Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A ocorrência de portunídeos (Crustacea, Decapoda) na baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)
  2. A Prática da Natação e a Redução do Percentual de Gordura Corporal em Escolares
  3. A relação entre o ictioplâncton e a pesca artesanal na baía da Babitonga (Santa Catarina - Brasil)
  4. ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA VEGF E O ESTADIAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL
  5. Atividades Aquáticas e o Ambiente Escolar
  6. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA GORDURA CORPORAL DOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E GINÁSTICA AERÓBICA DO CAF - UNIVILLE.
  7. Caracterização anatômica e definição do tempo de maceração de fibras de bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares de pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K.)
  8. Desenvolvimento de um sistema de liberação para fármacos pouco solúveis baseado no revestimento de péletes inertes com o ativo e carreadores hidrofílicos
  9. Estado nutricional e nível de atividade física em adolescentes da rede estadual do ensino médio de Joinville-SC.
  10. Estudo dos organismos dos costões rochosos das ilhas de São Francisco do Sul (SC), com ênfase nas espécies comerciais e exóticas.
  11. Estudo dos recursos florais das abelhas nativas ocorrentes em área de Floresta de Transição Ombrófila Densa para Mista em Joinville, SC
  12. Fatores de riscos cardiovasculares de mulheres estudantes no curso de Farmácia
  13. Fauna associada aos cultivos de mexilhões Perna perna (linnaeus, 1758) na praia da Enseada e saco do Iperoba (Santa Catarina, Brasil)
  14. Homo Sacratu - Grupo de autoestima e Estudo em Saúde Mental
  15. Influência da Permeabilização Celular sobre a Atividade do Complexo Enzimático GFOR/GL em Diferentes Cepas de Zymomonas mobilis.
  16. INTERDISCIPLINARIDADE: DA TEORIA Á PRÁTICA
  17. Interrupção precoce da amamentação exclusiva: Principais motivos associados.
  18. Macrofauna bentônica de substrato inconsolidado, fitoplâncton e nutrientes dissolvidos na área adjacente a um cultivo de moluscos em São Francisco do Sul (SC)
  19. Metodologia de Treinamento aplicada no Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos - Pafsi3 na Univille
  20. Micropartículas de polimetacrilatos: avaliação do potencial para aumentar a solubilidade de fármacos pouco solúveis
  21. O DESENVOLVIMENTO DA PRÁXIS NO ACADÊMICO DE FARMÁCIA
  22. Poluição sonora e conservação de cetáceos na baía da Babitonga
  23. Primatas do Nordeste Catarinense: dinâmica populacional e interações entre humanos e primatas.
  24. PROGRAMA TRILHAS – EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL NOS ESPAÇOS VERDES DA UNIVILLE.
  25. Projeto de Orientação e Informação Profissional para Estudantes do Ensino Médio – OI-Profissional
  26. Qualidade ambiental na UNIVILLE – como reduzir a poluição no ambiente de trabalho
  27. Refeição escolar: consumo em alunos de 1ª a 4ª séries da rede pública de ensino de Canoinhas-SC.
  28. Uso Racional de Plantas Medicinais - 4ª Edição

Resumos

A ocorrência de portunídeos (Crustacea, Decapoda) na baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Aline Gonzalez Egres, Graduando, aline@univille.net
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), luciano@univille.br
  • Jenyffer Vierheller Vieira, Graduando, kkkk@univille.br
  • Micheli Duarte de Paula Costa, Graduando, micheli@univille.br
  • Harry Boos Junior, Graduando, harry@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Callinectes danae, sedimento, clorofila

Os decápodes portunídeos são um importante grupo de organismos para a pesca e a facilidade de captura os torna a base alimentar de muitas famílias em regiões costeiras. Entretanto, nos últimos anos esse recurso vem se tornando escasso, com decréscimo das populações e principalmente redução do tamanho dos organismos para o consumo. Na Baía da Babitonga, não se sabe exatamente como essas espécies são exploradas e assim foram estudados os portunídeos na praia da Figueira, Vila da Glória e ilha Tal Sul e sua relação com o sedimento e biomassa fitoplanctônica. Coletas mensais foram realizadas nesses locais entre março e novembro de 2008 para captura de siris com puçás e arrasto de redes duplas com portas a partir de embarcação. Os exemplares foram identificados e determinados o sexo, a largura do cefalotórax, o peso e a maturação. Amostras de sedimento foram coletadas para análises das porcentagens de carbonato de cálcio e matéria orgânica. A clorofila a foi determinada por fluorimetria. Em geral as concentrações de CaCO3 e M.O. foram mais elevadas na Vila da Glória. A concentração de clorofila a variou entre os pontos, tendo sido em geral maior na área de Vila da Glória ao longo dos meses. As espécies registradas nos puçás foram Callinectes danae, C. ornatus, C. sapidus e Charybdis hellerii, destas ocorreram nos arrastos C. danae e C. ornatus. O sir-mirim ou azul C. danae foi a espécie mais abundante entre os portunídeos capturados. Desta espécie ocorreram mais fêmeas maduras e ovígeras na Figueira e machos maduros na Vila da Glória. A ocorrência das fêmeas ovígeras e maduras na desembocadura da baía pode estar relacionada com o período de eclosão das larvas, enquanto a presença dos machos na Vila da Glória com uma condição mais enriquecida, verificada através dos teores mais elevados de M.O. e CaCO3 no sedimento e de clorofila a na coluna d’água. No caso da Vila da Glória, os machos ocorrem no local em número mais elevado devido à maior disponibilidade de alimento. Assim, conforme os resultados, a área estudada é utilizada como local de desovas e alimentação, corroborando com o fato destes organismos desenvolverem as fases de vida em um ciclo que envolve o estuário e o mar aberto. O trabalho gerou importantes informações sobre a área e os organismos alvo, porém é necessário ampliar-se os estudos.

A Prática da Natação e a Redução do Percentual de Gordura Corporal em Escolares

  • Michele Gabarron Pedro, Graduando, myc_myc_mo@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: natação, redução , gordura corporal

Natação na Escola é um projeto de extensão da UNIVILLE e instituições parceiras, que tem por objetivo ensinar a nadar escolares da rede pública de ensino do município na faixa etária de 10 a 12 anos completos no ano em curso. O projeto está em andamento desde 2005 e sempre priorizou aspectos educacionais tanto quanto se preocupou com a saúde e qualidade de vida dos escolares. Para aprender a nadar, os escolares participam das aulas de natação duas vezes por semana. Durante as aulas são propostas atividades programadas a partir de um planejamento estabelecido por níveis de habilidades que permite respeitar a experiências anteriores dos aprendizes e que garante que os mesmos aprendam a nadar inicialmente nos seus fundamentos básicos e na seqüência aprendam os estilos culturalmente estabelecidos. Sabe-se que hoje as crianças têm oportunidades diversas para não se movimentar (computador, vídeo game, preocupação dos pais de deixar as crianças brincarem na rua) tanto quanto para ingerir guloseimas. Fatores esses de obesidade infantil. Preocupados com essa questão, foram incluídas no início do ano avaliações antropométricas, com dados de peso, estatura e percentual de gordura. Diante dos resultados que indicavam um elevado número de crianças com percentual de gordura acima do desejável, algumas ações foram definidas para tentar contribuir com a saúde dos mesmos. Uma das propostas foi a palestra sobre “Hábitos Alimentares Saudáveis”, ministrada por uma acadêmica do curso de nutrição no IV Encontro de Jovens Nadadores realizado no mês de julho. Outra ação, foi na própria aula de natação com dinâmicas que contemplavam os conteúdos estabelecidos no cronograma de planejamento, de maneira que pudesse observar a relação de maior volume de tarefas com intensidade moderada e sem grandes intervalos. Durante todo ano, sempre que havia oportunidade os monitores conversavam com as crianças sobre a importância de praticar a atividade para saúde, tanto quanto refletiam com eles sobre os hábitos alimentares e sua relação com a saúde. No mês de novembro, foram realizadas novas avaliações e seu resultado acabou surpreendendo. Analisando as avaliações percebeu-se que o percentual de alunos, na categoria desejável de percentual de gordura aumentou de 17% para 26% nos meninos e de 23% para 44% nas meninas. A categoria moderadamente alta diminuiu de 19% para 10% nos meninos e 21% para 9% nas meninas. Com esses resultados pode-se dizer que as ações, muito embora simples, contribuíram de forma significativa para a redução do percentual de gordura corporal dos escolares.

