Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. Avaliação de ações de gerenciamento ambiental determinadas pelo método PDCA em um processo de produção de papel reciclado artesanal
  2. Avaliação do glicerol, bruto e purificado, como substrato e co-substrato na síntese de poli(3-hidroxibutirato) por Cupriavidus necator
  3. Biorremediação de solos contaminados por óleo diesel provenientes de postos de combustível
  4. Desenho Animado Ambiental
  5. Estudo da incorporação de serragem de madeira e aditivos na matriz de poli(L-ácido láctico) no desenvolvimento de biocompósitos
  6. ESTUDO DA VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA BANANICULTURA POR CONVERSÃO TERMOQUÍMICA
  7. Estudo preliminar de descargas de águas subterrâneas no complexo hídirico da Baía da Babitonga
  8. EXPERIÊNCIA DE ENSINO NA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DA PESQUISA NA ENGENHARIA QUÍMICA POR MEIO DE PROJETOS INTEGRADORES
  9. FORMULAÇÃO, DETERMINAÇÃO DA DOSE LETAL (DL50) E ENSAIO ECOTOXICOLÓGICO DO BIOINSETICIDA BTI
  10. Gestão de Recursos Hídricos como atividade de Extensão Universitária
  11. Gestão de Sistemas de Informação: conceitos, modelos e perspectivas metodológicas
  12. Influência das propriedades térmicas e mecânicas de P(3HB) e PHBV sintetizado por diferentes estratégias de fermentação por Cupriavidus necator e biodegradação pelo teste de Sturm
  13. Planilhas Eletrônicas Excel como ferramenta tecnológica para Engenheiros
  14. Produção de etanol a partir da polpa de banana e estudo da potencialidade do uso do pseudocaule da bananeira como substrato alternativo da fermentação alcoólica.
  15. Química verde e Ecodesign: aplicação desses princípios no aperfeiçoamento do processo de fabricação de papel reciclado artesanal reforçado com fibra vegetal
  16. Relação Aluno X Mercado de Trabalho
  17. Robótica Educacional
  18. Sensibilização ambiental como incentivo à vida sustentável
  19. Utilização da radiação UV para desinfecção de água de chuva

Resumos

Avaliação de ações de gerenciamento ambiental determinadas pelo método PDCA em um processo de produção de papel reciclado artesanal

  • Debora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br
  • Liliene do Nascimento Rosa e Silva, G, liliene.nascimento@univille.net
  • Marcos do Amaral, Graduando, m.amaral@univille.br
  • Denise Cristina Kniess, Graduando, denise.kniess@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), paulapezzin@univille.net
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gestão Ambiental , PDCA, Produção artesanal de papel

Partindo de três ações de gerenciamento ambiental pré-determinadas, propôs-se avaliar a aplicação dessas ações sobre o processo de produção de papel reciclado artesanal. A gestão ambiental e o método PDCA foram os fundamentos empregados. A primeira ação referia-se à necessidade de capacitação dos responsáveis pelo descarte e sistema de segregação dos resíduos de papel. O plano de ação deu-se por meio de palestra aos responsáveis pelo descarte, que abordou os problemas causados pela má destinação dos resíduos; treinamento aos alunos responsáveis pela segregação; coletas semanais durante o primeiro semestre de 2009; tabulação dos dados. Quanto aos resultados, observou-se que houve uma redução de 34% das aparas brancas utilizadas de um lado, dobrou o número de aparas utilizadas frente e verso e diminui em 63% os resíduos diversos coletados junto aos papéis. Já a segunda ação de gerenciamento referia-se à implantação da refinadora denominada “Pia Holandesa” no processo. Assim o plano de ação ocorreu pela análise da influência dos tipos de processos: mecânico a frio (em liquidificador e na pia) ou termomecânico (polpação a 45oC na pia) sobre o tempo de polpação, uso de água e rendimento em polpa. Com os resultados identificou-se que foi possível reduzir 50% da quantidade de água e do tempo de polpação no processo a 45oC, quanto ao rendimento em polpa verificou-se que o total obtido nos processos foram similar. Na terceira ação de gerenciamento considerou-se a possibilidade de criação de um sistema de tratamento simples e apropriado para as características do efluente obtido no processo. Nesse contexto, no plano de ação deu-se por análises dos efeitos da filtração sob vácuo nas propriedades do efluente gerado durante a etapa de produção de polpa a frio (RF) e a 45oC (RQ). Coletou-se uma amostra do efluente de cada processo e paralelamente realizou-se a polpação em liquidificador (L) como controle. Os parâmetros determinados foram: pH, cor aparente em (530 nm), OD e alcalinidade para amostras em estado bruto (B) e filtrada (F). Os valores obtidos para pH permaneceram próximos a 9 independente da filtração e processo de refinamento. A filtragem mostrou-se um método simples e eficiente para recuperar as propriedades do efluente: cor aparente, alcalinidade e OD. Por fim, com o intuito de validar os resultados obtidos, na segunda e terceira ação, ainda serão realizadas análises de qualidade dos papeis gerados neste estudo.

Avaliação do glicerol, bruto e purificado, como substrato e co-substrato na síntese de poli(3-hidroxibutirato) por Cupriavidus necator

  • Giannini Pasiznick Apati, MSc, giapati@hotmail.com
  • Maikon Kelbert, Graduando, mikonkelbert@gmail.com
  • Evana Dall'Agnol, Graduando, evanadallagnol@hotmail.com
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Cupriavidus necator, glicerol, polímeros biodegradáveis

A política nacional de estimulo a adição de biodiesel nos combustíveis fósseis tem levado a um aumento do seu subproduto no mercado. O volume de glicerol em 2013 excederá 250 mil ton, sendo que o mercado brasileiro consome 40 mil ton/ano. Várias são as aplicações do glicerol, dentre elas seu uso como fonte de carbono no cultivo de microrganismos. O poli(3-hidroxibutirato) P(3HB), poliéster natural e biodegradável, é produzido por fermentação bacteriana podendo ser acumulado intracelularmente como fonte de carbono mediante condições controladas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi utilizar o glicerol, tanto o bruto (glicerato) como o purificado, como fonte de carbono adicional na produção de P(3HB). Cultivou-se Cupriavidus necator em erlenmeyer de 500 mL contendo 150 mL de meio mineral utilizando glicerato ou glicerol (3 g/L) como fonte de carbono e meio mineral e açúcar invertido como fonte de carbono (30 g/L), acrescidos de glicerato ou glicerol (3 g/L) como co-substrato, a 30ºC e 150 min-1 por 24 horas. As amostras foram avaliadas quanto ao crescimento celular, produção de P(3HB) e consumo de glicerol/glicerato e açúcar invertido. Os resultados revelaram que nos meios onde glicerato e glicerol foram utilizados como fonte de carbono não houve crescimento celular significativo e consequentemente também não houve produção de P(3HB). Nos experimentos onde glicerato e glicerol foram utilizados como co-substrato houve crescimento celular de 5,9 e 6,2 g/L, e acúmulo de P(3HB) de 44,9 e 57,1 % de P(3HB), respectivamente, resultados semelhantes ao meio controle, indicando que tanto o glicerol bruto quanto o purificado podem ser utilizados como co-substrato, pois não possuem inibidores do crescimento celular.

