Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. A compreensão e a formação dos professores dos cursos de Direito e de Administração sobre os gêneros universitários e para a orientação da leitura e produção de textos na UNIVILLE São Bento do Sul
  2. A CRISE DOS VALORES NA PÓS-MODERNIDADE E O RESGATE DOS VÍNCULOS FAMILIARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DA REALIDADE DOS INTERNOS EM COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
  3. A percepção de espaços escolares por diferentes olhares
  4. A utilização de blogs como mediadores da prática de leitura
  5. Cineducação: dos quadrinhos para o vídeo
  6. Cinema e história: uma experiência interdisciplinar
  7. DIÁRIO DE APRENDIZ: UM INSTRUMENTO INTERDISCIPLINAR DE REFLEXÃO UTILIZADO NAS AULAS DE DIDÁTICA.
  8. Filosofia e educação: a interdisciplinaridade e a ética na profissionalização docente.
  9. Formação continuada para professores da educação básica:de professores
  10. Material Artístico Pedagógico: uma investigação conceitual e metodológica
  11. Memórias do Jardim Sofia: cenas da cidade migrante
  12. Monstrinhos do Cachoeira – o livro
  13. Motivação dos alunos em sala de aula: a disciplina a favor da argumentação e redação
  14. O JOGO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA: RESULTADOS DA OFICINA DESENVOLVIDA NO 1º CLIC
  15. O papel multiplicador do extensionista no projeto de extensão Linguagem da não-violência
  16. Os conflitos de terra na região do nordeste catarinense até o final do século XIX.
  17. Os professores e a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos
  18. Questões históricas, técnicas e estéticas relacionadas a linguagem 'gravura' em contexto contemporâneo
  19. Questões históricas, técnicas e estéticas, relacionadas à gravura contemporânea, com enfoque na Região Sul do Brasil.
  20. Transtorno por Deficit de Atenção e Hiperatividade em estudantes da rede publica municipal de Joinville - SC

Resumos

A compreensão e a formação dos professores dos cursos de Direito e de Administração sobre os gêneros universitários e para a orientação da leitura e produção de textos na UNIVILLE São Bento do Sul

  • Simone Lesnhak Krüger, Dr(a), skruger@univille.br
  • Andréa Maristela Bauer Tamanine , Dr(a), atamanine@yahoo.com.br
  • Maria da Graça Albino de Oliveira , Dr(a), magalbi@netuno.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gêneros , universidade, professores

O projeto de pesquisa Gêneros acadêmicos e a formação do professor para a orientação da leitura e produção pelos universitários, desenvolvido em 2010, objetivou levantar dados sobre a formação e a compreensão dos professores universitários, atuantes na UNIVILLE, no campus São Bento do Sul, para a leitura e produção de gêneros acadêmicos por parte deles mesmos e para a orientação dos estudantes. Por gêneros, entendemos os textos que circulam nas diversas esferas de atividade humana (BAKTHIN, 2000). Na esfera acadêmica, a partir de pesquisa realizada pelo projeto GEA, aprovado em 2007 e executado no ano de 2008, constatou-se uma compreensão restrita por parte de alunos e professores sobre os principais gêneros acadêmicos que circulam no ambiente universitário. Essa falta de domínio dos gêneros acadêmicos, segundo os estudantes, repercute negativamente no desempenho acadêmico, limitando as oportunidades de relacionamento produtivo com o conhecimento. Para os professores, a limitação do conhecimento implica no não-exercício dessa atividade importantíssima para a comunicação científica, já que a insegurança o leva à prática das avaliações tradicionais. Em outro foco da análise, a pesquisa de 2008 mostrou que os materiais institucionais também apresentam abordagem restritiva dos gêneros acadêmicos, já que se limitam a condicionar padrões de produção dos trabalhos acadêmicos e não a instrumentalizar para o sentido dessa produção. Portanto, concluiu-se que esses materiais necessitam ser redimensionados e complementados. A partir desse contexto, este estudo visou dar continuidade ao trabalho partindo do ponto nevrálgico mostrado: o conhecimento dos professores. Como principais resultados, identificou-se a necessidade de desenvolver mecanismos que atendam a três necessidades: formar/letrar/instrumentalizar os docentes para a utilização desses gêneros e, conseqüentemente, levar esse conhecimento aos estudantes. Para isso, já foram empreendidas algumas ações nessa direção: em fevereiro de 2011, já se formou um grupo de estudos sobre a leitura e produção de gêneros universitários.

A CRISE DOS VALORES NA PÓS-MODERNIDADE E O RESGATE DOS VÍNCULOS FAMILIARES: UMA ANÁLISE A PARTIR DA REALIDADE DOS INTERNOS EM COMUNIDADES TERAPÊUTICAS

  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerrw@brturbo.com.br
  • João Antonio de Medeiros, Graduando, joao.medeiros_direito@hotmail.com
  • Samuel Dagostin Galdino, G, samuel@tupy.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: ética, Patrimôno cultural, Pós-modernidade

