Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. "Acervo de Obras de Arte da UNIVILLE 3".
  2. A Matur(a)idade na Univille : Seis Anos de História
  3. A univille e a inclusão de alunos com necessidades especiais: limites, desafios e conquistas.
  4. Cineducação: Um novo site
  5. Desenvolvimento da coordenação motora global em crianças com deficiências físicas congênitas: um estudo em caso
  6. Educação Ambiental e Representações do Patrimônio Histórico, Sociocultural e Ambiental em Comunidades que habitam áreas de Bacias Hidrográficas - um estudo em Joinville (SC)
  7. Governança e mudança climática nas cidades contemporâneas: o caso de joinville - sc/brasil
  8. Indicadores de Aprendizagem em Artes Visuais: desenvolvimento e convalidação
  9. Língua Inglesa Instrumental
  10. Material Educativo Virtual em Arte: uma investigação conceitual e metodológica
  11. NOITE DE INTEGRAÇÃO DO NPI: construindo uma tradição
  12. O patrimônio cultural da Ilha da Rita/SC: estudos prévios para sua revitalização e preservação
  13. O Programa Institucional de História Oral da UNIVILLE e suas possibilidades para o ensino, a pesquisa e a extensão.
  14. O texto dramático para ressignificar a discurso da não-violência
  15. Os jovens e o consumo cultural na contemporaneidade:
  16. Patrimônio Ambiental de Joinville
  17. Por entre vivencias, sensibilidades e saberes: relato de uma experiência de extensão universitária no Projeto Rondon - Operação Peixe-boi
  18. Práticas de Letramento dos professores da Educação Infantil às Licenciaturas
  19. Quadrinhos joinvilenses em livros
  20. Representações acerca do acesso a terra e do processo de modernização da agricultura na Província de Santa Catarina durante o Império
  21. Univille: histórias, imagens e memórias – 46 anos de instituição e 15 anos de universidade
  22. “DÊ LIRIOS” E CONCRETUDES. O PROJETO SUSTENTAÇÃO COM SAUDE NO CAPS III

Resumos

"Acervo de Obras de Arte da UNIVILLE 3".

  • Célia Ceschin Silva Pereira, MSc, celiaceschin@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Llinguagem da Gravura, Acervo, Material Educativo

O projeto de pesquisa desenvolvido no ano de 2011, intitulado “Acervo de Obras de Arte da UNIVILLE”, teve como objetivo construir materiais educativos das obras de arte originais na linguagem da Gravura, pertencentes à UNIVILLE. Este material elaborado durante o trabalho de pesquisa consta de uma ficha técnica contendo: nome do artista, endereço, trajetória artística, inovações técnicas, processos de criação, conceitos, comentários de críticos de arte e outras atividades que ajudarão aos professores em consultas e procedimentos técnicos artísticos que serão de grande valia ao planejar suas aulas de Artes. Os artistas gravuristas de renome internacional que escolhemos para serem pesquisados foram: George Rembrant Gutlich; Wladimir Fontes; Arriet Chahin; Luiz Fernando Zulietti e Marina de Falco. Entramos em contato com todos esses artistas, via email a fim de solicitar um novo currículo, livros, artigos publicados e também novas exposições. Os artistas responderam prontamente e elogiaram essa iniciativa de pesquisa e divulgação dessa importante linguagem de comunicação artística. Recebemos como doação para pesquisa, o livro “INVENTO” e um “ALBUM DE XILOGRAVURA” realizadas pelo Programa de Inclusão Sociocultural do Núcleo de Ação Educativa “Extramuros” da Pinacoteca do Estado de São Paulo realizadas em 2010, em parceria com o Atelier de gravura do Museu Lasar Segall. São 15 estampas originais encadernadas e textos dos participantes, por impressos em tipografia. Enviamos carta de agradecimentos aos artistas e Instituições que nos enviaram materiais atualizados, bem como atualizamos o blog “Acervo de gravura da UNIVILLE” que criamos com as pesquisas realizadas, com obras de arte e os livros e outras publicações recebidas dos artistas; organizamos espaços no blog para livros, para as fichas dos artistas produzidas pela pesquisa, etc; atualizamos a “História da Gravura no Brasil” e a História do Projeto; postamos obras que não constam no Acervo mas que poderá ser divulgado para futuras pesquisas. Organizamos também as obras na Mapoteca e criamos envelopes grandes com papel craft, (do tamanho da obra), para melhor conservar este material. Cada envelope contem a obra, o currículo atualizado do artista, bem como o material educativo que elaboramos durante a execução do projeto.

A Matur(a)idade na Univille : Seis Anos de História

  • Marli Teresinha Everling, Dr(a), meverling@gmail.com
  • Elenir Carmen Morgenstern, Dr(a), elenir.m@gmail.com
  • Mauren Salim, MSc, mauren@softin.com.br
  • Marcia Agustini, MSc, marcia.agustini@univille.br
  • Mariene Coutinho, E, marienecoutinho@ibest.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação, Terceira Idade, Auto-Estima

O Programa ‘A Matur(a)idade na Univille’, possui um histórico de 6 anos ao longo dos quais, seu foco principal tem sido a valorização dos saberes do ser humano na maturidade e a promoção da cidadania e seu bem-estar por meio de atividades educativas e de integração na comunidade da UNIVILLE. Deste foco derivaram os seguintes objetivos: (i) resgatar e valorizar as experiências históricas da região vivenciadas por indivíduos na maturidade; (ii) contribuir com a melhoria da qualidade de vida na maturidade; (iii) estimular a prática consciente e participativa da cidadania; (iv) despertar a auto-estima e estimular atitudes físicas, emocionais e socialmente saudáveis; (v) vislumbrar o ‘espaço do viver’ a partir das perspectivas e necessidades de pessoas na maturidade e (vi) valorizar as suas vivências e suas memórias. Atualmente o programa conta com diversas ações dentre as quais destacamos: (i) Projeto ‘Univille & Matur(a)idade’ com atividades educativas nas tardes de quarta-feira, (ii) o Projeto ‘Atividade Física e Saúde para o Idoso (AFISI)’ com dois encontros semanais, e (iii) o Projeto 'Para Além da Maturidade' por meio do qual são oferecidas oficinas como: ‘Bases para Comunicação Virtual’, ‘Seminário de Saúde e Meio Ambiente’ e Integração com as ações municipais de apoio a terceira idade. Para a efetivação das atividades o programa conta vários professores e participantes de outros projetos e programas de extensão desenvolvidos na UNIVILLE. A relevância do projeto está na aproximação com público da terceira idade que possui grande experiência e potencial de expressão. Também está na possibilidade de compreender melhor este universo e identificar focos de pesquisa relacionados a este público.