Biorremediação de solos contaminados por óleo diesel provenientes de postos de combustível

  • Andréa Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Paulo Henrique Muller Sary, G, paulo@tanervoso.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biorremediação, TPH, Pleurotus

Área contaminada pode ser definida como uma área onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos. O petróleo e seus inúmeros derivados, especialmente os combustíveis, têm sido objeto de grandes acidentes, sendo alguns dos produtos químicos mais usados na sociedade hoje em dia. Os hidrocarbonetos totais de petróleo (TPH) é um termo para descrever uma grande família de centenas de compostos que se original do óleo diesel. Diversas tecnologias tratam solos contaminados com óleo com sucesso, mas a biorremediação está sendo proposta como muito mais atrativa que os tratamentos convencionais. É sabido que fungos da classe dos basidiomicetos tais como, Pleurotus spp têm se demonstrado capaz de degradar compostos recalcitrantes. Considerando que pesquisas realizadas na instituição mostraram que o Pleurotus sajor caju foi eficiente em degradar substâncias organocloradas como 2,4 diclorofenol e 2,4,6 triclorofenol, o objetivo deste trabalho foi avaliar a degradação do óleo diesel em solos contaminados por este microrganismo. Para isto, condições ótimas de cultivo foram estabelecidas para comprovar e comparar a degradação do Pleurotus sajor caju frente eficiência de degradação dos organismos autóctones. O fungo possui boa capacidade de degradação de hidrocarbonetos alifáticos, entretanto a sua capacidade de degradação não pode ser substituída pelos organismos autóctones.

Desenho Animado Ambiental

  • José Francisco Peligrino Xavier (Chicolam), MSc, chicolam@caranguejo.com
  • José Francisco Peligrino Xavier, MSc, chicolam@caranguejo.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: desenho animado, educação ambiental, oficina de animação

O Desenho Animado Ambiental tem o objetivo de oferecer oficinas de animação com a técnica ‘Stop-Motion’ para estudantes do ensino fundamental e médio de escolas de Joinville, SC. Sua finalidade é a de instigar a criatividade e a utilização da linguagem da animação para abordar a temática ambiental e integrar os alunos e a comunidade através de atividades e exibição de animações socioambientais. Premiar as animações produzidas pelos estudantes através do 2º Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil realizado em conjunto com o Dia Internacional da Animação, um festival de mostra de curtas-metragens de animação nacionais e estrangeiros, cujo foco está em despertar o interesse em fazer cinema de animação, revelar talentos, formar novas platéias, além de integrar e motivar o público de cinema no país. O Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil tem a finalidade de valorizar a produção local de animações como meio de comunicação e arte entre estudantes e comunidade. A metodologia aplicada se divide em três etapas. Primeira: oferecer oficinas de animação stop-motion para a comunidade de Joinville e região. Segunda: divulgação, organização e preparação do prêmio. Terceira: premiação no Teatro Juarez Machado para um público estimado de 500 pessoas. Em 2009 o Desenho Animado Ambiental realizou quatro oficinas para 69 participantes, totalizando 21 animações; na Semana da Comunidade aproximadamente 650 estudantes da rede pública de ensino de Joinville participaram da palestra, exibição de animações e exposição do projeto; no dia 28 de outubro de 2009, o Dia Internacional da Animação e o 2º Prêmio Menino Caranguejo de Animação Estudantil contaram com mais de 350 pessoas que prestigiaram as animações realizadas nas oficinas. O Desenho Animado Ambiental também esteve presente na comunidade através de visitas e palestras em seis escolas de Joinville, participação na Terceira Mostra de Educação Ambiental da Escola Dom Pio de Freitas, do dia do Meio Ambiente do Jornal A notícia, da palestra na empresa Incasa, da exposição no Shopping Mueller Joinville e na produção de grafitti no muro externo da Escola Dr. João Colin, em Joinville.

Apoio / Parcerias: ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação; Teatro Juarez Machado, Joinville; Secretaria Municipal de Educação de Joinville; Secretaria Estadual de Educação de Joinville; Livraria O Sebo Joinville; SESC Joinville' Caranguejo.com

Estudo da incorporação de serragem de madeira e aditivos na matriz de poli(L-ácido láctico) no desenvolvimento de biocompósitos

  • Shaiene Bittecourt, G, prof_schai@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.net
  • Débora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br
  • Marina Zambonato Farina, G, marina.zambonato@univille.br
  • Ademir José Zattera, Dr(a), ajzattera@terra.com.br
  • Ketlin Cristine Batista, Graduando, ketlin.batista@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Universidade de Caxias do Sul, UCS, Caxias do Sul, Brasil

