A construção do presente artigo partiu de uma problemática encontrada em algumas exposições de arte em relação a sua comunicação visual. Os problemas verificados com maior freqüência foram, por exemplo: texto com diagramação não adequada para leitura, etiquetas com fontes muito pequenas e com ergonomia visual não apropriada, falta de banner, texto e identificação de curadoria entre outros. Isto nos faz refletir se existe preocupação por parte das instituições com relação a esses aspectos levantados. Os espaços expositivos possuem política de comunicação? Qual a importância de se tê-los? A partir desses problemas identificados verificou-se a importância da presença de um profissional de comunicação visual na montagem das exposições, uma vez que sua organização deveria decorrer de uma equipe multidisciplinar. Que equipe então seria necessária para a montagem de uma exposição? Um designer gráfico poderia contribuir? Sem dúvida, aliado ao conceito pré estabelecido pelo curador a exposição ganharia muito com o olhar deste profissional porque mesmo o curador sendo também um agente de comunicação, será que este tem a obrigação de ter conhecimento sobre diagramação de texto, ergonomia visual e todos estes aspectos que foram levantados? Com relação às etiquetas o designer poderia estudar qual o tamanho e qual a fonte mais adequada, que daria identidade a exposição. Assim como pensar na altura das etiquetas e levar em conta à diversidade de público freqüentador de museus. Poderia também contribuir para utilização de outras fontes além da arial, pois esta é uma fonte utilizada com muita frequência, geralmente como uma fórmula que não tem erro, no entanto não se tem inovação, ou seja, a tipografia não é pensada como um elemento que também comunica algo. E em decorrência disso detectou-se também que geralmente as exposições não possuem identidade visual. O convite que é o chamariz da exposição, o catálogo que é um meio de registro, em sua grande maioria é produzido por empresas terceirizadas e este distanciamento geralmente provoca ruídos. E não se pode esquecer que a exposição de arte é um espaço de fruição estética, e para isto é fundamental informações claras aos visitantes