A univille e a inclusão de alunos com necessidades especiais: limites, desafios e conquistas.

  • SONIA MARIA RIBEIRO, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação inclusiva, necessidades especiais, ensino superior

Os avanços no processo de educação inclusiva de alunos com necessidades especiais no ensino regular possibilitou que alunos com tais características ingressassem, com mais freqüência, no ensino superior. Diante de tal realidade e sentindo a necessidade de superar os desafios que a educação inclusiva faz emergir no ambiente educacional, dentre eles atender todos os alunos valorizando a sua subjetividade e necessidade sem comprometer a qualidade do ensino, a Univille criou e estruturou em 2008 o FAEG intitulado PROINES – Projeto de apoio a inclusão de alunos com necessidades especiais, com o objetivo de auxiliar professores e alunos com necessidades especiais matriculados na UNIVILLE nas atividades de ensino que necessitam de uma abordagem inclusiva. A partir do PROINES várias ações são desenvolvidas, envolvendo tanto o corpo docente, como discente, e familiares de alunos. Diante de tais especificidades são realizadas reuniões com os professores, pais e alunos dos departamentos envolvidos, tais reuniões ocorrem nos próprios departamentos ou na PROEN. Visando sensibilizar os demais alunos são realizados encontros, agendados previamente, com as turmas que possuem alunos de inclusão, para que os colegas compreendam, em alguns casos, a necessidade de flexibilizar as atividades e critérios de avaliação utilizados pelo professor. Um dos limites que o projeto tem enfrentado é com relação a monitoria/tutoria, pois alguns alunos necessitam de um auxílio direto na sala de aula, ou durante a realização das avaliações, auxilio este que seria dado por um aluno monitor, bolsista do projeto, até o momento o projeto não conseguiu estruturar um grupo de monitores. Outra situação que tem limitado algumas iniciativas do projeto é a não identificação por parte do aluno, no ato da matricula, como aluno que possui uma necessidade especial, retardando as intervenções do departamento, juntamente com o PROINES, no processo de ensino-aprendizagem. Uma das conquistas para a Univille foi a contratação de intérpretes de libras para atender os alunos surdos, atualmente contamos com três intérpretes. Outra conquista relevante neste processo foi a criação do Laboratório de acessibilidade que está em fase de estruturação no piso térreo da biblioteca central, que será um espaço equipado com tecnologia assistiva auxiliando alunos cegos e de baixa visão, alunos surdos e com mobilidade reduzida.

Cineducação: Um novo site

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cineducação, Cinema, Educação

O projeto de extensão Cineducação: “Site de Apoio Didático, para Professores, para Utilização de Filmes em Sala de Aula” é desenvolvido na Univille há nove anos, vinculado ao departamento de Letras, e possui como objetivo principal a pesquisa e sugestão de filmes que possam ser utilizados com finalidade didática. Com quase uma década de existência o projeto já participou de dezenas de eventos acadêmicos, e participou de uma série de publicações. Durante todo o ano de 2011 foi dada continuidade à parceria com o jornal paulista A Turma do Pulguinha, que tinha periodicidade mensal e uma tiragem de 6.000 exemplares mas infelizmente deixou de ser publicado em dezembro. Também já foram publicados cinco livros através do projeto: Cineducação: Usando o Cinema na Sala de Aula - 2005 - contendo sugestão de 39 filmes; Cineducação 2: Usando o Cinema na Sala de Aula - 2006 - contendo sugestão de 51 filmes; Cineducação em Quadrinhos - 2006 - a teoria do projeto apresentada na linguagem dos quadrinhos; Nas Entrelinhas do Cinema - 2008 - um guia para leitura e produção de vídeos; e, O Mundo Jurídico No Cinema - 2009 – com análise de mais de 30 obras, das quais 27 específicas do campo jurídico. Durante o ano de 2011 o livro Cineducação em Quadrinhos, com roteiro de Nielson Modro e desenhos de Paulo Kielwagen, começou a ser transformado em uma animação a ser lançada brevemente em vídeo. O ano de 2011 também foi marcado pela produção do programa Cinema no Ar, junto com a rádio educativa Udesc FM, programa semanal que teve 35 programas inéditos durante o ano. Também em 2011 o site do Cineducação foi totalmente reformulado e foi hospedado em um novo servidor, tendo atualmente um maior controle em relação aos acessos do mesmo. No período de maio, quando da mudança de provedor, ao fim de dezembro de 2011 há números animadores em relação ao projeto. Foram no total 16.843 visitantes, os quais baixaram 4.251 livros na versão integral em pdf, especificamente: 1.946 – Cineducação 2, 912 – Salve o Cinema, 880 – O Mundo Jurídico no Cinema, 205 – Artigos Esparsos, 162 – Nas Entrelinhas do Cinema e 146 – Cineducação em Quadrinhos. Também estão disponíveis no site os podcasts do programa Cinema no Ar. O site do Cineducação pode ser acessado em: http://www.modro.com.br/cinema.

Desenvolvimento da coordenação motora global em crianças com deficiências físicas congênitas: um estudo em caso

  • Gabriela Kasemodel, Graduando, soniavile@yahoo.com.br
  • SONIA MARIA RIBEIRO, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: coordenação motora global, deficiência física, psicomotricidade

Nas últimas décadas, a partir do movimento de educação inclusiva crianças e jovens com deficiências passaram a ter experiências capazes de potencializar as áreas e/ou segmentos preservados, proporcionando avanços indispensáveis à autonomia psicomotora. A atividade física adaptada associada à psicomotricidade visa o desenvolvimento global de indivíduos com deficiências, por meio de exercícios adaptados às características e necessidades que estes apresentam. Este estudo, apresentado como trabalho de conclusão de curso, junto ao curso de Educação Física, objetivou analisar o desenvolvimento da coordenação motora global em crianças com idade entre 5 e 12 anos, com deficiências físicas congênitas, submetidas a um programa de estimulação psicomotora. Os sujeitos da pesquisa eram integrantes do projeto de extensão PROESA- Projeto de desenvolvimento do esporte adaptado e do Cepinho: escolinha paraolímpica, que acontece na UNIVILLE, Bairro Bom Retiro. Participaram desta pesquisa 11 crianças, que apresentavam paralisia cerebral, espinha bífida, hidrocefalia, má formação congênita e nanismo. O programa ocorreu entre os meses de março a setembro de 2011, totalizando 50 horas de intervenção. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados o método de observação, com registro em diário de campo, e filmagens para posterior análise do desempenho da coordenação motora global de entrada e saída da amostra. Foram trabalhados, durante os meses de aplicação da pesquisa, elementos da psicomotricidade por meio de atividades lúdicas, recreativas e esportivas, contemplando alguns esportes adaptados. O resultado da pesquisa apontou uma melhora no desenvolvimento da coordenação motora global entre os participantes, potencializando o repertório psicomotor e consequentemente a autonomia motora dos mesmos. Vale mencionar que, para além do desempenho motor, foi possível identificar uma melhora significativa no desempenho de socialização dos participantes.