Palavras-chave: serragem, biocompósitos, PLLA

Os principais polímeros convencionais são de origem petroquímica, uma fonte de recurso não renovável, que apresenta taxa extremamente baixas de degradação, o que acarreta em acúmulo de resíduos nos lixões e aterros sanitários, dificultando a circulação, as trocas gasosas e líquidas e retardando a estabilização da matéria orgânica. Este impacto ambiental pode ser minimizado por meio do uso de polímeros biodegradáveis. O poli(ácido láctico) (PLLA) é um polímero biocompatível e bioabsorv&iacut e;vel, sua síntese a partir de matérias-primas agrícolas renováveis, por processo fermentativo, torna esse material ainda mais atrativo. As propriedades mecânicas do PLLA podem ser aperfeiçoadas por meio da incorporação de fibras ou cargas (compósitos), ou de outros aditivos, tais como: plastificantes, lubrificantes e agentes nucleantes, produzindo materiais com flexibilidade e resistência à tração comparável ao polietileno e ao polipropileno. Neste contexto, este projeto buscou uma opção “ecologicamente correta” para a substituição de polímeros sintéticos convencionais, por meio do estudo dos biocompósitos de PLLA com a incorporação de serragem de madeira e de aditivos, visando desenvolver novos produtos. O PLLA foi fornecido pela Natural Works, na forma de grânulos. A serragem de madeira foi cedida pela empresa Grossl, situada em São Bento do Sul. O lubrificante Struktol® TPW104 foi fornecido pela Parabor (lote 4602PE). O agente de acoplamento isocianato foi doado pela Parabor. O PLLA e a serragem foram previamente secos a 60°C por 24h. O índice de fluidez revelou que a temperatura ideal para o processamento dos biocompósitos foi de 190°C . As misturas de polímero/resíduo de 0 a 40% em massa com e sem a adição do lubrificante e do agente de acoplamento foram extrusados em uma extrusora dupla rosca (MH Equipment, MH-COR-20-32 LAB model). O material extrusado moído em moinho de facas e acondicionado em sacos plásticos tipo zip na forma de grânulos foram processados a 190°C em uma injetora HIMACO LHS 150/80. Houve certa dificuldade na determinação dos parâmetros ideais de processamento dos copros de prova, especialmente para as amisturas sem adição de lubrificante. A presença de struktol e do agente de acoplamento facilitou bastante o processamento dos biocompósitos. Todas as amostras obtidas estão sendo caracterizadas quanto a às propriedades mecânicas (ensaio de tração e impacto), propriedades térmicas (ensaios de TGA e DSC), densidade, teor de vazios e absorção de água.

Apoio / Parcerias: Este projeto contou com o apoio da APL madeira e Méveis de Sáo Bento do Sul.

ESTUDO DA VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA BANANICULTURA POR CONVERSÃO TERMOQUÍMICA

  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br
  • Ricardo Katsuei da Silva Afuso, G, ricardokafuso@gmail.com
  • Eveline Ribas Kasper Fernandes, G, evelinerkf@gmail.com
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Resíduos lignocelulósicos, Biomassa, Conversão termoquímica

O uso de resíduos agroindustriais como biomassa combustível pode ser uma solução para o problema relacionado à sua disposição, além de ser uma alternativa como fonte de energia renovável e limpa. Na bananicultura, vários resíduos são gerados e em grandes quantidades, ocasionando sérios problemas ambientais. Neste trabalho, resíduos gerados na bananicultura (folhas úmidas e ressecadas) foram caracterizados por teores de hemicelulose, celulose e lignina, termogravimetria (TG/DTG), calorimetria diferencial exploratória (DSC) e poder calorífico, visando avaliar o uso como biomassa na geração de energia, por combustão e na obtenção de produtos de valor agregado, por pirólise. As amostras de folhas ressecadas apresentaram maiores teores de sólidos voláteis e poder calorífico que as úmidas, de 78% e 19 MJ/kg, respectivamente. Os teores de sólidos fixos das folhas úmidas e ressecadas apresentaram-se baixos. Para os processos de pirólise e combustão, as folhas úmidas necessitam de pré-secagem, pois o alto teor de umidade, além de reduzir o poder calorífico na combustão, pode afetar o uso dos produtos gerados na pirólise, principalmente, bio-óleo, obtido com finalidade de uso combustível. As duas amostras apresentaram comportamento térmico semelhante, porém, com distintas proporções em perdas de massa, que estão diretamente relacionadas ao alto teor de umidade das folhas úmidas. As folhas ressecadas apresentaram teor de celulose diferente dos obtidos na literatura para outras biomassas, que pode estar relacionado à possível degradação por ação microbiana, devido ao maior tempo de exposição ao ambiente. Taxas de aquecimento elevadas melhoram o rendimento em óleo pirolítico. Porém, devido à composição complexa deste, é importante que sejam aplicadas rampas de aquecimento na pirólise, conforme os estágios observados em TG/DTG, relacionados à degradação da celulose, hemicelulose e lignina, nos quais a remoção dos produtos pirolíticos deve ser realizada, para que os processos subsequentes de purificação sejam facilitados. O comportamento térmico das folhas úmidas e ressecadas em atmosfera inerte (pirólise) foi diferente das biomassas encontradas em literatura, com início de degradação térmica dos materiais voláteis em temperaturas mais brandas, de 153 e 117 °C, respectivamente, seguida de comportamento exotérmico. Essa energia liberada deve ser considerada, visando seu uso na pré-secagem das folhas. De modo geral, os resultados foram semelhantes aos de resíduos já submetidos aos processos de combustão e pirólise, indicando possuírem potencial para aproveitamento e uso na geração de energia e obtenção de produtos com valor agregado, que possam substituir derivados de petróleo, além desses processos ocasionarem significativa redução volumétrica dos resíduos.

Estudo preliminar de descargas de águas subterrâneas no complexo hídirico da Baía da Babitonga

  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br
  • Virginia Grace Barros, Dr(a), vgbarros@gmail.com
  • Tarcisio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.br
  • Raphael Shumacher Bail, Graduando, raphaelbail@hotmail.com
  • Fernanda de Oliveira, Graduando, Fer_scopel3@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Baía da Babitonga, descargas, águas subterrâneas

