Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A Natação na Escola de Ensino Regular: possibilidades e desafios
  2. A VIVÊNCIA DOS ACADÊMICOS DE FARMÁCIA NA ÁREA DAS ANÁLISES CLÍNICAS (AFAC): UMA EXPERIÊNCIA DISCENTE COMPARTILHANDO CONHECIMENTO
  3. Abelhas nativas e plantas medicinais: interações
  4. ALTERAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS EM ESCOLARES PRATICANTES DE NATAÇÃO
  5. Aptidão física de idosos participantes das academias
  6. Associação entre Polimorfismos do Gene OPN e a Resposta Terapêutica na Hepatite C Crônica
  7. Aumento da natalidade do cultivo de Mysidopsis juniae (SILVA, 1979) em laboratório a partir da definição e controle de parâmetros abióticos
  8. AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM PACIENTES HEMODIALIZADOS DA FUNDAÇÃO PRÓ-RIM – JOINVILLE
  9. Avaliação Morfológica e Metabólica do Músculo Esquelético de Ratos Sépticos Treinados e Sedentários
  10. CARACTERÍSTICAS DERMATOGLÍFICAS EM OBESOS INSERIDOS NO PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA DO CAF.
  11. Desempenho neuropsicológico e status funcional após AVC: uma comparação entre pacientes com e sem sintomas de depressão.
  12. Ecologia de primatas em fragmentos florestais: implicações populacionais e interações com a floresta.
  13. Estudo da diversidade de macroalgas marinhas encontradas no período de inverno, nos costões rochosos das Ilhas da Rita, Tamboretes do sul e Velha, localizadas em São Francisco do Sul, SC, Brasil.
  14. Flora vascular da bacia hidrográfica do Rio do Braço, Joinville/ SC
  15. Inclusão de alunos com deficiências no ensino superior: identificando este processo na Univille
  16. Microesferas de poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) e poli(ácido lático) contendo ibuprofeno: preparo, caracterização físico-química e biodisponibilidade
  17. Pacientes com Insuficiência Renal Crônica Submetidos à Hemodiálise: Protocolo de Atendimento Odontológico.
  18. Palhaçoterapia: uma experiência humanizadora para a formação médica
  19. PET Saúde: Relação entre aumento do IMC, alimentação e sedentarismo em adolescentes
  20. Projeto AFIC - Adolescência, Família, Identidade, Comunidade
  21. Projeto de Extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males
  22. Projeto Rondon – uma experiência de vida e de cidadania
  23. Riscos da auto medicação. Tratando o problema com conhecimento
  24. Saúde dos adolescentes: relato de experiência do PET-Saúde 2010/2011
  25. Teste toxicológico da água do Mar próximo ao arquipélago das Graças, no município de São Francisco do Sul, com Mysidopsis juniae (SILVA, 1979)
  26. Toxicidade crônica da Lagoa do Saguaçu - Joinville – SC, utilizando o organismo-teste Mysidopsis juniae
  27. Toxicidade crônica da região de aqüicultura da Praia do Capri – Baía da Babitonga/SC, com Mysidopsis juniae (SILVA, 1979)
  28. Trilhas Interpretativas: metodologias de implantação, uso pedagógico e atividades práticas.
  29. Uso de drogas lícitas, ilícitas e comportamento adolescente: um estudo do PET Saúde
  30. Uso Racional de Plantas Medicinais - 2011
  31. Variações de outono da macrofauna bentônica e do plâncton em um baixio areno-lodoso na baía da Babitonga – Santa Catarina
  32. “SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA”: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O GRUPO DE APOIO TERAPÊUTICO A IDOSOS NO ÂMBITO DO PROJETO PRÓ-SAÚDE/FARMÁCIA/UNIVILLE - JARDIM PARAÍSO, JOINVILLE/SC

Resumos

A Natação na Escola de Ensino Regular: possibilidades e desafios

  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com
  • Angela Raquel Freisleben, Graduando, angelaraquel2007@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: natação, ensino regular, desafios

Aprender a nadar é uma experiência que nos da segurança; com sua prática adquirimos habilidades que são fundamentais para sobrevivência no meio aquático. Esse estudo tem por objetivo descrever as possibilidades e desafios para oferecer aulas de natação aos escolares da zona rural de Joinville. A natação se torna remota nessas localidades, pois dificilmente encontramos ali piscinas para esse objetivo. A possibilidade iniciou com a apresentação da proposta à direção da E.M.Professor Honório Saldo - Quiriri, que desde o inicio acolheu a ideia com muito entusiasmo. Posteriormente, os alunos da série escolhida ( 6° ano) ficaram sabendo e se mostraram muito eufóricos com a novidade. Na sequência os pais foram convidados para uma reunião na qual eles puderam conhecer o projeto. As matrículas foram o próximo passo e em seguida o inicio das aulas e dos desafios. O primeiro foi o transporte, pois os pais teriam que mandar os filhos de ônibus coletivo para um lugar totalmente diferente do seu cotidiano: a UNIVILLE. O desafio foi lançado, foi preciso conversar com os pais que a oportunidade era única e convencê-los da importância que teria na vida do seu(sua) filho(a). Com muita conversa tivemos resultados positivos. Cerca de dez escolares começaram a frequentar as aulas. Com as aulas em andamento surgiu o segundo desafio. Os dois primeiros meses foram muito produtivos, mas logo que começou o inverno foi difícil convencer os escolares a manter a mesma frequência do inicio, pois chegava à chuva e o frio. A persistência e disciplina tiveram que predominar. Atividades recreativas que estimulassem os alunos a praticarem o que já haviam aprendido e reforçassem seu potencial, e nova conversa com os pais, mostrando a evolução que já havia sido alcançada foram os recursos adotados para superar mais esse desafio e garantir a permanência dos alunos na prática. Com essa experiência é possível dizer que os alunos aprenderam a nadar e a superar os desafios propostos, e que o profissional precisou de persistência e disciplina para não desistir de sua proposta. Essa experiência contribuiu para evidenciar que com espaço físico disponível, persistência, entusiasmo e integração entre o profissional, a escola e a família é possível propor aulas de natação na escola de ensino regular, especialmente para zona rural.

A VIVÊNCIA DOS ACADÊMICOS DE FARMÁCIA NA ÁREA DAS ANÁLISES CLÍNICAS (AFAC): UMA EXPERIÊNCIA DISCENTE COMPARTILHANDO CONHECIMENTO

  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide.campos@gmail.com
  • ROSENEIDE CAMPOS DEGLMANN, MSc, roseneide.campos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Ensino, Análises Clínicas , Aprendizagem

Este projeto coloca claramente a conexão entre ensino, pesquisa e extensão, capaz de tornar o processo de formação mais produtivo, onde a iniciativa tanto dos discentes e docentes no processo de formação torna ambos responsáveis pelo resultado. Todos devem estar atentos à realidade externa, sendo hábeis para observar as demandas, sejam problemas sociais, econômicos e culturais que repercutem na prática do cotidiano, na vivência acadêmica diária e nas relações estabelecidas no processo de ensino e aprendizagem. Este projeto de ensino teve como objetivos inserir os acadêmicos de Farmácia na prática do laboratório de análises clínicas, executando as análises e fazendo uma articulação com os conhecimentos teóricos adquiridos na sala de aula; estimular o espírito crítico-reflexivo e auxiliá-los financeiramente no curso. 17 alunos foram inseridos na rotina do KG Laboratório de análises clínicas realizando a parte técnica dos exames e auxiliando os farmacêuticos na emissão dos laudos, com o acompanhamento da professora e dos grupos de estudos. Os resultados adquiridos durante o ano 2010 foram trabalhos apresentados pelos alunos de assuntos inerentes as atividades na célula; recepção e acompanhamento dos alunos do 1° e 2° ano no desenvolvimento de suas atividades práticas (ATP); ensino da rotina e acompanhamento de 03 acadêmicas durante o desenvolvimento do estágio curricular IV. O acadêmico Leandro Schlata recebeu o Prêmio Profissional Revelação do mês de outubro, título concorrido entre todos os funcionários, em todos os níveis de formação no Gahnem. Participaram, em parceria com o Instituto Ghanem, do evento "UNIVERSO DAS CRIANÇAS", promovido no dia 12 de outubro no Megacentro Witti Freitag. Na área da pesquisa, dentro deste projeto, também sugiram 03 TCCs, sendo um apresentado no 2º Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Acafe na UNISUL, Tubarão e 02 pré-projetos foram aprovados para a execução em 2012. Um resultado muito importante foi a contratação de dois alunos durante o desenvolvimento deste projeto. No final deste ano de atividades no projeto AFAC constatou-se que os acadêmicos inseridos apresentaram uma formação mais humanista, crítica e reflexiva. Os acadêmicos inseridos por 2 anos no projeto tiveram sua capacitação nas análises clínicas, pautada em princípios éticos. Os participantes observaram a visibilidade da pesquisa no processo, ampliando seu senso crítico e a socialização dos seus conhecimentos adquiridos com a prática.

Apoio / Parcerias: KG Laboratório de Análises Clínicas

Abelhas nativas e plantas medicinais: interações

  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Enderlei Dec , Graduando, enderlei@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Apidae, fitoterápicos, interação abelha-flor

Em 2010, este trabalho se propôs continuar a estudar a interação de abelhas nativas com plantas medicinais no arboreto da Univille. Teve como objetivos específicos, em relação aos táxons verificados apícolas, continuar a elaboração da coleção de referência de pólens (palinoteca), examinar sua tipologia polínica e montar um catálogo com descrição e identificação botânica e palinológica das espécies estudadas. Em relação à metodologia, foi realizado o procedimento de acetólise do material polínico armazenado em ácido acético, microfotografia, descrição dos grãos e mensuração. Foram analisadas 52 espécies apícolas, que se distribuem em 46 gêneros e 21 famílias. Correspondem a 45 % do total (116) de espécies do arboreto. Os procedimentos resultaram em 156 lâminas incorporadas à Palinoteca. Para as espécies Sambucus nigra (Caprifoliaceae), Hibiscus sabdarifa (Malvaceae), Passiflora alata e P. edulis (Passifloraceae), Plantago major (Plantaginaceae), Alpinia zerumbet, Costus spiralis e Hedychium coronarium (Zingiberaceae), os procedimentos de acetólise resultaram em danos aos materiais polínicos. No catálogo preparado, para cada espécie de planta medicinal apícola, consta uma ficha de apresentação sobre o táxon e seu pólen, com os dados das pesquisas efetuadas, informações compiladas e cotejadas da literatura. Nestas fichas, estão dispostas as 104 fotos das plantas (em porte integral e no detalhamento das flores), informações sobre o período de floração e o hábito mais freqüente dos indivíduos das espécies. Em relação às características das flores em termos de polinização, incluiram-se: a sexualidade, a unidade de atração, o tamanho, a forma, a simetria, a cor, a antese, a deiscência da antera, o odor e o tipo de recurso floral oferecido. A morfologia polínica analisada, representada em 156 fotos, revelou que os grãos de pólen são, em sua maioria, quanto: à unidade polínica, do tipo mônade; ao tamanho, de porte médio (26-50μm) e grande (51-100μm); à simetria e polaridade, do tipo radial e isopolar; ao âmbito, do tipo circular; à forma, do tipo esferoidal e oblato-esferoidal; às aberturas, tri-aperturados; à ornamentação, predominantemente do tipo reticulado e espinhoso. Informações de literatura relatam que outras espécies de plantas medicinais, também presentes no arboreto em questão, são apícolas, entretanto, neste trabalho, não foram verificadas como tal, o que poderá ser confirmado por pesquisas ulteriores.

ALTERAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS EM ESCOLARES PRATICANTES DE NATAÇÃO

  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com
  • Andressa Lopes Pereira, Graduando, dessa_swimmer@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alterações antropométricas, escolares, nataçao

O Projeto de extensão Natação na Escola atende escolares da rede pública de ensino de Joinville na faixa etária de 10 a 12 anos completos no ano em curso para ingresso e realiza três ações principais: orienta sobre os aspectos de segurança e sobrevivência nos diferentes espaços aquáticos, ensina os nados esportivos e acompanha o crescimento e desenvolvimento dos participantes, através de avaliações antropométricas que medem estatura, peso corporal e percentual de gordura. Estes dados são importantes para planejar as aulas, conhecer e acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos aprendizes. Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar as alterações antropométricas dos escolares participantes do projeto de extensão Natação na Escola no período de 5 meses. A pesquisa foi do tipo comparativa descritiva. Participaram do estudo 86 jovens nadadores, sendo 43 meninos e 43 meninas. Os escolares participaram das aulas de natação com a frequência de 2 vezes na semana e duração de 45 minutos cada aula. Foram realizados o pré-teste e pós-teste, sendo coletados os dados de estatura, peso corporal e dobras cutâneas triciptal e subscapular, para posterior análise do percentual de gordura. Os dados foram analisados segundo o protocolo de Slaughter et al. (1988) e organizados por gênero a partir da tabela de referência proposta por Lohman (1987). Com os resultados torna-se possível destacar que após 5 meses de prática da natação, os meninos apresentaram um aumento de 3cm (passando de 152cm±0,10 para 155cm±0,10) na estatura, enquanto as meninas apresentaram o aumento de 2cm (passando de 147cm±0,08 para 149cm±0,08). Para o peso corporal, os dados masculinos passaram de 44,92kg±11,15 para 46,66kg±11,90, e os dados femininos de 41,55kg±11,57 para 43,70kg±12,01, respectivamente no pré-teste e pós-teste. Para o percentual de gordura, a classificação dos meninos no pré-teste foi de moderadamente alto e no pós-teste passou para alto. As meninas mantiveram a classificação moderadamente alto em ambos os testes. Assim, as alterações de peso acompanharam o aumento da estatura, para ambos os gêneros. O gênero masculino apresentou valores maiores de estatura e peso corporal, enquanto o gênero feminino apresentou valores maiores no percentual de gordura. Embora sejam valores elevados no percentual de gordura, as meninas conseguiram manter a classificação dentro de níveis moderadamente alto. Isto indica a necessidade de incentivar os jovens à prática de uma atividade física regular e estruturada para manter níveis normais ou mais baixos no percentual de gordura, ter uma vida mais saudável e evitar a obesidade.

Apoio / Parcerias: Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda

Aptidão física de idosos participantes das academias

  • Graciella Greice Weiers, Graduando, graciella.w@gmail.com
  • Mauren da Silva Salin, MSc, mauren.salin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aptidão Física, Idosos, Academia

A prática regular de exercícios físicos é fundamental para melhorar a qualidade de vida e a capacidade funcional de idosos. Este estudo objetivou identificar o nível da aptidão física dos idosos que participam das atividades físicas desenvolvidas na Academia da Melhor Idade (AMI) de Joinville. A amostra foi constituída por 163 idosos com 60 anos ou mais de idade. Para caracterização da amostra foi utilizado um questionário em forma de entrevista, e para a avaliação da aptidão física se fez uso da bateria Senior Fitness Test (SFT) de Rikli & Jones (2008), que avalia a força e flexibilidade de membros superiores e inferiores, a agilidade e a capacidade cardiorrespiratória. Atualmente o município dispõe de 33 AMIs, onde cada unidade possui aproximadamente 10 aparelhos e um monitor (acadêmico bolsista dos Cursos de Educação Física) que faz o atendimento aos idosos. Os resultados mostraram que a maioria dos idosos é do sexo feminino (72%), com predomínio de casados/união estável (61,35%), aposentados (58%), sendo a hipertensão (44%) a doença mais relatada e a maioria (81,60%) faz uso de algum tipo de medicamento. Em relação à aptidão física dos idosos a força de membros inferiores do sexo feminino apresenta em sua maioria a classificação boa (30%), regular (28%) e ruim (28%), e a maioria do sexo masculino classifica-se como ruim (35%). A força de membros superiores das mulheres classificou-se em ruim (31%) e dos homens muito ruim (39%). A flexibilidade de membros inferiores da maioria das mulheres classificou-se como ruim (33%) e muito ruim (40%), e dos homens como muito ruim (43,5%). A flexibilidade de membros superiores de ambos os sexos foi classificada como muito ruim, sendo 58% das mulheres e 41% dos homens. A agilidade e equilíbrio dinâmico das mulheres classificou-se como ruim (38,5%) e a dos homens como regular (26%) e ruim (26%). Quanto à resistência aeróbica a maioria dos idosos, tanto do sexo feminino (50,5%) como masculino (61%), foi classificada como muito ruim. Sendo assim, pode-se concluir que a aptidão física dos idosos, de ambos os sexos, merece uma maior atenção, embora não se tenha resultados anteriores que possibilite comparações. Desta forma sugere-se a continuidade do estudo, a fim de levantar mais dados que possam explicar o comportamento desses indivíduos em relação à adesão e freqüência ao programa AMI.

Apoio / Parcerias: Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville.

Associação entre Polimorfismos do Gene OPN e a Resposta Terapêutica na Hepatite C Crônica

  • Karilene Dalposso, Graduando, ka_dalposso@hotmail.com
  • Karini Yumi Oizumi Okabe, Graduando, yumi-oizumi@hotmail.com
  • Talitha Girrarni Teixeira Ribeiro, G, tagirrani@gmail.com
  • Raquel Francine Liermann Garcia, G, drargarcia@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Hepatite C, Osteopontina, Polimorfismos de Base Única

O vírus da hepatite C é um importante causador de doença hepática crônica, estimando-se 170 milhões de portadores no mundo. Em anos recentes, observou-se alguns polimorfismos no gene OPN humano, codificante para a proteína osteopontina, em associação significativa com atividade inflamatória e eficácia terapêutica em pacientes japoneses com hepatite C crônica. Portanto, objetivou-se investigar a associação entre os Polimorfismos de Base Única (SNPs) nas posições -616nt (T/G) e -443nt (C/T) da região promotora do gene OPN e o perfil de resposta terapêutica observado nos pacientes brasileiros portadores crônicos do genótipo 1 do HCV tratados com Interferon peguilado. Pacientes foram recrutados em cinco centros de referência para o tratamento da hepatite C: Hospital Municipal São José/Joinville-SC, Instituto de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva/Joinville-SC, Hospital Gaffrée Guinle/Rio de Janeiro-RJ, Hospital Universitário/Pelotas-RS e Santa Casa de Misericórdia/Porto Alegre-RS. A ocorrência ou ausência de Resposta Virológica Sustentada (RVS e N-RVS, respectivamente) foi definida através da investigação da viremia após, no mínimo, seis meses da conclusão da terapia. Amostra de sangue individual de cada paciente foi coletada via punção digital e mantida em papel-filtro (FTA Elute Card®). Após extração do DNA genômico, um segmento de 498pb do gene OPN foi amplificado via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Os amplicons obtidos foram purificados e submetidos ao sequenciamento direto e bidirecional. As frequências genotípicas entre os grupos RVS e N-RVS foram comparados via teste qui-quadrado e correção de Yates. RVS foi observada em 51,9% dos 77 (40 homens) pacientes incluídos (55 ± 9 anos). Idade e sexo não diferiram significativamente entre os grupos. As frequências genotípicas relativas ao SNP -443nt alcançaram 44,1% (34/77) - C/T, 29,9% (23/77) - T/T e 26% (20/77) - C/C. Homozigose G/G na posição -616nt foi observada em 80,3% (61/76) dos pacientes, seguida de T/G (17,1%; 13/76) e T/T (2,6%; 2/76), enquanto uma amostra resultou inconclusiva. A taxa de RVS foi maior nos pacientes com o genótipo C/C no SNP -443nt do gene OPN relativamente aqueles com genótipos C/T ou T/T (75% vs 43.8%; P < 0,05). Por outro lado, não se verificou associação entre a eficácia da terapia anti-HCV e o SNP -616nt. Conclusão: Verificou-se associação significativa entre o SNP -443nt (C/T) e Resposta Virológica Sustentada na população estudada. Portanto, sugere-se o genótipo C/C como marcador preditivo de eficácia terapêutica na hepatite C crônica em regimes de tratamento à base de interferon.

Apoio / Parcerias: CNPq

Aumento da natalidade do cultivo de Mysidopsis juniae (SILVA, 1979) em laboratório a partir da definição e controle de parâmetros abióticos

  • Cleiton Vaz, MSc, cleiton.vaz@univille.br
  • Elaine Cristine Spitzner, G, elaine.spitzner@hotmail.com
  • Renata Falck Storch Böhm, MSc, renatastorch@hotmail.com
  • Tamila Kleine, G, tamila.kleine@gmail.com
  • Renata Amanda Gonçalves, Graduando, re.amandag@gmail.com
  • Talini Sá Tortelli, Graduando, talini_tortelli@hotmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Toxicologia ambiental, fatores abióticos, Mysidopsis juniae

A ecotoxicologia estuda os efeitos tóxicos causados por poluentes tanto naturais como sintéticos, sobre qualquer constituinte do ecossistema. O cultivo do microcrustáceo Mysisdopsis juniae (SILVA, 1979) em laboratório necessita de acompanhamento constante de parâmetros como salinidade e temperatura, para assim ter sucesso nas altas taxas de natalidade e para utilização dos mesmos em testes de toxicidade. Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Ecotoxicologia da UNIVILLE – Unidade São Francisco do Sul, e teve por objetivo contribuir para a melhoria do cultivo, confirmando as faixas ideais de temperatura e salinidade apontadas como de maior adequação em testes realizados posteriormente. Para o desenvolvimento da cultura, todos os aquários foram mantidos com aeração constante e branda, fotoperíodo (12h luz: 12h escuro), temperatura 24±1 °C e salinidade de 32±1. A contagem dos organismos ocorreu semanalmente junto com a higienização do cultivo evitando maiores stress aos organismos. Até o presente momento os resultados indicam a adequada adaptação dos mesmos aos fatores físico-químicos estabelecidos, com natalidade de 4826 organismos nos meses de outubro a dezembro de 2010 e 5406 nos meses de janeiro a março de 2011, demonstrando um aumento no número de organismos nascidos no último trimestre em função do rigoroso controle laboratorial dos fatores abióticos salinidade e temperatura. Testes de referência com Dodecil Sulfato de Sódio foram realizados para confirmação da sensibilidade desses organismos. Dessa forma, afirma-se que há uma adaptação adequada dos mesmos ao cultivo em laboratório.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio à Pesquisa - Univille

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM PACIENTES HEMODIALIZADOS DA FUNDAÇÃO PRÓ-RIM – JOINVILLE

  • Constanza Marin de los Ríos Odebrecht, Dr(a), constanza@geoforma.com.br
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com
  • Lúcia Fátima de Castro Àvila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br
  • Luiz Carlos Machado Miguel , Dr(a), lcmmiguel@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Insificiência renal cronica, Manifestações bucais, Hemodiálise