Apoio / Parcerias: FELEJ - Fundação de Esportes Lazer e Eventos de Joinville

A relação entre o ictioplâncton e a pesca artesanal na baía da Babitonga (Santa Catarina - Brasil)

  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Letícia Novaes Duarte, Graduando, lele_nd@yahoo.com.br
  • Micheli Duarte de Paula Costa, G, midudu_bio@yahoo.com.br
  • Fabiane da Silva Döge, Graduando, biodoge@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ictioplâncton, pesca artesanal, pesquisa

A baía da Babitonga possui características ambientais favoráveis às desovas de peixes e à manutenção dos ovos e larvas gerados. Este trabalho objetivou estudar a composição e abundância sazonal do ictioplâncton na baía da Babitonga, avaliando sua importância para espécies de recursos pesqueiros rotineiramente encontrados na pesca artesanal da área. Para atingir os objetivos 4 coletas sazonais foram realizadas em 4 pontos amostrais localizados entre a barra e a ilha da Rita, formando uma linha amostral na principal porção desta baía. Foi utilizada rede de plâncton cônica com 40cm de diâmetro, malha 200µm, e fluxômetro para medir o volume filtrado. No laboratório ovos e larvas de peixe foram separados das amostras de plâncton e então calculadas as densidades (n°/10m³). As larvas foram identificadas ao menor taxon possível. Visitas às comunidades pesqueiras do complexo estuarino da baía da Babitonga foram realizadas e efetuada a descrição, através de entrevista e análise, da captura de pescados desembarcada para relacionar-se aos dados de ictioplâncton. O principal período de desovas e ocorrência de larvas compreendeu a primavera e o verão. As larvas identificadas foram Lycengraulis grossidens, Trachurus lathani, Bairdiella ronchus, Cynoscion sp., Menticirrhus sp., Micropogonias furnieri, Pogonias cromis, Stellifer sp., Umbrina sp., Sphyraena sp., Citharichthys sp., Etropus sp., Sphoeroides sp., Kyphosus sp., Achirus sp., e representantes de Haemulidae, Mugilidae, Blenniidae, Gobiidae, Sparidae e Gobiesocidae. As espécies identificadas na pesca, nas visitas aos pescadores, mais representativas foram Cathorops spixii, Netuma barba, B. ronchus, M. furnieri, Paralonchurus brasiliensis, L. grossidens, Cynoscion sp., Menticirrhus americanus, Menticirrhus littoralis, Macrodon ancylodon, Oligoplites saliens, O. saurus, Trichiurus lepturus, Pogonias cromis, Cetengraulis edentulus, Harengula clupeola, Opisthonema oglinum, Stellifer stellifer, Stellifer brasiliensis, Stellifer rastrifer, Citharichthys spilopterus, Chaetodipterus faber e componentes de Mugil spp e Haemulidae. Apenas Centropomus parallelus e Centropomus udencimalis foram abundantes durante todo o ano. Os pescadores artesanais, em seus relatos, chamam a atenção para espécies que vêm diminuindo na área interna da baía e associam à influência antrópica, como destruição de ambientes criadouros, destruição das margens, atividade portuária, pesca predatória e principalmente, em algumas áreas, ao fechamento do canal do Linguado. Assim, foi possível compreender e avaliar com mais eficiência a comunidade ictioplanctônica da baía da Babitonga e constatar componentes que renovam as populações de peixes exploradas pela pesca na região, sendo em grande parte de subsistência.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE/FAPESC

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A EXPRESSÃO DA PROTEÍNA VEGF E O ESTADIAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL

  • Leandro Mutschal, MSc, leandro_joi@yahoo.com.br
  • Paulo França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, E, leslief@pop.com.br
  • Mauro Pinho, Dr(a), mauro.pinho@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cancer colorretal, VEGF, Imunoistoquimica

Os estudos em biologia molecular desenvolvidos nas últimas décadas, possibilitaram grandes avanços para uma maior compreensão da carcinogênese colorretal. Na década de 80 pesquisadores descobriram uma proteína com a capacidade de aumentar a permeabilidade dos vasos sangüíneos. Inicialmente esta proteína foi denominada como fator de permeabilidade vascular. Estudos posteriores correlacionaram esta proteína com o crescimento de novos vasos sangüíneos (angiogênese), quando passou a ser chamada de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). A proteína VEGF tem sido apontada como o principal fator promotor da angiogênese, dentre os vários já conhecidos. Neste trabalho o objetivo foi quantificar a proteína VEGF e correlacionar os resultados com o estadiamento tumoral em amostras de adenocarcinoma colorretal. Foram incluídos 56 adenocarcinomas colorretais, nos quais a detecção da proteína VEGF foi realizada por imunoistoquímica através da construção de uma matriz tecidual e sua quantificação com análise digital de imagens assistida por computador. Nossos resultados não evidenciaram relação estatisticamente significativa entre a expressão da proteína VEGF e o estadiamento tumoral ou presença e número de linfonodos comprometidos. Baseado no nível de expressão da proteína VEGF não foi possível inferir a presença de linfonodos comprometidos nas amostras analisadas.

Atividades Aquáticas e o Ambiente Escolar

  • Angela Raquel Freisleben, Graduando, angelaraquel2007@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: atividades aquáticas , aproximação, ambiente escolar

O curso de Educação Física atualmente forma para duas habilitações: licenciatura e bacharelado. Para habilitação licenciatura tem-se como principal objetivo a formação de professores para atuar na Educação Básica. Nesta grade curricular está incluída a disciplina de Metodologia do Ensino das Atividades Aquáticas que inicialmente gera certa dúvida: por que incluir atividades aquáticas na formação do professor se na maioria das escolas não existe espaço apropriado para tal prática? Buscando responder essa questão e apresentar uma proposta de aproximação das atividades aquáticas do ambiente escolar, pensou-se em uma atividade de ensino que pudesse representar tal objetivo. Os acadêmicos(as) foram orientados a desenvolver em forma de investigação teórica um trabalho com diferentes temas relacionados aos esportes aquáticos. Inicialmente os resultados da investigação foram apresentados para os próprios colegas, no formato oral ou pôster e na seqüência foram levados ao ambiente escolar, na forma de proposta para o professor de Educação Física. Aceita a idéia agendou-se a data da apresentação em turma de Ensino fundamental segundo ciclo – 5ª a 8ª série. No dia da apresentação o professor recebeu um formulário para avaliação que voltou carimbado e assinado como comprovante da atividade. Esse instrumento indicou que os professores aceitaram muito bem a idéia, tanto quanto os escolares. Eles relataram que os alunos se interessaram muito pelos temas apresentados, interagiram relatando experiências e perguntando bastante. Disseram que os acadêmicos estavam preparados para apresentação, dominavam o assunto, embora alguns estivessem nervosos na hora da apresentação. Os acadêmicos disseram ser uma experiência muito importante, especialmente porque foi um dos primeiro momentos de contato com a realidade escolar. Sugestões também foram indicadas, como apresentar em mais de uma turma, apresentar todos os temas em uma escola e organizar um roteiro de escolas para apresentações dos temas no horário do recreio. Acredita-se que com essa ação os escolares tiveram a possibilidade de se informar e entender o sentido da modalidade, bem como, foi uma instigação para mais instituições se preocuparem com o ensino do nadar, que é uma das garantias de sobrevivência nos espaços aquáticos. Quanto aos acadêmicos em formação foi uma experiência que, espera-se, seja um estímulo que possa ser aperfeiçoado e continuado de maneira que cada vez mais pessoas tenham contato com essas modalidades, seja através da participação em atividades práticas, seja com informações que contribuirão para uma melhor leitura e apreciação do contexto.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA GORDURA CORPORAL DOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E GINÁSTICA AERÓBICA DO CAF - UNIVILLE.

  • Michele G. Pedro, Graduando, myc_myc_mo@hotmail.com
  • Fabrício Faitarone Brasilino, E, fbrasilino@hotmail.com
  • Jerson Dutra, E, dutraje@hotmail.com
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Musculação, Ginástica Aeróbica, Gordura Corporal

O estilo de vida desregrado está ligado ao surgimento de doenças crônico-degenerativas não transmissíveis. Munidos dessa informação, podemos diagnosticar alguns fatores que predispõe indivíduos á serem mais suscetíveis á esses problemas, assim planejando estratégias para diminuir esse fator de risco. O objetivo deste estudo foi estabelecer o diagnóstico da gordura corporal nos iniciantes de musculação e ginástica aeróbica do centro de atividades físicas da Univille no ano de 2008. Foram mensuradas as dobras cutâneas de 418 (160/258) indivíduos de ambos os sexos com idade média de 25,11± 2,35. O cálculo do percentual de gordura foi realizado segundo o protocolo de Petroski (1995), e classificado de acordo com a tabela de referências proposta por Pollock e Wilmore (1993). Através dos dados obtidos pode-se verificar que dentre os 160 homens avaliados, 1% (10,65±0,35) foi classificado como excelente 22% (11,13±3,40) bom, 23% (13,35±2,63) acima da média, 18% (16,21±2,40) na média, 21% (20,24±2,35) abaixo da média, 6% (29,39±3,22) ruim e 9% (29,58±3,25) foram classificados como muito ruim. Dentre as 258 mulheres, 7% (14,84±2,22) foram classificadas como excelente, 7% (19,44±1,59) bom, 18% (21,84±1,39) acima da média, 22% (25,46±2,02) na média, 24% (28,55±2,15) abaixo da média, 17% (31,80±2,35) ruim e 5% (37,10±3,54) classificadas como muito ruim. Com os dados obtidos foi possível concluir que a amostra masculina se encontra com um percentual de gordura inferior ao feminino. Cabe salientar que os dois grupos possuem taxas elevadas em relação ao nível de gordura corporal nas classificações consideradas fatores de risco, o que corresponde a um indicativo da inatividade física dos participantes.

Caracterização anatômica e definição do tempo de maceração de fibras de bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares de pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K.)