A linha de pesquisa "Patrimônio e Sustentabiblidade" do Mestrado em “Patrimônio Cultural e Sociedade” da UNIVILLE - ao qual este projeto está vinculado - pretende proporcionar uma reflexão e pesquisa humanística, que ressalte os valores intangíveis, imateriais da cultura, que são os valores éticos na construção da identidade cultural, despertando nos pesquisadores, o professor e os alunos do grupo de pesquisa, a responsabilidade de serem agentes de mudanças na sociedade. Assim, o objetivo é o de conhecer o pensamento contemporâneo e ampliar a visão de mundo para relações sociais consistentes em meio à crise de valores. A partir disso, os valores e a ética são vistos como construções culturais. Desse modo, na pós-modernidade, o sentimento de vínculo social foi desestruturado. A partir dessas hipóteses, pretende-se achar caminhos para a reconstrução dos valores, como bens imaterias e culturais. A tese de discussão é que a pós-modernidade rompeu com os vínculos, pois particularizou a percepção da realidade ao romper com os universais, portanto desconstruiu vínculos históricos e sociais fundamentais como o sentimento de pertença social. O patrimônio cultural tangível, material, é a objetivação de todos estes complexos e mútuos processos da convivência humana, que se expressam na cidadania e na sustentabilidade. As rupturas da pós-modernidade se estendem à convivência humana, em especial ao convívio familiar. A metodologia utilizada se concentrou na pesquisa bibliográfica. As análises teóricas a partir de Gianni Vattimo, Zygmunt Bauman, Hans Jonas, Erich Fromm, Jürgen Habermas, Richard Sennet, Lúcia Santaella e outros constatam que a cultura pós-moderna está sendo desafiada a retomar a discussão em torno de valores éticos agregadores. Isso é necessário porque estão sendo priorizadas as promessas de desenvolvimento e de progresso, que são os bens materiais, sem, contudo, priorizar suficientemente os bens imaterias como valores, família e vínculos sociais. Assim, tem-se uma cultura do ter em detrimento do ser, que não consegue estabelecer relações de sentido com os bens culturais materiais e tangíveis. A partir disso, explica-se, pelo menos em parte, a destruição de patrimônios históricos e culturais, a exemplo das pichações e da destruição das mais variadas expressões de bens culturais. Portanto, é a partir de um edifício teórico e filosófico se investigou a recuperação de arcaísmos como solidariedade, valores, famílias, crenças, que são universais que foram, em boa medida, abandonados pela pós-modernidade. Em última análise, trata-se da recuperação da consciência de cidadania e de sua construção histórica, material, tangível e sustentável.

Apoio / Parcerias: Centro de Recuperação Nova Esperança (CERENE)

A percepção de espaços escolares por diferentes olhares

  • Elzira Maria Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • Mônica Schoemberguer da Silva, Graduando, monica.silva@univille.br
  • Maryahn Koehler Silva, MSc, maryahn.koehler@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: percepção, espaços escolares, estudantes

Esta comunicação científica refere-se a pesquisa efetivada em duas escolas de rede pública municipal de uma cidade do norte do estado de Santa Catarina. Seu objetivo foi verificar a percepção de diferentes atores sociais a respeito dos espaços escolares em instituições de ensino básico, em contexto urbano e rural. Foi selecionada uma escola em cada região, urbana e rural. A fim de perceber as conexões existentes entre a percepção do espaço físico e subjetivo constituído nos aspectos relacionais, optou-se por metodologias da pesquisa qualitativa, executada através de observações de campo e entrevistas abertas e semi-estruturadas, gravadas e posteriormente transcritas. Foram efetuadas entrevistas com diretores, professores e estudantes do ensino fundamental de ambas as escolas selecionadas. No total foram realizadas entrevistas com dois diretores, quatro professores e vinte estudantes. Os relatos docentes convergem para um reconhecimento da escola como espaço de crescimento, voltado à promoção pessoal, profissional e social. Entretanto, não foi evidenciada uma identificação ou reconhecimento explícito dos espaços e ambientes físicos de nenhuma das escolas por parte dos docentes. Os relatos dos estudantes denotam um reconhecimento mais significativo dos ambientes físicos das escolas, indicando os locais efetivamente ocupados pelos mesmos, Destacam-se a praça de leitura, a quadra de esportes, onde todos se reúnem: a biblioteca, as áreas na frente e atrás da escola, e as salas de aula. A maioria de espaços foi identificada por estudantes de ambas as escolas, urbana e rural. Para cada um destes espaços, os estudantes apontam razões específicas de identificação, incluindo o contato prazeroso com materiais de leitura e estudo, a oportunidade de contato mais próximo com os professores e principalmente, aqueles espaços que usufruem com os colegas, em interações afetivas e de socialização, convergindo para um reconhecimento da escola como espaço de crescimento e de socialização cultural e científica.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de apoio à pesquisa Univille

A utilização de blogs como mediadores da prática de leitura

  • Elisangela Viana, G, angelviana@hotmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: blogs, mediadores, leitura

A presente comunicação é um relato dos resultados do curso A utilização de Blogs como mediadores da prática da Leitura, desenvolvido em 2010, como Projeto Vinculado de Extensão do Programa Institucional de Incentivo à Leitura – PROLER UNIVILLE, em parceria com o Projeto Autores, obras e acervos literários catarinenses em meio digital do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência - PRONEX da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com o setor de Gestão de Tecnologia da Gerência de Educação Estadual – GERED/Joinville para professores de Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino. O curso objetivou desenvolver procedimentos para a utilização de BLOGS como suporte educativo, interativo e lúdico atrelando-o às práticas de leitura, no sentido de instigar o leitor ao diálogo entre seus pares, estreitando a relação leitor/texto. O formato do curso semipresencial foi articulado com atividades presenciais (30%) e à distância (70%), perfazendo 20 horas. Nos encontros presenciais, os professores aplicaram técnicas interativas de criação e implementação de espaços virtuais – blogs – e, nas atividades à distância, desenvolveram projetos de mediação da prática de leitura nos espaços criados, culminando num encontro no qual foram apresentados os projetos de blogs realizados em suas escolas de origem, partilhando as experiências realizadas. Foram desenvolvidos dez blogs pelos professores cursistas que articularam diversas imbricações tecnológicas (texto, audio, imagem e vídeo), dirigidas para atividades de leitura e produção de textos em que os alunos interagiram como leitores e co-autores promovendo exercícios de leitura em meio eletrônico.

