O objetivo desta pesquisa foi analisar a qualidade de vida no trabalho - QVT dos funcionários da produção de indústrias do ramo metal mecânica de Joinville. Pode-se definir qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e percepções. O ser humano tem um mínimo de condições a serem atingidas para se ter qualidade de vida, isso varia de cada pessoa, uma casa para morar, alimento, saúde, escola, condições salariais para sobreviver, vestuário, lazer. Segundo França (1996), o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho é um conjunto de ações de uma empresa que envolvem diagnósticos e implantação de melhorias e inovações gerencias, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. Os estudos existentes estão voltados para programas de saúde que ajudam pessoas a modificar seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre a saúde física, emocional, mental, social e espiritual, mesmo porque a qualidade de vida é também o completo bem estar biológico, psicológico e social. Limongi (1995) e Albuquerque e França (1997) consideram que a sociedade vive novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresa gerando em conseqüência, novos valores e demandas de QVT. Ainda para os autores, muitas ciências como a Saúde, Ecologia, Ergonomia, Psicologia, Sociologia, Economia, Administração e Engenharia estão dando a sua contribuição para os estudos da QVT. A metodologia empregada nesta pesquisa foi de natureza quantitativa, com base nos procedimentos da Organização mundial de Saúde e no instrumento de coleta de dados denominado WHOLOQ para avaliar a qualidade de vida. Foi aplicado em duas indústrias do ramo metal mecânico de Joinville. Os resultados apontaram que a qualidade de vida no trabalho dos funcionários das industrias investigadas é preocupante. Com base nestes dados, pode-se dizer que em vários aspectos como segurança, a satisfação das necessidades, lazer, acesso aos serviços de saúde, sentimentos de ansiedade, desespero, mau humor e depressão, igualdade de tratamento no trabalho e jornada de trabalho apresentaram índice de baixa satisfação, em média 50%.