A insuficiência renal crônica representa uma alteração estrutural renal que implica na redução ou limitação da capacidade de filtração glomerular dos rins, causando a uremia que se caracteriza pelo acúmulo no sangue de substâncias que devem ser filtradas e excretadas pelos rins. Além da grande repercussão bucal que essa alteração sistêmica traz, é importante que esses pacientes tenham sua saúde bucal adequada e controlada, frente à possibilidade eminente do transplante renal. O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção de saúde bucal em pacientes hemodializados da Fundação Pró-Rim – Joinville. Foram entrevistados 50 pacientes, assistidos pela fundação Pró- rim da cidade de Joinville, SC com um questionário contendo 34 perguntas objetivas abordando fatores sócio-econômicos, culturais e questões sobre percepção quanto sua saúde bucal, assim como o conhecimento quanto à necessidade de controle de saúde bucal para a realização de um transplante renal.Os dados obtidos revelaram que a maioria (94%) já tinha ido ao dentista e boa parte (44%) realizaram a última consulta em menos de 1 ano. Quanto à via de acesso para os serviços odontológicos, 46% relataram terem ido ao SUS e 46% no serviço particular. (50%) dos entrevistados classificaram sua saúde bucal como boa; Dentre os principais motivos pela procura do atendimento foram: presença de dor (31%), e outros (que entra avaliação pré-transplante), correspondendo a outros 31%. A grande maioria (67%) avaliou o atendimento como “bom” e 62% receberam informações de como evitar problemas bucais, apesar de 46% relatarem não saber das manifestações bucais específicas causadas pela IRC. Conclui-se, portanto que os pacientes já tiveram acesso aos serviços odontológicos algum dia, porém na maioria das vezes para tratamento de urgência e para realização de tratamentos do tipo invasivo.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-rim de Joinville

Avaliação Morfológica e Metabólica do Músculo Esquelético de Ratos Sépticos Treinados e Sedentários

  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla.werlang@univille.br
  • Aline Tromm, Graduando, alinetromm@hotmail.com
  • Gustavo de Matos, Graduando, gutomatos4@hotmail.com
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.adrieno@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sepse, Treinamento, Músculo Esquelético

Hipoperfusão tecidual e inflamação sistêmica, decorrentes da sepse, resultam em alterações morfo-funcionais da musculatura esquelética. O treinamento físico é considerado uma das principais formas de manter e melhorar o metabolismo e trofismo muscular.Objetivo:Avaliar a morfologia e o metabolismo aeróbico do músculo esquelético sóleo de ratos sépticos treinados e sedentários. Experimentos realizados em ratos machos Wistar randomizados em 4 grupos: Grupo Controle Sedentário (SHAMS), Grupo Controle Exercício (SHAMTr), Grupo Sepse Sedentário (CLPS) e Grupo Sepse Exercício (CLPTr).Os grupos SHAMTr e CLPTr foram submetidos a treinamento físico durante 8 semanas em esteira rolante (5 sessões semanais de uma hora, intensidade de 60% da velocidade máxima). Os grupos CLPS e CLPTr foram submetidos à indução da sepse por ligação e punção cecal (CLP) e os SHAMS e SHAMTr à falsa cirurgia (SHAM). Todos os grupos receberam 24 horas de antibioticoterapia, sendo sacrificados cinco dias após a cirurgia, quando foi extraído o músculo sóleo. Para a análise morfológica do músculo sóleo utilizou-se a técnica de miosina ATPase. As imagens histológicas foram avaliadas através do programa Imagem Pró Plus 4.0 Media Cybernetics. O metabolismo aeróbico foi avaliado através da concentração das enzimas do ciclo de Krebs, succinato e malato desidrogenases. Estatística: Utilizou-se a estatística descritiva e o teste ANOVA-Two Way (p≤0,05). A área de secção transversa total do músculo sóleo comparativamente ao grupo SHAMS (100%) foi de 149%, 94% e 122% para os grupos SHAMTr, CLPS e CLPTr, respectivamente. A enzima, succinato desidrogenase apresentou os valores 23,4, 17,6, 17,7 e 19,3 nmol/min mg protein para os grupos SHAMS, SHAMTr, CLPS e CLPTr respectivamente. A enzima malato desidrogenase apresentou valor de 7,8 nmol/min mg protein no grupo CLPS o que foi estatisticamente diferente (p<0,05) dos grupos SHAMS, SHAMTr e CLPTr com os valores 16,8, 21,3 e 21,7 nmol/min mg protein respectivamente. Conclui-se que os efeitos do treinamento sobre a morfologia do músculo sóleo de ratos sépticos avaliados através da área de secção transversa mostrou que nos grupos treinados há um aumento da massa muscular e uma menor perda quando comparado ao grupo controle, já o metabolismo mostrou uma tendência de diminuição do grupo CLPS, confirmada por uma enzima do ciclo de Krebs.

Apoio / Parcerias: Centro de Diagnóstico Anátomo Patológicos - CEDAP

CARACTERÍSTICAS DERMATOGLÍFICAS EM OBESOS INSERIDOS NO PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA DO CAF.

  • Fabrício Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • Ligia C. Pinheiro, Graduando, liginhacp@hotmail.com
  • Tatiana P Huch, Graduando, taty_ph@hotmail.com
  • Jerson Dutra, E, jerson.dutra@univille.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Obesos, Atividade física, Dermatoglifia

O excesso de gordura corporal está sendo considerado um dos maiores problemas de saúde pública em muitos países, especialmente nos mais industrializados. Na última década este quadro de crescente obesidade populacional passou á preocupar países em desenvolvimento, como o Brasil (NAHAS, 2010). A procura por métodos que tornem a adesão dos indivíduos obesos aos programas de atividade física está se tornando um desafio. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de desenhos dermatoglíficos nos dedos das mãos em obesos praticantes de atividade física do CAF-UNIVILLE no ano 2010 e categorizá-los de acordo com sua associação ás valências físicas. Foram analisados 13 indivíduos obesos (IMC Ã 30Kg/m2) de ambos os sexos, com idade entre 17,5 e 37,7 (23,9±6,5) submetidos as avaliações físicas no LAFIEX. Foi utilizada a estatística descritiva para análise dos dados antropométricos e para a interpretação dermatoglífica a qualitativa, que consiste em investigar as valências físicas manifestadas nos indivíduos por meio das impressões digitais. Para a identificação das valências foi utilizado o método dermatoglífico (CUMINS; MIDLO, 1945 apud FERNANDES FILHO, 1997). Para a investigação da composição corporal o protocolo para pessoas obesas de Weltman (1988), observou se: gordura relativa e absoluta, massa isenta de gordura, peso muscular e excesso de peso. As amostras foram categorizadas em dois grupos: grupo glicolítico, onde as impressões digitais associadas as valências físicas sugerem o aparecimento dos desenhos Presilha “L” (Ã7) e Verticílo “W” (Â3) se associam com velocidade e força explosiva. Já o grupo oxidativo se compõe sobre a diminuição de desenhos em Arco “A” (até 0), Presilha “L” (Â 6) e aumento dos Verticílo “W” (Ã4) associam-se com capacidade aeróbia e resistência (NIKITCHUK; ABRAMOVA; OZOLIN; apud FERNANDES FILHO, 1997) A amostra total prevaleceu 69% para obesos glicolítico e 31% para oxidativo. O grupo glicolítico em relação ao oxidativo mostrou-se 7,04% mais pesados, 7,69% com maior quantidade de gordura absoluta, 6,48% com maior massa isenta de gordura, 7% maior para massa muscular e 8,21% mais peso em excesso. Foi possível encontrar obesos com característica dermatoglifica para a manifestação de força e velocidade e outros para capacidade aeróbia. Indivíduos que possuem capacidade metabólica para oxidar gordura durante a atividade aeróbia e outros para o aumento de massa muscular devido ao tipo de valência física encontrada. Ressaltando a importância da caracterização do obeso para uma estratégia de aderência aos programas, já que a negligência dessas informações pode resultar em evasão

Desempenho neuropsicológico e status funcional após AVC: uma comparação entre pacientes com e sem sintomas de depressão.

  • Maria Gabriela Ramos Ferreira, E, mariagabrielarf@gmail.com
  • Carla Heloísa Cabral Moro, E, carlahcmoro@gmail.com
  • Selma C FRANCO, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: acidente cerebrovascular, neuropsicologia, funcionalidade

Sobreviventes de AVC podem apresentar sequelas físicas, emocionais e cognitivas. O prejuizo funcional está geralmente relacionado com estas sequelas (MUNSAT, 1997; BONITA, 2004). A depressão pós-AVC é uma desordem comum, de alta prevalência e relacionada ao prejuízo cognitivo e funcional (POHJASVAARA, 1998; NEAU, 1998; BERG, 2003; HERRMANN, 1995; KOTILA, 1998). A amostra foi composta por 45 pacientes que sofreram AVC isquêmico em um período anterior de seis meses a um ano, em primeiro evento, que estão em seguimento ambulatorial no Ambulatório Universitário da UNIVILLE. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação neuropsicológica. O Inventário de Depressão de Beck (BDI) (BECK, 1961) foi utilizado para o rastreio de sintomas de depressão. A presença de sintomas significativos de depressão foi considerada quando o paciente obtinha escore e 10 no BDI. Os dados clínicos e demográficos foram obtidos através de consulta do prontuário do paciente. Os dois grupos (com sintomas de depressão e sem sintomas de depressão) foram pareados pela severidade do AVC (mensurada pelo NIHSS), idade e educação. As variáveis contínuas foram analisadas pelo Teste T de Student. Foi observada diferença estatisticamente significante na funcionalidade e na tarefa de controle mental entre os dois grupos. Portanto, o grupo com sintomas de depressão teve pior desempenho em um aspecto atencional e se apresentou com maior prejuizo nas atividades instrumentais da vida diária. A literatura mostra desempenho cognitivo rebaixado em pacientes com depressão pós-AVC (BERG, 2001) e a associação de prejuízo funcional com prejuízo da memória, atenção e comunicação (WILZ, 2007).

Apoio / Parcerias: apoio: Centro de Pesquisa AVC.