Da mesma forma que os recursos hídricos superficiais, as águas subterrânea também contribuem com descargas dos continentes diretamente para o oceano, sempre que um aqüífero costeiro estiver interligado com o fundo mar. As Descargas de Águas Subterrâneas (SGDs) são consideradas um fluxo de água em margens continentais, independente da composição do fluido ou da força direcionadora. Por isso sua composição pode variar, podendo ser água doce descarregando no fundo do oceano, água de maré recirculada ou uma combinação dessas duas, as quais poderão reagir com elementos presentes nos sedimentos, aumentando consideravelmente as concentrações dos nutrientes, carbono e dos metais nesses fluidos. Desta maneira, as SGDs tornam-se uma fonte de constituintes importantes do ponto de vista biogeoquímico para zona costeira. Metodologias gráficas e estatísticas são utilizadas para classificar amostras de água em grupos homogêneos. O Hydrowin software utilizado neste projeto, usa equações termodinâmicas para classificar as águas em diferentes tipos e portanto, pode ser utilizado para analisar as interações químicas de águas de diferentes origens. O mesmo simula reações químicas e processos de transporte em águas naturais ou poluídas, calculando índices de saturação e a distribuição de espécies aquosas. A partir das coletas de água de água superficiais, de fundo e subterrâneas em uma malha cobrindo o complexo hídrico da Baía da Babitonga e tabulação dos dados verificaram-se registros de inversões de salinidade – propriedade que tem relação direta com a condutividade elétrica – na coluna d’água em alguns pontos dentro da Baía. O tratamento termodinâmico dos dados químicos define as águas coletadas ora como subsaturadas (amostras: babi 1F; babi 1S; Cach 1; Cach 2; Cach 4; Cach 5F; Cach 5S; Cub 1; Cub 5F; Cub 5S; Ling; Pal 1) ora como saturadas ou supersaturadas (amostras: babi 2; babi 3F; babi 3S; babi 4F; babi 4S; babi 5F; babi 5S; babi 6F; babi 6S; babi 7F; babi 7S; babiFbis; babiSbis; Mare; Pal 2) com relação à calcita. Os dados das amostras quando colocados no Hydrowin, apontam para áreas de maior risco de contaminação (babi 1F; babi 1S; Cach 1; Cach 2; Cach 4; Cach 5F; Cach 5S; Cub 1; Cub 5F; Cub 5S; Ling; Pal 1), devido à tendência de biodisponibilidade de compostos dissolvidos nas águas. Anomalias nos pontos BabiS bis e BabiF bis, que sugerem SGD não foram observados através do SIcalcita (Índice de Saturação da Calcita) e novos parâmetros deverão ser testados para verificar possíveis mudanças geoquímicas.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE - Fundo de Apoio à Pesquisa Università Ca’Foscari di Venezia

EXPERIÊNCIA DE ENSINO NA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DA PESQUISA NA ENGENHARIA QUÍMICA POR MEIO DE PROJETOS INTEGRADORES

  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br
  • Maikon Kelbert, Graduando, maikonkelbert@gmail.com
  • Caio Augusto de Toledo Gomes, Graduando, caio_anubis@hotmail.com

Palavras-chave: projetos integradores, aprendizagem por projeto, metodologia da pesquisa

A disciplina de Metodologia da Pesquisa leva os alunos a adquirir o gosto pela leitura, o espírito crítico e a enfrentarem desafios na conquista de suas metas. Entretanto, na maioria dos cursos, o acúmulo de informações sobre normas técnicas de trabalhos científicos, torna muitas vezes a disciplina maçante. A presença de tantas regras parece cercear a liberdade do aluno em pensar e escrever sem nenhuma exigência metodológica, fazendo com que esta disciplina raramente seja bem aceita pelos alunos. Com intuito de dinamizar o ensino e promover a interdisciplinaridade, uma proposta alternativa vem sendo adotada, na qual os alunos associam os conhecimentos teóricos à prática, por meio da participação em projetos integradores. Inicialmente, os alunos são instruídos a escreverem um projeto de pesquisa com um tema de sua preferência, o qual é corrigido e reescrito até alcançar a estrutura correta, demonstrando um pensamento estruturado e plausível. Após, eles executam e aprimoram o projeto nos laboratórios, estimulando-os a buscar e rever conhecimentos. Em seguida, são produzidos, resumos, artigos e banners, divulgados à comunidade acadêmica e apresentados perante uma banca de professores, contribuindo para estimular a capacidade de argumentação, postura e oratória. Os projetos abordaram temas como: novos materiais a partir de resíduos, síntese de polímeros biodegradáveis, técnicas analíticas, produção de fermentados, novas formulações de sabonetes, cremes e perfumes, entre outros.

FORMULAÇÃO, DETERMINAÇÃO DA DOSE LETAL (DL50) E ENSAIO ECOTOXICOLÓGICO DO BIOINSETICIDA BTI

  • Millena da Silva, MSc, millena.silva@univille.net
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade, formulação, bioensaio

Desde a década de 80 se conhece o potencial do microrganismo entomopatogênico Bacillus thuringiensis no controle de pragas agrícolas. Com a descoberta da linhagem Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), iniciou-se o uso desta bactéria no controle biológico de mosquitos vetores de doenças como oncocercose e malária. Atualmente o Bti é comercializado em larga escala, em diferentes tipos de formulações, para o controle de várias espécies de mosquitos, entre os quais os do gênero Aedes e Simulium. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do uso de diferentes formulações aplicados ao extrato fermentado de Bti (processo submerso, semicontínuo) sobre a potencialidade do produto, expressos em termos da dose letal (DL50) e da concentração crítica de ecotoxicidade (CEC). Define-se aqui a potencialidade como sendo a relação entre CEC e DL50. Consequentemente buscou-se com a formulação o incremento deste parâmetro. Para as formulações, o extrato bruto do caldo fermentado foi inicialmente centrifugado até redução do volume em quatro vezes. Em seguida, foram adicionados os aditivos lecitina de soja, éster de sorbitol, cafeína e dióxido de zinco, quantificados através do planejamento fatorial 24. Os bioensaios foram realizados com larvas de 4º ínstar inicial do mosquito Aedes albopictus. O método utilizado para os bioensaios foi baseado no método proposto por Draft (1999) descrito em Guideline Specifications for Bacterial Larvicides for Public Healt Use. Através do programa estatístico Probit determinou-se a concentração letal do produto para matar 50% da população larval empregada em cada análise (DL50). Para os testes de ecotoxicidade foi utilizado o procedimento recomendado pela CETESB (2007). Os indivíduos jovens do organismo-teste Daphinia similis foram expostos a diferentes concentrações da substância teste por um período de 48 horas. O efeito observado foi a imobilidade dos organismos. A CEC (concentração crítica de ecotoxicidade) foi determinada através de métodos estatísticos (programa Toxstat). Os resultados apresentaram uma concentração celular (esporos viáveis) média no extrato formulado de 8,9x108 UFC/mL. Resultados preliminares mostraram efeito significativo (p<0,05) para os aditivos lecitina de soja e cafeína sobre a DL50 (DL50 = 0,58mg/L). Em termos de CEC, determinado até o momento apenas para os produtos comerciais Vectobac e Teknar e para o produto não-formulado, foi observado CEC de 0,1 g/L para os dois primeiros e 1,0 g/L para o último.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio a Pesquisa