Educação Ambiental e Representações do Patrimônio Histórico, Sociocultural e Ambiental em Comunidades que habitam áreas de Bacias Hidrográficas - um estudo em Joinville (SC)

  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma@univille.br
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Ambiental, Sensibilização, Patrimônio Histórico e Sociocultural

A Educação Ambiental é uma ferramenta de sensibilização que estimula a importância do equilíbrio da relação natureza e seres humanos. O projeto “Educação e Sensibilização – Estudo Comparativo das representações do Patrimônio Histórico, Sóciocultural e Ambiental para as políticas públicas das áreas urbanizadas das comunidades de Nova e Pirabeiraba, em Joinville-SC”, teve como objetivo geral comparar as informações coletadas por meio de entrevistas aplicadas a moradores de duas comunidades situadas em duas áreas de bacias hidrográficas, no que se refere à história, patrimônio sociocultural e meio ambiente, apresentando a análise dos resultados às lideranças infantis e comunitárias (adultos) das duas regiões, de forma educativa, com vistas à sensibilização ambiental. Traçou-se como objetivo específico sensibilizar as duas comunidades da capacidade de melhoria das condições de vida nas suas áreas urbanizadas: nas bacias hidrográficas do Rio Piraí (Vila Nova) e do Rio do Braço (Pirabeiraba). Para tanto, utilizou-se como metodologia, em cada uma das comunidades: aplicação de entrevistas às lideranças infantis e comunitárias e apresentação dos resultados – a análise - dessas entrevistas em forma de palestras (adultos) e de jogos ambientais de sensibilização (crianças). Foram oportunizados espaços públicos para que os adultos e as crianças (nas escolas) pudessem expor sugestões em relação aos resultados que lhes foram apresentados. Nessas apresentações, tanto as crianças quanto os adultos demonstraram interesse pelos resultados da pesquisa, em especial as crianças, objeto central deste artigo, e particularmente quando a atividade foi a realização dos jogos de sensibilização.

Apoio / Parcerias: Apoio: “Programa Institucional de Pesquisa em Educação da Univille” (PIEduc) e os recuros decorrentes da Carta Convite 2009 e 2010.

Governança e mudança climática nas cidades contemporâneas: o caso de joinville - sc/brasil

  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), paulo.ivo@univille.br
  • Héctor Ricardo Leis, Dr(a), hector.leis@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Governança climática, Mudanças climáticas, Adaptação e mitigação

Governança e Mudança Climática nas Cidades Contemporâneas: o caso de Joinville – SC/Brasil

O tema da mudança climática é, hoje, um dos maiores desafios da civilização, com impactos diretos sobre a vida humana no planeta e na utilização dos recursos naturais nele existentes. Contudo, em que pese haver crescente consenso científico e político a respeito da gravidade desses assuntos, ainda não estão definidas nem consensuadas a governança e a governabilidade relativas a eles. Apesar das discussões e articulações internacionais que mostram os rumos gerais a serem seguidos pelos governos nacionais no enfrentamento das mudanças climáticas globais, é nas cidades, nos governos locais, que as ações para a adaptação ou mitigação desse fenômeno deverão ser primeiramente implementadas para que realmente surtam efeito e sejam incorporadas às práticas diárias da população. A cidade de Joinville, em Santa Catarina, já possui sérios problemas com relação às adversidades climáticas, principalmente inundações e deslizamentos. Tais problemas, conjugados com a falta de planejamento urbano integrado às variáveis de ordem climática e às zonas de risco de ocupação, além de uma prática instalada nos governos de tratar as questões e/ou problemas geralmente de forma pontual e localizada, sem percebê-los em seu contexto maior de tempo e espaço, poderiam, diante da questão, colocar em risco o cidadão joinvilense. Neste contexto, este trabalho pretende analisar a governança climática em Joinville e verificar se a cidade está devidamente preparada ou se preparando para o enfrentamento da questão das mudanças climáticas globais. A elaboração do presente trabalho passou pela realização de revisão bibliográfica sobre o tema das mudanças climáticas globais. Seguiu-se coleta de dados (percepções, reflexões, posicionamento e propostas de ações frente ao problema) dos atores, via entrevista gravada do tipo estruturada, por meio de questionário realizado face a face. Conclui-se que a cidade não está preparada nem se preparando coordenada e adequadamente para o enfrentamento das mudanças climáticas, seja em termos de políticas públicas ou de infraestrutura.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Indicadores de Aprendizagem em Artes Visuais: desenvolvimento e convalidação

  • Leticia Ribas Diefenthaeler Bohn, MSc, lela.die@terra.com.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), silvia.sell@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Indicadores de Aprendizagem, Formação Continuada, Identidades e Autonomia

A pesquisa Projeto Curricular para as artes visuais no ensino básico: espaço de construção de identidades e autonomia teve seu início em fevereiro/2009 e término em janeiro/2012. O interesse surgiu a partir dos resultados de uma pesquisa anterior, intitulada: Processos de avaliação em arte: da formação superior ao ensino básico, desenvolvida de 2006 a 2008. Tal investigação identificou que a complexidade da avaliação está principalmente na ausência de indicadores de aprendizagem em artes visuais no contexto do Ensino Básico, os quais não estavam claros para professores e alunos. Portanto, a pesquisa apresentada teve como construir indicadores de aprendizagem para a disciplina de Arte no Ensino Básico, enfocando as construções de identidades e autonomia, indispensáveis nesta disciplina. A investigação tem em suas bases a pesquisa qualitativa/pesquisa-ação, e, como suporte conceitual-metodológico as narrativas de 10 professores de Artes da Rede Pública Municipal de Joinville/Santa Catarina/Brasil, além de fóruns, coordenado pelo Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação e revisão de literatura. A construção de indicadores de aprendizagem é fundamental, pois nessa área de conhecimento é inexistente um documento que norteie os conceitos/conteúdos por série. Resultados apontaram a fragilidade dos professores com relação aos conceitos e metodologia da arte o que implica também na compreensão avaliativa. A pesquisa contribuiu para o fortalecimento de identidades para a disciplina, aspecto relevante para uma educação contemporânea, bem como para as discussões. Referentes às políticas públicas na educação, currículo e formação continuada, pois entendemos que os processos de aprendizagem são contínuos e necessários às práticas educacionais. Por conta disso, iniciamos em fevereiro/2012 a pesquisa “Indicadores de Aprendizagem em Artes Visuais: desenvolvimento e convalidação”, que estará acompanhando, registrando e avaliando o desenvolvimento dos indicadores de aprendizagem por um grupo de professores de Arte da Rede Pública e do Colégio da Univille e também dos estagiários do curso de Artes Visuais. A intenção é a de analisar a relevância dos indicadores para a melhor qualidade do Ensino e Aprendizagem da Arte na Educação Básica e quais as implicações nas construções de identidades da disciplina de Arte e dos envolvidos (professores e estudantes).

