobentônicas, Canal do Linguado, Canal do Palmital

O estudo das associações da macrofauna bentônica de fundos inconsolidados tem grande relevância ecológica em ecossistemas aquáticos estuarinos. Esses organismos contribuem com a degradação da matéria orgânica, são alimentos para os níveis tróficos superiores e são comumente utilizados como indicadores dos gradientes de variação de um estuário. Existem poucas informações sobre as comunidades macrobentônicas sublitorais dos canais do Palmital e do Linguado, que correspondem ao setor interno da Baía da Babitonga e estão orientados a NW e SE respectivamente. Esses canais são considerados importantes vias da matéria oriunda do aporte de drenagem continental da região. O objetivo do trabalho foi determinar a composição e a dominância dos organismos macrobentônicos no sublitoral inconsolidado nos canais do Palmital e do Linguado. Amostras da macrofauna foram coletadas em cinco pontos no Canal do Palmital e em seis pontos no Canal do Linguado a uma profundidade média de 6 metros. O material retido em uma peneira 500 µm foi triado em microscópio estereoscópio e os organismos conservados em frasco com formalina 10% neutralizada e posteriormente identificados. Amostras de sedimentos foram coletadas para determinar as concentrações de matéria orgânica e carbonato de cálcio. A salinidade e a temperatura da água foram determinadas com um multianalisador Horiba. Em geral as porcentagens de matéria orgânica e carbonato de cálcio foram superiores no Canal do Linguado quando comparadas às do Palmital. A salinidade variou de 17,6 a 25,6 no Canal do Palmital e de 25,8 a 28,3 no Canal do Linguado. A temperatura variou entre 22,2 e 23,4ºC no Palmital e 20,9 e 22,7ºC no Canal do Linguado. Polychaeta foi o grupo dominante nos canais do Palmital e do Linguado, com 92 e 94% respectivamente. Os táxons que apresentaram maior densidade no Palmital foram Scoloplos sp. (14,5%), Parandalia tricuspis (13,8%), Nothria sp. (11%), Dispio sp. (9%) e Owenia sp. (6,5%); e no Canal do Linguado dominaram Polydora sp. (65,3%), Magelona sp. (5,5%), Parandalia sp. (5%) e Poecilochaetus sp. (4,5%). O maior número de táxons no Canal do linguado, representado pelo poliqueta Polydora sp., pode estar relacionado com a maior disponibilidade de matéria orgânica e carbonato de cálcio. Entretanto, o decréscimo do número e da abundância dos táxons no Canal do Palmital pode estar associado a menores valores de salinidade. Apesar dessas observações, as análises são preliminares e representam dados parciais relacionados às comunidades macrobentônicas dos canais estudados.

Apoio / Parcerias: Artigo 170 da Constituição Estadual (Governo do Estado de Santa Catarina) FAP-UNIVILLE

Macrofauna bentônica no eixo principal da baía da Babitonga, Santa Catarina, Brasil

  • Jenyffer Vierheller Vieira, Graduando, jenyffer.v.v@bol.com.br
  • Bianca Pismel de Almeida, Graduando, biancapismel@walla.com
  • Leonardo Schlogel Bueno, Graduando, lecobueno@gmail.com
  • Aline Gonzalez Egres, Graduando, alinegres@bol.com.br
  • Jenyffer Vierheller Vieira, Graduando, jenyffer.v.v@bol.com.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Sublitoral inconsolidado,, macrofauna bentônica,, baía da Babitonga

A Baía da Babitonga constitui uma das maiores formações estuarinas do litoral norte de Santa Catarina com dois eixos nas orientações NE – SW que correspondem ao eixo principal, e ao eixo NW – SE onde estão os canais do Palmital e do Linguado. Nos fundos inconsolidados sublitorais da baía se desenvolvem comunidades macrobentônicas que respondem à composição do sedimento e os padrões de circulação locais. Esses organismos podem ser indicadores das condições do substrato, podendo apresentar maior sensibilidade a perturbações ambientais. O objetivo do trabalho foi determinar os padrões de dominância do macrobentos no sublitoral inconsolidado em 16 pontos distribuídos ao longo do eixo principal da baía. As amostras foram retiradas em 6 metros de profundidade através de mergulho autônomo com o auxílio de um amostrador cilíndrico de aço com 25 cm de diâmetro por 15 cm de altura. As amostras foram previamente lavadas em campo com uma sacola de malha com abertura de 500 ¼m. O material foi triado sob microscópio estereoscópio e os organismos da macrofauna bentônica identificados e preservados em frascos com formalina 10% neutralizada. Amostras de sedimento foram retiradas para determinar as porcentagens de matéria orgânica e carbonato de cálcio, e amostras de água para determinar a temperatura e a salinidade. A porcentagem média de matéria orgânica foi de 1,1% nos pontos próximos da desembocadura da baía e de 11,1% nos pontos intermediários e internos. A concentração média de carbonato de cálcio nas proximidades da desembocadura foi de 3,8% e aumentou para 18,9% nos pontos intermediários e internos. A temperatura e a salinidade da água apresentaram pouca variação, com valores médios de 22,8°C e 27,03 respectivamente. Os organismos dominantes foram Polychaeta (86%), Crustacea (8,1%) e Echinodermata (2,7%). Foram encontrados 67 táxons e o poliqueta Magelona sp. (38,5%) foi o mais abundante, seguido de Aricidea abatrossae (8,2%), Parandalia tricuspis (5%), Dispio sp. (4%), Poecilochaetus sp. (3,4%) e Armandia sp. (3,4%). A abundância de Magelona sp. e Aricidea abatrossae tenderam a aumentar nos pontos internos da baía, acompanhando as concentrações de matéria orgânica e carbonato de cálcio. Esse aumento ocorreu pela proximidade dos pontos com a foz do Canal do Palmital, área que tende a aumentar a deposição sedimentos mais finos, ao contrário dos pontos próximos da desembocadura da baía, onde dominou Armandia sp. A análise preliminar dos dados demonstrou que ocorre influência direta da composição do sedimento sobre a macrofauna bentônica sublitoral no eixo principal da baía.