Gestão de Recursos Hídricos como atividade de Extensão Universitária

  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br
  • José Dionício Kunze, MSc, dkunze@univille.br
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@univille.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), smedeiros@univille.br
  • Denise Lemke Carletto, E, denise.carletto@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Recursos Hídricos, Gestão, Extensão Universitária

O Programa de Extensão de Assessoria Técnico-Científica ao Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos rios Cubatão (Norte) e Cachoeira tem como objetivo fornecer assessoria técnica e científica aoComitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos rios Cubatão (Norte) e Cachoeira em todas suas áreas de atuação, de modo a garantir a qualidade de atuação deste órgão consultivo e deliberativo na melhor gestão possível dos recursos hídricos. A gestão destes recursos é um tema de grande relevância para a sustentabilidade econômica, social e ambiental de uma comunidade. Neste sentido este Programa de Extensão desenvolve também atividades que há anos tem servido como importante fonte de material complementar para o preparo e desenvolvimento de aulas teóricas e práticas, nos cursos de Engenharia Ambiental, Geografia e no Mestrado em Saúde e Meio Ambiente, visando a formação de profissionais capacitados a enfrentar os desafios das sociedades. O caráter interdisciplinar deste Programa propicia atividades que interagem de forma coletiva e englobam diversos saberes levando a uma maior integração e troca de experiências com a comunidade local buscando resolver problemas ambientais por meio do olhar disciplinar dos seus integrantes buscando a geração de soluções mais eficazes e que facilitam a comunicação com a sociedade contribuindo de forma marcante para a formação acadêmica mais completa dos alunos que participam do programa. Para o fortalecimento das ações do Programa foi criado o site www.cubataojoinville.org.br para a divulgação de dados e resultados das análises realizadas pela equipe. Além do monitoramento da qualidade da água nos rios Cubatão e Cachoeira em 2009 foi realizado um trabalho para diagnosticar a realidade do Rio do Braço, importante contribuinte da bacia do rio Cubatão (norte). Este trabalho resultou na publicação do livro: “Diagnóstico Ambiental do Rio do Braço”, que apresenta aspectos socioeconômicos, caracterização do meio físico, aspectos fitogeográficos, aspectos climatológicos, caracterização da qualidade da água e uma proposta de Educação Ambiental para a Bacia Hidrográfica do rio do Braço. O programa é custeado parte pela Universidade da Região de Joinville/UNIVILLE, por meio do Fundo de Apoio a Extensão (FAEX) no que tange a horas de professor e bolsistas e custeio, vem também tendo apoio do Governo do Estado de Santa Catarina através do Fundo Estadual de Recursos Hídricos/FEHIDRO.

Apoio / Parcerias: Universidade da Região de Joinville/UNIVILLE - Fundo de Apoio a Extensão (FAEX) Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos rios Cubatão (Norte) e Cachoeira Fundo Estadual de Recursos Hídricos/FEHIDRO-SC

Gestão de Sistemas de Informação: conceitos, modelos e perspectivas metodológicas

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br

Palavras-chave: Gestão de Sistemas de informação, Gestão da informação, Gestão da tecnologia da informação

Os Sistemas de Informação (SI) e a Tecnologia da Informação (TI) desempenham um importante papel em uma abordagem estratégica da Gestão, na medida que permitem a automação e controle das operações, o apoio ao processo decisório e a obtenção de vantagens competitivas (Laudon e Laudon, 2000). O problema que se coloca é como utilizar SI/TI em uma perspectiva tática e estratégica que propicie maior competitividade. Este problema diz respeito a necessidade de aplicar práticas de Gestão de SI/TI em sintonia com a gestão estratégica da organização. Em sua primeira fase, este projeto teve como objetivo realizar um estudo sobre o estado da arte da Gestão de SI/TI com o intuito de caracterizar conceitos, modelos e perspectivas metodológicas no planejamento, desenvolvimento e avaliação de SI/TI nas organizações. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica que contemplou os principais modelos de gestão de SI/TI empregados na atualidade. Os resultados apontaram como marco divisório o conceito de alinhamento estratégico entre tecnologia da informação e negócios (Henderson e Venkatraman, 1993) e o de Governança de Tecnologia da Informação (TI). A partir destes conceitos, foram propostos diferentes modelos e metodologias com vistas a gestão de SI/TI, dentre eles ITIL e o COBIT. O ITIL (Information Technology Infrastructure Library) é o modelo de referência para gerenciamento de processos de TI mais aceito mundialmente. Criado pelo Office of Government Commerce (OGC) do governo Inglês, propõe desenvolver as melhores práticas para a gestão da área de TI nas empresas privadas e públicas. O ITIL descre os processos necessários para gerenciar a infra-estrutura de TI eficientemente e eficazmente de modo a garantir os níveis de serviço acordados com os clientes internos e externos da organização. O COBIT (Control Objectives for Information and related Technology) é um guia para a gestão de TI recomendado pelo ISACF (Information Systems Audit and Control Foundation). O modelo fornece informações detalhadas para gerenciar processos baseados em objetivos de negócios abrangendo: planejamento e organização; aquisição e implementação; entrega e suporte; monitoração. O modelo contempla níveis de maturidade que auxiliam as organizações a evoluírem nas práticas de gestão de SI/TI. A caracterização destes conceitos, modelos e métodos se faz necessária e relevante para o desenvolvimento de pesquisas teóricas e aplicadas bem como na evolução das práticas organizacionais no campo da gestão de SI/TI.