  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br
  • Silke Gehrmann , Graduando, silke.bio@gmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Marina Zambonato Farina, Graduando, minazf@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Compósitos, Fibras vegetais, Pupunha

Embora protegido por legislação específica e recentemente incluído na lista de espécies ameaçadas de extinção, o palmito juçara (Euterpe edulis Martius – Arecaceae) é largamente comercializado para produção de palmito em conserva. Uma alternativa para reduzir sua extração de populações naturais são as palmeiras-reais-da-Austrália (Archontophoenix sp.) e a pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K.). A extração dos palmitos gera grande quantidade de resíduos. Para minimizar esse impacto ambiental, as fibras presentes nesses resíduos podem ser utilizadas na confecção de compósitos do tipo resina de poliéster/fibra vegetal. Assim, os objetivos dessa pesquisa foram caracterizar quantitativamente as fibras dos resíduos da pupunha e avaliar o melhor tempo de maceração para sua dissociação, garantindo suas propriedades na confecção de compósitos. Dos resíduos coletados na região do Quiriri, em Joinville/SC, foram separadas as bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares, seccionadas em segmentos de até 5,0cm de comprimento e dissociados pelo método de Franklin. Parte deste material foi corado com fucsina, montado em lâminas semi-permanentes e mensurado o comprimento, diâmetro tangencial e espessura de parede celular das fibras com uso de equipamento de análise de imagens acoplado ao microscópio de luz. Os dados foram analisados estatisticamente aplicando-se o teste t. Os resultados apontaram diferenças significativas para as três características analisadas, sendo que as fibras dos segmentos foliares são mais curtas (931,00 ± 367,80µm), de menor diâmetro (13,35 ± 3,17µm) e parede celular menos espessa (3,39 ± 1,23µm) do que as da bainha foliar. O tempo de maceração mais adequado foi de 22h para as nervuras centrais dos segmentos foliares, que apresentaram aproximadamente 45% da sua massa na forma de fibras, ao contrário das bainhas, que tem grande quantidade de parênquima de preenchimento entre as unidades vasculares. Para a aplicação em compósitos os rejeitos devem fornecer fibras em quantidade e com diâmetros reduzidos, o que aumenta a adesão fibra/matriz, sendo que os segmentos foliares mostraram-se mais adequados. A partir do material dissociado foram confeccionadas mantas a base de fibra vegetal semelhantes às de fibra de vidro, aplicadas na resina poliéster na proporção de 10% m/m, condição já estabelecida anteriormente pelo grupo em virtude da baixa densidade das fibras. O estudo mostrou que há diferença significativa nas dimensões das fibras de origem diferente e que a sua utilização na confecção de mantas como reforço em compósitos é viável, além de minimizar o impacto ambiental causado pelos resíduos da extração comercial da pupunha para produção de conservas.

Desenvolvimento de um sistema de liberação para fármacos pouco solúveis baseado no revestimento de péletes inertes com o ativo e carreadores hidrofílicos

  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), bianca.ramos@univille.br
  • Camila Lunardi, Graduando, farmilla@gmail.com
  • Vanessa Kobs, Graduando, nessa_kobs@yahoo.com.br
  • Izabel Celeski, Graduando, bel_celeski@yahoo.com.br
  • Theodoro Wagner, MSc, theodoro.wagner@univille.br
  • Humberto Gomes Ferraz, Dr(a), sferraz@usp.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Dispersão sólida, Leito fluidizado, Dissolução

A administração de medicamentos pela via oral é a mais conveniente, pois não causa desconforto ao paciente e não exige o auxílio de um profissional de saúde. Entretanto, essa via requer que o fármaco dissolva previamente no trato gastrintestinal para possibilitar a absorção, tornando um grande desafio a obtenção de formas farmacêuticas sólidas contendo fármacos hidrofóbicos, no que se refere à biodisponibilidade. Esse problema pode ser contornado mediante a preparação de dispersões sólidas do fármaco em um carreador hidrofílico. Diversos métodos podem ser usados para tal finalidade, porém a maioria deles apresenta limitações, como o uso de temperaturas elevadas e a necessidade de várias etapas de produção, restringindo sua aplicação industrial. Ho e colaboradores (1996) propuseram uma técnica que superou muitas dessas limitações, realizada pela aplicação e secagem de uma solução do fármaco e do carreador sobre a superfície de péletes inertes, em um sistema de leito fluidizado. Considerando esses aspectos, o objetivo da pesquisa foi melhorar as propriedades de dissolução do felodipino (fármaco modelo com solubilidade extremamente baixa) pela obtenção de dispersões sólidas do composto em sistema de leito fluidizado, utilizando polivinilpirrolidona (PVP), crospovidona (CR) e poloxamer (PX) como carreadores hidrofílicos. A associação dos polímeros em diferentes proporções gerou nove formulações de dispersões sólidas, além de nove amostras obtidas pela simples mistura dos componentes de cada formulação. Os ensaios de dissolução foram realizados com o aparato 1 a 100 rpm e 900 mL de lauril sulfato de sódio 1% a 37 ºC. Observou-se um aumento bastante significativo na dissolução de todas as formulações, quando comparadas às misturas físicas correspondentes e ao fármaco isolado. Assim, demonstrou-se que o efeito sobre a dissolução ocorreu pela ação dos polímeros e também devido à técnica de preparação, já que as misturas físicas não apresentaram o mesmo desempenho que as formulações. O melhor resultado foi apresentado pela formulação que continha as maiores quantidades de CR e PX, a qual foi então submetida à caracterização por difratometria de raios-X e microscopia eletrônica de varredura, cujos resultados sugeriram que o efeito sobre a dissolução ocorreu pela redução da cristalinidade do fármaco.

Apoio / Parcerias: Apoio: FAP-UNIVILLE e FAPESC. Parceria: Prof. Dr. Humberto Gomes Ferraz, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, USP.

Estado nutricional e nível de atividade física em adolescentes da rede estadual do ensino médio de Joinville-SC.

  • Silmara SBS Mastroeni, MSc, silmaramastroeni@yahoo.com.br
  • Ana Cláudia Cardoso, G, anna_danca@yahoo.com.br
  • Muryel Carvalho Gonçalves, Graduando, leyrum@gmail.com
  • Marco F Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Estado nutricional, Atividade física, Adolescentes

Introdução: Os países em desenvolvimento vêm apresentando uma mudança de perfil epidemiológico, passando da predominância das doenças infectocontagiosas para uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, sendo as cardiovasculares as mais freqüentes. No Brasil, o estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos também tem se modificado nas últimas décadas. Juntamente com a diminuição da desnutrição, a prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças brasileiras vem aumentando nos últimos anos. A atividade física desempenha função importante na prevenção de doenças cardiovasculares em geral, de alguns tipos de câncer e do dibetes mellitus tipo II. Objetivo: Descrever o nível de atividade física em adolescentes de 15 a 17 anos de idade da rede estadual do ensino médio de Joinville/SC. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal envolvendo adolescentes distribuídos em escolas estaduais que atendiam o ensino médio. Dos 300 adolescentes convidados a participar, 222 compareceram no ambulatório da Univille, entre os meses de setembro e novembro de 2008 para participar da pesquisa. Os adolescentes foram pesados, medidos e responderam a um questionário de avaliação da atividade física habitual, específico para adolescentes. A classificação do estado nutricional foi realizada de acordo com Índice de Massa Corporal (IMC) para idade e sexo. Resultados: A maioria foi do sexo feminino (59%). Quanto ao estado nutricional: 3,6% apresentaram desnutrição; 77% eutrofia; 12,6% sobrepeso e 6,8% obesidade. O excesso de peso foi mais prevalente entre as meninas (22,1%), comparado aos meninos (15,4%). Quanto ao nível de atividade física, 80,6% dos adolescentes foram considerados ativos, ou seja, praticavam mais de 300 minutos de atividade habitual/semana. Destes, o sexo feminino foi o mais prevalente (56,4%), entretanto esta diferença não foi significativa entre os sexos. Conclusão:Uma estratégia de prevenção primária para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares é a mudança dos fatores de risco relacionados ao estilo de vida, como aumento da atividade física e adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, por exemplo. Este trabalho pretendeu fornecer subsídios para a elaboração de medidas preventivas relacionadas ao estilo de vida, reduzindo desta forma o risco para doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta, especialmente as cardiovasculares.

Apoio / Parcerias: 1. Secretaria Municipal de Educação de Joinville; 2. Departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo-FSP/USP; 3. Departamento de Educação Fíisica da Univille; 4. Curso de Nutrição do Centro Educacional Luterano Bom Jesus/IELUSC; 5. Fundo de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE.

Estudo dos organismos dos costões rochosos das ilhas de São Francisco do Sul (SC), com ênfase nas espécies comerciais e exóticas.