Apoio / Parcerias: Rede Municipal de Educação do município de Joinville. Colégio da Univille. Ambas, no sentido de acolher a pesquisa e colocar a disposição para o desenvolvimento da mesma os professores de Arte.

Língua Inglesa Instrumental

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino, Língua inglesa, Educação complementar

O curso de Inglês Instrumental, disponibilizado através do Fundo de Apoio ao Estudante de Graduação – FAEG, já foi ofertado anteriormente aos alunos dos cursos de engenharia durante o ano de 2010. Como se trata de uma atividade que possibilita a complementação gratuita de seus estudos, e que pode ser utilizada como horas complementares obrigatórias, houve uma procura significativa durante o ano de 2011, com alunos questionando quanto sua continuidade e, portanto, voltou-se a oferecer a possibilidade dos alunos realizarem esta atividade durante o ano de 2012. Ressalte-se que se trata de atividade que atende às atuais políticas de assistência social gratuita do governo federal. Sabe-se que a utilização de uma segunda língua é essencial ao profissional da atualidade, seja qual for a sua área de atuação. Hoje o inglês, por ser uma língua de caráter universal, é sem dúvida uma das principais línguas para as atividades que envolvam contato com qualquer estrangeiro. Portanto, sem dúvida, é necessário nos dias atuais que o profissional tenha um conhecimento que possibilite ter um contato e compreensão de textos em língua inglesa, desde o nível básico até ao mais avançado. O curso com carga horária de 36 horas semestrais é oferecido semestralmente e tem como principal objetivo capacitar os alunos quanto à aquisição de conceitos básicos da língua inglesa, instrumentais, adquirindo noções de elementos gramaticais e realizando leitura, tradução e compreensão de textos em inglês. Metodologicamente é utilizada a língua inglesa de forma instrumental, ou seja, parte-se dos textos (leitura e tradução) para as questões específicas de pertinência gramatical, sendo que a cada encontro na semana os alunos têm contato direto com textos da língua estrangeira, buscando traduzi-los e compreendê-los na sua totalidade, em grau crescente de dificuldade e especificidade. Pedagogicamente o objetivo é propiciar o contato com a língua inglesa, buscando dar subsídios para a leitura e compreensão de textos, possibilitando ainda agregar novos conhecimentos à bagagem cultural específica do curso. O número de inscritos atende à demanda oferecida, sendo que se limitou, com a experiência anterior, a ofertar uma única turma no horário mais adequado a atender a maioria dos alunos. Assim espera-se que o resultado obtido seja novamente com avaliação positiva por parte dos alunos que concluírem o curso, abrindo ainda perspectivas quanto a oferta de novas turmas futuras.

Apoio / Parcerias: Governo Federal

Material Educativo Virtual em Arte: uma investigação conceitual e metodológica

  • Alena Marmo, MSc, lemarmo@gmail.com
  • Ana Claudia Moraes Moreira Artioli, G, anaclaudia.art@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Material educativo, Arte, abordagem

Este projeto trata da continuidade da pesquisa Materiais Artístiscos Pedagógicos: uma investigação conceitual e metodológica – MAP (2010), que teve por objetivo a investigação dos materiais educativos em arte no intuito de identificar suas bases conceituais e metodológicas, afim de propor a contrução de novos materiais a serem realizados a partir do banco de imagens do Programa Institucional de Extensão Arte na Escola da Univille. Com finalidade de melhor entender o conjunto de materiais estudados, os mesmos foram separados em três grupos, a saber: materiais dependentes de exposições, ou seja, que só podem ser utilizados dentro da mostra; materiais independetes de exposições, produzidos de forma dissociada de mostras de arte; e materiais mistos, produzidos para uma determinada mostra, mas que podem ser trabalhados independentes dela. Durante o processo de investigação e coleta de materiais, teve-se acesso à diversos materiais internacionais, produzidos por instituições americanas e européias. Dessa forma, o projeto Materiais Educativos em Arte: uma investigação conteitual e metodológica – MEA, desenvolvido em 2011, contemplou a investigação acerca dos materiais educativos internacionais, que somam 120 no banco de materiais desse mesmo programa. A investigação teve por intuito indentificar suas bases conceituais e metodológicas, para então cruzar os dados levantados na pesquisa acerca dos materiais nacionais desenvolvida no ano anterior. Constatou-se que, diferente do que acontece no Brasil, cuja maioria dos materiais educativos produzidos é de natureza mista, boa parte dos materiais internacionais são produzidos para serem trabalhados dentro do espaço de exposição, ou então funcionam como fundamentação para o professor preparar sua visita com os estudantes. Em sua maioria, estão calcados no Diciplined Based Art Education - DBAE, envolvendo propostas qua abordam quatro grandes áreas: produção, história da arte, crítica de arte e estética. O DBAE serviu de base para a sistematização da abordagem triangular por Ana Mae Barbosa, abordagem utilizada pela grande maioria dos materiais educativos produzidos na Brasil. O resultado foi a construção de um mapa conceitual base, que será utilizado para a concepção de materiais educativos em arte a partir de diferentes recortes do Banco de Imagens do PIEAE da Univille. Até o momento, foi realizado um material, denominado Percursos na Arte do Brasil: possíveis caminhos, a partir do recorte de seis imagens de trabalhos de arte produzidos no Brasil.

