O projeto “Ocupação do território de Itapoá” está ligado ao projeto ATLAS, que visa investigar, socializar e compreender o processo da ocupação nos municípios circunvizinhos à baía da Babitonga, Joinville, São Francisco do Sul, Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva e Itapoá. Por volta de 1962 Itapoá é elevado a categoria de distrito de Garuva, conseqüentemente o município foi se estruturando e construindo caminhos para sua própria independência, sendo elevado á município em 26 de abril de 1989. O método adotado foi o quali-quantitativo que buscou informações básicas da comunidade local através da aplicação de um formulário em trinta dos mais antigos moradores da cidade. Dentre as perguntas feitas, destaca-se: quantos anos moram em Itapoá, o que conhece da historia de Itapoá, se tem conhecimento sobre vestígios indígenas, sambaquis, quilombos ou escravos, dentre outras. Os resultados, preliminares mostram que a comunidade conhece e até mesmo trabalhou em sambaquis tirando cascalho para aterrar as ruas e plantação de feijão, foi presenciado em roça e casqueiros panelas de barro, pontas de flechas e inclusive moedas e canecas, mas que, segundo os depoentes, se perderam com o tempo. Os entrevistados citaram, ainda, que a beira mar, existiam entre 8 e 30 casas por volta de 1940 e que Itapoá também tinha dois quilombos, localizados para o outro lado do rio Sai - Mirim chamados de quilombo “de baixo” e o de “cima”. Os registros orais são fundamentais para a identificação das comunidades pretéritas desta região, já que a documentação escrita é praticamente inexistente.