Apoio / Parcerias: FAP-UNIVILLE

Medicina Baseada em Evidências

  • Leonardo Souza de Carvalho, Graduando, leocarvalho.sc@gmail.com
  • Carlos Augusto Cardim de Oliveira, Dr(a), cardim.joi@terra.com.br
  • Leonardo Souza de Carvalho, Graduando, leocarvalho.sc@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Medicina baseada em evidências, prevenção primária, rastreamento

A MBE se traduz pela prática da medicina em um contexto em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação científica de modo a melhorar a qualidade da assistência médica (Evidence-Based Medicine Working Group, 1992). Partindo-se do fato do encarecimento da medicina contemporânea devido à gama de procedimentos disponíveis (nem sempre necessários), justifica-se a pesquisa sobre quais procedimentos são realmente necessários para prevenção e detecção das doenças de triagem clínica mais freqüentes. Com a Metodologia da MBE foram buscadas as melhores recomendações a respeito das seguintes condições: abuso de álcool, atividade física, bacteriúria assintomática, câncer coloretal, câncer de colo de útero, câncer de mama, depressão, desordens lipídicas, diabetes (I e II), doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial, incompatibilidade mãe-feto para o fator RH, infecção por clamídia, obesidade, osteoporose, exames pré-natais, sífilis, tabagismo e distúrbios da visão. O objetivo é selecionar métodos de rastreamento de doenças para os quais tenham sido demonstrados resultados relevantes de efetividade e eficiência e propor um modelo operacional para a implantação racional de programas de prevenção primária e secundária. Revisão da literatura científica em base de dados eletrônicas de instituições governamentais brasileiras e internacionais. Com o auxílio do Excel MS, criação de matriz operacional em planilha, contendo a descrição das ações selecionadas, a população-alvo para cada uma delas (sexo e idade), a periodicidade para a realização dos procedimentos, o valor aproximado unitário e total de cada procedimento. Observou-se que muitas instituições divergem quanto à recomendação de procedimentos preventivos. Foram somente indicados os procedimentos para os quais, pelo menos duas instituições pesquisadas confirmavam haver evidências científicas suficientes para recomendação dos mesmos. Muitas práticas aparentemente “aconselháveis” para prevenção de doenças não encontram evidências suficientes de eficácia para sua recomendação. Isto repercute no aumento dos custos com a saúde e conseqüentemente, em uma relação custo-benefício desfavorável. Diante do exposto, percebe-se a importância da atualização do conhecimento médico, e o papel fundamental da MBE nesse âmbito. Selecionamos até o momento vinte e uma entidades clínicas para as quais procedimentos clínicos são recomendados e estamos construindo uma planilha das ações indicadas de acordo com a idade e sexo, a qual será apresentada.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

Medida da atividade da enzima glicose frutose oxidoredutase em Zymomonas mobilis ATCC 29191 imobilizadas em alginato comercial, visando a produção de sorbitol e ácido glucônico.

  • Renata Lia Frantz, Graduando, frantzinha@yahoo.com.br
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.edu.br
  • Renata Lia Frantz, Graduando, frantzinha@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Zymomonas mobilis , imobilização, sorbitol

Zymomonas mobilis em presença de uma mistura de glicose e frutose ou de sacarose, possui a capacidade de produzir sorbitol e ácido glucônico. Neste processo, a enzima glicose-frutose oxidorredutase (GFOR) (EC 1.1.99) oxida glicose e reduz frutose a gluconolactona e sorbitol, respectivamente. A gluconolactona por sua vez, é hidrolisada a ácido glucônico pela enzima gluconolactonase (ZACHARIOU & SCOPES, 1986). Vários tipos de matrizes tem sido utilizados para a imobilização de células de Z. mobilis ao longo dos últimos anos. Os principais tipos de matrizes utilizados foram k-carragena, alginato de sódio e boro silicato (CHUN & ROGERS, 1988; BRINGER-MEYER & SAHM, 1991). O presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade da enzima glicose frutose oxidoredutase da Zymomonas mobilis ATCC 29191, visandoa possibilidade de utilização de alginato comercial como alternativa nos ensaios de biotranformação. As marcas de alginato comercial testados foram o SKW-Biosystems do Brasil tipo Satialgine S1100X; SANOFI do Brasil tipo Satialgine SF 1000G e S 1100G e SIGMA, tipo Alta, Média e Baixa viscosidade.