NOITE DE INTEGRAÇÃO DO NPI: construindo uma tradição

  • Marta Regina Heinzelmann, MSc, marta.heinzelmann@univille.br

Palavras-chave: NPI, Noite de Integração, atividades culturais

A reestruturação curricular das licenciaturas na Univille, que este ano completa seu primeiro ciclo, inovou seus processos de ensino-aprendizagem em vários aspectos. O NPI, Núcleo Pedagógico Integrador, é constituído por duas disciplinas comuns a todas as habilitações, em cada série, a saber: 1º ano: Filosofia e Metodologia da Pesquisa em Educação; 2º ano: História da Educação e Psicologia da Educação; 3º ano: Didática e Educação Inclusiva; 4º ano: Políticas Públicas em Educação e Libras e Códigos de Comunicação. Outra característica é a composição plural das turmas, reunindo em cada uma delas, alunos de todas as habilitações oferecidas pela Universidade. Esta comunicação apresenta elementos para compreender a importância da Noite de Integração neste novo formato. Trata-se de um momento em que todas as turmas de uma mesma série se reúnem para se conhecer formalmente e apresentar atividades produzidas a partir de discussão na sala. O evento possibilita o afloramento das habilidades individuais, produzindo um programa eclético e inusitado, como foi o evento em 2011. Partindo do tema norteador “Consumo Cultural”, performances, jogos didáticos, dramatizações, música, declamação de poemas e dança flamenca foram apresentados no palco do Auditório da Univille, em novembro, alcançando plenamente os objetivos a que se propôs o evento. O NPI, por si só, já é uma prática que exige um trabalho coletivo de planejamento e acompanhamento cotidiano. No caso da Noite de Integração, o entrosamento e a dedicação dos docentes é fundamental para o seu sucesso, demandando atividades extra-classe e doses de paciência, liderança e jogo de cintura na administração das contradições e dos tensionamentos próprios dos momentos de criação. Por outro lado, incentivar a criatividade dos alunos, potencializa as habilidades necessárias ao exercício profissional, especialmente de atividades interdisciplinares, tão pouco exercitadas no antigo modelo curricular das licenciaturas.

O patrimônio cultural da Ilha da Rita/SC: estudos prévios para sua revitalização e preservação

  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@terra.com.br
  • Dione da Rocha Bandeira , Dr(a), dione_bandeira@terra.com.br
  • João Carlos Ferreira Melo Junior, MSc, jcmelo_wood@hotmail.com
  • Roberta Cristina Silva Pauli, MSc, arq.roberta@terra.com.br
  • Cláudio Rudolfo Turek, Dr(a), claudio.turek@univille.br
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Ilha da Rita, interdisciplinaridade

O presente projeto de pesquisa, de caráter multidisciplinar, está vinculado ao programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade e aos cursos de graduação em História, Ciências Biológicas e Biologia Marinha da Universidade da Região de Joinville/Univille, foi aprovado no Edital Universal CNPq 14/2010 na Faixa B, recebendo trinta e seis mil reais de auxílio financeiro e também pela CAPES, que cedeu duas bolsas de mestrado para projetos vinculados e o recurso de onze mil reais como auxílio para custeio das pesquisas. Este projeto, com a sigla RITA, e que estuda o patrimônio cultural de umas das ilhas que compõem a baía da Babitonga, a Ilha da Rita, envolve, além da coordenadora, outros quatro professores da Univille, uma mestre pelo MPCS, três mestrandos e vários alunos de iniciação científica. Situada no nordeste do estado de Santa Catarina, a referida Ilha possui sua história ligada, a populações pré-coloniais, onde se destaca a presença de um sítio arqueológico de sambaqui, como também a aspectos da história militar do Brasil, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando serviu de base naval e posto de abastecimento de navios. As construções da base naval, o sítio arqueológico e as memórias da população circunvizinha, compõem, com o ambiente natural da Ilha, importante patrimônio material e imaterial dessa região do Brasil. Os métodos utilizados, como não poderiam deixar de ser, também são de caráter multidisciplinar e constam, basicamente, de pesquisa qualitativa, apoiada em levantamento documental escrito, fotográfico, oral, arqueológico e botânico. A pesquisa ainda está em andamento, mas vários resultados já foram obtidos e ajudarão na construção de uma proposição para a revitalização da Ilha para fins científicos, culturais e turísticos. Salienta-se que todo levantamento cadastral das construções existentes na Ilha estão concluídos, evidenciando detalhes que indicam a necessidade de preservação e de restauro daquele patrimônio. Confirmou-se também a hipótese da inserção da História da Ilha no contexto brasileiro da Segunda Guerra Mundial especificamente relacionado ao medo instalado no país com relação “ao perigo alemão”. Documentação iconográfica, inédita para a região, foi copiada nos arquivos da Marinha do Brasil no Rio de Janeiro e análises arqueológicas estão sendo feitas para compreender a composição do possível sitio arqueológico existente na Ilha. São dignos de nota, ainda, os levantamentos relativos à flora nativa e aos exemplares que deverão ser suprimidos daquele ambiente, já que não fazem parte do ecossistema existente ou estão comprometendo a estrutura das construções históricas.

Apoio / Parcerias: CNPQ; CAPES

O Programa Institucional de História Oral da UNIVILLE e suas possibilidades para o ensino, a pesquisa e a extensão.

  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gamil.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanil@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: História oral, história oral e educação, gestão de acervo

A comunicação visa apresentar o trabalho realizado por professores e estudantes vinculados ao Programa Institucional de História Oral da Univille durante o ano de 2011. A partir de diagnóstico foram definidas linhas de ação, resultando: no aprofundamento sobre as possibilidades da metodologia da história oral no atual contexto da educação superior; numa nova proposta de gestão do acervo existente no Laboratório de História Oral da Univille, com destaque à adequação do processamento técnico em consonância com as tecnologias disponíveis para a virtualização das fontes; e na criação de um site voltado à potencializar o acesso e o uso do acervo. Busca-se com isso contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da metodologia da história oral na UNIVILLE, a partir de projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pela comunidade interna e externa.

O texto dramático para ressignificar a discurso da não-violência

  • Marly Krüger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.br
  • Iara Andrade Costa, MSc, iara54@terra.com.br

Palavras-chave: linguagem, violência, dramaturgia

A preocupação com o nível de violência na sociedade atual tem motivado o surgimento de inúmeros projetos com objetivo de provocar uma mudança de comportamento. Nessa perspectiva, foi proposto o projeto de extensão “Linguagem da não-violência na escola: educando para a paz”, que tem como objetivo conscientizar de que a linguagem pode ser usada de forma violenta. A escolha pelo espaço escolar se deve a premissa de que as novas gerações devem ter a oportunidade de compreender as ideologias, os valores e os princípios presentes nas relações sociais de tal forma que consigam se transformar e transformar a realidade. Uma das formas de propiciar essa transformação, segundo Fairclough (2001), é mediante a leitura crítica de diferentes gêneros textuais, já que muitos deles se constituem pela ideologia hegemônica, que representa uma forma simbólica de violência àqueles que não pertencem à classe dominante. A relação de poder que rege as relações de trabalho e sociais é uma forma de violência que constitui o tecido social, sendo materializada pela linguagem (palavra e imagem), pois para Vigotski (1996) a linguagem (instrumento simbólico e mediador) constitui nossa maneira de ser e de intervir no mundo. Dos inúmeros gêneros textuais existentes, o texto teatral pode mostrar o comportamento social e moral de forma mais contundente, assim foi proposta uma oficina, no ano de 2011, com alunos do ensino fundamental. A metodologia foi baseada nos pressupostos do teatro-educação que utiliza recursos da linguagem teatral a fim de favorecer o desenvolvimento da imaginação, criatividade, reflexão e espírito crítico, sendo a sequência didática constituída dos seguintes passos: 1°) mobilização para o tema; 2°) preparação de mímicas que representam atos violentos; 3°) apresentação das mímicas; 4°) leitura e compreensão coletiva do texto “Médico à força” (adaptado de Molière); 5°) adaptação livre em dupla; 6°) socialização e discussão. A participação dos alunos foi significativa, pois pode-se perceber que houve uma compreensão de que a violência pode estar presente em qualquer esfera da vida.