Influência das propriedades térmicas e mecânicas de P(3HB) e PHBV sintetizado por diferentes estratégias de fermentação por Cupriavidus necator e biodegradação pelo teste de Sturm

  • Andréa Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Ketlyn Nery Trindade, Graduando, aschneider@univille.br
  • Bruna Sombrio, Graduando, aschneider@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: PHB, PHBV, polimeros biodegradaveis

Os plásticos desenvolvem um papel importante na sociedade moderna, sendo utilizado de múltiplas formas. Parte deste material é rapidamente descartado, principalmente na forma de embalagens. No entanto, a degradação dos plásticos é lenta, representando um sério problema ambiental. Para se ter uma idéia da magnitude deste problema, estima-se que 100 milhões de toneladas de plásticos por ano sejam produzidos no mundo. Apenas na cidade de São Paulo, 12 mil toneladas de lixo são produzidas por dia, dos quais 1.300 toneladas são materiais plásticos, os quais levam cerca de 500 anos para serem degradados. Na cidade de Joinville recolhem-se diariamente 600 toneladas de lixo, sendo que essa produção cresce 5 a 6 % ao ano. A quantidade de lixo plástico é estimada em cerca de 25 a 30% deste valor. A solução para este problema está na produção de plásticos biodegradáveis, material com propriedades plásticas acrescidas da capacidade de serem degradados pela ação de microrganismos quando descartados no ambiente, o que os torna essenciais para sociedade moderna. O P(3HB) é um poliéster natural, semi-cristalino, termoplástico e biodegradável pertencente a classe dos PHAs. É produzido por fermentação bacteriana podendo ser sintetizado por uma grande variedade de bactérias que acumulam o polímero intracelularmente como fonte de carbono mediante condições adversas de cultivo e na presença de excesso de carbono. Cupriavidus necator tem sido amplamente pesquisada para produção de P(3HB) devido a sua capacidade de utilizar fontes de carbono renováveis e por acumular até 80 % de seu peso seco em polímero. Neste contexto, o microrganismo foi cultivado em diferentes temperaturas (30ºC e 37ºC) tendo ácido oléico (AO) e/ou canola como fonte de carbono. Após o cultivo, foram preparados filmes de P(3HB) e caracterizados por DRX, MEV, DSC, TGA e FTIR. Para avaliar a biodegradação, os filmes foram submetidos a biodegradação em solo e ao teste de Sturm. Os resultados revelaram até o momento que com adição de AO o fluxo de carbono foi canalizado para produção do polímero. A biodegradação em solo mostrou que o aumento da concentração de ácido oléico acelerou o processo de degradação. Com 3,0 g/L de AO no meio de cultivo, a amostra já estava completamente degradada em 7 dias, A mesma estratégia de cultivo será utilizada na produção de polihidroxibutirato-co-valerato (PHBV). Os ensaios para produção de PHBV ainda estão sendo conduzidos.

Planilhas Eletrônicas Excel como ferramenta tecnológica para Engenheiros

  • ARNOLDO SCHMIDT NETO, MSc, arnoldo.schmidt@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Planilha Eletrônica Excel, Tecnologia da Informação, Engenheiros

O objetivo geral deste projeto é a aplicação de aprendizagens específicas em ambientes que propiciem a prática profissional. Por meio de um nivelamento aos estudantes no curso de Engenharia de Produção Mecânica, o acompanhamento no curso terá um maior aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem, principalmente nas disciplinas que precisam de análise, controle, tratamento e simulação de dados para a gestão da produção. Portanto, o estudante terá habilidades técnicas na construção de planilhas requeridas nas diversas disciplinas do curso, com reflexos na qualidade do ensino e aprendizagem.
Por se tratar de uma ferramenta de tecnologia de informação que é utilizada para análise, controle e simulação de dados e informações o curso tem total articulação com o projeto pedagógico do curso, pois desenvolve no estudante o raciocínio lógico e matemático, além de servir de instrumento para estudos de problemas típicos em Engenharia de Produção Mecânica.
O perfil do público-alvo são estudantes de engenharia de produção mecânica e engenharia mecânica; faixa etária de 18 a 25 anos; trabalham e realizam estágio em empresas do ramo eletro-metal-mecânico, têxtil e indústria de plásticos. As aulas eram ministradas aos sábados, em turno matutino e vespertino, perfazendo 04 horas semanais. As ações de metodologia foram desenvolvidas, de acordo com o objetivo desse projeto de ensino, em três módulos: básico, intermediário e avançado. No módulo básico desenvolveram-se atividades básicas na construção de planilhas, tais como formatação de tabelas, fórmulas, principais funções financeiras, de texto, matemáticas, trigonométricas, estatísticas e gráficos de barras e em formato pizza. No módulo intermediário os estudantes utilizaram recursos e funções que criem diferenciais na solução e apresentação de análise e simulação de dados, bem como de tabelas e gráficos dinâmicos. Por fim no módulo avançado foram desenvolvidas atividades para automação de tarefas, customização de menus, manuseio de banco de dados e programação inicial em VBA (Visual Basic).
Foram atendidos 187 alunos com esse projeto, ou seja, 97,39% da meta proposta de 192 alunos.
Com isso os estudantes atendidos têm maiores possibilidades de oportunidades profissionais, onde o conhecimento de planilhas Excel é uma pré-condição para a contratação de estagiários ou de vagas efetivas, ou mesmo, de ascensão profissional. Outro benefício alcançado com o projeto foi o desenvolvimento das habilidades acadêmicas, permitindo aos estudantes que realizaram o curso um aproveitamento mais adequado nas diversas tarefas propostas dentro das atividades de ensino-aprendizagem, em especial, aquelas relacionadas com o perfil de atuação profissional pretendido e em formação.

Produção de etanol a partir da polpa de banana e estudo da potencialidade do uso do pseudocaule da bananeira como substrato alternativo da fermentação alcoólica.

  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Luiz Carlos Gonçalves Filho, G, luizcgf@gmail.com
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Marco Aurélio Schulz, G, marco.schulz@itt.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: bioalcool, etanol, hidrólise