Ecologia de primatas em fragmentos florestais: implicações populacionais e interações com a floresta.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Antonio Augusto Rocha Neto, Graduando, antonioarn@ig.com.br
  • Andressa Lopes Roveda, E, dessalr@hotmail.com
  • Guilherme Harnoud Evaristo, G, gui.evara@gmail.com

Palavras-chave: Alouatta guariba clamitans, fragmentos florestais, ecologia

As implicações decorrentes da fragmentação de habitats é um dos principais problemas à conservação da fauna in situ. Embora ainda existam grandes remanescentes de Floresta Atlântica no nordeste catarinense, o aumento de áreas desmatadas para usos humanos tem aumentado a fragmentação principalmente das florestas em áreas de planície. O Projeto Primatas do Nordeste Catarinense (PRNC) teve por objetivo estudar aspectos da ecologia dos primatas locais, com a finalidade de subsidiar estratégias e ações conservacionistas na região. Ao longo dos últimos anos monitorou a população de bugios (Alouatta guariba clamitans) residente em fragmentos florestais de planície no Distrito Industrial de Joinville. Através da observação direta dos grupos, da busca de vestígios (fezes) e de vocalizações, o projeto tem registrado a presença dos bugios nos fragmentos. A localização exata dos grupos foi determinada com o auxílio de um GPS. Uma vez encontrados procurava-se determinar o número de indivíduos e a composição sexo-etária do grupo. Também foram observados os itens consumidos na dieta dos bandos por meio de observação direta e análise das fezes coletadas. Os resultados apontam a ocorrência de migração de indivíduos do grupo do centro do fragmento A para as bordas e fragmentos menores e também para um possível declínio da população em função da falta de recursos, alta densidade ou ação antrópica. Em relação à dieta, foram identificadas 25 taxa vegetais utilizados na alimentação dos bandos e destes 12 foram identificados até espécie, sendo a família Myrtacea a de maior importância na dieta. Estes resultados demonstram a importância dos bugios como bons dispersores de sementes, pois consomem uma grande quantidade de frutos e as dispersam sem predar por distâncias variadas da árvore-mãe. Por fim, além das pesquisas desenvolvidas o projeto tem contribuído com a formação de pesquisadores na área de primatologia e conservação da biodiversidade.

Estudo da diversidade de macroalgas marinhas encontradas no período de inverno, nos costões rochosos das Ilhas da Rita, Tamboretes do sul e Velha, localizadas em São Francisco do Sul, SC, Brasil.

  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br
  • Eduardo Katzer Ronchi, G, eduardo.ekr@gmail.com
  • Jéssica Caroline Dos Santos Silva, Graduando, jes.sik.2007@gmail.com
  • Ricardo Corbetta, MSc, rcorbetta@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macroalgas marinhas, Costões rochosos, Ilhas de São Francisco do Sul

As algas marinhas são importantes produtores primários e base da cadeia trófica marinha. Através do processo fotossintético, promovem a captura de gás carbônico e liberação do oxigênio, participando também da ciclagem dos nutrientes na coluna da d’água. O objetivo geral deste trabalho foi conhecer a diversidade de macroalgas marinhas encontradas nos costões rochosos de três ilhas localizadas em São Francisco do Sul. Para a observação e identificação das macroalgas foi aplicado um método quantitativo, lançando aleatoriamente, por 10 vezes, um quadrat de 15 x 15 cm nos costões rochosos da Ilha da Rita (26º15’4.76”S e 48º42’27.42”O), Velha (26º10’53.66”S e 48º29’19.00”O) e Tamboretes do Sul (26º23’11.06’S e 48º31’29.94’O). A densidade das algas foi estimada através da porcentagem de cobertura em trinta pontos de intersecção no quadrat, delimitados por fios de nylon. Também foram obtidas medidas de diversidade, similaridade e equitabilidade. As macroalgas foram coletadas, colocadas em vidros com formalina a 4% e identificadas no laboratório de microscopia da UNIVILLE. A temperatura e a salinidade da água foram obtidas com termômetro e refratômetro, respectivamente. Foram encontrados 27 taxa de macroalgas marinhas, sendo sete taxa pertencentes às algas verdes ( Bryopsis plumosa, Codium intertextum, Cladophora sp1, Cladophora sp2, Cladophora sp3, Chaetomorpha antennina, Ulva flexuosa), três às algas pardas (Padina boergesenii, Sargassum sp, Asteronema rhodochortonoides) e dezessete taxa às algas vermelhas (Porphyra acanthophora, Centroceras clavulatum, Ceramium brasiliense, Ceramium brevizonatum, Polysiphonia tepida, Chondria polyrhiza, Chondria sp1, Chondria sp2, Laurencia catarinensis, Amphiroa fragilissima, Arthrocardia stephensonii, Jania adhaerens, Jania capillacea, Gelidium crinale,Gelidium pusillum, Pterocladiella capillacea e Champia parvula) . A Ilha de Tamboretes do Sul apresentou maior cobertura algal (aproximadamente 65%), seguida pela Ilha Velha (49%). Houve maior similaridade entre a Ilha Velha e Tamboretes (15,38%) e menor similaridade entre a Ilha da Rita e Tamboretes (9,5%). A Ilha Velha apresentou maior riqueza (15 espécies), seguida pela Ilha de Tamboretes (9 espécies) e pela Ilha da Rita (4 espécies). A Ilha da Rita apresenta características de ambiente estuarino, como grande aporte de sedimentos e nutrientes, e as espécies que ali vivem precisam estar adaptadas a este tipo de condições. A Ilha Velha também apresentou maior diversidade (0,24) e maior equitabilidade (0,20). O presente estudo constitui o primeiro levantamento de macroalgas marinhas dos costões rochosos em Ilhas de São Francisco do Sul, fornecendo dados para monitoramentos e manejo do ecossistema local, bem como contribuindo para o estudo da ficologia e ecologia marinha no Estado e no Brasil.

Apoio / Parcerias: Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Flora vascular da bacia hidrográfica do Rio do Braço, Joinville/ SC

  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com
  • Cynthia Hering-Rinnert , Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Thiago Moraes Lima , G, thid_b@hotmail.com
  • Rhaissa Keller, Graduando, rhaissak@hotmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biodiversidade , florística, mata ciliar

A Mata Atlântica é considerada uma das mais ameaçadas do mundo, sendo que algumas áreas apresentam elevados índices de biodiversidade. A Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, da qual o Rio do Braço faz parte, está inserida nesse bioma e, embora tenha sofrido intensa agressão antropogênica, informações sobre sua composição florística ainda são escassas. Este estudo faz parte do projeto FLORA, que visa conhecer a composição florística da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão. Aqui serão apresentados os resultados obtidos para a microbacia do Rio do Braço. Saídas semanais a campo foram realizadas para diagnosticar o estado de conservação das áreas amostradas e sua composição florística. Nesses pontos foram coletadas amostras de material botânico, obtidos registros fotográficos dos estádios sucessionais e das condições da vegetação ciliar, bem como o georreferenciamento da área. O material botânico coletado foi encaminhado ao Herbário Joinvillea para herborização, identificação, realizada por comparação com exsicatas do acervo e envio a especialistas, quando necessário, e inclusão no acervo. Até o momento foram identificadas 13 espécies de samambaias, distribuídas em 8 famílias botânicas, com destaque para Blechnopsis brasiliensis (Desv.) C. Presl. (Blechnaceae), Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin (Cyatheaceae), Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd. (Polypodiaceae). De angiospermas foram identificadas 83 espécies de 42 famílias, destacando-se Arecaceae (Bactris setosa Mart., Euterpe edulis Mart.), Myrtaceae (Campomanesia reitziana D. Legrand, Marlierea tomentosa Cambess.) e Rubiaceae (Faramea marginata Cham., Psychotrya nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra), respectivamente com 6, 7 e 10 espécies cada. Embora a Bacia Hidrográfica do Rio do Braço esteja inserida em área urbana do município de Joinville, importantes fragmentos florestais com vegetação secundária em estádio médio de sucessão foram observados, constituindo-se em reservatório de biodiversidade.

Inclusão de alunos com deficiências no ensino superior: identificando este processo na Univille

  • Sônia Maria Ribeiro, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação inclusiva, pessoas com deficiências, ensino superior

A partir de 1990 intensificou-se o movimento de inclusão social de grupos considerados minoritários, ou desfavorecidos socialmente, nos mais diversos segmentos da sociedade como trabalho, esporte, lazer e educação. Dentre estes, encontram-se as pessoas com deficiências. Investimentos em acessibilidade, tecnologia assistiva e formação de professores, nas últimas duas décadas, permitiram que alunos com diferentes tipos de deficiências tivessem acesso a uma educação inclusiva cada vez mais com qualidade. Diante do exposto, este trabalho visa apresentar como a UNIVILLE- Universidade da Região de Joinville - Campus Bom Retiro- vem desenvolvendo ações no sentido de tornar seus espaços cada vez mais inclusivos. Ciente deste compromisso político, social e educacional, a UNIVILLE aprovou em 2007, com início em 2008, o PROINES – Projeto de apoio a inclusão de pessoas com necessidades especiais. O projeto é financiado pelo FAEG e está vinculado as Pró-Reitorias de Ensino e de Extensão e Assuntos Comunitários. Neste contexto, várias ações foram executadas, desde a sua criação, visando atender não apenas os conflitos que emergem na relação professor-aluno (ensino-aprendizagem), bem como dar suporte aos demais espaços que englobam a vida acadêmica da instituição. Nos três anos de funcionamento, o projeto atendeu diretamente 19 alunos que apresentavam deficiências físicas, visuais, auditivas e intelectuais, distribuídos em 11 cursos de bacharelado e licenciatura do campus Bom Retiro e Unidade Centro. As intervenções do PROINES envolvem questões pertinentes à acessibilidade arquitetônica, acessibilidade a informação, acessibilidade atitudinal, reuniões com professores e chefias de departamento na orientação de estratégias e flexibilizações que podem ser aplicadas visando o atendimento das especificidades dos alunos, como o auxílio de um tutor junto ao aluno. Diante do constante ingresso de alunos cegos identificamos a necessidade de parcerias que nos possibilitem oferecer material em Braille e digitalizado a estes alunos. O projeto conta atualmente com uma interprete de LIBRAS que auxilia dois alunos em sala de aula, bem como na recepção de pessoas surdas que procuram a instituição. Com dados obtidos junto as intervenções realizadas pelo projeto identificamos a necessidade de mais investimento na formação de professores capazes de atuar de modo inclusivo, e em condições de identificar e utilizar as diferentes possibilidades de apropriação de conhecimento que o indivíduo, mesmo com deficiência, apresenta.

Apoio / Parcerias: O projeto conta com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino e da Pró-Reitoria de Extensão da UNIVILLE.

Microesferas de poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) e poli(ácido lático) contendo ibuprofeno: preparo, caracterização físico-química e biodisponibilidade

  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: microesferas, ibuprofeno, liberação prolongada

No presente trabalho foram elaboradas microesferas utilizando os polímeros PHBV poli(hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) e PLA poli(ácido lático) contendo ibuprofeno, com o objetivo de prolongar o perfil de liberação do fármaco. As microesferas foram obtidas através do método de emulsão e evaporação do solvente, que consistiu em dissolver 500 mg dos polímeros e 200 mg de ibuprofeno em 20 mL de diclorometano e posteriormente emulsificar em 200 mL de uma solução aquosa contendo 0,15% de poli(vinil álcool) e 10 mL de isopropanol, acidificada com HCl 1% (pH 3-4). Foram elaboradas quatro formulações, variando-se o tipo e a proporção dos polímeros: formulação A (PLA), formulação B (PHBV), formulação C (PHBV/PLA na proporção de 70/30) e formulação D (PHBV/PLA na proporção de 30/70). A morfologia das partículas foi visualizada através de microscopia eletrônica de varredura. Todas as formulações originaram partículas esféricas, com cristais de fármaco aderidos à superfície externa, matriz polimérica porosa quando foi utilizado o PHBV e partículas com superfície externa lisa quando o PLA foi empregado. As eficiências de encapsulação, determinadas por espectrofotometria de absorção no ultravioleta, foram de: 80,1% (formulação A); 99,1% (formulação B); 100,4% (formulação C) e 93,6% (formulação D). O ensaio de dissolução “in vitro” foi realizado em um banho de água quente, mantido a 37 ºC. Cerca de 10 mg de microesferas e 45 mL de tampão fosfato pH 7,4 foram adicionados a tubos de Falcon, os quais foram incubados durante o período de 19 h. Após períodos definidos de tempo coletou-se uma alíquota do meio de dissolução e o fármaco foi quantificado por espectrofotometria de absorção no UV. Após 1 h de ensaio, as porcentagens de fármaco dissolvido no meio foram de 20,3% (formulação A); 87,3% (formulação B); 67,2% (formulação C) e 33,3% (formulação D). Os valores de eficiência de dissolução foram de 28,3% (formulação A); 64,7% (formulação B); 55,5% (formulação C) e 62,1% (formulação D). A formulação D, contendo PHBV/PLA na proporção de 30/70, foi a que apresentou o melhor perfil para o prolongamento da liberação do ibuprofeno. Ensaios estão sendo conduzidos para avaliar a sua biodisponibilidade em ratos. Sendo assim, conclui-se que é possível modular a liberação do ibuprofeno a partir das microesferas empregando diferentes proporções de PHBV e PLA.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE e CNPq

Pacientes com Insuficiência Renal Crônica Submetidos à Hemodiálise: Protocolo de Atendimento Odontológico.