Os jovens e o consumo cultural na contemporaneidade:

  • Raquel ALS Venera, Dr(a), raquel.venera@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação, Formação Histórica, juventudes

Este trabalho é um recorte do projeto de pesquisa em andamento, intitulado “Jovens” que acontece integrado aos programas de Mestrado em Educação e Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade. Seu objetivo é investigar a construção da subjetividade cidadã e da formação histórica dos jovens considerando os sentidos de identificações e memórias coletivas que esses constroem a partir dos consumos culturais contemporâneos. O recorte da amostra privilegia as escolas, campos de estágio dos cursos de Licenciaturas, embora dialogue também, com discursos juvenis de outras escolas da região. A pesquisa conta com o vínculo de seis projetos de dissertação, todas interessadas em investigar os processos de construção das identificações juvenis em suas relações com as políticas de cultura e de educação. Além da temática esses pesquisadores dialogam a partir dos resultados da aplicação de um instrumento do tipo surwey, que tem a intenção de desenhar um perfil sócio econômico e cultural desses jovens. Em termos metodológicos, essa pesquisa segue as orientações da corrente francesa da Análise do Discurso, AD, entendendo a linguagem dos jovens como a materialidade concreta de suas subjetividades. Os procedimentos metodológicos privilegiam os recursos midiáticos como disparadores de falas juvenis, porém, a pesquisa bibliográfica tem um foco de destaque, visando à análise das perspectivas teóricas que sustentam o debate sobre as culturas juvenis e o consumo midiático em diálogo com suas implicações no Ensino da História, na Educação e nas políticas patrimoniais de Memória e Identidade na atualidade. Os estudos, nesta fase da pesquisa, têm identificado as divergências conceituais e epistemológicas sobre juventude e apontado as limitações dos estudos racionalistas sobre a consciência dos jovens, diante de objetos tão fluidos e furtivos que tem se mostrado a lógica de pensamento e linguagem juvenil. Desta forma a preferência pelo conceito de juventudes, subjetividade cidadã e formação histórica não está convencionada na fundamentação no pensamento racional, mas, amplia-se para os Estudos Culturais, a partir do debate em uma circunferência maior, admitindo a partir da AD, aquelas formas de linguagem que não são pensadas no campo da consciência e tão comuns no mundo juvenil. Outro resultado já conquistado, parcialmente, é um mapa das políticas disponíveis aos jovens, todas preocupadas com a formação cidadã voltada a produtividade, no início do trabalho e na vida sexual e reprodutiva.

Patrimônio Ambiental de Joinville

  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.neis@univille.br
  • Eliziane Meurer Boing, G, eboing@univille.br
  • Daniele Rueckl, Graduando, daniele.rueckl@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Ambiental, Paisagem Cultural, Industrialização

Essa pesquisa tem como objetivo estudar a paisagem cultural em Joinville e mostrar suas transformações provocadas pelo processo de industrialização na cidade. Nos fundamentos teóricos da pesquisa, apresenta-se que a base da preocupação com o patrimônio ambiental está a necessidade de mudança de valores pressupondo principalmente a mudança de paradigma e, portanto, revisão de atitudes, comportamentos e ações em relação ao modo de vida industrial. A industrialização é o que rege Joinville. Em virtude do crescimento e do fluxo migratório intenso a cidade não conseguiu acompanhar e atender as necessidades sociais e culturais. Consequentemente o patrimônio ambiental cultural está fragilizado e talvez ameaçado. Neste contexto, a paisagem também é influenciada pelas indústrias, uma vez o parque fabril ao ser ampliado avança na natureza, mutila-a para instalar sua planta produtiva. Isso tem ocorrido por falta de um planejamento adequado e, pela necessidade e interesses econômicos de mercado. Nestas circunstâncias, acabe-se por modificar a paisagem, sem considerar o valor cultural para a cidade e para a população do seu entorno. Uma vez que essas indústrias são imperativas, trabalho e produção acabam por predominar nas prioridades estabelecidas por diversos grupos, desde o cidadão comum até o planejamento urbano. Este estudo abrange o levantamento de lugares ou paisagens que podem ser considerados como patrimônio ambiental e cultural no âmbito da cidade de Joinville. As categorias de estudo são: patrimônio cultural, industrialização, meio ambiente e paisagem cultural. Para alcançar o objetivo proposto, o estudo se caracteriza como de natureza exploratória, apoiou-se em pesquisa bibliográfica e documental. A técnica de coleta de dados foi o levantamento de imagens e fotografia em Jornais, revistas, calendários, livros e artigos sobre Joinville-SC, que se constituíram em objeto de análise desta investigação. Elegeram-se imagens mais significativas para discutir as mudanças ocorridas no âmbito da natureza e das paisagens em Joinville. Os dados mostram que Joinville procura preservar seu patrimônio ambiental cultural, entretanto continua crescendo, é grande o desafio existente, principalmente em função da mentalidade instrumental instalada. Observa-se que no processo de crescimento e industrialização da cidade negligencia-se a natureza, bem como as paisagens culturais locais. Para um processo de preservação, é necessário maior investimento na vida social e cultural da cidade, valorização do seu processo histórico e maior conscientização sobre o meio ambiente e as paisagens culturais locais.