  • Jacqueline Schumann, Graduando, jacque_sh@hotmail.com
  • Adriano W.C.Marenzi, Dr(a), adriano.weidner@univille.br
  • Ricardo Corbetta, MSc, corbetta@univali.br
  • Katia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: costões rochosos, comunidade, Babitonga

Os costões rochosos abrigam uma diversidade de espécies de relevância ecológica e econômica, porem estão sujeitos a vários impactos antrópicos como a coleta de organismos, descargas de efluentes e derramamentos de óleo. Nas regiões sul do Brasil o maior impacto é a exploração dos bancos naturais de mexilhões Perna perna para abastecer os parques de cultivo com indivíduos jovens ou sementes desta espécie, resultando na eliminação de toda a comunidade associada e potencializando a invasão de espécies exóticas. O presente estudo teve como objetivo determinar a composição e estrutura das comunidades dos costões rochosos das ilhas de São Francisco (SC), na área de influencia da Baia da Babitonga e identificar a presença de bioinvasores neste ecossistema. Foram efetuadas coletas no verão e no inverno na ilha da Paz (local exposta da baia da Babitonga), no costão do Forte (área intermediária) e na Ilha da Rita (local abrigado dentro da baia), utilizando um amostrador de 20 x 20 cm. Cada amostra foi triada, pesada, contada e identificado componentes faunístiscos e florísticos. Foram analisadas 25 amostras do verão e 31 do inverno de 2008. Foi identificda uma diferença na biomassa em todos os costões amostrados em relação ao tempo e espaço. Na média, o verão a apresentar valores maiores na biomassa total em relação ao inverno. As áreas internas da baia com influencia da variação da salinidade, apresentam baixa diversidade e, consequentemente, maior dominância. Nos pontos amostrais em local exposto, o costão do Forte e da Sorroroca, onde ocorrem os bancos naturais de mexilhões, apresenta diferenças marcantes e antagônicas nas estações do ano, provavelmente em decorrência do acesso dos maricultores para retirada de sementes de mexilhões ocorrer segundo as condições de acesso. Também, em relação à biomassa, observa-se a dominância da fauna, principalmente, pelos bivalves, com as ostras no interior da baia e os mexilhões nas partes externas sendo estes a matriz das comunidades. A biomassa da comunidade faunística, depois dos mexilhões, os crustáceos, cracas e os gamarideos, foram os organismos mais abundantes principalmente nos locais expostos, onde também a diversidade foi maior. Identificou-se uma grande diversidade de macroalgas com destaque pela frequência os gêneros Ulva, Jania e Centroceras e com a biomassa variando em cada local e estação do ano. As espécies exóticas identificadas foram o bivalve Isognomum bicolor e o cirripédio Megabalanus cocopoma, ambos com numero reduzido no interior

Apoio / Parcerias: Laboratorio de Ciencias Ambietais - UNIVALI

Estudo dos recursos florais das abelhas nativas ocorrentes em área de Floresta de Transição Ombrófila Densa para Mista em Joinville, SC

  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Caroline Furtado Noble, Graduando, caroline@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Apoidea, polinização, Mata Atlântica

A manutenção da diversidade das florestas depende principalmente das abelhas que desempenham papel importante pois são responsáveis pela polinização da maioria das espécies vegetais. O objetivo deste estudo foi conhecer a interação planta-polinizador (abelha), verificando quais são os recursos florais explorados pelas espécies de abelhas nativas, numa área de estudo que se insere em região de transição entre Floresta Ombrofila Densa e Floresta Ombrofila Mista, na região oeste de Joinville, SC. Foram realizadas coletas mensalmente de janeiro a dezembro de 2008, quando um transsecto foi percorrido e as plantas floridas foram observadas, procurando-se por abelhas que nelas estivessem forrageando. As abelhas foram amostradas assim como as plantas e foram subsequentemente preparadas para identificação. Foram observadas 66 espécies de plantas e 87 espécies de abelhas, que totalizaram 512 indivíduos. As plantas da família Asteraceae compuseram 40 % do total de plantas amostradas, seguidas por Melastomataceae, Solanceae e Verbenaceae. Foram observados padrões temporais de florescimento e de forrageamento. A família Apidae representou 75% da riqueza e 80% da abundância, seguida por Andrenidae e Megachilidae em riqueza e Halictidae em abundância.

A construção da teia de relações abelhas-plantas revelou um padrão de rede de interações mutualísticas, que sugere a interdependência entre as espécies, um aspecto fundamental da estruturação da biodiversidade. Foi notado que a riqueza e a abundância de plantas visitadas foram influenciadas pelas baixas temperaturas de inverno.

Fatores de riscos cardiovasculares de mulheres estudantes no curso de Farmácia

  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: mulheres, PCR Ultra sensível, risco cardíaco

Estudos epidemiológicos do perfil lipídico em jovens fornecem subsídios para a prevenção da aterosclerose e a redução das elevadas taxas de mortalidade provocadas por doenças cardiovasculares. Atualmente, esta possibilidade pode ser medida através da proteína C – reativa (PCR) Ultra sensível, que é um dos melhores indicadores de processos inflamatórios de fase aguda, sendo utilizada para o diagnóstico de aterosclerose quando associado a outros fatores e monitoramento de processos inflamatórios causados pela evolução da placa de ateroma. O estudo teve como objetivo avaliar os riscos cardíacos de 73 estudantes do sexo feminino do curso de Farmácia da UNIVILLE, avaliando os riscos cardíacos destes alunos, de diferentes faixas etárias e classe econômica. Os dados obtidos apresentam 20% e 49% da alunas com risco médio de doenças coronarianas obtidos pelas relações CT/HDL-c e LDL-c/HDL-c, respectivamente, e apenas 45% da amostra possui a dosagem de PCR Ultra sensível para baixo risco cardíaco. O fato de a amostra ser constituída de jovens estudantes reforça a necessidade de intervenção precoce, a fim de reduzir a prevalência de doenças relacionadas à aterosclerose na idade adulta.

Apoio / Parcerias: Laboratório Gimenes

Fauna associada aos cultivos de mexilhões Perna perna (linnaeus, 1758) na praia da Enseada e saco do Iperoba (Santa Catarina, Brasil)

  • Ana C.R. Sapia, G, sapia@gmail.com
  • Beatris Pismel Almeida, G, pismel@gmail.com
  • Claudio R. Tureck, Graduando, ctureck@univille.br
  • Adriano W.C. Marenzi, Dr(a), adriano.weidner@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fauna associada, mitilicultura, Babitonga

O cultivo do mexilhão Perna perna é uma importante atividade econômica no litoral Norte do Estado de Santa Catarina e, para sua sustentabilidade, há necessidade de conhecer os fatores ambientais que interferem nesta produção. Por interagirem diretamente nos cultivos, competindo por alimento e espaço, os organismos associados aos mexilhões determinam a lucratividade desta atividade, pois aumentam em 20% o custo com a mão-de-obra do produto final e constituem 30% do total da biomassa presente nas estruturas de cultivo. Para contribuir com o conhecimento sobre o ambiente de cultivo do mexilhão P. perna, a equipe do Laboratorio de Aquacultura da UNIVILLE (LAQUA) selecionou dois parques de cultivos para desenvolver o experimento, ambos localizados em São Francisco do Sul, sendo um na praia da Enseada e outro no Saco do Iperoba. Para obtenção do material, três pencas de mexilhões foram coletadas em cada parque. Cada amostra foi pesada, desagregada para separar a fauna associada dos mexilhões e lavada sobre peneiras de 1 mm. Os mexilhões foram contabilizados e pesados e o restante dos organismos associados pesados em conjunto e fixados em solução formalina a 10% para posterior identificação. A temperatura apresentou pouca variação em relação aos pontos de amostragem e a salinidade foi sensivelmente menor no Iperoba, interior da Baia da Babitonga. Apesar do processamento das amostras comprometerem a integridade dos organismos, foram identificados 62 indivíduos pertencentes a 8 filos, 10 classes, 18 ordens e 35 famílias. Na Enseada, os filos dominantes em biomassa foram Arthropoda, Mollusca e Bryozoa e em abundância Arthropoda, Mollusca e Annelida. No Iperoba Mollusca, Arthropoda e Chordata em biomassa e em abundância mantiveram-se os mesmo filos encontrados na Enseada. A biomassa da fauna associada encontrada nas pencas de cultivo representou 25% na Enseada e 10% no Iperoba. O controle dos organismos associados pode contribuir para garantir o bom desenvolvimento dos mexilhões, reduzindo o trabalho para comercialização, melhorando a aparência do produto final e o lucro do cultivo.

Homo Sacratu - Grupo de autoestima e Estudo em Saúde Mental

  • Marcia Regina Mendes Nunes, MSc, marcianunes04@yahoo.com.br
  • Cristiana Montibeller Kunze, E, cristiana.montibeller@univille.br
  • Kethe de Oliveira, Graduando, ketheoliveira@gmail.com.br
  • Rita de Cássia Bosco Arrabaca, Graduando, kikassia@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Grupo operativo, Saúde mental, Autoestima

O “Homo Sacratu” é um projeto de extensão do Departamento de Psicologia da Universidade da Região de Joinville, que iniciou suas atividades em 2007, aprovado em 2008, como também para o ano de 2009, terceiro ano consecutivo. A equipe técnica estava formada em 2007 por três professores do departamento de psicologia: uma assistente social, um psicólogo e um médico, bem como duas estagiárias de psicologia e uma estagiária de design. Em 2008 atuaram efetivamente no projeto duas professoras do departamento de psicologia: uma assistente social e uma psicóloga e três estagiárias de psicologia. Desde o início teve-se como meta tornar o projeto de extensão referência de trabalho em prevenção e promoção à saúde mental em Joinville, por isso o objetivo geral foi o de desenvolver um trabalho de apoio e orientação às pessoas adultas que apresentassem algum tipo de transtorno mental, bem como aos seus familiares, no sentido de resgate e melhora da auto-estima através da discussão, reflexão, esclarecimentos e conscientização em grupo, como também na comunidade por meio de palestras e oficinas. Teve-se como procedimentos metodológicos: a formação de um grupo operativo comunitário na qual obteve-se o apoio de duas entidades parceiras (Associação Fênix de Joinville e a Paróquia Santuário Sagrado Coração de Jesus); os encontros ocorreram uma vez por semana, no período vespertino com tempo de uma hora de intervenção; as palestras e oficinas na comunidade ocorreram conforme solicitações e disponibilidade de alguns integrantes do grupo, professoras, estagiárias, bolsistas e voluntários. No total 1540 pessoas foram atendidas diretamente: 820 (em 41 encontros realizados do Grupo de Auto-Estima), 300 (5 encontros na Casa da Alimentação que atende entre 45 a 75 mendigos diariamente), 170 (5 encontros na Semana da Comunidade da UNIVILLE em Joinville e em São Bento do Sul), 150 (3 encontros na Semana da Psicologia na Univille), 45 (1 encontro na Rede Feminina de Combate ao Câncer em São Francisco do Sul) e 55 pessoas (1 encontro na Associação Amor Exigente em Joinville). Com apoio dos alunos voluntários, bolsistas e estagiários efetivou-se ampla divulgação na comunidade e intervenções tais como: divulgação do Projeto em ONGs, na Praça Nereu Ramos no Dia Mundial da Saúde Mental, apresentações culturais na Univille, entrevistas em tv e rádio, apresentação do Projeto no 1º. Fórum Integrado de Ensino Pesquisa e Extensão da ACAFE, participação no I Congresso Nacional de Saúde Mental em Florianópolis, elaboração de artigos das estagiárias envolvidas.