Apoio / Parcerias: Parcerias -Universidade Federal de SC -UFSC Setor de Gestão de Tecnologia - GERED - Joinville

Cineducação: dos quadrinhos para o vídeo

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cineducação, cinema, ensino

O “Cineducação: Site de Apoio Didático, para Professores, para Utilização de Filmes em Sala de Aula” é um projeto de extensão desenvolvido na Univille desde 2003, vinculado ao departamento de Letras, cujo objetivo principal é pesquisar filmes que possam ser utilizados com finalidade didática. O projeto já teve uma série de desdobramentos, como dezenas de participações em eventos acadêmicos de caráter local, estadual e nacional, além de uma série de publicações que têm servido de base para projetos idênticos e trabalhos acadêmicos diversos, entre elas cinco livros: Cineducação: Usando o Cinema na Sala de Aula - 2005 - contendo sugestão de 39 filmes; Cineducação 2: Usando o Cinema na Sala de Aula - 2006 - contendo sugestão de 51 filmes; Cineducação em Quadrinhos - 2006 - a teoria do projeto apresentada na linguagem dos quadrinhos; Nas Entrelinhas do Cinema - 2008 - um guia para leitura e produção de vídeos; e, O Mundo Jurídico No Cinema - 2009 – com análise de mais de 30 obras, das quais 27 específicas do campo jurídico. Em 2011 o livro Cineducação em Quadrinhos, com roteiro de Nielson Modro e desenhos de Paulo Kielwagen, está sendo transformado em vídeo. Além dos dois, completando a equipe de produção tem-se o trabalho dos designers recentemente formados na Univille Sérgio Bachmann e Evelize Bachmann, e dos alunos de design de animação da Univille Radner Silvano e Pedro Augusto Villas Boas. Para a trilha sonora a equipe conta com os músicos Rafael Zimath e Jean Douat, ambos responsáveis por trilhas dos filmes Joinvillenses Sob o Céu de Joinville e Cinemaêutica. O roteiro original sofreu pequenas adaptações e os desenhos originais estão sendo colorizados e adaptados para uma versão widescreen, ganhando outra dimensão, e também estão sendo "desmembrados" em camadas, pois apesar de ser uma animação em 2D terá uma brincadeira com planos distintos num efeito de paralaxe dando uma sensação de imagem em 3D. Para a gravação da narração contou-se com o apoio da Rádio Udesc FM, de Joinville e do Estúdio do Nino. O primeiro trabalho, visando definir cores, trilha, narração e estilo de animação é um teaser com cerca de um minuto que serve de parâmetro para o produto final, tanto visualmente quanto sonoramente. Estima-se que Cineducação - O Filme tenha na versão final cerca de 20 minutos, com previsão de lançamento na segunda metade de 2011. O Site do projeto e o teaser estão em: http://www.modro.com.br/cinema.

Cinema e história: uma experiência interdisciplinar

  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanil.coelho@univille.br
  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cinema, história, aprendizagem

O projeto “Cinema e história: uma experiência interdisciplinar” foi desenvolvido no decorrer do ano de 2010 pelos professores das disciplinas de História do Brasil e de História da América, junto à 4ª série do Curso de História da UNIVILLE. Objetivou promover a aprendizagem de conteúdos e temas ligados à modernidade latino-americana, bem como de questões que envolvem a apropriação teórico-metodológica de produções cinematográficas no campo historiográfico. Desta perspectiva, os estudantes tiveram a oportunidade de dialogar com as linguagens que desafiam a prática docente na cultura escolar e refletir criticamente sobre os usos de filmes nas aulas de história, seja como mera ilustração de fatos, seja como portador de conteúdos a serem assimilados pelos receptores. A estratégia do projeto englobou, numa primeira etapa, leitura de ampla bibliografia e realização de seminários que tiveram como tema: “A criação cinematográfica na perspectiva de Walter Benjamim”, “Cinema: linguagem e recepção”, “Cinema como fonte para o conhecimento histórico”, “Apropriações do cinema pela história”, “Apropriações da história pelo cinema”, “Uso de filmes no ensino de história: proposições metodológicas” e “O Cinema e o Tempo Presente: O percurso da imagem, performances e experimentações”. Na segunda etapa, foi disponibilizada uma lista de filmes. Cada estudante ficou encarregado de analisar uma obra de seu interesse, interpretando-a com base em outros documentos e em leituras que iam ao encontro dos assuntos suscitados pelo filme, tais como, processos migratórios, movimentos sociais, populismos, ditaduras latino-americanas, guerra e terrorismo, sociedade da imagem, etc. Por fim, na terceira etapa, os estudantes foram desafiados a problematizar o filme selecionado e proceder a uma nova edição, ou um novo filme, o que contribuiu para experiências de saber-fazer implicadas nas operações técnicas de montagem, na interpretação do filme como documento histórico e suas possibilidades pedagógicas na educação básica.

DIÁRIO DE APRENDIZ: UM INSTRUMENTO INTERDISCIPLINAR DE REFLEXÃO UTILIZADO NAS AULAS DE DIDÁTICA.

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Diário, Interdisciplinaridade, Didática