METODOLOGIA DE TREINAMENTO, ATRAVÉS DE ATIVIDADES DIFERENCIADAS, VISANDO MELHORA NOS NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA EM IDOSOS

  • Juniara Cristina Lima, Graduando, juni_ef@yahoo.com.br
  • Juniara Cristina Lima, Graduando, juni_ef@yahoo.com.br
  • Helena Poffo, Graduando, helena.poffo@univille.net
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla@joinville.udesc.br
  • Eriberto Fleischmann, MSc, eribertofleischmann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: metodologia, aptidão física, idosos

Mudanças no desempenho físico ocorrem durante o processo de envelhecimento, através da atividade física regular esse processo pode ser minimizado, melhorando o desempenho em atividades diárias, relacionando-se diretamente com a qualidade de vida do idoso. O objetivo deste trabalho é propor uma metodologia de treinamento, através de atividades diferenciadas, visando melhora nos níveis de aptidão física em idosos. A amostra foi composta por 16 idosos com idade média 60,6±6,4 anos, participantes do projeto de pesquisa Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos na Univille(PAFSI). A pré-seleção foi realizada através de uma anamnese, indivíduos que não apresentassem algumas patologias. Em seguida foram realizadas avaliações visando prescrição e acompanhamento dos participantes, como: eletrocardiograma em repouso, composição corporal, flexibilidade(Sentar e alcançar), potência aeróbica(caminhada de 1milha) e força muscular(1RM). O programa é aplicado duas vezes semanais com sessões de 90 minutos, onde são treinados os quatro componentes da aptidão física para a saúde: força, flexibilidade, potência aeróbica e composição corporal. Propondo diversificar os ambientes para aplicação, as atividades são realizadas na pista de atletismo, academia, sala de dança, piscina e outros locais ao ar livre. O grupo foi dividido em quatro subgrupos, denominados: A/B/C/D, sendo divididos com base nos resultados das pré-avaliações, ou seja, conforme o nível de aptidão física. O treinamento de força muscular consistiu em aulas de musculação e ginástica localizada; para inclusão de novos exercícios e como método de adaptação, foram realizadas sessões em grupo, e em treinamentos posteriores foram cobrados individualmente enfatizando a execução correta dos movimentos. A potência aeróbica foi treinada durante o aquecimento no início de cada treino, também aplicada durante o intervalo das séries como intervalo ativo. Foram realizadas também caminhadas na pista de atletismo e ao ar livre, monitoradas através da freqüência cardíaca. A flexibilidade foi treinada com aulas de alongamento. No intuito de promover uma atividade que englobasse todos os componentes da aptidão física para a saúde, foram realizadas aulas de hidroginástica, proporcionando ao grupo uma nova vivência. O componente composição corporal é resultado das atividades propostas no programa de atividade física. Esta proposta metodológica tem como objetivo além da manutenção dos componentes da aptidão física para a saúde, a integração social dos idosos, auxiliando no equilíbrio físico e emocional, objetivando a melhora da qualidade de vida dos participantes do projeto. Conclui-se que a assiduidade do grupo no programa, é resultado da eficácia da metodologia de treinamento utilizada no PAFSI.

O perfil da prescrição médica: enfoque no uso racional de medicamentos.

  • Demelise Demczuk, Graduando, demelise@yahoo.com.br
  • Alvaro Koenig, MSc, koenig@netvision.com.br
  • Vera Lúcia Braatz, Graduando, vera_braatz@yahoo.com.br
  • Demelise Demczuk, Graduando, demelise@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: uso racional de medicamentos, medicamentos genéricos, prescrição médica

Os pacientes, que necessitam de tratamento hospitalar atualmente, apresentam quadros clínicos mais complexos, requerendo a prescrição de múltiplos medicamentos, aumentando a responsabilidade do médico prescritor e elevando o risco de erros na administração dos medicamentos caso haja falta de especificações claras de como administrá-los. Também eleva os custos para o hospital quando há prescrição de medicamentos não-genéricos ou não-padronizados. O objetivo do trabalho foi definir o perfil da primeira prescrição médica na admissão do paciente no Hospital Municipal São José (HMSJ), Joinville - SC. Os dados desta pesquisa referem-se a uma parte do banco de dados de um estudo multicêntrico financiado pelo CNPq, com duração total de 2 anos. A coleta dos dados foi realizada prospectivamente através da análise do primeiro prontuário de cerca de 30 pacientes/mês, selecionados aleatoriamente durante uma semana (previamente sorteada) de cada mês. Para esta análise foram usados 2 meses consecutivos (junho e julho de 2006). Foram incluídos no estudo pacientes adultos internados para a Clínica Médica no período de coleta e com prontuário disponível no setor. Este projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UNIVILLE e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi analisado o primeiro prontuário de 53 pacientes onde foi encontrada média de 5,05 medicamentos por prescrição. Os principais medicamentos prescritos foram: Metoclopramida (12,31%), Captopril (11,56%), Dipirona (11,56%), AAS (4,47%) e Heparina (4,1%). A forma farmacêutica estava presente em 38,43%, a duração do tratamento em 1,11%, a via de administração em 89,55%, a dose em 47,38% e o intervalo entre as doses em 78,73%. Sessenta por cento das medicações foram prescritas sob regime fixo. Dos 68 medicamentos prescritos, 33 são genéricos. Uma prescrição médica adequada deve conter o nome do paciente, o nome do medicamento em sua forma genérica, forma farmacêutica e quantidade receitada, intervalos, duração prevista do tratamento e o modo de administração. Desta maneira, encontramos grande número de prescrições incompletas, principalmente na forma farmacêutica, duração do tratamento e dose, remetendo a risco aumentado de erro na administração final do medicamento, causando potenciais adversidades clínicas ao paciente. Além disso, poderia ser otimizado o uso de medicamentos genéricos, fornecidos pelo poder público, reduzindo o custo sem alterar a eficácia da terapia. A promoção do uso racional de medicamentos envolve campanhas educativas, registro e incentivo ao uso de medicamentos genéricos, ações de farmacovigilância e formação de recursos humanos voltados para o gerenciamento e ações relacionadas ao uso de medicamentos.