  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com
  • Lúcia Fátima de Castro Àvila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br
  • Constanza Marin de Los Rios Odebrecht, Dr(a), constanza@geoforma.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: hemodiálise, Transplante renal, saúde oral

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um processo de redução irreversível, significativa e contínua da quantidade de néfrons funcionais, resultando em uma redução na filtração glomerular renal. A saúde bucal é um aspecto importante da homeostase e bem estar geral destes indivíduos e deve-se evitar que doenças bucais previníveis e tratáveis venham atuar como comorbidades. Muitas vezes os cirurgiões dentistas desconhecem as limitações e cuidados necessários a serem tomados para um tratamento odontológico adequado para estes pacientes. Este trabalho tem como objetivo avaliar o nível de conhecimento dos Cirurgiões Dentistas quanto ao tratamento de pacientes com IRC através de questionário fechado e propor um protocolo de atendimento que possa ao mesmo tempo orientar e criar uma linguagem comum a todos os profissionais de odontologia envolvidos no tratamento desta parcela da população. A fim de elaborar um protocolo de atendimento odontológico que suprisse as necessidades de pacientes com IRC, foi desenvolvido um questionário com 11 perguntas fechadas para avaliar o nível de conhecimento que os cirurgiões dentistas têm sobre os cuidados no tratamento odontológico de pacientes hemodialisados. Esses questionários foram enviados via e-mail para 310 dentistas da Região Norte do estado de SC e da cidade de Curitiba-PR.Todos profissionais devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Odontologia (CRO) respectivos às suas regiões. Dos 310 questionários enviados, obteve-se 100 (32%) respostas, 8 (3%) recusas, 97 (31%) e-mails com o endereço eletrônico errado e 105 (34%) e-mails não respondidos. A maioria dos CDs (39%), mostrou ter pouco conhecimento sobre esse assunto, 16% deles não possuíam nenhum conhecimento, conhecimento médio (15%), 16% tinham um conhecimento razoável sobre o assunto e 13% relataram ter um bom conhecimento sobre o assunto, sendo que um profissional não respondeu a pergunta (1%). A maioria dos pesquisados (75%) não atendiam pacientes portadores de IRC .Em contrapartida, 25% costumavam atender esses pacientes. De acordo com os resultados do presente estudo, ficou evidenciado que a maioria dos cirurgiões dentistas desconhecia as manifestações bucais mais comuns dos pacientes portadores de IRC. A partir dos dados, foi criado um modelo de protocolo de atendimento odontológico para pacientes com IRC, para uniformizar a linguagem e humanizar o atendimento a esses pacientes.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró Rim de Joinville

Palhaçoterapia: uma experiência humanizadora para a formação médica

  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br
  • Angela Finardi, G, angela.finardi@hotmail.com
  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerrwestphal@brturbo.com.br
  • Vinicius Furtado, Graduando, furtado.vinicius@hotmail.com
  • Vinicius A T Schoepping, Graduando, vini_schoepping@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Humanização da Assistência, Educação Médica, Relações Comunidade-Instituição

Introdução: Os projetos de extensão constituem uma estratégia de ensino-aprendizagem que possibilita aos estudantes a vivência de diversos aspectos da prática médica de modo supervisionado dentro do ambiente acadêmico, propiciando reflexão crítica e construção de uma identidade profissional. O desenvolvimento humanístico durante a formação é uma diretriz nacional dos cursos médicos, podendo ser promovido em projetos de extensão cuja temática central seja a humanização do cuidado à saúde, tal como o Palhaçoterapia. Criado há 7 anos, conta com estudantes voluntários que realizam visitas semanais a um hospital pediátrico, usando técnicas artísticas circenses e teatro clown para estabelecer uma aproximação com as crianças hospitalizadas, pais e profissionais de saúde.

Objetivos: Relatar a experiência de estudantes de Medicina que integram o projeto Palhaçoterapia a respeito da contribuição para sua formação.

Métodos: Estudo qualitativo transversal realizado com 10 estudantes participantes do projeto em 2009. O instrumento de coleta de dados consistiu de um questionário semi-estruturado, abordando a motivação para participar do projeto, o impacto sobre aspectos relacionais dos estudantes, a contribuição para a formação e as dificuldades. A análise de conteúdo permitiu identificar unidades de significado.

Resultados: A proposta humanística do projeto foi a principal razão relatada pelos estudantes para participar, aliada à aprendizagem pessoal e a alegria propiciada às crianças. As contribuições para a formação foram a melhoria da relação médico-paciente, o aperfeiçoamento da comunicação com a família e com os profissionais de saúde, o desenvolvimento de atividades em grupo e a organização do tempo. As principais dificuldades foram atuar como palhaço e carga horária excessiva de aulas.

Conclusões: Os relatos evidenciaram a importância do projeto para a formação. Os estudantes desenvolveram autoconfiança, valorizaram o trabalho em equipe e entenderam a importância do profissional mais humano e sensível. Pôde-se enxergar o paciente fora do contexto da "doença", observando-o holisticamente, incluindo sua história familiar e contexto social.

Apoio / Parcerias: Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

PET Saúde: Relação entre aumento do IMC, alimentação e sedentarismo em adolescentes

  • Juliana Vargas, Graduando, juvargas90@yahoo.com.br
  • Denise Vizzotto, MSc, dvizzotto@brturbo.com.br
  • Helena Maria Antunes Paiano, MSc, hpaiano@gmail.com
  • Rômulo Gomes Fontanella, Graduando, romulogf@hotmail.com
  • Martha Maria Vieira de Salles Abreu Artilheiro, E, martha@expresso.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: adolescente, IMC, PET SAÚDE

A prevalência de adolescentes obesos vem aumentando nas últimas décadas e diversos estudos relacionam os altos valores de IMC com maus hábitos alimentares e com o sedentarismo. Fato preocupante, pois está ligado ao acometimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, desde a infância e adolescência. O objetivo desse trabalho foi observar a associação entre IMC, sedentarismo e má alimentação em adolescentes. Foram avaliados 254 adolescentes de 10 a 15 anos do ensino fundamental, de uma escola municipal, em Joinville, através de inquérito desenvolvido com a participação de alunos de Medicina e Odontologia da Univille, que participam do PET – Saúde. Após o cálculo do IMC, os jovens foram questionados sobre a frequência com que praticam pelo menos 30 minutos consecutivos de exercícios, sendo considerados sedentários, de nenhuma até três vezes na semana. Foram questionados acerca de quantas horas por dia – tanto nos dias úteis, como nos finais de semana - ficavam no computador, assistindo TV ou jogando videogame. Sobre a alimentação, verificou-se a frequência em que consomem vários tipos de alimentos e a opinião pessoal sobre os que consideravam saudáveis e também a satisfação dos adolescentes em relação ao seu peso. Observou-se que 11,02 % dos 254 adolescentes avaliados são obesos e que 13,38 % se encontram com sobrepeso, compondo um total de 24,4% e que 64,28% dos obesos e 82,35% com sobrepeso são considerados sedentários. Em relação ao tempo que os alunos passavam no computador, videogame ou assistindo TV, a porcentagem no grupo de obesos, daqueles que, nos dias úteis x finais de semana, utilizam por menos de 2 horas diárias é de (25% x 17,85%); (53,57% x 46,42%) dos que utilizam de 2 a 5 horas diárias e (14,28% x 28,57%) dos que fazem uso por mais de 5 horas diárias. Em relação à alimentação, 25% dos obesos não consomem verduras e legumes; e 35,71% se alimentam com fast-food de 2 a 3 vezes na semana. Com respeito aos alimentos considerados saudáveis, 99,21% responderam frutas e saladas. Acerca da opinião que têm a respeito de seu peso, dentre os obesos, 82,14% acham que estão acima do peso e querem perder peso. O sedentarismo e a má alimentação são fatores de risco para obesidade, já que de um estudo de corte, 60,62% dos jovens se mostraram sedentários. Os adolescentes costumam comer excessivamente açúcares e gorduras, e pouca quantidade de frutas e verduras, contribuindo para o excessivo ganho de peso.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Saúde - Joinville Ministério da Saúde

Projeto AFIC - Adolescência, Família, Identidade, Comunidade

  • Nívea de Freitas Figueiredo Stiegler, MSc, nivea.figueiredo@univille.com.br
  • Adelaide Graeser Kassulke, MSc, adelaide.psicologia@gmail.com

Palavras-chave: Promoção à saúde, Responsabilidade familiar, Formação corporal

O projeto originou-se da necessidade da comunidade, através do Conselho Municipal Antidrogas – COMAD, formalizada o pedido pelo presidente da instituição solicitando a intervenção da Universidade com o propósito de promoção e prevenção de saúde no Bairro 25 de Julho em São Bento do Sul. Objetivo geral: fomentar possibilidades de atuação junto a comunidade para traçar um projeto de intervenção ampliando a capacidade do jovem e de seu entorno social pensar-se criticamente, propondo ações integradas. O projeto tem a perspectiva do trabalho junto a comunidade unindo os esforços dos diferentes atores sociais envolvidos, pois, o consumo de drogas é uma questão complexa, que não se presta a conclusões simples. A experiência, porém tem firmado a clara convicção de que a união de esforços não só funciona como é indispensável quando se pretende desenvolver respostas eficazes aos desafios colocados. O projeto está sendo desenvolvido em parceria entre as instituições (Escola local; COMAD; UNIVILLE), pois é importante que haja esta interação para o bem estar da comunidade num processo integrado de forma sistêmica e contínua. Metodologia: tem como modelo conceitual a pesquisa ação caracterizada por realizar-se em estreita relação com o problema coletivo da comunidade. Resultados: O projeto desenvolveu-se durante o ano de 2010 com os adolescentes do 7º ano e 7ª série matutino e vespertino da Escola Municipal Newton Mendes. Foram trabalhados vivências com temas pertinentes as demandas destes jovens, entre eles, identidade, projeto de vida, sexualidade/ afetividade/responsabilidade, drogas e suas implicações psicológicas, resolução de problemas. Trabalho com os professores e funcionários; pais e comunidade. Divulgação do projeto no I Fórum da Família em São Bento do Sul. Estágio para os alunos da graduação em Psicologia e Educação Física da UNIVILLE. O projeto trabalha no estímulo de: pertencimento e oportunidades; respostas construtivas aos desafios da vida; liberdade de ação e constância; exemplos realistas; identidade e projeto de vida; exercícios físicos e alimentação adequada; amigos e um ambiente compreensivo; segurança emocional; reconhecimento e aprovação. Princípios fundamentais para a prevenção e promoção de saúde para os adolescentes e seu entorno.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação de São Bento do Sul.