Este trabalho descreve uma prática realizada no período de 2008 a 2010, envolvendo turmas de acadêmicos dos Cursos de Ciências Biológicas, História, Letras e Pedagogia da Univille. A prática desenvolvida com os alunos pretendeu diagnosticar e significar como se dá o registro deste professor em formação em situações reais de aprendizagem, visando conscientizá-los sobre suas modalidades de aprendizagem e registro de modo a associar as disciplinas de Didática, Estágio Supervisionado e Metodologias de ensino. Para tanto o exercício de observação da própria aprendizagem passou a ser um momento singular de construção do conhecimento, visto que o acadêmico, através da reflexão e da problematização das práticas e da realidade vivenciada devia avaliar os resultados da própria ação. No entanto, acompanhar o aprendizado em suas diferentes linguagens e especificidades, de modo a construir documentos que apresentam sua evolução não é tarefa fácil. Quando os inseridos são os próprios acadêmicos, pensando sobre seu processo este cenário parece ainda mais desafiador. Primeiramente por serem frutos de uma escola que ao longo da formação fundamental e média pouco atribui ao aluno a participação e reflexão no seu processo. Depois, por não possuírem, ainda, a prática que signifique claramente os resultados obtidos. Como então descrever e acompanhar a aprendizagem ou elaborar planejamentos que viessem ao encontro dessa aprendizagem? Foi criado um instrumento de registro nomeado Diário de Aprendiz (DA). Nele o desafio era registrar impressões, análises, dúvidas e buscas tidas nos diferentes momentos de seu aprendizado. A cada aula de didática era lançada uma questão que envolvesse a prática pedagógica. Com a implantação do DA e após terem sido superadas as resistências, os resultados foram sendo discutidos em sala. Ao final de cada ano, e em cada turma ficaram evidenciadas a tomada de consciência do próprio processo e a necessidade de criar indicadores de aprendizagem que norteassem, primeiramente o processo e posteriormente a sua futura prática pedagógica, demonstrando com isso a consciência do processo de auto-regulação.

Filosofia e educação: a interdisciplinaridade e a ética na profissionalização docente.

  • Antônio Piva, MSc, antonio.piva@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Filosofia da educação, interdisciplinaridade, ética

A questão da profissionalização docente é, na contemporaneidade, um dos principais desafios a ser enfrentado pelos cursos de licenciatura. Este projeto de ensino, vinculado ao FAEG/UNIVILLE teve como principal objetivo propiciar aos alunos dos cursos de licenciatura da UNIVILLE, preferencialmente aqueles que integram o Núcleo de Integração Pedagógica (NPI), um aprofundamento das questões pedagógicas que envolvem a profissionalização docente, notadamente da ética e da interdisciplinaridade.O projeto foi iniciado com o aprofundamento da revisão e análise da bibliografia relativa ao tema proposto visando aprofundar as principais discussões teórico-metodológicas que envolvem as diferentes abordagens para discutir filosofia, filosofia da educação, ética, interdisciplinaridade e profissionalização docente. As atividades foram desenvolvidas em forma de oficinas como atividades presenciais, semi-presenciais e atividades de orientação e seminário de apresentação dos trabalhos temáticos. Para a efetivação das atividades, que foram ministradas por intermédio de aulas expositivas e dialogadas, leitura de textos, análise de documentos, textos e filmes, entre outros, foram elaborados materiais de apoio, como textos roteiros, dinâmicas para trabalhar em grupo, textos/esquemas para serem projetados em retroprojetor ou datashow, bem como, atividades de avaliação (produção de textos, resenhas, fichamentos, seminários). De maneira geral, a avaliação por parte dos alunos foi bastante positiva. Mas, a maior dificuldade para a implementação do projeto foi a disponibilidade de horário para a participação dos alunos, pois, muitos dos alunos interessados nas atividades do projeto trabalham inclusive nos sábados, dificultando as atividades extra-classe.

Formação continuada para professores da educação básica:de professores

  • Sonia Regina Pereira, MSc, chaypong2007@hotmail.com
  • Luciana da Mota Carvalho Faria, G, luvina.3@hotmail.com
  • ROSANA MARA KOERNER, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: professores da educação básica, formação continuada , letramento e infância

A atividade configurou-se como uma formação continuada para professores das duas séries iniciais, com duração de 60 horas. Em 2010, foi a 4ª edição do projeto, cuja continuidade é solicitada pela Gerência Regional de Educação com o fim de atingir a todas as escolas sob sua responsabilidade. Há cada ano, grupos diferentes de professores participam, trazendo experiências diferentes e novos debates surgem, percebendo-se a necessidade de dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado nas capacitações. Durante a atividade diferentes temáticas são discutidas, focalizando-se a questão da alfabetização e do letramento, dos gêneros discursivos, da formação do profissional docente e das culturas da infância. Como metodologia, empregam-se diferentes estratégias e técnicas, que vão desde exposição oral, até vídeos, discussões, leituras variadas e elaboração de atividades, tendo como suporte as reflexões feitas durante os encontros. De um modo geral, percebeu-se um significativo envolvimento das professoras participantes em todas as atividades propostas. Também foi comum ouvirem-se manifestações como “Interessante”, “Eu não sabia disso”, “Já faço isto em sala de aula”. Constantemente questionamentos eram feitos e havia significativo interesse em colaborar. As professoras realmente envolveram-se com a proposta e reconheciam a necessidade de repensar algumas de suas práticas. Nesse sentido, os dois grupos de 2009 diferenciaram-se dos grupos de 2007 e 2008, nos quais, em alguns casos, percebeu-se um certo menosprezo pelas discussões, uma certa apatia por parte de alguns professores, o que já em 2010 não aconteceu, pois os profissionais tiveram uma participação bem efetiva, trazendo muitas contribuições. Vale ressaltar que os dois grupos de 2009 eram constituídos, em boa parte, por professores já com uma respeitável trajetória na área de educação, o que desmente um pouco aquela ideia de que profissionais em final de carreira não buscam mais novas informações. Um contraponto interessante à atividade de extensão seria a observação direta do modo como aquilo que é discutido nos encontros contribui para uma reconfiguração da prática pedagógica das professoras envolvidas. Há algumas manifestações favoráveis por parte de alguns gestores o que motiva o grupo das professoras extensionistas a darem continuidade à atividade.