Apoio / Parcerias: FÊNIX ASSOCIAÇÃO PRÓ-SAÚDE MENTAL DE JOINVILLE - Grupo de Portadores e Familiares; - PARÓQUIA SANTUÁRIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Joinville

Influência da Permeabilização Celular sobre a Atividade do Complexo Enzimático GFOR/GL em Diferentes Cepas de Zymomonas mobilis.

  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Zymomonas mobilis, ácido lactobiônico, células permeabilizadas

Zymomonas mobilis converte frutose e lactose em sorbitol e ácido lactobiônico em reações simultâneas promovidas pelas enzimas GFOR/GL. Sorbitol é utilizado na indústria farmacêutica e de alimentos e o ácido lactobiônico tem aplicações na área médica e cosmética e uma nova aplicação na vetorização de drogas anti-tumorais. Este trabalho objetivou estudar a formação de sorbitol/ácido lactobiônico em diferentes cepas em células íntegras e permeabilizadas com CTBA. Os ensaios foram feitos em bioreator de 2 L e obedeceram os critérios estabelecidos por Erzinger et al (2000)1. A variedade CP1 floculante foi a que obtida melhores resultados, cerca de 60% mais atividade (16,5 U.g1), sendo que as células após a permeabilização apresentaram uma maior atividade e uma melhor estabilidade do complexo enzimático. As células íntegras de todas as cepas apresentaram ao longo do tempo de armazenamento uma diminuição inicial da atividade enzimática com posterior recuperação. Fato este justificado pela presença maior de hopanóides protetores de parede diminuindo o acesso do substrato pelo complexo enzimático.

Apoio / Parcerias: Universidade de Caxias do Sul - UCS

INTERDISCIPLINARIDADE: DA TEORIA Á PRÁTICA

  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), luiz.carlos@univille.br
  • Maria Dalva de Souza Schroeder, MSc, mdalvas@hotmail.com
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, kesly.mary@univille.br
  • Lucia Fátima de Castro Ávila, MSc, lfavila@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Interdisciplinaridade, Ensino, Planejamento

O Curso de Graduação em Odontologia tem como perfil do formando egresso/profissional o Cirurgião Dentista, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico e científico. Tendo como base esta proposta foram criadas as Atividades Interdisciplinares como uma proposta Integradora Curricular. O desenvolvimento e as articulações desta nova proposta de Integração Interdisciplinar tiveram como principal objetivo orientar e propiciar mecanismos capazes de conferir um grau de flexibilidade que permita, preservando a articulação da estrutura curricular do curso, ao estudante desenvolver e/ou trabalhar vocações, interesses e potenciais individuais. Este desenvolvimento de vocações deverão se adequar aos critérios e metodologias propostos na dinâmica curricular do próprio curso e propiciar aos alunos a vivência da atenção integral à saúde bucal através do aprimoramento do diagnóstico e adequação do meio bucal de todos os pacientes encaminhados para tratamento no curso de Odontologia da Univille. A operacionalização se deu com os alunos atendendo em trios, mesclando alunos do terceiro, quarto e quinto ano. A troca de experiências, o aprendizado e a reciclagem dos conhecimentos foi o principal objetivo deste atendimento com alunos de vários períodos atuando juntos. Um aluno do terceiro ano formou dupla com um aluno do quarto ano. O aluno do quinto ano teve o papel de coordenar uma ou mais duplas exercendo a liderança da equipe e sendo o canal de ligação entre os professores orientadores e os demais alunos. Os professores orientadores coordenaram esta Atividade Interdisciplinar atuando de forma participativa, principalmente na orientação do diagnóstico e planejamento dos pacientes atendidos. O trabalho em equipe possibilitou a troca de experiências entre os alunos bem como despertou o espírito de liderança para a condução e realização do diagnóstico e plano de tratamento. Esta prática Interdisciplinar contribuiu para a formação integral do aluno e para prática de sua cidadania. Humanizou a porta de entrada de todos os pacientes encaminhados para atendimento na UNIVILLE e contribuiu para uma visão da integralidade da saúde do ser humano, e também o entendimento e a visão deste mesmo ser humano integrado a uma sociedade e contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da mesma.

Interrupção precoce da amamentação exclusiva: Principais motivos associados.

  • Maria Simone Pan, E, masipan@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br
  • Camila Janine de Liz, Graduando, camila_Liz@yahoo.com.br
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aleitamento materno, Anemia, Estado nutricional

Introdução: A prática do aleitamento materno, principalmente o aleitamento materno exclusivo, ainda é uma realidade distante, mesmo sendo conhecidas suas inúmeras vantagens na nutrição dos lactentes. Objetivo: Descrever os principais motivos que levam as mães a interromperem precocemente a amamentação exclusiva. Metodologia: A população de estudo foi composta por todas as crianças nascidas na Maternidade Darcy Vargas no mês de outubro de 2007, e que estavam acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família de Joinville. Em uma primeira visita, após seis meses do nascimento da criança, esta e a mãe foram solicitadas a comparecerem na USF de seu bairro para participar de uma entrevista e coleta dos dados. Para a criança, foram coletadas medidas de peso e comprimento, e o sangue para verificar a concentração de hemoglobina. Para as mães a entrevista foi direcionada na obtenção de dados sócio-econômicos, obstétricos e informações sobre a amamentação. Foi explicado à mãe os objetivos da pesquisa e, quando esta concordou em participar, foi solicitada a assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em outubro de 2008, aos 12 meses de idade, as crianças e suas mães foram novamente avaliadas, repetindo-se o procedimento realizado no primeiro contato. Resultados: Grande parte (45,0%) das mães havia entre 20 e 29 anos de idade, foram classificadas como donas de casa (70,0%) e eram casadas (80,0%). A maioria relatou permanecer em casa de 5 a 6 meses após o nascimento da criança e 35,0% não completaram o ensino fundamental. Somente 23,4% mantiveram amamentação exclusiva (AME) até o 6º mês de vida da criança. A característica do leite ser fraco ou insuficiente foi o principal motivo (41,3%) revelado pelas mães para interromper a AME, seguido do fato da mãe ter que trabalhar (28,2%). Conclusão: Apesar de todo incentivo que as maternidades têm feito para que as mães mantenham a amamentação exclusiva até o 6º mês de vida da criança, muitas mães ainda interrompem desnecessariamente a AME, prejudicando o bom desenvolvimento da criança ao longo de sua vida. Desta forma, torna-se fundamental desenvolver novas políticas públicas que eduquem as mães a seguir as recomendações do Ministério da Saúde quanto a AME.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa-UNIVILLE; Secretaria Municipal da Saúde de Joinville.

Macrofauna bentônica de substrato inconsolidado, fitoplâncton e nutrientes dissolvidos na área adjacente a um cultivo de moluscos em São Francisco do Sul (SC)

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Luiz Anselmo Palazzi Steffem, Graduando, luizstreet@hotmail.com
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • Claudiane Gouveia, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cultivo de moluscos, macrofauna bentônica, fitoplâncton

O cultivo de organismos marinhos intensificou-se no mundo desde a década de 90 e a produção de moluscos em estuários do Brasil vem crescendo significativamente. Atualmente Santa Catarina é um grande produtor de moluscos no país e muitas famílias dependem dessa atividade como fonte de alimento e renda. Como são organismos filtradores e em decorrência das atividades biológicas, os moluscos contribuem com a aceleração da deposição do material em suspensão. Por esse motivo, a presença de campos de cultivo em áreas costeiras tende a alterar os padrões de circulação e as comunidades adjacentes. Em particular, os organismos macrobentônicos dessas regiões dependem da entrada de plâncton e detritos, e contribuem com a degradação da matéria orgânica, podendo ser utilizados como indicadores de alterações no sedimento. O objetivo do trabalho foi descrever a macrofauna bentônica do sublitoral inconsolidado, a composição do fitoplâncton e as concentrações dissolvidas de amônio (NH4), nitrito (NO2), nitrato (NO3), fosfato (PO4) e silicato (SiO4) em uma área de cultivo de moluscos no balneário de Paulas (São Francisco do Sul). As amostras foram coletadas nas áreas interna e externa do campo de cultivo, para promover a integração dos resultados. Em geral Polychaeta foi o grupo dominante, representado pelas famílias Capitellidae e Spionidae. A presença de Mediomastus sp. (Spionidae), um táxon oportunista de hábito detritívoro, se relacionou com os pontos de maior concentração de matéria orgânica. Foram identificados 20 gêneros no fitoplâncton, 12 mais freqüentes, representando 94,5% das ocorrências, na maioria diatomáceas. Para 14 taxa (12 Bacillariophyceae e 2 Dinophyceae) o registro foi igual ou superior a 1%, ou seja, Chaetoceros spp (28,4%), Thalassionema frauenfeldii (15,8%), Hemialus membranaceus (9,6%), Rhizosolenia imbricata (8,6%), Guinardia striata (7,3%), Ceratium spp (4,6%), Noctiluca scintillans (4,2%), Odontella sinensis (3,9%), Hemialus sinensis (2,8%), Thalassionema sp (2,7%), Helicotheca tamesis (2,5%), Thalassionema nitzchioides (1,8%), Bacteriastrum furcatum (1,2%) e Asterionellopsis glacialis (1,0%). As concentrações médias em superfície e fundo, respectivamente, para amônia 1,98 e 1,33ppm; para nitrito 0,048 e 0,096ppm; para nitrato 0,11 e 0,19ppm; para fosfato 0,67 e 0,61ppm; e para silicato 0,05 e 0,07ppm. Assim, observa-se que esse ambiente estaria organicamente enriquecido no sedimento e água superficial, pela deposição de matéria orgânica das pelotas fecais dos moluscos, por alterações na circulação d’água pela presença do cultivo e pelo aporte continental. O domínio de diatomáceas e de poliquetas Capitellidae corrobora com a conclusão anterior. Os resultados podem colaborar com o gerenciamento da área de cultivo de moluscos estudada.