Apoio / Parcerias: FAP-Univille

Perfil das Prescrições Médicas em Ambiente Ambulatorial

  • CARLOS EDUARDO MIERS GRUHL, Graduando, carlos.gruhl@univille.net
  • CARLOS EDUARDO MIERS GRUHL, Graduando, carlos.gruhl@univille.net
  • Álvaro Koening, MSc, alk2net.joi@netville.com.br

Univerdidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Prescrição, Uso Racional Medicamentos, Receita

Introdução: Estima-se que mais de 50% de todos os medicamentos sejam prescritos, dispensados ou vendidos inadequadamente e que 50% dos pacientes não tomem seus medicamentos corretamente. Na prática, observa-se prescrição excessiva ou de esquemas posológicos incorretos; alto consumo de determinados medicamentos, como antimicrobianos; baixa freqüência do uso de recursos não-farmacológicos para o manejo de problemas médicos; desperdício com o uso de medicamentos de eficácia não-comprovada; elevados gastos em farmácia em relação a gastos gerais com saúde e dificuldade de acesso. Objetivo: Este trabalho visa avaliar o número médio de medicamentos por receita e a porcentagem de medicamentos prescritos pelo nome genérico. Metodologia: Este trabalho integra uma pesquisa multicentrica intitulada ESTUDO MULTICENTRICO PARA AVALIAÇÃO DE INDICADORES DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS com duração de dois anos, financiada pelo CNPQ. Os dados foram coletados na Farmácia Escola da Univille durante 3 dias de uma mesma semana escolhida aleatóriamente a cada mês. Estes dias estão especificados na orientação recebida pela coordenação do projeto. Os voluntários após terem sido esclarecidos sobre a pesquisa e assinado o Termo de Consentimento Informado, possibilitaram a análise da sua receita médica pelo coletor, o qual analisou Dados do Paciente, Dados do Prescritor, Dados da Prescrição, Medidas Não-medicamentosas e Medicamentos prescritos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Univille e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Resultados: A coleta dos dados iniciou-se no mês de junho de 2006 até agosto do mesmo ano, sendo coletadas um total de 90 receitas. Estas receitas apresentaram uma média de 1,68 medicamentos por receita, com desvio padrão de 1,05. Dentre as receitas coletadas, 93,38% dos medicamentos prescritos apresentaram nome genérico. Discussão: A média de 1,68 medicamentos prescritos está dentro do aceitável para a OMS, que considera 1,3 a 2,2 medicamentos por prescrição um resultado sem tendência à polimedicação. Merece destaque a prescrição de medicamentos pela denominação genérica (93,38%), pois é um valor muito próximo do definido pela Lei dos Genéricos (Lei nº 9787/99), que determina que no âmbito do SUS todas as prescrições devem ser feitas pelos nomes genéricos, utilizando-se a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a Denominação Comum Internacional (DCI).

PERFIL DOS COMPONENTES DA APTIDÃO FÍSICA PARA A SAÚDE DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE PARA IDOSOS NA UNIVILLE

  • Helena Poffo, Graduando, helena.poffo@univille.net
  • Eriberto Fleischmann, MSc, eribertofleischmann@gmail.com
  • Juniara Cristina Lima, Graduando, juni_ef@yahoo.com.br
  • Helena Poffo, Graduando, poffinha@yahoo.com.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla@joinville.udesc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Aptidão Física, Saúde, Idosos

Introdução: A manutenção dos componentes da aptidão física para a saúde (AFS) está diretamente relacionada à qualidade de vida, o que se aplica não só a idosos, mas também à população em geral. Um programa de atividade física bem prescrito e orientado, desempenha um importante papel na prevenção, manutenção e melhoria na capacidade funcional de idosos, resultando em uma melhor desempenho nas atividades diárias, influenciando diretamente na qualidade de vida. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o perfil dos componentes da aptidão física para a saúde dos participantes do Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos na Univille (PAFSI). Metodologia: A amostra foi composta por 16 idosos (15 mulheres e 1 homem) participantes do PAFSI. As avaliações foram realizadas no Laboratório de Fisiologia do Exercício (LAFIEX/Univille), na pista de atletismo e na academia da Univille no primeiro semestre de 2006. Foi calculado o percentual de gordura (%G) utilizando o protocolo de Jackson e Pollock (1978), o consumo máximo de oxigênio (VO2Máx) através do teste de caminhada de 1 milha desenvolvido por The Rockport Walking Institute (1990) e a flexibilidade (Flex) com o teste de sentar e alcançar com banco. Resultados: Os resultados estão apresentados na Tabela 1. Resultado da avalição dos componentes da aptidão física para a saúde

Sexo

Idade (anos)

Massa corporal(kg)

Estatura (cm)

PAS

(mmHg)

PAD

(mmHg)

FC

(bpm)

VO2Máx

Flex

%G

Homens

65

82,0

154,2

130

100

80

31,1

35

23,4

Mulheres

60,6±6,4

71,8±11,9

159,1±5,1

128,4±22,1

78,9±13,3

76,6±12,9

26,4±6,9

30,6±4,0

25,1±5,3

(*média±DP; PAS= Pressão Arterial Sistólica; PAD= Pressão Arterial Diastólica). Conclusão: Através das avaliações realizadas, pode-se classificar a amostra quanto ao %G conforme a tabela de referência de Pollock e Wilmore (1993) como, mulheres Bom e homem acima da média. A flexibilidade de ambos os grupos, classifica-se de acordo com Pollock e Wilmore (1993) como excelente, e o VO2Máx segundo ACMS (1980) como Bom. Conclui-se que a amostra, com relação aos componentes da AFS, estão em um nível aceitável para a idade, porém ainda podendo melhorar em alguns aspectos, como no %G e no VO2Máx, sendo este portanto o principal objetivo da aplicação do PAFSI, melhorando a qualidade de vida desses idosos.