Projeto de Extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males

  • Sirlei de Souza, MSc, professora@gmail.com
  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide.campos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Tiarajú, Indígena, Saúde

Objetivo: O Projeto de extensão Tiarajú Ivy Marãey trabalha com a promoção de saúde e a

prevenção de doenças na comunidade indígena Tiarajú. A aldeia Tiarajú Guarani Mbyá

localiza-se no município de Araquari (SC), às margens da rodovia BR-280, com uma

população de 110 indígenas falantes do guarani, sendo 56 crianças e 54 adultos.O Projeto

também trabalha em conjunto com a comunidade o respeito aos valores culturais e

sociais buscando fortalecer a sustentabilidade da comunidade Guarani. As atividades são

interdiciplinares, integrando quatro áreas: Medicina, Farmácia, Odontologia e História,

promovendo uma relação de troca do saber produzidos pela Universidade e a cultura dos

Guaranis. Método: As atividades na comunidade indígena foram desenvolvidas através de

oficinas e palestras, em encontros quinzenais envolvendo sempre as crianças,

adolescentes e adultos, abordando temas relativos as necessidades da própria

comunidade. A organização e planejamento das oficinas e avaliação dos resultados foram

semanalmente discutidos em reuniões. Resultados: A convivência junto da comunidade

Tiarajú guarani mostrou a necessidade de intensificar os trabalhos educativos para prevenir

as doenças DST, alcoolismo, tabagismo, geração e destino do lixo, prevenção da saúde

bucal e saúde da mulher . A construção de uma horta comunitária estimulou a comunidade a

construir mais 8 hortas ao redor da aldeia e iniciar o plantio de vários outros produtos.

Conclusão: O projeto tem conseguido melhorias para saúde da comunidade Tiarajú e

consequentemente contribuído para melhor qualidade de vida.

Apoio / Parcerias: Fundação Pauli Madi Projeto Rondon Fundação 25 de Julho

Projeto Rondon – uma experiência de vida e de cidadania

  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Fernando Sossai, MSc, fernandosossai@gmail.com
  • Luiz Paulo de Lemos Wiese, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Projeto Rondon, Cidadania, Solidariedade

O Projeto Rondon é uma ação do Governo Federal, conduzida pelo Ministério da Defesa, que tem por missão viabilizar a participação do estudante universitário nos processos de desenvolvimento local sustentável e de fortalecimento da cidadania nos municípios do Brasil. Em 2010 a UNIVILLE participou de duas operações do Projeto Rondon: Rei do Baião (PE) e Catirina (MA), respectivamente com os conjuntos A (cultura, gestão, educação, saúde, nutrição, esporte e lazer) e B (comunicação, informática, saneamento ambiental, produção, tecnologia, empreendedorismo e turismo). A seguir serão relatadas as ações referentes ao Conjunto A da Operação Rei do Baião, no município de Santa Filomena, extremo oeste de Pernambuco. Desta operação participaram dois professores e oito acadêmicos (Educação Física, Engenharia Ambiental, Farmácia, História, Medicina, Odontologia, Pedagogia e Psicologia) que estavam na segunda metade de seus cursos de graduação. Os acadêmicos foram selecionados segundo critérios propostos pelo Ministério da Defesa. A equipe permaneceu por duas semanas no município escolhido, onde realizou diversas atividades em parceria com um grupo de professores e estudantes da Universidade Estadual de Minas Gerais, responsável pela execução das ações relacionadas ao Conjunto B. Foram realizadas 23 oficinas de capacitação para multiplicadores e membros da comunidade local, além de duas edições de “domingo na praça”, quando foram feitas brincadeiras com as crianças e alongamento para os adultos, além de aferição da pressão arterial e da glicemia, cálculo do índice de massa corpórea e orientações sobre autocuidado em saúde. Durante toda a operação, foram atendidas 1433 pessoas. Os acadêmicos da área da saúde realizaram visitas domiciliares, sempre acompanhados por um agente comunitário, para conhecer a realidade local, obter informações para elaborar um diagnóstico referente ao desenvolvimento social no município e fornecer aos pacientes informações sobre os cuidados básicos com a saúde. Embora houvesse muitas diferenças culturais entre a comunidade e os rondonistas, o clima de respeito e cordialidade se fez presente a todo instante. Verificou-se uma grande sede de informações por parte de parcela significativa da população de Santa Filomena, mas observou-se também que muitos ainda não têm acesso, ou não compreendem bem, as informações relativas às condições básicas de saúde. Os acadêmicos que participaram dessa ação foram unânimes em confirmar o valor da solidariedade e de conhecer as necessidades e aspirações de pessoas completamente diferentes, inseridas em outro contexto de vida. Para os acadêmicos, essa experiência foi uma importante lição de vida e de cidadania, que deve continuar sendo estimulada pela universidade.

Apoio / Parcerias: Ministério da Defesa do Brasil Prefeitura Municipal de Santa Filomena

Riscos da auto medicação. Tratando o problema com conhecimento

  • Januária Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com
  • Karina Olsen, Graduando, titabonitinha@gmail.com
  • Daiane Aparecida Devegilli, Graduando, daianedevegili@yahoo.com.br
  • Karin Eliza Kruger, Graduando, keka_eliza@hotmail.com
  • Karen Cristine Tonini, Graduando, ka_tonini@hotmail.com
  • Debora Adriana Fisher, Graduando, deborafischer@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Automedicação, Problema, Riscos

Introdução: A automedicação constitui o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um médico, ou outro profissional habilitado. O uso indiscriminado de medicamentos tornou-se uma das grandes dificuldades enfrentadas pela saúde no âmbito mundial. O acúmulo doméstico de medicamentos pode influenciar os hábitos de consumo, ocasionar equívoco, causar intoxicação por ingestão acidental, além de afetar a eficiência e a segurança no uso de medicamentos devido a falta de cuidados com a farmácia caseira. Objetivos: Conscientizar a comunidade em geral sobre os riscos da automedicação e promover o uso racional de medicamentos. Metodologia: As atividades desenvolvidas são no formato de dinâmicas, palestras, feiras e jogo, partindo-se do conhecimento existente, visando orientar para o uso racional de medicamentos. Nas dinâmicas há a divisão de turma em grupos que recebem uma caixa com medicamentos, representando uma “Farmácia Caseira”. Os participantes devem identificar os problemas com os medicamentos disponíveis. O conhecimento é então socializado e discutido para consolidar as informações. As palestras são ministradas de acordo com o público alvo. Nas feiras é montado um stand expondo medicamentos com as mesmas falhas técnicas da Farmácia Caseira utilizada na dinâmica. Os visitantes são orientandos sobre automedicação, armazenamento e uso racional de medicamentos. Os jogos foram baseados no projeto EDUCANVISA e o teatro foi desenvolvido para alertar as crianças sobre o risco de intoxicação. Resultados: Desde 2006 o projeto atendeu aproximadamente 6000 pessoas. Nas dinâmicas os participantes reconhecem muitos dos problemas com medicamentos encontrados na “Farmácia Caseira” e participam apontando as falhas encontradas e relatando histórias vividas pelos familiares. Nas palestras é visto que há um grande interesse da população nos temas, e pode-se contribuir levando informações necessárias e que antes eram desconhecidas pelo público. As feiras permitem uma conversa com os visitantes os quais sentem-se a vontade para tirar dúvidas e expor relatos de casos. O teatro alerta o público infantil para os problemas com intoxicações por medicamentos, e desperta a necessidade do cuidado com mesmos. O Projeto recebeu em 2009 menção honrosa no I Prêmio Nacional de Incentivo ao Uso Racional de Medicamentos. Conclusão: Com os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto foi possível observar a carência de informações e a necessidade da difusão permanente de conhecimento consistente sobre o uso racional de medicamentos. A disseminação do uso de drogas de abuso em nossa sociedade tem encontrado nos medicamentos uma fonte de acesso fácil, problema que precisa ser efetivamente encarado.

Apoio / Parcerias: Escola Estadual Básica Engenheiro Annes Gualberto

Saúde dos adolescentes: relato de experiência do PET-Saúde 2010/2011

  • Denise Vizzotto , MSc, dvizzotto@brturbo.com.br
  • Andreia K. Lovera, Graduando, andreialovera@hotmail.com
  • Tatiane K. Gazolla, Graduando, tatianegazolla@hotmail.com
  • Ana C. Rudey, Graduando, carorudey@hotmail.com
  • Martha Maria Vieira Salles Artilheiro , E, martha@expresso.com.br
  • Helena Maria Antunes Paiano, MSc, helena.paiano@univille.br
  • Selma Cristina Franco, MSc, sfranco@saudejoinville.sc.gov.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Saúde , Educação, Adolescentes

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde é um projeto político-pedagógico que busca a inserção dos acadêmicos de Medicina e Odontologia na rede assistencial pública. Em Joinville, nos anos de 2010 e 2011, tem como tema a saúde do adolescente, área onde a política municipal de atenção à saúde não está estabelecida. O objetivo é possibilitar a compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos e ecológicos do viver, adoecer e morrer das pessoas, dentro da organização do Sistema Único de Saúde. Após realizar o diagnóstico das necessidades de saúde dos adolescentes, conhecer o perfil sócio-demográfico, identificar as principais necessidades e/ou problemas de saúde geral/bucal e acesso aos serviços de saúde, foram desenvolvidas propostas de intervenções educativas, construídas por preceptores, acadêmicos, professores das escolas, equipes das unidades de saúde e os adolescentes. As atividades foram desenvolvidas semanalmente no bairro Jardim Paraíso, na Escola Municipal Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi, com 1.018 alunos, do 60 ao 90 ano. Foram realizadas reuniões entre todos os participantes do PET-Saúde, pesquisa e aprofundamento sobre os temas: saúde bucal/alimentação; sexualidade/DST/planejamento familiar; violência/drogas; saúde mental e hábitos saudáveis (atividades físicas, lazer e risco de doenças crônicas). Após autorização prévia dos pais ou responsáveis, realizaram-se atividades com os adolescentes: levantamento de dados como peso, altura, pressão arterial e índice de massa corporal; distribuição aos alunos da Caderneta do Adolescente do Ministério da Saúde com seus respectivos dados; orientação e prevenção em saúde bucal aos alunos do 8º e 9º ano e o Inquérito Saúde dos Escolares, contendo 33 perguntas a respeito dos temas citados anteriormente. Os dados foram sistematizados no programa Epidata. As ações desenvolvidas pelo PET-Saúde em 2010 propiciaram a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, gerando conhecimentos com aplicabilidade concreta. A receptividade de todos incentivou as intervenções propostas, sendo que diretores e professores relataram melhora significativa no auto cuidado e interesse dos alunos sobre os temas propostos. Para 2011 estão previstas atividades dinâmicas sobre orientação e promoção de saúde, além de esclarecimento de dúvidas sobre os temas. O banco de dados está sendo formatado, o que possibilitará a elaboração de artigos científicos, gerando aprendizado a todos os envolvidos no PET.