Metodologia de Treinamento aplicada no Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos - Pafsi3 na Univille

  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla.werlang@univille.br
  • Eriberto Fleischmann, MSc, eriberto.fleischmann@univille.br
  • Edineia da Luz, Graduando, edineia.luz@bol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Atividade Física, Saúde, Idosos

PAFSI é um Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos que é desenvolvido na Univille. Neste programa especializado para a terceira idade, são realizadas várias medidas como parâmetros para prescrição do exercício físico, objetivando o desenvolvimento dos quatro componentes da aptidão física para a saúde (AFS). A metodologia de treinamento do PAFSI tem se mostrado eficiente nos resultados atingidos pelos idosos que tem melhorado ou mantido os componentes da AFS. Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar a metodologia e a eficácia do treinamento desenvolvido com os idosos no PAFSI versão III. A amostra foi composta por 27 idosos; sendo 20 mulheres com média de peso de 70,4±4,5 kg, estatura de 161,1±5,3 cm e idade de 64,3±2,7 anos; e, 07 homens com média de peso de 79,9±5,7 kg, estatura de 163,2±6,6 cm e idade de 64,4±2,8 anos. Para a prescrição e reajustes na prescrição dos exercícios físicos para os idosos foram realizadas quatro avaliações físicas durante o ano, dos quatro componentes da AFS, sendo eles: (1) flexibilidade (FLEX), (2) força (DIN), (3) composição corporal (%G) e (4) capacidade cardiorrespiratória (VO2máx). Após aplicação da primeira avaliação física, o programa de treinamento foi individualizado sendo que o idoso participava de duas sessões semanais de 60 minutos. O PAFSI3 foi realizado na sala de musculação, onde se trabalhou com exercícios resistidos (musculação), exercícios de alongamento e exercícios aeróbicos. Nos exercícios de musculação os grandes grupos musculares foram priorizados, isso faz com que o idoso tenha uma estrutura osteomuscular e articular mais forte evitando as quedas, que são comuns nessa idade. Também foram destacados os exercícios de alongamento que proporcionam um alívio de dores musculares e articulares tão comuns nesta idade. E finalmente os exercícios aeróbicos, que resultam num aumento do gasto energético, melhora na resistência orgânica geral e diminuição do percentual de gordura corporal. Apresentam-se os resultados da primeira e da quarta avaliação separados por gênero; nas mulheres: a FLEX foi de 32,5±7,6 e 33,4±4,7 cm; %G foi de 39,4±0,0 e 39,1±2,3; DIN foi de 54,4±7,5 e 57,7±8,1kgf; e VO2máx foi de 22,1±3,6 e 23,2±4,6 ml.kg.min-1. nos homens: a FLEX foi de 25,5±9,2 e 25,0±9,2 cm; %G foi de 39,0±0,0 e 35,8±2,8; DIN foi de 85,6±6,8 e 79,8±1,2kgf; e VO2máx foi de 30,0±3,2 e 31,2±3,5 ml.kg.min-1. Conforme os resultados conclui-se que a metodologia utilizada no desenvolvimento do PAFSI3 na Univille, mostrou-se eficiente conseguindo manter e/ou melhorar os níveis de AFS dos idosos.

Micropartículas de polimetacrilatos: avaliação do potencial para aumentar a solubilidade de fármacos pouco solúveis

  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Gilmar S. Erzinger, Dr(a), gerzinger47@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: micropartículas, solubilidade, fármacos

Os fármacos pouco solúveis em água, como o felodipino e a sinvastatina, apresentam-se como um dos maiores problemas para o desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas orais, uma vez que possuem grande potencial para baixa biodisponibilidade. Este projeto teve como objetivo avaliar a viabilidade da incorporação destes fármacos em micropartículas poliméricas, visando melhorar a sua solubilidade aquosa. As micropartículas foram obtidas através do método de emulsão e evaporação do solvente, que consistiu em dissolver o fármaco (felodipino ou sinvastatina) e os polímeros Eudragit®E e poli(3-hidroxibutirato) (PHB) em 10 mL de diclorometano e posteriormente emulsificar em 200 mL de uma solução aquosa contendo 0,15% de poli(álcool vinílico), sob agitação. Após a evaporação do diclorometano, as micropartículas foram lavadas com água destilada, decantadas e secas à temperatura ambiente. Para a determinação do teor de felodipino e de sinvastatina nas micropartículas foi utilizado o método de espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta. A caracterização físico-química e morfológica das micropartículas foi realizada através de difração de raios-X, calorimetria exploratória diferencial (DSC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os perfis de dissolução in vitro foram obtidos em um aparelho de dissolução Nova Ética, utilizando-se as seguintes condições experimentais: lauril sulfato de sódio 1% e HCl 0,1 N como meio de dissolução para o felodipino e sinvastatina, respectivamente, mantido à temperatura de 37±0,5ºC e sob agitação de 100 rpm, durante o período de 1 h. A quantificação do percentual de felodipino dissolvido foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência e de sinvastatina através de espectrofotometria de absorção na região do UV. Altos teores de fármaco encapsulado, com valores de eficiência de encapsulação próximos a 100% foram obtidos para ambos os fármacos. No ensaio de liberação observou-se um aumento significativo na solubilidade da sinvastatina e do felodipino a partir das micropartículas, em comparação ao fármaco puro. Os resultados das análises de difração de raios-X, DSC e MEV indicaram que a metodologia empregada promoveu a conversão dos fármacos da forma cristalina para a forma amorfa, fato desejável para aumentar a sua solubilidade. Assim, concluiu-se que a obtenção de dispersões sólidas na forma de micropartículas de Eudragit®E e PHB foi eficiente para aumentar a solubilidade da sinvastatina e do felodipino em meio aquoso e possibilitará, como perspectiva futura, o desenvolvimento de uma forma farmacêutica sólida oral com elevada biodisponibilidade.

O DESENVOLVIMENTO DA PRÁXIS NO ACADÊMICO DE FARMÁCIA

  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide_campos@click21.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Farmácia, Análises Clínicas, Práxis

O Projeto Político Pedagógico do curso de Farmácia da UNIVILLE tem como objetivo Promover a formação de um farmacêutico comprometido com o Sistema Único de Saúde capacitado a desenvolver ações de prevenção, promoção e proteção da saúde, em nível individual e coletivo, centrado na Assistência Farmacêutica, com caráter crítico e humanista. Considerando a complexidade da formação farmacêutica, teve-se como objetivo buscar uma parceria com KG Laboratório de Análises Clínicas para oportunizar os acadêmicos do curso de Farmácia conhecer o cenário real de atividades referentes às Análises Clínicas, apreendendo e ampliando sua articulação dos conhecimentos teóricos construídos em sala de aula com a prática do exercício da profissão. Aprender a lidar com a frustração, compreensão dos relacionamentos, liderança, cooperação em equipe. O método utilizado foi inserir todos os acadêmicos na realidade no mundo do trabalho aprofundando e articulando os conhecimentos teóricos construídos em sala de aula com a prática do exercício da profissão, a reflexão e o espírito da investigação. Os trabalhos foram em conjunto com a professora e os profissionais farmacêuticos integrados ao serviço, na forma de discussão individual e/ou em grupo em reuniões agendadas. Os resultados obtidos foram diversificados e abrangentes onde a integração dos conteúdos teórico-prático foi observada nas abordagens sobre análise e problemas relacionados às técnicas utilizadas na execução dos exames em todas as áreas do laboratório através dos processos de repetição, reflexão, resolução e correlação dos resultados com a clínica dos pacientes por meio de reuniões e relatórios apresentados durante o período da pesquisa. A integração do ensino e pesquisa também foi um objeto atendido, tendo um trabalho aceito na 14ª edição do FARMAPOLIS que será apresentado em maio/2009 em Florianópolis, pelas acadêmicas Aline Custódio Neri e Dayane Beatriz Novak, titulado “Prevalência e Perfil de sensibilidade de Escherichia coli isoladas em uroculturas de pacientes ambulatórias" e outro artigo na fase final de publicação. Outro resultado adquirido foi integração dos acadêmicos a comunidade joinvilense, participando como membros da comissão organizadora dos voluntários do Instituto Gahnem e do evento “O Circo na cidade da Criança”, outubro de 2008, arrecadando 05 toneladas de alimentos, 3.150 peças de roupas, 703 livros, 2.245 brinquedos, 59 óculos grau e 112 pares de calçados. Concluiu-se que o conhecimento precoce das áreas de atuação profissional auxilia o acadêmico no direcionamento e na construção de seu currículo; aumentando seu espírito crítico e raciocínio apontar soluções para os problemas, visando à melhoria da sua formação.