Apoio / Parcerias: Professores da rede estadual da região - GRED

Material Artístico Pedagógico: uma investigação conceitual e metodológica

  • Alena Rizi Marmo, MSc, lemarmo@gmail.com
  • Ana Claudia Moraes Moreira Artiolli, Graduando, anaclaudia.art@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Material Pedagógico, Ensino da Arte, Banco de Imagens

Ninguém nasce gostando de arte. O interesse pelo universo artístico se desenvolve por meio do aprendizado, ou seja, a arte consiste em algo do qual se aprende a gostar. Citando Paulo Freire, Ana Mae afirma que ninguém aprende sozinho, aprende-se uns com os outros pela mediação das coisas do mundo (BARBOSA: 2009), sendo a arte importante mediadora entre as coisas e o mundo. Nesse sentido, pode-se entender a importância e responsabilidade da atuação do arte/educador, já que este possui o papel de mediador entre a arte e o educando. Como uma forma de melhor instrumentalizar o professor, museus e instituições culturais têm produzido materiais didáticos, sejam eles pensados a partir de obras do acervo ou para exposições temporárias. A partir de estudo acerca desses, pôde-se constatar três formatos distintos: materiais dependentes de exposições de arte, ou seja, aqueles que não podem ser trabalhados independentes dessas ou mesmo fora do espaço do museu; materiais mistos, que são concebidos a partir do estudo de uma determinada mostra ou acervo mas que podem ser trabalhados independentes desses; e materiais independentes, que foram produzidos sem qualquer vínculo com exposições ou acervo. Durante o ano 2009, por meio deste projeto, foram analisados 57 dos 91 materiais produzidos por instituições nacionais então cadastrados no banco de materiais educativos do Programa Institucional Arte na Escola da Univille. Para que a investigação seguisse um padrão de análise, a partir de estudo prévio, foi construído um formulário guia que foi sendo adaptado ao longo do processo conforme as necessidades que foram surgindo. Afim de ter-se conhecimento acerca da real aplicabilidade dos materiais educativos, foi formulado questionário a partir de pontos suscitados no estudo dos materiais e que foram respondidos por dez professores de arte das redes pública e municipal. A partir das análises realizadas, foram identificados os pressupostos conceituais e metodológicos desses materiais e construído um mapa conceitual. Constatou-se a Fenomenologia da Percepção, de Maurice Merleau Ponty, a Abordagem Triangular, de Ana Mae Barbosa e o pensamento rizomática, de Guilles Deleuze e Felix Guatarri como sendo a base da grande maioria dos materiais estudados, e a partir desta, juntamente com os apontamentos realizados pelos professores, foi construída uma nova proposta educativa de material independente de exposições, a ser concebido a partir de recorte de arte brasileira do banco de imagens do Programa Institucional de Extensão Arte na Escola.

Memórias do Jardim Sofia: cenas da cidade migrante

  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernando.sossai@univille.br
  • Ilanil Coelho, Dr(a), icoelho@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: História, Memória, Jardim Sofia

Memórias do Jardim Sofia: Cenas da Cidade Migrante foi um projeto de extensão desenvolvido por professores e alunos dos cursos de História e Design da Univille junto aos moradores do Jardim Sofia, um bairro amplamente conhecido em Joinville pelas constantes enchentes que o acomentem. Por ser concebido como atividade de extensão, seus objetivos buscavam problematizar, produzir e democratizar o saber, estimulando práticas relevantes para os universitários, para a cidade de Joinville e para as pessoas que nela vivem. Dentre as atividades desenvolvidas, destacaram-se seis oficinas de memória realizadas com os moradores do Jardim Sofia, nomeadamente estudantes da Escola Senador Rodrigo Lobo e as idosas que integram o Grupo da Melhor Idade Cantinho da Amizade (instituições parceiras do projeto). Dentre os principais resultados deste projeto destacamos a produção de dois vídeos-documentários, uma exposição fotográfica, um site e um catálogo sobre histórias, imagens e memórias do bairro Jardim Sofia. Além disso, foi também uma oportunidade para que docentes e discentes da Univille, assim como para a população do bairro, pudessem vivenciar a diferença cultural da cidade e percebê-la como possibilidade de ganhos mútuos e como dimensão estruturante da Joinville contemporânea.

Apoio / Parcerias: EEB Senador Rodrigo Lobo

Monstrinhos do Cachoeira – o livro

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: literatura, quadrinhos, monstrinhos do cachoeira

O trabalho didático realizado com quadrinhos possibilita o ingresso em um mundo literário ainda pouco explorado didaticamente que extrapola a linguagem verbal e incorpora a versatilidade da linguagem artística. Trata-se de um trabalho que ainda é pouco explorado se for pensada sua potencialidade, mas que vem tendo cada vez mais aceitação devido seu caráter de extrapolar a linguagem verbal e incorporar a versatilidade da linguagem artística. O principal objetivo do projeto de pesquisa LEITOR - “A Linguagem dos Quadrinhos: Literatura, Arte e Conhecimento” - é a busca por elementos que auxiliem quanto ao uso das histórias em quadrinhos didaticamente em sala de aula. O projeto teve um primeiro momento em 2009, quando desenvolveu pesquisas principalmente em relação à personagem Mafalda e suas possibilidades de leituras de cunho filosófico, existencial e linguística. Atualmente a pesquisa tem um foco definido na pesquisa e resgate dos quadrinhos joinvillenses produzidos nos anos 80 cujos personagens são denominados Monstrinhos do Cachoeira. Trata-se de uma pesquisa que visa resgatar os personagens que habitaram as páginas do jornal A Notícia por muitos anos e eram crias essencialmente joinvillenses, uma espécie de “avós” do Menino Caranguejo, também personagem com cunho ecológico e desenvolvido atualmente em um projeto de extensão da Univille. Os quatro personagens principais são habitantes do Rio Cachoeira, que corta a cidade de Joinville e é há anos um verdadeiro esgoto a céu aberto. Foram criados na década de 80 e objetivavam conscientizar, de forma bem humorada, a população em relação à necessidade de respeitar o meio ambiente, e principalmente os mananciais de água, sem a qual é impossível a existência da vida. A pesquisa essencialmente bibliográfica busca resgatar tirinhas e histórias publicadas no jornal A Notícia e que buscavam, de forma bem humorada, provocar a conscientização ambiental reunindo-as numa publicação a ser lançada ainda em 2011. Além de se tratar de um resgate de cunho histórico, registrando e valorizando a cultura local, espera-se ainda ter uma boa fonte de pesquisa e material a ser utilizado didaticamente com finalidade ecológica. Em síntese, entende-se que ainda que o estudo da linguagem encontrada nas histórias em quadrinhos não seja necessariamente novo, resgatar as produções locais de qualidade neste campo trata-se de uma discussão que, além de estar em sintonia com uma tendência da atualidade, é uma forma de oportunizar uma aprendizagem prazerosa através de um mundo literário certamente ainda pouco explorado.