PREDITORES DO ALEITAMENTO MATERNO NÃO-EXCLUSIVO POR OCASIÃO DA ALTA HOSPITALAR EM RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO

  • Francesca Passarin Franco, Graduando, francescafranco@terra.com.br
  • Francesca Passarin Franco, Graduando, francescafranco@terra.com.br

Maternidade Darcy Vargas, MDV, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Preditores, Aleitamento, Materno

Introdução: O aleitamento materno exclusivo proporciona vantagens nutricionais, psicológicas e econômicas reconhecidas e inquestionáveis ao lactente menor de seis meses. Essas qualidades adquirem relevo especial em se tratando de recém-nascidos de muito baixo peso, por sua maior vulnerabilidade. No entanto, observa-se, de modo geral, baixa incidência de êxito na amamentação desses pacientes, especialmente em unidades neonatais de risco. Objetivo: Identificar as condições associadas ao aleitamento não-exclusivo por ocasião da alta hospitalar. Método: Tratou-se de um estudo observacional, em que foram avaliados 322 recém-nascidos de muito baixo peso, entre março de 2000 e julho de 2006. A coleta de dados baseou-se em uma entrevista com as mães e em informações do prontuário médico. Os dados foram armazenados e analisados pelo software “Epi-Info Versão 6.04”. Resultados: Foram estudados 138 recém-nascidos masculinos (42,9%) e 184 recém-nascidos femininos (57,1%). O peso ao nascimento variou entre 620g e 1495g (média = 1191,5g ± 227,4g). A idade gestacional oscilou entre 24 e 38 semanas (média = 30 semanas e 3 dias ± 6 semanas e 6 dias), 83,9% dos pacientes era fruto de gestação única. A primeira mamada aconteceu entre uma hora e 102 dias após o nascimento (média = 26,6 dias ± 27,7dias). A duração da internação dos recém-nascidos foi de 17 a 215 dias (média = 60,4 dias ± 27,5dias). O peso médio de alta foi de 2042,7g (DP=± 207,8g). A idade materna variou entre 14 e 45 anos (média = 25,8 ± 7,1 anos). Ocorreram 64,5% de cesarianas e 35,5% de partos normais. A primeira visita materna ao berçário ocorreu em média 25,4 horas (DP = ± 50,7 horas) após o nascimento do recém-nascido. O tempo médio decorrido entre o nascimento e o primeiro contato pele-a-pele foi de 39,6 horas (DP = ± 66,2 horas). Os índices de aleitamento materno exclusivo, complementado e desmame foram, respectivamente, 56,3%, 21,9% e 21, 9%. Conclusão: Associaram-se significativamente ao aleitamento materno não-exclusivo: peso de nascimento menor que 1200 g, idade gestacional menor ou igual a 32 semanas, primeira mamada e primeira posição canguru após 7 dias do nascimento e tempo de internação do RN maior que 30 dias.

Apoio / Parcerias: Marta Sabrina Mendes Francine Regina Marques Maria Beatriz Reinert Marco Antonio Moura Reis

Protocolo para extração de DNA bacteriano obtido a partir do substrato da palha de folha de bananeira, em cultivo de Pleurotus ostreatus

  • Nicole Dalonso, Graduando, nenidalo@yahoo.com.br
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), mmastroeni@univille.br
  • Leslie Ecker Ferreira, G, leslief@pop.com.br
  • Nicole Dalonso, Graduando, nenidalo@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, Palha de folha de bananeira, Extração dna

Grande parte da diversidade microbiana contribui para o equilíbrio de todos os ecossistemas, interagindo com outros organismos em uma relação de simbiose. Nesse sentido, o fungo comestível Pleurotus ostreatus, da classe dos basidiomicetos, com alto valor nutritivo, aplicações ambientais e potenciais terapêuticos, quando cultivado em substrato agroindustrial é capaz de degradar lignina e celulose, favorecendo o desenvolvimento de bactérias. Atualmente, técnicas de biologia molecular possibilitam identificar a microbiota existente em qualquer tipo de substrato, permitindo desta forma, conhecer a interação microbiana existente em um sistema. Com base no exposto, este trabalho teve como objetivo desenvolver um protocolo para a extração de DNA bacteriano presente no cultivo de P. ostreatus, utilizando o resíduo de palha de folha de bananeira. O substrato foi amostrado e avaliado a cada 10 dias, nos períodos de desenvolvimento micelial e também no estágio de frutificação (40 dias após inoculação do micélio), sendo acompanhados conforme a evolução do cultivo. Divididos em dois grupos, meio de cultivo Sabouraud (S) e água destilada (A), as amostras de substrato foram condicionadas em tubos de 50 mL de capacidade, previamente estéreis, contendo 12 mL de (S) e (A) respectivamente, por 48 horas à 30°C. Em seguida, para o rompimento da parede celular, as amostras foram submetidas por 10 minutos à sonicação, colocadas em banho fervente por 10 minutos e posteriormente à agitação mecânica em vórtex por 30 segundos. A extração do DNA foi realizada pelo método fenol-clorofórmio, e as amostras foram armazenadas em freezer a –20oC. Na etapa seguinte, a ser realizada nos meses de novembro e dezembro de 2006, as amostras serão submetidas à técnica de Polymerase Chain Reaction (PCR) para a amplificação e visualização do DNA mediante a técnica de eletroforese em gel de agarose 1%.