Apoio / Parcerias: Ministério da Saúde ; Secretaria Municipal da Saúde; Secretaria Municipal da Educação e Cultura

Teste toxicológico da água do Mar próximo ao arquipélago das Graças, no município de São Francisco do Sul, com Mysidopsis juniae (SILVA, 1979)

  • Cleiton Vaz, MSc, cleiton.vaz@univille.br
  • Renata Falck Storch Böhm, G, renatastorch@hotmail.com
  • Tamila Kleine, G, tamila.kleine@gmail.com
  • Renata Amanda Gonçalves, Graduando, re.amandag@gmail.com
  • Elaine Cristine Spitzner, Graduando, elaine.spitzner@hotmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: toxicologia ambiental, Mysidopsis juniae, Arquipélago das Graças

Os testes de toxicidade crônicos são projetados para medir os efeitos de exposição de organismos aquáticos durante uma parcela significativa do seu tempo de vida (geralmente um décimo ou mais do ciclo de vida), podendo assim avaliar efeitos subletais, como o crescimento, reprodução, comportamento, efeitos bioquímicos entre outros. Este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água do Mar próximo ao Arquipélago das Graças, na direção contrária ao continente, através da análise da maturação sexual e número de natalidade e mortalidade, dos organismos testes. Utilizou-se Mysidopsis juniae como organismo-teste, cultivado no Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia - UNIVILLE, de acordo com o protocolo – L25.251 - da CETESB (1992) e NBR 15308 da ABNT. Iniciou-se o teste com 360 indivíduos divididos em duas situações diferentes, contendo 3 aquários cada um com 60 organismos submetidos a água reconstituída e outros 3 nas mesmas condições submetidos a água da amostra. Os parâmetros físico-químicos salinidade e a temperatura foram controlados durante o teste, apresentando respectivamente valores de 32±1 e de 25±1 ºC. Água da amostra apresentou salinidade condizente ao do cultivo. Os indivíduos foram monitorados e contabilizados a cada três dias e a higienização dos aquários feita uma vez por semana, para não provocar muito stress nos organismos até chegar a maturidade F1. Utilizou-se a substância Dodecil Sulfato de Sódio (DSS) para a aplicação de testes de sensibilidade. Os dados de natalidade (número de organismo nascidos) e mortalidade (número d organismos mortos) e o tempo de maturação das duas situações foram tabelados em planilhas com o auxílio do programa Microsoft Excel, e com o programa estatístico MINITAB 14 foram feitas as demais análises estatísticas. Os resultados indicam que CL50 se encontra entre os intervalos necessários comprovando a repetibilidade dos resultados.A natalidade na amostra não apresentou diferença significativa em relação ao controle, apesar de ter sido maior. Foi observado que a maturação sexual dos indivíduos expostos à água reconstituída e à amostra ocorreu no mesmo período. Dessa forma, é possível concluir com os dados encontrados da água da amostra, que não apresentaram níveis de toxicidade, porém outros parâmetros biológicos estão sendo analisados para comprovação do teste.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio à Pesquisa - Univille

Toxicidade crônica da Lagoa do Saguaçu - Joinville – SC, utilizando o organismo-teste Mysidopsis juniae

  • Cleiton Vaz, MSc, cleiton.vaz@univille.br
  • Tamila Kleine, G, tamila.kleine@gmail.com
  • Renata Falck Storch Böhm, MSc, renatastorch@hotmail.com
  • Elaine Cristine Spitzner, G, elaine.spitzner@hotmail.com
  • Renata Amanda Gonçalves, Graduando, re.amandag@gmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Toxicologia ambiental, Mysidopsis juniae, Lagoa do Saguaçu

A ecotoxicologia estuda os efeitos tóxicos causados por poluentes tanto naturais como sintéticos, sobre qualquer constituinte do ecossistema. O cultivo do microcrustáceo Mysisdopsis juniae (SILVA, 1979) em laboratório necessita de acompanhamento constante de parâmetros como salinidade e temperatura, para assim ter sucesso nas altas taxas de natalidade e para utilização dos mesmos em testes de toxicidade. Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Ecotoxicologia da UNIVILLE – Unidade São Francisco do Sul, e teve por objetivo contribuir para a melhoria do cultivo, confirmando as faixas ideais de temperatura e salinidade apontadas como de maior adequação em testes realizados posteriormente. Para o desenvolvimento da cultura, todos os aquários foram mantidos com aeração constante e branda, fotoperíodo (12h luz: 12h escuro), temperatura 24±1 °C e salinidade de 32±1. A contagem dos organismos ocorreu semanalmente junto com a higienização do cultivo evitando maiores stress aos organismos. Até o presente momento os resultados indicam a adequada adaptação dos mesmos aos fatores físico-químicos estabelecidos, com natalidade de 4826 organismos nos meses de outubro a dezembro de 2010 e 5406 nos meses de janeiro a março de 2011, demonstrando um aumento no número de organismos nascidos no último trimestre em função do rigoroso controle laboratorial dos fatores abióticos salinidade e temperatura. Testes de referência com Dodecil Sulfato de Sódio foram realizados para confirmação da sensibilidade desses organismos. Dessa forma, afirma-se que há uma adaptação adequada dos mesmos ao cultivo em laboratório.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio à Pesquisa - Univille

Toxicidade crônica da região de aqüicultura da Praia do Capri – Baía da Babitonga/SC, com Mysidopsis juniae (SILVA, 1979)

  • Cleiton Vaz, MSc, cleiton.vaz@univille.br
  • Renata Falck Storch Böhm, MSc, renatastorch@hotmail.com
  • Tamila Kleine, G, tamila.kleine@gmail.com
  • Renata Amanda Gonçalves, Graduando, re.amandag@gmail.com
  • Elaine Cristine Spitzner, G, elaine.spitzner@hotmail.com
  • Talini Sá Tortelli, Graduando, talini_tortelli@hotmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Toxicologia Ambiental, Baía da Babitonga, Mysidopsis juniae

Este trabalho desenvolvido no laboratório de toxicologia ambiental da Univille – São Francisco do Sul teve por objetivo avaliar a toxicidade crônica de amostra composta de água da área de aquicultura do Capri, considerada um local ameaçado em função das intensas atividades antrópicas no entorno da Baía da Babitonga. Para tanto, utilizou-se Mysidopsis juniae como organismo-teste, cultivado em laboratório, de acordo com a norma ABNT NBR 15308/2005. Durante a coleta da água de superfície do ponto de amostragem, foram medidos parâmetros físico-químicos (salinidade, temperatura, OD, pH, condutividade e TDS), com o auxílio de sonda multiparâmetro. Os organismos teste foram submetidos a três situações: teste de sensibilidade Dodecil Sulfato de Sódio (DSS), teste controle (apenas com água marinha reconstituída) e teste com a amostra (água da área de aquicultura). O teste de sensibilidade foi realizado ao longo dos 51 dias de teste, totalizando 7 análises. Ambos os testes, controle e amostra foram realizados em triplicada. Oitenta Mysidopsis juniae foram colocados em cada um dos aquários de 3L. Semanalmente, junto com a limpeza e a troca da água dos aquários, foram feitas leituras dos parâmetros físico-químicos do teste crônico e parâmetros biológicos: sobrevivência (contagem dos organismos), natalidade (contagem dos filhotes) e biometria (medida do comprimento parcial), com auxílio de microscópio estereoscópico com lente graduada calibrada. Os resultados dos parâmetros físico-químicos de OD e pH estiveram em desacordo com o que preconiza a resolução CONAMA 357/2005, para águas salobras de classe 1 a qual pertence o ponto de amostragem, e os resultados dos parâmetros biológicos mostraram que a sobrevivência dos organismos até o 29° dia apresentou comportamento semelhante no controle e na amostra, sem diferença significativa, no entanto após este período a sobrevivência foi significativamente menor na amostra. A natalidade na amostra não apresentou diferença significativa em relação ao controle, apesar de ter sido menor. Quanto à biometria, a média das medidas dos organismos no controle foi de 3,73mm e na amostra 3,42mm, apresentando diferenças significativas com p < 0,05. Dessa forma, é possível concluir que a amostra da área de aquicultura do Capri apresenta efeitos tóxicos crônicos sobre Mysidopsis juniae, demonstrando assim que esse tipo de avaliação é eficaz na geração de informações no tocante a efeitos tóxicos que não são possíveis de identificar em ensaios de curta duração, sendo de grande relevância para a determinação de avaliações para a prevenção de doenças consideradas ambientais e de difícil detecção.

Apoio / Parcerias: FAP -Fundo de Apoio à Pesquisa - Univille

Trilhas Interpretativas: metodologias de implantação, uso pedagógico e atividades práticas.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • Tarcísio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.net
  • João Carlos F. Melo Jr, MSc, joao.melo@univille.br
  • Cláudio Rudolfo Tureck, Dr(a), ctureck@univille.br
  • Fabrício Schmitz Meyer, MSc, f.meyer@univille.br

Palavras-chave: educação ambiental, trilhas interpretativas, Mata Atlântica

Uma trilha interpretativa pode ser conceituada como uma “tradução da linguagem da natureza”, incorporando significados e valores à experiência ambiental, por meio de uma gama de estímulos relativos à percepção. É no ambiente que se materializam as relações que os homens mantém entre si e a natureza. O Programa Trilhas – Educação e Interpretação Ambiental da UNIVILLE integra uma equipe com diferentes olhares que, a partir da implantação, manutenção e exploração de Trilhas Interpretativas visa o uso pedagógico dos espaços naturais onde estas trilhas se inserem. O Programa tem por objetivo o desenvolvimento de ações relacionadas com o uso de trilhas como espaços pedagógicos e interpretativos da natureza, concebendo as mesmas desde sua implantação até a aplicação de vivências de interpretação ambiental. As atividades interpretativas são subsidiadas por várias frentes de trabalho simultâneo da equipe, que inclui a pesquisa literária de apoio científico; a pesquisa em interpretação ambiental; levantamentos de campo; a produção de materiais didáticos de apoio, estudos de capacidade de carga e manutenção física das trilhas e da área de entorno. O programa, no ano de 2010, monitorou a capacidade de carga das trilhas, acompanhou aos diversos grupos de visitantes em atividades adequadas às expectativas dos grupos e seus responsáveis, ministrou palestras, realizou atendimentos a rede de ensino pública e privada, e forneceu suporte técnico à implantação de trilhas em outros espaços, como o Jardim Botânico e Ilha da Rita da UNIVILLE, o Museu de Arte de Joinville e a WEG Equipamentos Elétricos S/A. O Programa também tem desenvolvido jogos educativos e coleções biológicas didáticas sobre a Mata Atlântica e a sinalização das trilhas onde dá suporte. Dentre os principais grupos de visitantes atendidos, encontraram-se escolas estaduais e privadas da rede de ensino dos municípios da região, bem como, atendimentos a grupos universitários da UNIVILLE. Das várias atividades desenvolvidas pelo Programa, este tem sempre oportunizado a discussão da relação homem-natureza junto a seu público e reforçado o caráter de interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão na universidade.