Praticamente qualquer material contendo açúcares, em especial a sacarose, glicose e frutose, pode ser convertido em etanol via processo fermentativo. No Brasil a matéria-prima mais utilizada como substrato da fermentação alcoólica tem sido o caldo de cana, nos Estados Unidos, o milho e na Europa, a beterraba, todas fontes primárias de açúcar. Nos últimos anos, a busca por fontes alternativas de biomassa tem sido um grande desafio. Os resíduos vegetais e agroindustriais despontam como os de maior potencialidade, principalmente por serem abundantes e de baixo custo de aquisição. Entretanto, fatores como baixo rendimento em açúcares fermentáveis (2 a 3%) e alto volume de resíduos gerados na destilação do fermentado tem dificultado o seu emprego, principalmente daquelas biomassas que necessitam de tratamento prévio à fermentação, como por exemplo a hidrólise de substratos lignocelulósicos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar o rendimento e produtividade em etanol empregando a polpa de banana como fonte primária de açúcar e estabelecer as condições operacionais necessárias para o uso do pseudocaule da bananeira nanina como substrato de fermentação. O processo fermentativo foi realizado em fermentador de bancada com volume de trabalho de 2L e conduzido a 30 °C e pH 4,5. Como inóculo (20% v/v) foi empregado cultura pura de Saccharomyces cerevisae. Para a despolimerização do pseudocaule foram avaliados os processos de hidrólise ácida (H2SO4 0, 1 e 2% m/m; T=90, 100 e 120 °C; t=15 e 30 min) e de hidrólise enzimática (45 °C; pH 5,5; t=0,5 a 48 h). Os valores máximos de rendimento (0,468 g/g) e de produtividade (3,75 g/ L h) em etanol foram obtidos com o uso de (em massa úmida, MU) 250 gMU/L e 500 gMU/L de polpa de banana, respectivamente. As condições operacionais de hidrólise ácida correspondetes a 120°C/30min com H2SO4 1% m/m foi a que proporcionou maior formação de açúcares totais fermentáveis (AT) no caldo hidrolisado (10,60 gAT/L) e maiores rendimentos (4,24 % em base úmida e 90,59 % em base seca de substrato). O uso da hidrólise enzimática, quando empregada sobre os substratos previamente hidrolisados com H2SO4 não proporcionou aumento no rendimento do processo. Para o caso do uso dos resíduos in natura (sem hidrólise ácida) a hidrólise enzimática, realizada com as dosagens de enzimas recomendadas pela fornecedora NovoZymes, conduziu ao rendimento máximo em AT (em base seca) de 38,67 %, após 24h de reação.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Química verde e Ecodesign: aplicação desses princípios no aperfeiçoamento do processo de fabricação de papel reciclado artesanal reforçado com fibra vegetal

  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Debora Barauna, MSc, debora.barauna@univille.br
  • Juliana Silveira Anselmo, MSc, ju_1303@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gestão de processo, papel reciclado artesanal, fibra vegetal

A utilização de subprodutos do cultivo da banana, juntamente com os resíduos de papéis de escritório, como matéria-prima em um processo de desenvolvimento de produto é uma proposta que se aplica à prática do desenvolvimento sustentável ao contribuir para a valorização dos meios social, ambiental, cultural e econômico da região. Nesse contexto encaixam-se os princípios de Química Verde e Ecodesign, pois ambos visam o planejamento dos processos e produtos de forma a torná-los ecoeficientes. O processo de produção artesanal de papel com fibras vegetais é estudado desde 2005, na UNIVILLE. O olhar sobre essa técnica ocorreu tanto como pesquisa acadêmica quanto na extensão universitária e esta proposta desmembrou-se em projetos interdisciplinares em sua essência, como o ECOQSS, ECOSGA (ambos vinculados a dissertação de Mestrado no Programa MSMA), PAPESC, PAPEL2, PAPEL3 e Mulher com Fibra, todos já apresentados neste seminário em anos anteriores. Este trabalho teve como objetivo aperfeiçoar o processo de fabricação de papel reciclado artesanal reforçado com fibra vegetal permitindo maior sustentabilidade e qualidade do processo e dos produtos e melhorar as condições de segurança no trabalho para as mulheres utilizando ferramentas de gestão. Para isso aplicou-se as ferramentas de PDCA para analisar os aspectos ambientais e ergodesign para verificar as questões ergonômicas envolvendo as mulheres na oficina de produção. Dentre os principais resultados pode-se citar: a) uma alteração no fluxograma do processo de produção de polpas e folhas que permitiu um melhor aproveitamento das matérias-primas e dos insumos utilizados e melhor custo x benefício de produção das folhas, obtendo reduções de 42 % na geração de efluentes, 32 % no consumo de água por unidade de folha produzida e R$ 0,62 no custo de produção de uma folha, b) a substituição de pequenos equipamentos, c) a projeção e colocação em teste de equipamentos novos, d) a criação de novo layout para a oficina, d) a transformação do projeto de extensão em empreendimento que em 2009 recebeu o selo “original de Joinville” concedido pelo SEBRAE, e) a criação da marca Recriando com Fibras para as empreendedoras. Além disso, houve a formação de recursos humanos por meio de duas dissertações de mestrado, 9 trabalhos de iniciação científica, 1 trabalho de conclusão de curso, 3 trabalhos de extensão, divulgação dos resultados em 10 congressos nacionais, 13 resumos em seminários e submissão de 2 artigos em revista científica de circulação nacional.

Apoio / Parcerias: FMDR 25 de Julho; Instituto Consulado da Mulher; Recriando com Fibras

Relação Aluno X Mercado de Trabalho

  • Mara Gomes Lobo Fontan, MSc, maralobo@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Mercado de Trabalho, engenharia ambiental, aluno

Com os novos cenários que vem se consolidando no mercado de trabalho nestes últimos anos, a preparação dos futuros profissionais que ingressarão no mercado de trabalho, ganha cada vez mais importância, crescendo com isso a necessidade de complementar a formação acadêmica dos estudantes, contribuindo para colocar à disposição das empresas e organizações, profissionais competentes, atualizados e treinados segundo os padrões mais modernos. A procura por profissionais com experiência torna o mercado de trabalho cada vez mais exigente e restritivo. Nesse sentido, os acadêmicos que estão melhor preparados possuem mais chances de serem inseridos no mercado direcionado à Engenharia Ambiental. Portanto, este trabalho buscou preparar o acadêmico para a inserção ao mercado de trabalho, através de aplicação de palestras e visitas técnicas voltadas ao aprendizado do acadêmico; envolvendo o acadêmio em atividades direcionadas a comunidade e realizando reuniões dentro de empresas públicas e privadas a fim de buscar uma oportunidade de aprendizado para o aluno da Engenharia Ambiental. Como resultados deste trabalho foram indicados para estágio 13 alunos e 4 ex-alunos indicados à assumir o cargo de engenheiro ambiental em empresas da região. Foram realizadas 4 palestras e visitas em colégios de Joinville, além de 1 palestra realizada em empresa da região, onde o acadêmico de engenharia ambiental pode transmitir seus conhecimentos relacionados a questão ambiental. Realizou-se uma exposição sobre a atuação do engenheiro ambiental no mercado de trabalho em local de grande circulação de pessoas de diferentes níveis de conhecimento. Concluiu-se que aproximação da universidade no meio empresarial torna mais fácil a aceitação de alunos para estágio. E a oportunidade de um aluno realizar uma palestra ou participar de uma exposição faz com que o mesmo adquira maior segurança no que diz respeito ao seu conhecimento técnico, e consequentemente facilita a conquista de um futuro emprego.