Apoio / Parcerias: Bolsa Artigo 170

SABER ECOLÓGICO TRADICIONAL EM COMUNHÃO COM O SABER CIENTÍFICO: NOVA PERSPECTIVA NO MEIO RURAL

  • Ercília Santos de Souza, Graduando, itapoabeach2003@yahoo.com.br
  • Ercília Santos de Souza, Graduando, itapoabeach2003@yahoo.com.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Etnoecologia, Crenças, Conhecimento

Etnoecologia é o estudo das interações entre a humanidade e o resto da ecosfera, através da compreensão do comportamento, conhecimentos e crenças a respeito da natureza. Sua ênfase, deve ser na diversidade biocultural e o seu objetivo principal a integração entre o conhecimento ecológico tradicional e o conhecimento ecológico científico. É sobre esse conceito, que integra, na perspectiva dos povos tradicionais ou primitivos, suas percepções da realidade, as quais envolvem natureza, homem, sociedade e o mundo sobrenatural. A área de estudo envolveu as regiões de Itapoá, Garuva, São Francisco do Sul, Guaratuba e seus habitantes, que juntamente com as inclinações teóricas, fomentaram o diálogo com o conhecimento científico. Foram efetuadas 30 entrevistas no período de março a outubro do corrente ano, com visitas semanais a moradores das localidades. Este estudo objetivou indagar o conhecimento dos moradores locais sobre a fauna, crenças e os memes da região. Procedeu-se de acordo com métodos da etnociência, utilizando-se de abordagem êmica, na qual as informações foram registradas e analisadas segundo a visão dos entrevistados. Os dados obtidos mostraram que nesta região ainda se guardam dias santos, quaresma e crenças no sobrenatural. “Sim, sim, todos eles respeitam. A nossa família respeita domingo e dia santo, dia das arma, sexta feira grande. Respeitam porque no nosso tempo passado deu muito acidente. Então o pessoal mais véio conta as historia pros novo e os novo respeita né”( um entrevistado). Sabe-se que, através destas correntes também se preserva a natureza. Percebeu-se que 15 dos entrevistados ainda caçam para subsistência ou troca por mercadorias, 05 caçam de forma apenas comercial, 10 caçam de forma esportiva ou para “arejar a cabeça” segundo um entrevistado. Segundo relatos, a única espécie que praticamente desapareceu foi a paca (Agouti paca). “A paca eu acho que é o bicho que tá mais sumido, antigamente tinha muita, hoje não se vê mais” (um entrevistado). Foram relatados aumento de densidade nas espécies de tatu (Dasypus novemcinctus), bugio (Alouatta guariba clamitans), quati (Nasua nasua), capivara (Hydrochoerus hydrochoeris), veado (Mazama gouazoubira), e o cateto (Tayassu pecari). Segundo os entrevistados, isso se deve á proibição da caça e atuação da polícia. “Eu fui preso caçando, nunca mais cacei, eles tão lá pra enfeitá a mata né” (um entrevistado). As informações sugerem a necessidade de planos de manejo para as atividades extrativistas na região.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Testar metodologias para inoculação de células tumorais em ratos.

  • ADEJALMAS DA COSTA, Graduando, adejalmas.costa@univille.net
  • Márcia Luciane Lange Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br
  • ADEJALMAS DA COSTA, Graduando, adejalmas.costa@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE/SC, BRASIL

Palavras-chave: Tumor, Ratos, Sarcoma 180

O câncer é o nome dado a um grupo de doenças que tem como característica comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. A palavra câncer é derivada do termo grego "karkinos", que significa caranguejo, devido ao seu espalhamento radial, pois as células ao crescerem penetram nos tecidos vizinhos parecendo-se com patas de um caranguejo penetrando na areia. Este termo foi utilizado por Hipócrates e Galeno para descrever o tumor maligno de mama. Tumor maligno e neoplasma maligno são outros nomes dados ao câncer. As neoplasias representam a terceira causa de morte por doença, consistindo de 6,34% dos óbitos atestados em 2004 na região sul, ficando apenas 0,02% depois das doenças infecciosas e parasitárias e das doenças cardiovasculares. Neste trabalho objetivou-se conhecer a forma de desenvolvimento do tumor Sarcoma 180 (S180) em ratos albinos Swiss fêmeas, com peso entre 250 e 300g, através da inoculação tumoral (100x106cel/mL) na parte dorsal em 20 ratos, com acompanhamento por 50 dias, nos quais a cada 10 dias realizava-se a extração do tumor e a avaliação do peso e volume dos tumores sólidos. O peso do tumor apresentou um aumento linear durante os cinqüenta dias de experimento, tendo valor médio final de 2,73g. Quanto ao volume do tumor, até o vigésimo dia o tumor apresentou um valor médio de 8,3 cm3, sendo que no trigésimo dia observou-se um grande aumento de volume tumoral (20,2 cm3), chegando a 23 cm3 no qüinquagésimo dia. Após este experimento, pode-se comprovar o desenvolvimento tumoral e a forma de inoculação dorsal do tumor.

