A Festa do Cará, realizada esse ano em agosto, é um espaço de sociabilidades entre várias pessoas, promovendo as manifestações e afirmações culturais da culinária, da dança, do vestuário, dentre outros. Observa-se uma ambigüidade das características de representatividade da mulher, de características consideradas rurais, sua propriedade do saber fazer, com usos e saberes da culinária “típica” da região, utilizando o cará. Assim como ao mesmo tempo a mulher “moderna” manifesta-se nos modos de dançar, de falar, de agir e se vestir, que demonstram um hibridismo entre as manifestações consideradas rurais e as urbanas. A presente pesquisa, consiste em problematizar, utilizando a categoria analise gênero, como a Festa do Cará, localizada na Estrada Mildau na região rural de Joinville, se (re) significa e se apropria da história e do patrimônio cultural, para manifestação de suas identidades. Para tanto, foram realizadas pesquisas sobre a Festa em fontes midiáticas impressas, produzidas em Joinville. Assim como a utilização de narrativas orais, possibilitando problematizar as histórias sobre os saberes femininos, suas apropriações culturais, suas memórias e identidades culturais.