Motivação dos alunos em sala de aula: a disciplina a favor da argumentação e redação

  • Charlotte Eloise Gonçaves Pires, G, charlaquebenca@gmail.com
  • Regina Back Cavassin, MSc, letrasregina@gmail.com

Palavras-chave: disciplina, interação, interdisciplinaridade

Disciplina; interação, interdisciplinaridade

Apoio / Parcerias: Escola de Ensino Básico Tancredo Neves (Garuva, SC)

O JOGO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA: RESULTADOS DA OFICINA DESENVOLVIDA NO 1º CLIC

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Jogo, Recurso pedagógico, Lúdico

O Núcleo Pedagógico Integrador (NPI) surgiu em 2009 como proposta de compartilhamento de disciplinas e outras atividades para os cursos de licenciatura da UNIVILLE. No ano, de 2010 aconteceu em setembro o 1º Colóquio das Licenciaturas (CLIC), envolvendo palestras, apresentações e oficinas. Este trabalho apresenta a oficina “O jogo como ferramenta pedagógica na construção das habilidades metacognitivas”. Participaram 55 acadêmicos dos cursos envolvidos no NPI. A temática da oficina foi escolhida partindo da demanda dos acadêmicos e pesquisas que sinalizam o jogo como aliado no espaço escolar, principalmente por ser um desafio a ser superado. Através do jogo e de sua forma lúdica é possível entender que um problema só vai ser solucionado a partir do momento que for compreendido e resolvido em partes. A abrangência do uso do jogo não se limita, no entanto, a resolução de problemas, mas envolvem outros aspectos como: Desenvolvimento da Consciência dos processos de raciocínio; Habilidade de Raciocínio como estratégias de solução de problemas, modelos de tomada de decisões, processos de pesquisa, gerenciamento de dados e informações, raciocínio lógico e matemático, habilidades de comunicação; Fortalecimento de Habilidades Sociais; e Transferência Interdisciplinar. Durante a oficina foram trabalhados jogos como: Mancala, Surakarta, Bagha-Chall, Brandubh e Puluc. Jogos estes que são originários de diferentes povos antigos: tribos africanas, egípcios, indonésios, nepaleses, Vikings e Maias. Os jogos foram vivenciados e discutidos buscando identificar ligações entre diferentes e diversos campos do raciocínio e atividade humana. Ao acadêmico ficou o desafio de projetar e transferir este conhecimento, aplicando-o em outras áreas de modo a elaborar uma lista final de aplicações. Foram descritas cinco áreas e os aspectos envolvidos. Para os acadêmicos o que sobressaiu no aspecto social foi: cooperação, comunicação, trabalho em equipe, resolução de conflitos. No aspecto cognitivo destacou-se: processo de decisão, resolução de problemas, orientação espacial, raciocínio lógico, planejamento e execução, táticas e estratégias. No aspecto emocional o destaque foi: autodisciplina, autoconfiança, responsabilidade, aprender e ganhar e perder, consciência de si e aprendizado a partir do erro. Houve um destaque ainda para o aspecto ético envolvendo: respeitar, tolerar e viver a diferença e agir positivamente para o bem comum. Ao final da oficina fica a experiência de uma discussão interdisciplinar e a possibilidade de utilização de novos recursos como aliados pedagógicos.

O papel multiplicador do extensionista no projeto de extensão Linguagem da não-violência

  • Marly Krüger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net
  • Iara Andrade Costa, MSc, iara54@terra.com.br

Palavras-chave: Extensionista, não-violência, desnaturalização

O projeto de extensão “Linguagem da não-violência na escola: uma possibilidade para a construção da cultura da paz” tem como objetivo conscientizar que a linguagem poder estar impregnada de violência, propondo atividades que levem a refletir sobre essa questão. O espaço escolar tem sido palco de inúmeros atos de violência, os quais são extensivamente divulgados pelos meios de comunicação. Se por um lado, a imprensa explora a violência para aumentar sua audiência, por outro, a banalização da violência leva a sua naturalização, de tal modo que ao materializar-se pela imagem e pela palavra, passa a integrar a matriz ideológica. O pensamento se manifesta dentro de limites formalizados (texto e imagem) e de uma determinada ideologia discursiva (Bakhtin, 1996). A exposição passiva à violência leva a um processo de naturalização. Para Fairclough (2001), a desnaturalização da violência só pode ocorrer ao se compreender criticamente as condições de poder, de manipulação e de coação nos discursos. Nessa perspectiva teórico-metodológica, o projeto propõe atividades educativas que levem os participantes a ler e analisar diversos gêneros textuais (propaganda, dizeres de camiseta, canção, história em quadrinhos, filmes etc...). A participação de acadêmicos, além da possibilidade de qualificar seu currículo ao experenciar a extensão, objetiva estender a proposta a um maior número possível de pessoas. Desde a primeira versão do projeto, em 2006, a participação de voluntários tem crescido significativamente. Não só a necessidade de atender o requisito curricular das horas complementares tem levado os alunos a aderirem ao projeto, mas também o interesse pela temática. No ano de 2010, catorze acadêmicos multiplicaram a proposta em escolas das cidades de Joinville, São Francisco, São Bento e Jaraguá. As atividades educativas foram desenvolvidas de acordo com o perfil dos grupos de alunos do ensino fundamental e médio. O tema bullying foi explorado por alguns acadêmicos, considerando as necessidades das escolas. Na avaliação dos acadêmicos, o desenvolvimento das atividades pode ajudar os alunos da educação básica a compreender que tanto a imagem como a palavra podem ser usadas de forma violenta, iniciando o processo de ressignificação e, consequentemente, de desnaturalização do discurso da violência. Dá mesma forma ocorre com o próprio acadêmico que ao interagir com o outro ressignifica e se transforma, passando a considerar essa temática em sua prática.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação

Os conflitos de terra na região do nordeste catarinense até o final do século XIX.

  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: conflito , terra , nordeste catarinense

A pesquisa sobre os conflitos de terra na região do nordeste catarinense ate o final de século XIX teve como objetivo principal a identificação, através dos processos judiciais, dos mecanismos utilizados pelos diferentes agentes sociais para garantir a posse da terra até o final do século XIX. O povoamento da região nordeste de Santa Catarina tem características muito semelhantes ao processo de ocupação do território nacional, ou seja, a concessão de sesmarias, posse e distribuição de terras devolutas diante de tal realidade buscou-se levantar dados que indicassem a disputa ou conflito de terras na região. Como durante o período colonial a pratica da concessão de sesmaria a pessoas sem nenhuma propriedade, ou de posse de alguma data de terra, mas sem titulo de legitimação tinham seus pedidos atendidos pelos governantes, a historiografia local tendeu a registrar os conflitos com os indígenas, e silenciado sobre conflitos ou disputas de terras, tão comuns na época. No período imperial a sistemática de ocupação de terras após a proibição de concessão de sesmarias, privilegiou a distribuição de terras devolutas, que no entender dos governantes provinciais se constituía em excelente instrumento de pacificação da Província. Diante da concepção governamental da tranqüilidade fundiária na região, a pesquisa documental foi realizada no acervo do Arquivo Histórico de Joinville (AHJ) visando à obtenção de fontes que indicassem a existência, ou não, de conflitos ou disputas de terras na região da Baia da Babitonga, notadamente no período apos a decretação de Lei de Terras( 1850). Os dados disponíveis foram obtidos nos processos de inventários de bens e processo cominatório de embargo a primeira do fundo do Poder Judiciário da Comarca de Joinville- Vara Civil. Em uma minuciosa análise dos processos de inventários de bens encontrou-se um processo de embargo. Ao mesmo tempo a existência de alguns processos de preceitos cominatórios ou embargos a primeira permitiram vislumbrar a forma como os atores envolvidos nas disputas judiciais buscavam garantir seus direitos ao domínio patrimonial. Os litígios judiciais se davam entre pequenos lavradores que tinham suas terras invadidas por outros lavradores, ou entre lavradores que compraram suas propriedades de herdeiros de famílias que receberam sesmarias no período colonial. As disputas não podem ser caracterizadas como um movimento social coletivo, mas como ações empreendidas por indivíduos lutando por seu pedaço de terra.

Os professores e a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos

  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: professores, ensino fundamental de 9 anos, implementação

O projeto de pesquisa que aqui se apresenta teve como principal objetivo compreender como se deu a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos a partir do dizer de um de seus principais envolvidos: o professor. A intenção foi verificar junto aos professores das duas séries iniciais (1º e 2º anos) quais as suas expectativas e dúvidas quanto a conteúdos e procedimentos a serem adotados em cada um dos anos e, a partir disto, entender quais as suas concepções sobre alfabetização, letramento e currículo. Também se pretendeu perceber qual o papel que é assumido por este professor nesta nova etapa da educação brasileira e qual espaço que lhe foi/é dado nas discussões que envolveram/envolvem a implementação do novo modelo de educação básica. Para tal, foram aplicados questionários com professores das redes pública e privada de Joinville. Os resultados indicam que a maioria dos professores recebeu algum tipo de orientação, principalmente em seu próprio espaço escolar, a partir da ação dos gestores. Contudo, 28% dos professores informaram não ter recebido nenhum tipo de orientação, sentindo-se um tanto confusos com relação a uma série de aspectos envolvidos, especialmente a questão do conteúdo e da avaliação. Com relação a sua participação nas discussões, os resultados deixam claro que o professor pouco foi convidado a participar de alguma. Ele teve pouca voz e quando teve direito a ela, em geral, a implementação já havia sido instaurada. O espaço em que isso foi possível se limitou aos muros da própria escola, nas reuniões pedagógicas ou em conversas esparsas nos corredores, entre parceiros. Ficou a desagradável sensação de que quase nada importa a voz do professor, desde que ele cumpra o que lhe é determinado. Principais autores: Pacheco e Zan (2009) e Perrenoud (2003).

Questões históricas, técnicas e estéticas relacionadas a linguagem 'gravura' em contexto contemporâneo

  • Elenir Morgenstern, MSc, elenir.m@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: arte, gravura , história

O projeto ‘GRA’, desenvolvido em 2009, centrou-se na investigação, registro e desenvolvimento de material virtual, referente a questões históricas, técnicas e estéticas da linguagem gravura em contexto contemporâneo, dando seqüência à fase anterior do projeto (pesquisa desenvolvida em 2007 sob a sigla GRAVAR). A carência de pesquisas e publicações nessa área de saber e a necessidade da academia em estar à frente, no tangente a tal investigação, foram fatores que justificaram a relevância deste projeto. Os passos metodológicos englobaram: pesquisa bibliográfica acerca de questões históricas, estéticas e técnicas em gravura, revisando fontes atuais de pesquisa (teses, dissertações, revistas, jornais e internet); investigação prática que, adentrando nos domínios da arte contemporânea, investiu em experiências artísticas permeadas pelo hibridismo e pela conceituação, na busca de novas soluções técnicas e estéticas; desenvolvimento de material virtual de apoio as práticas de ensino vinculadas à linguagem da gravura. Os principais resultados referiram-se a organização de banco de imagens virtual (e disponibilização online) de gravura existentes na Univille e no MAJ (Museu de Arte de Joinville); edição de dois vídeos acerca da história da Gravura; desenvolvimento de um ambiente virtual (blog) para postagem dos resultados da pesquisa.