USO DE COLETORES ARTIFICIAIS PARA OBTENÇÃO DE SEMENTES DE MEXILHÃO Perna perna EM ENSEADA, SÃO FRANCISCO DO SUL (SC)

  • Guilherme Budal Wiest, Graduando, guitatoo@bol.com.br
  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria2@mailcity.com
  • Daliana Bordin, Graduando, Daliana.bordin@univille.net
  • Jeferson Serena, Graduando, jeferson.serena@univille.net
  • Guilherme Budal Wiest, Graduando, guitatoo@bol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: Bivalves, Mexilhão, Enseada

A maricultura é uma atividade relativamente antiga e sua expansão no Brasil é de grande importância, assim como, melhorias no processo produtivo desta atividade através da obtenção de sementes por coletores artificiais. O presente estudo teve como objetivo a avaliação da época de outono para a coleta de sementes do mexilhão Perna perna, através de coletores artificiais na praia de Enseada em São Francisco do Sul. Para o estudo, foi necessária a confecção de uma estrutura flutuante em linha, onde foram instalados 20 cabos coletores, de dois tipos, com 1 metro de comprimento cada, para promover a fixação dos mexilhões. Dentre os cabos, 10 foram do tipo canadense e 10 do tipo convencional (cabo único de fios de polietileno trançados, utilizado na área de estudo), sendo cinco cabos de cada tipo instalados em sentido horizontal e vertical. O período de estudo estendeu-se de 07 de abril até 13 de maio de 2006, no qual foram registrados semanalmente, em superfície, dados físico-químicos através de multianalisador de campo. A retirada dos coletores foi então realizada, sendo o material coletado triado e os juvenis de bivalves separados em frascos com formalina 4%. Posteriormente foi realizada a identificação e quantificação de indivíduos de P. perna. A caracterização superficial dos parâmetros físico-químicos de temperatura (T°C), salinidade (S‰), pH, oxigênio dissolvido e condutividade realizada para o local apresentou valores médios de 23,8, 31,9, 8,5, 6,3 e 46,9, respectivamente. Durante o período de estudo foram coletadas 2.506 sementes de bivalves, sendo que 1.011 eram de P. perna, perfazendo cerca de 40% do total coletado. Na disposição vertical o valor obtido foi relativamente próximo, embora o tipo convencional tenha captado mais organismos, sendo quantificadas por metro de coletor 87,4 sementes de bivalves e 55,0 de P. perna para o canadense, e 119,2 e 81,6 respectivamente para o convencional. Já na disposição horizontal, ocorreu maior captação por metro de coletor pelo tipo canadense, onde foram quantificadas 205,5 sementes de bivalves e 150,5 de P. perna para o canadense, e 11,5 e 5,0 respectivamente para o convencional. Os resultados obtidos demonstraram uma captação de sementes de mexilhão P. perna mais eficiente utilizando-se coletor tipo canadense na horizontal e convencional na vertical, sugerindo melhores resultados na utilização de tais coletores em conjunto. O período de outono, considerado de menor produtividade em sementes, mostrou bons resultados em termos de densidade, indicando a possibilidade de obtenção de sementes durante o ano todo.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE e FAMASC

Utilização de assobios para obtenção de estimativas de abundância de Sotalia guianensis (Cetacea, Delphinidae)

  • Annelise Colin Holz, Graduando, annelise_colin@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, MSc, mjc2209@yahoo.com.br
  • Annelise Colin Holz, Graduando, annelise_colin@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Sotalia guianensis, Bioacústica, Estimativa populacional

O aprimoramento de novos métodos para obtenção de estimativas populacionais constitui-se numa linha de interesse nos estudos de populações de cetáceos. A utilização de métodos de detecção acústica é atualmente uma técnica a ser investigada. Este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de técnicas de detecção acústica como estratégia para obtenção de estimativas populacionais de botos-cinzas (Sotalia guianensis) da Baia da Babitonga (SC). Entre fevereiro e agosto/2006 foram realizadas 14 saídas de campo para coleta de dados, que totalizaram 9,68 horas de gravação contínua. A obtenção dos registros sonoros foi feita a partir de uma pequena embarcação que teve o motor desligado durante as gravações. A aquisição do som foi realizada com um hidrofone C53 da Cetacean Research Technology, um gravador analógico TCD-5M Sony com capacidade de 40Hz a 19Hz e fitas do tipo IV. O hidrofone foi posicionado a uma profundidade máxima de 2m. Este sistema permite apenas os registros na faixa audível. A observação dos golfinhos foi feita utilizando o método de amostragem de varredura. Observações visuais do tamanho do grupo e comportamento foram anotadas. Os estados comportamentais considerados foram deslocamento, socialização, forrageamento e descanso. Os sons foram digitalizados e quantificados a cada intervalo de 2 minutos utilizando o programa Avisoft 4.1. Foi possível selecionar 180 trechos apropriados de 2 minutos para análise, sendo excluídas 76 amostras que não apresentaram intervalos completos, ou nas quais não se podiam distinguir os contornos espectrais. A média do tamanho de grupo encontrada foi de 15,14 (±9,58), variando de 2 a 51 indivíduos. E a média do número de assobios foi de 12,54 (±17,20). Foi realizada uma análise de regressão com os dados obtidos. Primeiramente os dados foram plotados num gráfico de dispersão, onde observou-se que os grupos maiores de 20 indivíduos ficaram muito fora do esperado. Após esta avaliação a análise foi feita somente com grupos de no máximo 20 indivíduos buscando identificar uma associação. Os resultados indicaram a ocorrência positiva fraca entre o número de assobios e o tamanho de grupos de S. guianensis (F regressão=5,0445; p=0,0247<0,05; r2=3,42%). Não tendo um resultado aplicável devido à baixa porcentagem no coeficiente de determinação. As maiores médias de assobios ocorreram em grupos de tamanho médio, de 16 a 20 indivíduos. Pode-se concluir, com os resultados até o momento, que não existe uma associação positiva forte que possibilite obter estimativas de densidade populacional através deste método científico com Sotalia guianesis.