Uso de drogas lícitas, ilícitas e comportamento adolescente: um estudo do PET Saúde

  • Victor Cubas Schulz , Graduando, victorcs02@gmail.com
  • Selma Cristina Franco , Dr(a), scfranco@terra.com.br
  • Daniel Augusto Mauad Lacerda , Graduando, daniel.mauad@gmail.com
  • Vinícius Furtado , Graduando, furtado.vinicius@hotmail.com
  • Martha Maria Vieira de Salles Abreu Artilheiro, E, martha@expresso.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Adolescente, Drogas, PET Saúde

O tabagismo, o consumo de álcool e o uso de outras drogas entre adolescentes tem se tornado tema de constante preocupação e estão relacionados, como causa e consequência, de atividades violentas, ameaçadoras ou humilhantes para os jovens. Temos por objetivo definir a frequência do uso de álcool, cigarro ou outras drogas, relacionando a participação em atos violentos e situações ameaçadoras ou humilhantes em adolescentes. Este é um estudo descritivo, tipo inquérito, abrangendo 254 alunos entre o 6º ao 9º ano do ensino fundamental, em escola municipal, em Joinville – SC, selecionados aleatoriamente, que responderam a questionário auto-aplicável com 33 questões de múltipla escolha sobre os temas estilo de vida, bem estar e vida pessoal. A coleta de dados foi realizada por alunos do curso de Medicina e Odontologia da Univille, participantes do PET Saúde. Os estudantes e os pais dos menores de idade foram esclarecidos e assinaram Termo de Consentimento. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da universidade. Os dados foram digitados no programa Epi-Info e conferidos quanto à sua consistência, sendo os resultados apresentados na forma de tabelas. Dos 254 participantes, 63 (25%) relataram ingesta de álcool, 19% dos quais cursavam o 6º ano, 11% o 7º ano, 29% o 8º ano e 41% o 9º ano. Dentre estes, 18% afirmaram consumir bebidas alcoólicas mais de 5 vezes no mês enquanto 81% menos de 5 vezes nesse período. O consumo de cigarros foi relatado por 8 (3%) jovens. Apenas 1 adolescente relatou uso de outro tipo de droga. A comparação entre os que referiram consumir alguma das substâncias perguntadas com os que referiram não consumir evidenciou maior frequência de terem sofrido ameaça (44,7% x 28,3%), humilhações (64,2% x 60,4%), participação em brigas (46,3% x 35,3%) ou pressão para fazer atividades relacionadas às drogas (10,4% x 3,2%) no segundo grupo. Identificou-se elevada frequência de consumo de álcool entre os estudantes (25%) e baixo consumo de cigarros (3%) e de drogas ilícitas (0,5%). O consumo de drogas e a frequência aumentaram concomitantemente com o aumento do grau de escolaridade. Vale ressaltar que estes índices podem estar subestimados, uma vez que os alunos podem ter negado o uso desse tipo de droga por medo, insegurança ou vergonha. Observou-se maior frequência de participação em situações ameaçadoras, humilhantes, brigas ou atividades relacionadas com álcool, tabagismo ou outras drogas entre os que referiram consumir as substâncias avaliadas.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Saúde - Ministério da Saúde

Uso Racional de Plantas Medicinais - 2011

  • Luiz Paulo de Lemos Wiese, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Rafaela Correa, Graduando, correia_rafa9@hotmail.com
  • Camila Gomes, Graduando, milange@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Plantas medicinais, Uso Racional, 2011

USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS

São consideradas medicinais as plantas que possuem propriedades terapêuticas e, por isso, constituem uma fonte alternativa de tratamento, sendo que seu uso vem crescendo gradativamente ao longo dos anos. O problema relacionado ao uso de plantas medicinais tem vínculo com sua identidade (aspectos botânicos) e também com os mitos populares, segundo os quais a origem natural reveste as plantas e seus preparados de ausência de risco, deixando de considerar que muitas destas plantas são constituídas por substâncias reconhecidamente tóxicas. O fato de uma planta ser totalmente natural não exime de riscos o seu uso, sendo que o emprego indevido pode ocasionar prejuízos graves à saúde. As plantas ou suas partes, comercializadas nas ruas, em mercados públicos e feiras quase nunca estão corretamente identificadas, gerando mais confusão e erros na indicação do uso, além de se encontrarem, muitas vezes, em condições de conservação impróprias ao consumo humano. Se para muitos medicamentos as informações disponíveis à população têm se mostrado escassas, para as plantas medicinais a insuficiência de dados é ainda mais acentuada. A educação em saúde é fundamental para constituir a estratégia de auto-cuidado de forma responsável e racional. O projeto de extensão URPM faz parte do Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais “Prof. Ricardo Alessandro Vieira” – NUPRAV, que vem desenvolvendo diversos projetos de pesquisa relacionados às plantas medicinais descritos detalhadamente no relatório anual do núcleo, onde ficou evidenciado que as comunidades investigadas nem sempre empregam as plantas medicinais de forma segura, e o que é mais preocupante, muitas vezes utilizam plantas sem conhecê-las adequadamente. O projeto URPM está em andamento desde março de 2005 e vem apresentando resultados relevantes, uma vez que, até o momento esteve envolvido em diversos junto à comunidade, atendendo a média de 2.000 pessoas anualmente, sendo que em 2010 o número de atividades realizadas junto à comunidade totalizou 37, atingindo 3.096 pessoas entre alunos, professores, funcionários, agentes de saúde, familiares, pacientes e comunidade por meio de atividades como palestras, gincanas e oficinas sobre o uso racional de plantas medicinais. O URPM também esteve representado por seus componentes em Santa Filomena – PE e em Timbiras – MA integrando o Projeto Rondon onde foram realizadas oficinas sobre plantas medicinais e velas aromáticas para a população em geral. Informações mais detalhadas, descrição de atividades realizadas, cronograma de eventos e resultados estão sumarizados no blog “Uso Racional de Plantas Medicinais”, disponível on-line no endereço http://www.urpm.blogspot.com/).

Apoio / Parcerias: Escola Municipal Adolpho Bartsch

Variações de outono da macrofauna bentônica e do plâncton em um baixio areno-lodoso na baía da Babitonga – Santa Catarina

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Mariana Serwy Oortman, G, mare.bio@gmail.com
  • Katlyn Moraes, Graduando, katlyn.bio@hotmail.com
  • Rafael Antonio Parizzi, G, parizzi.r@hotmail.com
  • Andrea Teixeira Davies e Danilo Henrique Nass, Graduando, deia.davies@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macrobentos, Plâncton, Baía da Babitonga

Os bancos ou baixios intermareais são ambientes de transição em áreas protegidas, como é o caso dos estuários. Nesses ambientes se estabelecem muitas espécies de bivalves de interesse comercial e que muitas vezes são a base da dieta de muitas famílias que habitam as regiões costeiras do Brasil. O objetivo do trabalho foi caracterizar as comunidades macrobentônicas e planctônicas no outono em um banco lodoso na Vila da Glória, localizado na baía da Babitonga, estado de Santa Catarina. A amostragem da macrofauna bentônica ocorreu na área não vegetada do baixio em dois transectos distanciados em 20 metros, dispostos perpendicularmente à linha d’água. Em cada transecto, a partir do limite com a vegetação foram distribuídos três pontos a cada 30 metros. As amostras foram retiradas com um cilindro de aço de 25 cm de diâmetro por 15 cm de altura e lavadas em campo com uma sacola de malha de abertura de 500 µm e fixadas em formalina 10% para posterior triagem e identificação. Nos mesmos pontos foram coletadas amostras de sedimento para determinar a concentração de matéria orgânica e a água de percolação foi coletada para determinar a salinidade e a temperatura. As amostras de plâncton e da coluna d’água foram coletadas em três pontos próximos aos pontos de amostragem da macrofauna bentônica. Foram filtradas alíquotas de 100ml para a determinação da clorofila-a. Para coletar as amostras de zooplâncton e ictioplâncton utilizou-se redes cônica e cilíndrico-cônica. A salinidade e temperatura do sedimento variaram de 28 a 30 e de 18 a 19°C. As concentrações de matéria orgânica variaram de 0,55 a 1,34%. Na macrofauna foram identificados 11 táxons. Anomalocardia brasiliana e Heleobia australis foram dominantes. A profundidade média foi 1,05m e a transparência 0,75m. As médias para oxigênio dissolvido, temperatura, salinidade e pH em superfície foram, respectivamente, 7,14, 21,12ºC, 25,20 e 8,25. A concentração média de clorofila-a foi 14,08µg/L. O biovolume médio de zooplâncton foi 25,08mL/10m³. Para o ictioplâncton foram registradas densidades médias de 9,73ovos/10m³ e 0,69larvas/10m³. Os resultados caracterizaram o outono, em uma área de importância sócio-econômica devido à presença de juvenis de Anomalocardia brasiliana, que mesmo explorada, dominou nas amostras.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa - PIBIC - UNIVILLE

“SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA”: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O GRUPO DE APOIO TERAPÊUTICO A IDOSOS NO ÂMBITO DO PROJETO PRÓ-SAÚDE/FARMÁCIA/UNIVILLE - JARDIM PARAÍSO, JOINVILLE/SC

  • Luciano Henrique Pinto, E, lucianoefar@gmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: saúde, idosos, medicalização

A medicalização é um fenômeno decorrente, em parte, da visão reducionista sobre saúde compartilhada entre pacientes e profissionais. Este trabalho norteou-se, a partir do conceito ampliado de saúde, por valorizar práticas que incorporem uma reflexão crítica sobre a crença no binômio medicamento-saúde. A população acima de 60 anos nas áreas de abrangência Jardim Paraíso I e II (JP) em Joinville/SC era, em maio de 2010, de 163 pessoas, sendo que todos usavam medicamentos para doenças crônicas. A partir da percepção da equipe de saúde da família (ESF) sobre resultados clínicos satisfatórios desses pacientes, o objetivo foi fomentar a discussão da valorização da saúde, com uma abordagem ampliada. A atividade foi intitulada “Saúde e sua importância”, planejada no âmbito do projeto Pró-Saúde do Curso de Farmácia da UNIVILLE, e realizada no auditório da UBS JP I e II, nos dias 3, 10, 17 e 24 de maio de 2010. A média de presença foi de aproximadamente 40 idosos por encontro, além dos membros da ESF. O desenvolvimento contemplou uma abordagem dialógica, por meio da contação de histórias sobre situações hipotéticas envolvendo o não cuidado em saúde, convidando os idosos a opinar sobre os desfechos. Os idosos relataram certa insatisfação com o modelo assistencial, pautado no binômio “medicamento – doença”; dificuldades de acesso ao lazer, valorizado pelos idosos na promoção da saúde; desordens de naturezas afetiva e psicológica, vinculadas à percepção da baixa resolutividade terapêutica; e sentimento frágil de bem-estar. Além de evidenciar preocupações com o estado de saúde, esses relatos permitem inferir sobre dificuldades na adesão dos sujeitos a projetos terapêuticos propostos pela ESF. No discurso dos profissionais, observou-se a preocupação quanto ao foco do cuidado centrado na disponibilidade de medicamentos e nos resultados de exames, recorrente entre os pacientes e alguns profissionais. Ponderou-se que essa situação não reflete, necessariamente, práticas positivas de cuidado. É necessário sensibilizar os profissionais para a adoção de uma postura de promoção da autonomia dos sujeitos e relação dos benefícios do cuidado para a saúde. A abordagem preconizada neste trabalho visou evitar a culpabilização do usuário e, ao mesmo tempo, valorizar a responsabilização múltipla. Essa linha de atuação precisa tornar-se uma diretriz da ação da equipe de saúde na prestação de cuidado e balizar as estratégias pedagógicas nas graduações da área de saúde.

Apoio / Parcerias: Ministério da Saúde, Governo Federal