Por entre vivencias, sensibilidades e saberes: relato de uma experiência de extensão universitária no Projeto Rondon - Operação Peixe-boi

  • Arselle de Andrade da Fontoura, MSc, arselle@terra.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Projeto Rondon, Extensão universitária, Urucurituba

Esta apresentação busca dar visibilidade as experiências vivenciadas por professores/as e alunos/as dos cursos de História, Educação Física, Medicina, Odontologia, Farmácia, Psicologia e Gastronomia da UNIVILLE no Projeto Rondon, Operação Peixe-boi, na cidade de Urucurituba/AM, em julho de 2011. A proposta de trabalho foi elaborada considerando que as ações de extensão universitária devem ser pautadas pela colaboração, participação e compartilhamento de conhecimentos entre todos aqueles que nelas estão envolvidos. As atividades foram pensadas de maneira interdisciplinar, e estavam diretamente relacionadas com as áreas da cultura, dos direitos humanos e justiça, da educação e da saúde. Sublinha-se que assumimos como pedra basilar de nossos fazeres a perspectiva dialógica sobre o processo de construção, reflexão e ação em campo junto a população do município. Neste sentido foram realizadas cerca de 50 oficinas, visitas domiciliares, atividades artísticos/culturais e de recreação com a comunidade. E, a partir da avaliação dessas ações, consideramos que foi possível subsidiar gestores e multiplicadores de Urucurituba, especialmente, sobre as políticas públicas federais voltadas à mediação dos problemas sociais mais urgentes em cada uma das áreas abordadas. É importante sinalizar que, por entre vivencias, sensibilidades e diferentes saberes, essa experiência permitiu a construção de um trabalho, ainda que de maneira introdutória, que possibilitou uma articulação entre os conhecimentos produzidos na universidade, as recomendações e princípios emanados de documentos oficiais e as necessidades prementes dos habitantes de Urucurituba.

Apoio / Parcerias: Ministério da Defesa do Brasil, Prefeitura Municipal de Urucurituba

Práticas de Letramento dos professores da Educação Infantil às Licenciaturas

  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Professores, Letramento, Gêneros Discursivos

O objetivo da pesquisa era contribuir para as discussões sobre letramento a partir da investigação quanto às práticas de leitura e escrita nas quais professores de diferentes níveis de ensino estão envolvidos, tanto em sua atividade profissional como em seu dia-a-dia. Foram aplicados questionários a professores desde a educação infantil até professores de licenciatura, caracterizando-se a pesquisa como do tipo "survey". A escolha desses sujeitos se deveu a um pressuposto corrente nos espaços escolares e sociais, em geral, de que o professor tem como uma de suas funções centrais a formação do hábito de leitura em seus alunos. Foram distribuídos 750 questionários contendo 19 questões do tipo abertas. Desse total, retornaram 335 questionários válidos (não em branco). O grupo que mais retornou o material foi o dos professores da Educação Infantil, correspondendo a 23% do total de profissionais atuantes. O grupo de menor participação foi o dos professores das licenciaturas, com apenas 5 devoluções, representanto 5% do total. Em função da extensão dos dados, aqui serão apresentados alguns resultados relativos aos professores da Educação Infantil. São professores graduados em Pedagogia, a maioria na última década, sendo que 67% possuem pós-graduação. Metade dos professores afirmou não ter dificuldade com leitura. Curiosamente a média de leitura de livros desses profissionais ficou entre 1 a 3 livros por ano. Entre aqueles que apresentaram alguma dificuldade, a média é mais alta. Isto indica que as dificuldades foram se constituindo no ato mesmo de ler. Há muita leitura de outros materiais, muitas das vezes relacionados a sua atividade profissional, sem o cunho acadêmico, no entanto. Trata-se de uma leitura feita com prazer. Jornais e revistas foram os materiais mais lidos. Sobre as propostas de leitura para seus alunos percebeu-se a preocupação para com a familiarização da criança com o universo da escrita. Com relação às discussões sobre letramento, boa parte dos professores teve algum contato, talvez pela formação mais recente. Considerando que são discussões que vêm se avolumando nos últimos 15 anos, percebe-se nisto uma significativa influência do processo de formação inicial e continuada dos professores informantes da pesquisa. Muito ainda há para ser reconhecido quando se pensa no professor na interface entre sujeito e profissional, especialmente em suas práticas de leitura. É um sujeito singular, que se faz a partir de diferentes frentes. Autores que deram sustentação teórica ao trabalho: Bakhtin (2000 [1952, 1953]) e Andrade (2207).

Quadrinhos joinvilenses em livros

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Quadrinhos, Literatura, Monstrinhos do Rio Cachoeira

Ainda que os quadrinhos sejam considerados por muitos como sub-literatura há anos este panorama vem sendo mudado, inclusive com reconhecimento do MEC, Ministério da Educação e Cultura, que não apenas tem sugerido mas investido neste tipo de publicação. Em 2009, o Cão Tarado, e em 2012, Os Monstrinhos do Rio Cachoeira, foram publicadas duas obras que objetivaram resgatar o trabalho de quadrinhistas joinvilenses. Mais que um árduo trabalho de pesquisa, que consumiu dois anos de trabalho no primeiro caso e um ano no segundo, trata-se ainda de um resgate e registro histórico de décadas de um traço cultural da cidade. O Cão Tarado e seus amigos, que realizam uma crítica social aguçada, teve sua publicação no ano em que o personagem completava 20 anos de presença diária no Jornal A Notícia, com circulação estadual, e o livro contou com cerca de 450 tiras selecionadas e publicadas na sua forma original. Os Monstrinhos do Rio Cachoeira foi um livro que resgatou 160 tiras e 10 histórias completas de personagens que sempre visaram uma crítica ambiental e foram totalmente colorizados para o livro. Em ambos os livros a metodologia adotada foi exatamente a mesma, através de uma pesquisa bibliográfica buscou-se selecionar dentre as milhares de tiras publicadas aquelas que fossem um quadro amplo e fiel do que os personagens representam culturalmente ao contexto em que se inserem. Nos dois livros há um texto introdutório que busca dar uma visão histórica de contextualização das personagens no âmbito sociológico, demonstrar a importância dos personagens social e culturalmente e apresenta ainda uma análise sob o ponto de vista didático. Cabe ressaltar que o livro do Cão Tarado foi fruto de pesquisas feitas com recursos do próprio autor e o livro dos Monstrinhos do Rio Cachoeira contou com o auxílio do projeto de pesquisa “A Linguagem dos Quadrinhos: Literatura, Arte e Conhecimento”, desenvolvido durante o ano de 2011 junto à Pró-reitoria de Pesquisa da Univille. Os livros servem como comprovação de que mais que mera pesquisa histórica tratou-se de um resgate cultural reconhecidamente útil quanto ao registro de uma importante parte da cultura local, devidamente organizada e registrada em obras com qualidade editorial própria para colecionadores e interessados no assunto, assim como um excelente material de consulta para professores e afins.