Apoio / Parcerias: CNPq FAP/UNIVILLE Fundação O Boticário de Proteção à Natureza

Variação da macrofauna bentônica em um banco lodoso de Mytella charruana na foz do Rio Palmital em três anos de amostragem (Baía da Babitonga - Santa Catarina)

  • Bianca Pismel de Almeida, Graduando, biancapismel@walla.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.edu.br
  • Cláudio RudolfoTureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Bianca Pismel de Almeida, Graduando, biancapismel@walla.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, Banco lodoso, Mytella charruana

A baixa energia ambiental na seção interna da Baía da Babitonga, a proximidade com áreas de drenagem continental e a descarga contínua de sedimento dos rios condicionam a formação de bancos lodosos com agregados do bivalve Mytella charruana. A essas formações biológicas estão associadas outras espécies de organismos da macrofauna bentônica pela deposição e retenção de matéria orgânica e sedimentos finos. Estudos foram desenvolvidos para determinar a composição e a densidade da macrofauna bentônica em um banco lodoso próximo à desembocadura do Rio Palmital em maio de 2004, 2005 e 2006. Foram coletadas amostras da macrofauna com um amostrador cilíndrico de 20 cm de diâmetro por 15 cm de altura em dois pontos próximos no banco lodoso. Essas amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e fixadas com formalina a 10%. Em laboratório foram lavadas com o auxilio de uma peneira com malha de 500 µm, triadas sob microscópio estereoscópio, os organismos identificados e determinada a biomassa total. A água de percolação foi coletada para determinar a temperatura e a salinidade. A variação de temperatura foi de 19,5 a 22ºC e a salinidade de 17 a 19 nos três anos. A densidade e a biomassa dos organismos da macrofauna bentônica foram maiores em 2004, mas o número de táxons aumentou em 2006, já a biomassa e a densidade total foram maiores em 2004, reduziram em 2005 e voltaram a aumentar em 2006. Em geral, Mytella charruana foi o mais abundante, seguido de Neanthes sp., Polydora websteri e Isolda pulchela. Em 2004 e 2006 M. charruana foi numericamente dominante e em 2005 dominou Neanthes sp., essa tendência de aumento da densidade também ocorreu com Isolda pulchela, Glycera americana e Neritina virginea. Uma tendência observada nesse estudo foi a relação inversa da dominância de M. charruana com os demais táxons, que dominaram em 2005, principalmente Neanthes sp. Esse mesmo padrão de variação foi observado quando houve redução da biomassa, como conseqüência da redução de M. charruana. Essas variações observadas ao longo dos três anos de amostragem levam à constatação de que M. charruana pode ser o organismo que estrutura essa comunidade. Isso ocorre através do acúmulo de finos, de matéria orgânica e de pelotas fecais, que levam à redução de oxigênio no sedimento. Por se tratar de um organismo filtrador, a ingestão das larvas planctônicas também pode contribuir na estruturação dessa comunidade.

Apoio / Parcerias: FAP-UNIVILLE

Variação sazonal de estágios iniciais de peixes na praia do Calixto, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil

  • Daliana Bordin, Graduando, ddbordin@bol.com.br
  • Daliana Bordin, Graduando, ddbordin@bol.com.br
  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria2@lycos.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: juvenis,, peixes,, estuário

Áreas estuarinas, como a praia do Calixto, são reconhecidas por apresentarem características físico-químicas favoráveis para o desenvolvimento e recrutamento de estágios iniciais de peixes e servirem como berçário para juvenis de muitas espécies marinhas. O objetivo do presente trabalho foi estudar a variação sazonal da ocorrência de estágios iniciais de peixes na Praia do Calixto (São Francisco do Sul – SC), incluindo sua participação no abrigo de juvenis de recursos pesqueiros. Para este estudo, foram realizadas coletas em agosto e novembro de 2005 e em fevereiro e maio de 2006, compreendendo as estações de inverno, primavera, verão e outono, respectivamente. As capturas foram realizadas com uma rede de arrasto tipo picaré com 15 metros de comprimento, 1,6 metros de altura e abertura de malha de 5,0mm. A distância de arrasto foi padronizada em 20 metros de linha de costa. Em cada coleta foram determinados valores de temperatura (°C) e salinidade (‰) da água. O material coletado foi acondicionado em sacos plásticos e refrigerado, para posterior triagem e identificação em laboratório. A salinidade apresentou valores mínimos de 26,1 em agosto e máximo de 36 em maio, com média de 30,3‰. Enquanto que a temperatura mínima foi de 21°C em agosto e máxima de 28,9°C em fevereiro, com média de 24,2°C. Um total de 12 espécies foram coletadas na praia do Calixto, perfazendo um total de 87 indivíduos capturados. A ordem decrescente de abundância foi Atherinella brasiliensis, Sphoeroides greeleyi, Mugil sp., Oligoplites saliens, Eucinostomus argenteus, Gobionellus boleosoma, Oligoplites saurus, Synodus intermedius, Sphoeroides testudines, Trachinotus falcatus, Stephanolepis hispidus e Citharichthys spilopterus, sendo que as sete últimas representaram cerca de 10% do total de peixes capturados, não demonstrando expressividade em nenhuma época. No caso das mais abundantes A. brasiliensis representou 65,5%, S. greeleyi 9,2%, Mugil sp. 6,9%, O. saliens 4,5%, e E. argenteus 3,4%. A estação de verão apresentou maior riqueza e abundância de espécies se comparada a outras estações do ano. A maior riqueza e abundância de juvenis de peixes nesta estação do ano indica que eles seriam resultado do principal período de reprodução da comunidade íctica, a primavera. Entre as espécies capturadas ocorreram diversos representantes com importância para as capturas em nível artesanal e industrial.

Apoio / Parcerias: FAPESC/Fap-Univille