Questões históricas, técnicas e estéticas, relacionadas à gravura contemporânea, com enfoque na Região Sul do Brasil.

  • Elenir Morgenstern, MSc, elenir.m@gmail.com
  • José Franciso Pelegrino Xavier (CHICOLAM), MSc, chicolam@caranguejo.com
  • Evelize Hofelmann Bachmann, G, evelize@viacomdigital.com.br
  • João Menezes, Graduando, jmenezes.n@gmail.com
  • Rita Peixe, Graduando, ritapeixe@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: arte, gravura, hiostória

O projeto ‘GRA2’ centrou-se na investigação, registro e desenvolvimento de material virtual, referente a questões históricas, técnicas e estéticas da linguagem gravura em contexto contemporâneo, dando seqüência a duas fases anteriores - pesquisas desenvolvidas na UNIVILLE em 2007 (sob a sigla GRAVAR) e 2009 (sob sigla GRA). A proposta para esta terceira fase, como nas anteriores, focalizou três eixos principais: pesquisa teórica (que objetivou recuperar e organizar dados históricos); pesquisa empírica concernente a experiência artística em gravura; e, desenvolvimento de material educativo virtual relativo à pesquisa teórica e empírica desenvolvidas durante o projeto. Nesta nova proposição focalizaram-se, para a recuperação histórica, a Região Sul do Brasil, elegendo-se o Estado do Paraná (com as atividades e acervo do Solar do Barão, em Curitiba), do Rio Grande do Sul (por meio do Museu do Trabalho, em Porto Alegre) e de Santa Catarina (com o Clube de Gravura vinculado a UDESC). Os referidos espaços reúnem gravadores dos seus respectivos Estados e contemplam mostras e Clubes de Gravura, além de proporcionarem formação continuada a técnicos, artistas, professores e interessados em aperfeiçoar conhecimentos nesta linguagem. No tangente a pesquisa prática incluiu-se, como novidade, a intenção de manipulação de materiais que reduzam o impacto ambiental. No tangente a material virtual desenvolveu-se dois bancos de imagens (referentes aos acervos das instituições anteriormente mencionadas e a pesquisa empírica desenvolvida na UNVILLE) e duas animações (respectivas a pesquisa histórica desenvolvida). Os passos metodológicos da pesquisa englobaram: investigação de aspectos históricos relacionados à gravura contemporânea (enquanto linguagem artística), desenvolvida na Região Sul do Brasil; pesquisa de novas possibilidades técnicas e estéticas, da linguagem gravura, utilizando-se materiais de baixo impacto ambiental; desenvolvimento e divulgação de material educativo virtual remissivo às investigações teóricas e práticas. Os resultados principais referiram-se a recuperação do processo histórico e mapeamento das produções artísticas, que envolvem processos de gravura, desenvolvidas nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (desenvolvidos no período contemporâneo); ao desenvolvimento de material virtual com vistas à divulgação da pesquisa e apoio as práticas de ensino e extensão na UNVILLE; e a instauração de um Núcleo de Pesquisas em Gravura no âmbito da Univille.

Transtorno por Deficit de Atenção e Hiperatividade em estudantes da rede publica municipal de Joinville - SC

  • Valeria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, valeriac.rufo@gmail.com
  • Ana carolina Hinke, Graduando, nana_hinke@hotmail.com
  • Luis Artur rangel Cyrino, MSc, rangel7@uol.com.br
  • Jessica Aline Tank, Graduando, jessicaaline123@hotmail.com
  • Wagner Correa, Graduando, wagner.correa@brturbo.com
  • carolini Graciela, Graduando, carolinigraciela@gamil.com
  • Valéria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, valeriac.rufo@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Desatenção, Hiperatividade, estudantes

O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno neurobiológico crônico, que causa em seu portador desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade. Suas causas são tanto biológicas quanto ambientais, e sua incidência pode alcançar de 2 a 5% das crianças em idade escolar, podendo apresentar comorbidades com outros distúrbios psiquiátricos. No ano letivo de 2010 foi estimada a prevalência de TDAH em escolares cursando a 4ª serie ( 5os anos ) em três escolas municipais da cidade de Joinville – SC, através de questionários preenchidos pelos pais e professores, utilizando como método a escala do comportamento disruptivo de Barkley, R. e Murphy, K., 2008. O total de alunos estudando nos 5os anos do ensino fundamental das 3 escolas foi de 256. Contudo, somente 42 alunos (16,4%) tiveram ambas as escalas preenchidas por seus pais e professores. Duas crianças (4,76%) apresentavam alta probabilidade de ter o subtipo predominantemente desatento, três escolares (7,14%) apresentavam alta probabilidade de apresentar o subtipo predominantemente hiperativo/impulsivo e seis crianças (14,28%) apresentavam alta probabilidade de apresentar o subtipo combinado. Déficits cognitivos, transtornos do aprendizado e da linguagem podem provocar um comprometimento social grave. As dificuldades no diagnóstico e na intervenção sobre esse tipo de transtorno devem-se a falta de conhecimento sobre o quadro clínico, a inexistência de estudos acerca das consequências futuras e principalmente ao preconceito para o tratamento efetivo.