Apoio / Parcerias: Apoio: FAEG e KG Laboratório de Análises Clínicas

Poluição sonora e conservação de cetáceos na baía da Babitonga

  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poluição sonora, cetáceos, nicho acústico

Sons de origem antrópica podem ter efeitos em diferentes níveis na vida dos organismos que ocupam o ambiente marinho. A baía da Babitonga é um importante refúgio para as populações de Pontoporia blainvillei e Sotalia guianensis no sul do Brasil. Ao mesmo tempo, a área é intensamente utilizada para o desenvolvimento de atividades humanas que produzem ruído no ambiente aquático. Este trabalho teve como objetivo caracterizar algumas fontes de poluição sonora no ambiente da Baía da Babitonga. Para o registro dos sons foi utilizado um hidrofone modelo C-53 (Cetacean Research Technology), com alcance de 15 Hz a 60 kHz, e um gravador analógico Sony modelo TC-D5M, com alcance de 0 a 19 kHz. A distância da fonte sonora no momento da gravação foi medida através de um rangefinder (Nikon Laser Rangefinder) com alcance de até 1.372 metros. As gravações foram realizadas em boas condições de mar, com Beaufort de 0 a 2, e com o hidrofone posicionado entre 2 e 4 metros de profundidade. A gravação de cada fonte teve duração aproximada de 5 minutos e os arquivos foram analisados no programa Avisoft 4.2. Os barcos de pequeno porte, com motor variando de 4 a 40 Hp, apresentaram freqüência média entre 3,4 e 4,4 kHz. A balsa de transporte apresentou freqüência máxima de 28,9 kHz. As atividades de dragagem produziram ruídos com freqüência máxima de 25,4 kHz. O ruído de fundo porto de São Francisco do Sul atingiu freqüência máxima de 22 kHz. As áreas de concentração de P. blainvillei e S. guianensis na baía situam-se na região central, onde ocorre com maior intensidade o tráfego de lanchas de passeio e de pesca. As áreas com fontes sonoras de freqüência mais elevada e de maior constância, como o porto e a rota da balsa de passageiros, não foram utilizadas pelos cetáceos. A freqüência registrada para as principais fontes de poluição sonora no estuário sobrepõe o nicho acústico utilizado por ambas as espécies de pequenos cetáceos, que apresentam populações residentes na área. Desta forma, é provável que os ruídos de origem antrópica estejam interferindo diretamente no sistema de comunicação destes organismos, entre outros efeitos de caráter biológico e comportamental.

Primatas do Nordeste Catarinense: dinâmica populacional e interações entre humanos e primatas.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Guilherme Harnold Evaristo, G, guilherme.legion@ig.com.br
  • Flavio Beilke, Graduando, flavio.beilke@univille.br
  • Guilherme Augusto Dias Franco Mira, Graduando, guilherme_mira@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: primatas, ecologia, Mata Atlântica

A presença de grandes remanescentes de Floresta Atlântica torna o nordeste do Estado de Santa Catarina uma região de grande importância para a conservação da biodiversidade estadual. Por outro lado, a expansão da área rural e urbana tem aumentado a pressão sobre as florestas, sendo a fragmentação o principal impacto. Este processo, além de diminuir os hábitats disponíveis, isola populações, e aumenta a zona de contato entre animais silvestres e humanos, e.g. os macacos-prego da ilha de São Francisco do Sul.

O objetivo deste projeto é estudar alguns aspectos da dinâmica e da ecologia dos primatas no nordeste catarinense, com a finalidade de subsidiar estratégias e ações conservacionistas na região. Um sub-projeto teve continuidade em 2008 e outro sub-projeto teve início e término em 2008. Na análise da dinâmica de grupos em fragmentos florestais no Distrito Industrial de Joinville, o método utilizado foi o mesmo dos anos anteriores, através da observação direta dos grupos e da busca de vestígios (fezes) e de vocalizações nos fragmentos do local. O estudo registrou a presença de quatro bandos nos dois fragmentos principais, e um aumento no número de indivíduos de 2007 para 2008. Houve também um aumento na quantidade de vocalizações registradas, o que pode indicar um aumento na competição que pode estar relacionado ao crescimento populacional. No estudo sobre as interações entre Cebus nigritus e os moradores da ilha de São Francisco, foram realizadas 20 entrevistas informais e vistoriadas áreas onde a floresta alcança a área urbana. De maneira geral, os moradores alimentam os macacos do Morro da Cabra, e tudo indica que estes são dependentes deste recurso para sobreviver. No Morro de Ubatuba, os moradores alimentam os macacos para reprimir atitudes agressivas dos mesmos, ou utilizam bombas ou outros artifícios para espantá-los. A diminuição da tolerância dos moradores a presença dos animais próximos as residências poderá resultar em injúrias mais graves e mesmo na morte de indivíduos dos grupos de C. nigritus. Por fim, além das pesquisas desenvolvidas o projeto tem contribuído com a formação de pesquisadores na área de primatologia e conservação da biodiversidade.

PROGRAMA TRILHAS – EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL NOS ESPAÇOS VERDES DA UNIVILLE.

  • Sidnei S. Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Tarcisio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.br
  • Elzira M. B. Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • João Carlos F. Melo Jr, MSc, jc_melo@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação ambiental, trilhas interpretativas, Mata Atlântica

O Programa Trilhas – Educação e Interpretação Ambiental da UNIVILLE integra uma equipe multidisciplinar que, a partir da manutenção e exploração de Trilhas Interpretativas visa o uso pedagógico dos espaços ambientais da UNIVILLE, como os Centros de Estudos e Pesquisas Ambientais localizados nos municípios de São Francisco do Sul (CEPA Vila da Glória) e São Bento do Sul (CEPA Rugendas). O Programa tem por objetivo o desenvolvimento da percepção dos visitantes, a partir da aplicação de vivências de interpretação ambiental, que remetem à reflexão sobre a relação homem – natureza. As atividades interpretativas são subsidiadas por várias frentes de trabalho simultâneo da equipe, que inclui a pesquisa literária de apoio científico; a pesquisa em interpretação ambiental; levantamentos de campo; estudos de capacidade de carga e manutenção física das trilhas e da área de entorno. Outras atividades do programa incluem participação nos eventos promovidos ou apoiados pela universidade, como a Semana da Comunidade, por exemplo. O programa está em seu quinto ano de atividades e no ano de 2008 monitorou a capacidade de carga destas trilhas, acompanhou aos diversos grupos de visitantes nestas trilhas em atividades adequadas às expectativas dos grupos e seus responsáveis, ministrou palestras, realizou atendimentos a rede de ensino pública e privada, e forneceu suporte técnico à implantação de uma trilha no Jardim Botânico, no Campus Joinville. Dentre os principais grupos de visitantes atendidos, encontraram-se escolas estaduais e privadas da rede de ensino dos municípios da região, principalmente de 5a a 8ª series. Contou-se também com atendimentos a grupos universitários da UNIVILLE onde a perspectiva do Programa sobre a questão ambiental foi debatida entre as diferentes áreas acadêmicas. Das várias atividades desenvolvidas o Programa Trilhas tem oportunizado a disseminação da discussão ambiental junto a seu público, sempre divulgando a Universidade e reforçando o caráter de interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão universitária.

Projeto de Orientação e Informação Profissional para Estudantes do Ensino Médio – OI-Profissional

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br
  • Jully Fortunato Buendgens , Graduando, jully.fortunato@univille.br
  • Marina de Almeida Ribeiro, Graduando, marina.ribeiro@univille.br
  • Mariana Mannes, Graduando, mariana.mannes@univille.br
  • Bruna Emanuelle Freitas, Graduando, bruna.emanuelle@univille.br
  • Bruna Karoline Baratto, Graduando, bruna.baratto@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: escolha profissional, orientação profissional, adolescência

O Projeto de Orientação e Informação Profissional (OI-Profissional) tem por objetivo orientar estudantes da terceira série do ensino médio de escolas públicas e privadas na escolha da profissão. As atividades são realizadas em grupo e incluem dinâmicas, palestras e discussões sobre aptidões, interesses e habilidades dos participantes, dificuldades no processo da escolha profissional, estratégias para realizar a opção por uma profissão e informação sobre profissões, mercado de trabalho e formação universitária e técnica nas diversas áreas. Em 2007 as atividades ocorreram em um colégio da rede pública estadual atendendo 60 alunos das terceiras séries do ensino médio. O projeto foi avaliado positivamente pelos participantes que relataram a importância das atividades para auxiliá-los na compreensão do processo de escolha e na relação deste processo com a elaboração de um projeto de vida. Em 2008 o projeto foi realizado nas dependências da UNIVILLE com o intuito de ampliar o número de participantes. No segundo ano de edição o projeto atendeu 139 estudantes, dentre estes 118 participaram na íntegra, com idades entre 16 e 22 anos, sendo 39 do sexo masculino e 79 do sexo feminino, reunidos em 11 grupos com uma média de 11 participantes. Os participantes eram estudantes provenientes de escolas públicas e privadas da cidade de Joinville – Santa Catarina. Cada grupo de orientação e informação profissional realizou 2 encontros semanais ao longo de 5 semanas. A facilitação dos grupos foi feita por acadêmicos do curso de Psicologia sob a supervisão de um psicólogo docente da universidade. O projeto se mostrou efetivo no desenvolvimento da maturidade profissional, pois os resultados foram indicativos de melhora na capacidade de determinação, responsabilidade, independência, auto-conhecimento e conhecimento da realidade educativa e profissional. A aprendizagem em tomada de decisão parece ser o resultado mais relevante da orientação, na medida que os adolescentes relataram maior segurança quanto as estratégias a serem adotadas para a resolução da problemática da escolha da profissão.O OI-Profissional é um espaço de desenvolvimento de competências para os acadêmicos de Psicologia da UNIVILLE, além de oferecer um importante serviço à comunidade, sobretudo para os adolescentes que estão atravessando um momento crucial em suas vidas que é o de construção de sua identidade profissional e definição de seu projeto de vida.