Robótica Educacional

  • Carlos M. SAcchelli, Dr(a), carlos.saccheli@gmail.com
  • Carlos Maricio Sacchelli, Dr(a), carlos.sacchelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação tecnológica, robótica, eduação

A educação tem como objetivo a promoção do homem e varia de acordo com as mudanças históricas, ou seja, com as exigências de cada época. Desta maneira a educação também é um campo fértil para o uso da tecnologia. Pode-se citar exemplos como a utilização da simulação em experiências de Física, Química, das Ciências em geral. A tualmente a robótica educacional é a aplicação da tecnologia na área pedagógica, sendo mais um instrumento que oferece aos alunos e professores a oportunidade de vivenciar experiências semelhantes às que terão na vida real, dando a estes a chance de solucionar problemas mais do que observar formas de solução. Assim, este projeto teve como objetivo utilizar a Robótica Educacional como meio para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e afetivo dos participantes bem como estimular os alunos para o aprendizado na área de tecnologia. Os participantes deste projeto foram alunos dos colégios da Univille e do Plácido Olimpio,que ao fim do projeto consideraram o ensino de robótica muio interessante pois aplicava os conhecimentos de física e matemática em atividades envolvendo a robótica.

Apoio / Parcerias: Colégio da Univille Colégio Estadal Plácido Olimpio

Sensibilização ambiental como incentivo à vida sustentável

  • Tatiana da Cunha Gomes Leitzke, MSc, tatiana.cunha@univille.net
  • Ana Cláudia Habeck, Graduando, anahhabeck@hotmail.com
  • Camila Marangoni, Graduando, kmila_marangoni@hotmail.com
  • Deborah Silveira Campos, Graduando, deba_lala@hotmail.com
  • Maria Inês Siqueira Araujo, MSc, maria.ines@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: coleta seletiva, sensibilização ambiental, sustentabilidade

O Programa Institucional Reciclar tem como missão a sensibilização ambiental do público atendido em relação à minimização dos resíduos gerados e lançados ao meio ambiente, tornando-os multiplicadores dessa sensibilização ambiental. A metodologia aplicada ao público é por meio da realização de palestras de sensibilização ambiental sobre a importância da destinação correta dos resíduos domiciliares gerados e posteriormente, oficina de papel reciclado, com o objetivo de fixação e observação do que é a reciclagem. O público alvo em geral são crianças, adolescentes e adultos, atendidos em escolas, centros infantis, associações, empresas e os alunos e funcionários dentro da própria Instituição. Como as palestras são aplicadas para pessoas com faixas etárias diferentes, há necessidade de adequação das palestras, sendo então direcionadas para cada público. No ano de 2009, foram atendidas diretamente 1228 pessoas nas palestras e oficinas realizadas, além da absorção de 41 alunos bolsistas do Artigo 170 que realizaram 40 horas cada, de serviço comunitário no Programa visando à manutenção da bolsa de estudos. As atividades envolveram participação em palestras, confecção de papel reciclado e brindes de final de ano confeccionados a partir do papel reciclado e caixas de produtos utilizados em casa. Esse material foi entregue aos funcionários de todos os setores da Universidade que contribuíram com o Programa durante o ano de 2009. Além destas atividades, durante todo o ano é realizado o monitoramento dos resíduos gerados no campus universitário incentivando a coleta seletiva. Com os dados coletados a partir das coletas, são realizadas estatísticas e estudos comprovando a sensibilização das pessoas em relação à coleta seletiva, que vem se mostrando cada vez mais intensa apesar da quantidade de resíduos mistos serem muito significativa. A quantidade geral de resíduos coletados em 2009 foi de 20.186,70Kg e está dividido entre papel branco, papel misto, papelão, plástico e metal. Uma das ações de 2009 foi à implantação de coletores azuis (para papéis) em todas as salas de aula do Campus Universitário de Joinville, para que os estudantes, da Universidade e Colégio, possam destinar corretamente seus papéis, ao invés de descartá-los em coletores para não recicláveis. Além disso, a implantação de um ponto de coleta de pilhas e baterias em parceria com a Empresa Essencis, a qual destina corretamente este tipo de resíduo. Os resultados demonstram a importância de se manter um programa de educação ambiental e coleta seletiva aliado à preservação do meio ambiente pela busca de uma vida sustentável

Utilização da radiação UV para desinfecção de água de chuva

  • Elisabth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Andrea Luciane Monteiro Soares, Graduando, anlumoso@bol.com.br
  • Edgar Kuhn Sandri, G, edgar@sandri.eng.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: água potável, água de chuva, radiação UV

A água é de vital importância para a sobrevivência do ser humano. Um dos principais desafios mundiais na atualidade é o atendimento à demanda por água de boa qualidade. A desinfecção da água tem por finalidade a destruição de microrganismos patogênicos. A radiação ultravioleta é uma alternativa à desinfecção de água pelo método de cloração que pode induzir à formação de derivados mutagênicos potencialmente prejudiciais à saúde humana. Uma alternativa viável para a crescente escassez de água é o uso das águas de chuva, cujo volume de precipitação é expressivo, particularmente, em países tropicais como o Brasil. A cidade de Joinville, na região Sul do Brasil, tem precipitações com volume significativo de chuvas disponível para utilização. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da radiação ultravioleta na desinfecção de água de chuva coletada de forma direta e de telhado em duas regiões de Joinville (SC). Para tanto, utilizou-se um reator operando em processo batelada e em contínuo de modo que cada partícula permanecesse sob radiação por 60s. As amostras de água foram avaliadas em termos de coliformes totais, Escherichia coli e bactérias heterotróficas antes do tratamento por UV, após o tratamento e após tratadas e armazenadas por 24, 48 e 72h. Verificou-se a eficiência da desinfecção de água de chuva direta e de telhado por radiação UV com a inativação de 100% dos coliformes totais e de E. coli e o não recrescimento destes microrganismos em amostras tratadas e estocados por até 72h.

Apoio / Parcerias: Companhia de Saneamento Básico - Águas de Joinville