Representações acerca do acesso a terra e do processo de modernização da agricultura na Província de Santa Catarina durante o Império

  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Representações , terra, modernização

A pesquisa teve como objetivo caminhar através da perspectiva das representações acerca das formas de acesso à terra e a modernização produtiva da Província de Santa Catarina presentes nos discursos políticos e jornalístico visando aprofundar os estudo relativos a história fundiária, ou historia agrária, da região dos municípios do nordeste catarinense. A periodização estabelecida foi a anterior e a posterior ao estabelecimento da Lei de Terras, em 1850, na medida em que a forma de acesso à terra foi modificada em decorrência da legislação, e também por permitir a verificação das implicações do ato legal para o progresso econômico. A metodologia baseou-se na pesquisa documental tendo como premissa que poderiam fornecer o substrato das representações cotidianas e do pensamento complexo que permearam momento histórico objeto de estudo. Para proceder ao levantamento dos documentos governamentais foi utilizado o meio eletrônico, já que, os relatórios dos Presidentes da Província estão digitalizados e disponíveis no site do Center for Research Libraries (CRL). No Arquivo Histórico de Joinville- AHJ- a fonte de dados foi o jornal a Gazeta de Joinville, a partir do ano de 1877, numero 1 do Ano 1 até o ano de 1879. Convém salientar que essa era a única publicação liberada para consulta ao publico devido ao processo de desinfecção a que foi submetido todo o acervo do Arquivo. As informações coletadas permitiram que se verificasse que no discurso governamental e jornalístico existe uma convergência em relação à representação elaborada acerca da criação de colônias estrangeira como forma de acesso a terra e principalmente como a fonte de modernização da atividade produtiva, na medida em que os nacionais eram identificados como pouco inovadores e mais dedicados a reprodução das práticas desenvolvidas por seus familiares. Pode-se constatar que os sistemas de referências utilizados para classificar pessoas e grupos além da interpretação da vida cotidiana contribuíam para a consolidação da figura dos lavradores pobres e brancos como pessoas destituídas de capacidade para serem o elemento impulsionador do progresso tão necessário a Província de Santa Catarina. Enfim, como a historiografia tem demonstrado, a cristalização das representações sobre o nacional como desqualificado, indolente e vadio foi gestada no período imperial e continuou na visão republicana.

Apoio / Parcerias: FAP;Univille

Univille: histórias, imagens e memórias – 46 anos de instituição e 15 anos de universidade

  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gamil.com
  • Ilanil Coelhoi, Dr(a), ilanil@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Memória institucional, Centro Memorial da Univille, processos de identificação

Como podemos conhecer a história da universidade a partir de alguns fragmentos de seu passado? Como a instituição se deixou ver, por intermédio de fotografias e notícias de jornal, que circularam em Joinville e região há, dez, vinte, trinta anos atrás? Em que medida, o gigantesco volume de documentos administrativos que ela mesma produziu indicia permanências e rupturas em suas formas de promover o ensino, a pesquisa e a instituição? Eis algumas das perguntas que mobilizaram a equipe do Centro Memorial da Univille a construir uma exposição intitulada “Univille: histórias, imagens e memórias – 46 anos de instituição e 15 anos de universidade”. Para além de uma ação expositiva de caráter meramente celebratório, buscou-se provocar uma reflexão com vistas a estimular o sentimento de pertencimento de estudantes, professores, funcionários e egressos que, em seu dia a dia, por quase meio século, vivenciaram (e ainda vivenciam) a história da instituição. A exposição é resultante do trabalho de seleção e interpretação de um conjunto de documentos de natureza diversa que, ao serem recompostos e exibidos em diferentes suportes (impresso ou digital), revelaram muitas informações sobre o passado e, acima de tudo, buscaram estimular a produção de outros olhares sobre o presente da instituição.

“DÊ LIRIOS” E CONCRETUDES. O PROJETO SUSTENTAÇÃO COM SAUDE NO CAPS III

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com
  • Fabíula Dutra, Graduando, biula.dutra@gmail.com
  • Tatiane Bento, Graduando, taty.viny@hotmail.com
  • Christina de Medeiros, Graduando, tinamedicina@gmail.com
  • Rosana Iensen , Graduando, rosana.iensen@yahoo.com.b

Palavras-chave: Transtorno Mental, Interdisciplinaridade, Oficinas terapêuticas

Desde a década de 80, com o conhecido movimento da luta antimanicomial, busca-se, no Brasil, resgatar e afirmar os direitos dos doentes mentais. Uma conquista significativa foi o sancionamento da lei de nº 10.216/2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. O tratamento humanizado, passou a ser a nova vertente de atendimento. Com isso espaços de acompanhamento passaram a ser concebidos buscando, no diferencial do atendimento, minimizar o estigma da doença mental. Os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial – são exemplos desta mudança que têm como objetivo possibilitar o acompanhamento no quadro clínico às pessoas que sofrem com transtornos mentais ao mesmo tempo que primam pela inserção social, através dos princípios de cidadania. O Projeto de Extensão “Sustentação com saúde”, iniciou em 2011 no CAPS III “Dê Lírios”, no município de Joinville. Neste, através de oficinas e pesquisas, os acadêmicos dos cursos de Pedagogia, Educação Física, Farmácia, Gastronomia, Medicina, e Psicologia da Univille foram inseridos na rotina do CAPS. No ano de sua implantação contou com cinco bolsistas e doze acadêmicos voluntários. Ora acompanhando as oficinas já ofertadas pelos dos profissionais do CAPS III, ora propondo novas oficinas os participantes abordaram temáticas como Saúde e sexualidade, Pintura, Grupo de Apoio, Recreação e Educação Corporal, Gastronomia, Livre expressão e Origami. Os trabalhos semanais ocorreram nos turnos matutino e vespertino considerando a demanda dos usuários. O enfoque na Saúde Integral foi outro ponto significativo do projeto, por isso, paralelo às oficinas aconteceram as visitas e orientações para familiares. A supervisão semanal e os encontros mensais de planejamento e estudo mostraram-se fundamentais para a compreensão do transtorno mental e suas inúmeras variantes, para a condução do trabalho, e reflexão e questionamento crítico sobre a intervenção feita no CAPS III. É importante ressaltar que as pessoas envolvidas neste projeto de extensão foram descobrindo que é possível, diferentes departamentos da Univille, refletirem sobre as práticas que permeiam a questão da saúde mental. Este projeto é apenas um caminho que pode contribuir para o combate da intolerância e a desumanidade. Um caminho para um tempo que não haja desvalorização alguma das pessoas, pois contribuir para a promoção da saúde das pessoas com transtornos mentais, além de ser uma responsabilidade do Estado, representa uma missão e um desafio para profissionais de saúde e qualquer cidadão que acredita em uma sociedade sem excluídos.