Qualidade ambiental na UNIVILLE – como reduzir a poluição no ambiente de trabalho

  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.net
  • Elizabeth Cristina Brüske, Graduando, bububuxinha@gmail.com
  • Vanessa Renata Monteiro, Graduando, nessaa_rm@hotmail.com
  • Cleberson de Lima, G, assessoriaps@univille.br
  • Joana de Salles, Graduando, joaninhasalles@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Qualidade ambiental, ambiente de trabalho, Poluição

Atividades humanas em ambientes internos resultam na produção de elementos poluidores, entre os quais partículas, gases e resíduos sólidos que podem afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Este projeto buscou identificar os tipos de poluição gerados com maior freqüência no ambiente universitário e orientar a comunidade interna da univille a reduzir a poluição em seu ambiente de trabalho, para contribuir com a qualidade de vida de professores e funcionários. Para identificação e quantificação dos principais tipos de poluição gerados foram realizadas visitas aos 25 setores vinculados às pró-reitorias de Administração, Ensino, Pesquisa e Extensão, quando se aplicou um questionário a professores e funcionários. Avaliou-se a opinião dos entrevistados com relação à presença de poluição do ar, sonora, visual e geração de resíduos no ambiente de trabalho e realizou-se um levantamento das patologias supostamente desencadeadas pelos fatores ambientais internos. A contaminação microbiológica do ar foi avaliada através do método de sedimentação em placas. Placas de Petri contendo meios de cultivo específicos foram espalhadas no ambiente de cada um dos setores avaliados por um período de 1 hora e em seguida vedadas e incubadas para posterior contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC). A geração de resíduos foi avaliada por observação direta durante as visitas. A presença e quantidade de partículas foram aferidas com um Monitor de material particulado modelo EPAM 5000 e os ruídos foram verificados por meio de um decibilímetro LUTRON. Dor de cabeça e irritação nasal foram as patologias mais citadas. O maior número de reclamações com relação às poluições visual e sonora foi feito pelos colaboradores ligados à Pró-reitoria de Ensino (69% dos entrevistados). Atividades realizadas para manter o ambiente de trabalho organizado foram relatadas principalmente pelos funcionários ligados à Pró-reitoria de Extensão. Os maiores níveis de contaminação microbiológica foram detectados no setor de Manutenção, que apresentou 80 UFC de fungos e 42 UFC de bactérias. Presença de gases e materiais particulados encontra-se dentro dos limites aceitáveis, enquanto o nível de ruídos está aumentado em todos os setores. Atividades relacionadas ao tema desse projeto foram realizadas envolvendo a comunidade externa, com a participação dos acadêmicos extensionistas na Semana da Comunidade e na Semana do Meio Ambiente promovida pelo Jornal A Notícia. Os resultados obtidos nas avaliações estão sendo apresentados aos colaboradores de cada setor, juntamente com propostas de ações preventivas e corretivas para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho na UNIVILLE.

Refeição escolar: consumo em alunos de 1ª a 4ª séries da rede pública de ensino de Canoinhas-SC.

  • Cristiane Herbst Mota, MSc, cris.herbst@terra.com.br
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@gmaio.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alimentação escolar, Ensino fundamental, Crianças

Introdução: A falta de uma alimentação adequada ao longo do dia é uma das características relacionadas ao baixo rendimento escolar de crianças, e pode levar ao desenvolvimento de diversas doenças antes mesmo de chegar à fase adulta. Objetivo: Descrever a freqüência de alunos de 1ª a 4ª séries da rede pública municipal de ensino de Canoinhas-SC que realizam a refeição antes de se deslocarem à escola, e na escola. Metodologia: A população de estudo foi composta por 2.678 alunos de 1ª a 4ª séries, dos turnos matutino e vespertino, matriculados nas 10 escolas da área urbana e nas 12 escolas da área rural da rede pública de ensino, no ano de 2008. Não houve distinção de sexo, etnia, nível de renda familiar, doença ou qualquer outra condição sócio-econômica. Os dados foram coletados utilizando-se questionário, nas escolas, individualmente, do lado de fora da sala de aula, após o consentimento da direção e do professor responsável no momento. As informações solicitadas foram: 1) Relato do consumo da refeição no domicílio e na escola, antes do aluno se deslocar à escola; 2) Relato do consumo da refeição oferecida pela escola. Somente participaram do estudo alunos em que os pais ou responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Responderam ao questionário 2.483 (92,7%) alunos matriculados nas 22 escolas públicas municipais investigadas, sendo 1.583 (63,8%) pertencentes a escolas da área urbana. O sexo masculino foi o mais prevalente (53,6%), e o turno vespertino o mais freqüentado (61,3%). A maioria (91,0%) dos alunos relatou realizar a refeição no domicílio, antes de ir à escola. Dos alunos que relataram não realizar, 30,9% referiram não possuir o hábito de fazer esta refeição. Em relação ao consumo da alimentação oferecida pela escola no intervalo escolar, a maioria (95,7%) dos alunos entrevistados relatou consumi-la, sendo 69,2% diariamente. O principal motivo relatado para não consumir a refeição na escola foi o fato de trazerem lanche de casa (63,9%), seguido de não terem o hábito de comerem no intervalo das aulas (26,9%). Na etapa de quantificação de refeições consumidas pelos alunos no intervalo escolar, registrou-se um consumo de 77,3% no período estudado. Conclusão: Os resultados obtidos foram considerados positivos quando comparado a outros estudos realizados no país. No entanto, outras pesquisas devem ser realizadas incluindo-se, também, as demais sereis do ensino fundamental.

Apoio / Parcerias: Secretarias Municipais de Educação e de Saúde de Canoinhas. Universidade do Contestado de Canoinhas-UnC.

Uso Racional de Plantas Medicinais - 4ª Edição

  • Luiz Paulo de Lemos Wiese, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Camila Luiz Lohmann, Graduando, camila.lohmann@hotmail.com
  • Karine Kohl, Graduando, karinekohl@yahoo.com.br
  • Isabel Cristina Zattar, Graduando, belaloha_jah@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Plantas medicinais, Fitoterapia, Uso racional

Estudos indicam que todas as classes socioeconômicas no Brasil usam plantas medicinais devido às preferências culturais, ao baixo custo e a sua eficácia. Contudo há uma grande lacuna a ser preenchida através de ações que busquem melhorar a difusão do conhecimento sobre o uso seguro e racional de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Assim, o projeto “Uso Racional de Plantas Medicinais - URPM” em execução desde 2005, tem buscado atender a população de Joinville levando à comunidade, dentre informações de diversas fontes, o conhecimento produzido na UNIVILLE, através do NUPRAV (Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais “Prof. Ricardo Alessandro Vieira”). A metodologia de trabalho junto à comunidade consiste na realização de palestras, oficinas, exposições e jogos didáticos, dentre outras atividades. Os resultados têm se mostrado significativos, uma vez que, até o presente momento o projeto esteve envolvido em mais de 30 eventos, atendendo cerca de 2000 pessoas. Foi criado um blog (http://urpm.blogspot.com/) continuamente atualizado com o relato das atividades desenvolvidas. Nos quatro anos do projeto, os extensionistas forneceram entrevistas, atuaram na Semana do Biólogo, participaram dos VI e VII Fóruns de Extensão Universitária da ACAFE, respectivamente em Chapecó (2005) e Rio do Sul (2006), bem como da V Jornada Catarinense e I Jornada Internacional de Plantas Medicinais e do III Congresso Nacional de Extensão, ocorrido em 2007, em Florianópolis, com o objetivo de divulgar a importância do uso racional de plantas medicinais. Além disso, os resultados foram apresentados nos 57° e 58º Congressos Nacionais de Botânica (respectivamente em Gramado/RS e São Paulo/SP). Em 2007 foi estabelecida a parceria com os projetos de extensão Maturidade (ainda em execução) e Homo Sacratus. Nesse ano, consolidou-se a parceria com a Pastoral da Saúde “Associação Renascer da Natureza”, com a qual o projeto mantém estreita relação desde sua origem em 2005. Até 2008 o URPM esteve presente em inúmeras edições do UNIVILLE na Comunidade, quando foram também realizadas reuniões mensais com a comunidade do Rio da Prata em conjunto com a Unidade de Saúde da Família, orientando sobre o uso de plantas. Além das atividades corriqueiras, o projeto tem se estendido às escolas de Joinville, fornecendo orientações sobre o cultivo de plantas medicinais que possam ser utilizadas de forma segura pelos educandos para aliviar sintomas comuns nesse segmento da população, tais como ansiedade e desordens gastrointestinais. Uma vez que a demanda pelas atividades oferecidas por esse projeto permaneceu intensa, ocorreu sua reedição para 2009.