8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 14/05/2012 à 18/05/2012

Hidrólise e fermentação alcoólica do pseudocaule de bananeira.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: bioetanol, etanol de 2ª geração, biomassa

A bananicultura tem se destacado como uma das maiores produtoras de resíduos vegetais, sendo o pseudocaule da bananeira responsável pela maior parte dessa biomassa. Nos últimos anos, o Brasil produziu cerca de 7,2 milhões de t/ano de bananas gerando, aproximadamente, 21,6 milhões de t/ano de pseudocaule residual. O seu aproveitamento econômico, além de permitir a criação de uma fonte alternativa de energia, pode agregar valor à matriz produtiva da banana. Neste trabalho foi avaliada a potencialidade do emprego do pseudocaule da bananeira nanica (Musa Canvendischii) como substrato da fermentação alcoólica visando à obtenção de etanol de 2ª geração. Foram estimados os rendimentos em açúcares totais, AT (glicose, frutose, sacarose), obtidos nos processos de hidrólise ácida (H2SO4 2 % m/m, 120 ºC, 30 min) e enzimática (uso de enzimas Novozymes®, nas condições operacionais recomendadas pela empresa) e os respectivos valores de rendimento, eficiência e produtividade em bioetanol resultantes da fermentação alcoólica. Os ensaios de hidrólise foram realizados em frascos Erlenmeyer de 250 ml, agitados (120 min-1), contendo 100 mL de volume de trabalho e 11,75 g/L de massa seca de substrato. Três diferentes rotas de operação foram avaliadas empregando o substrato em diferentes condições físicas: (1) in natura, (2) com tratamento prévio com NaOH 1% m/m, (3) com tratamento prévio com NaOH 3% mm. Os ensaios de fermentação (30 ºC, pH 4,5, 150 rpm-1) foram conduzidos em biorreator de bancada com volume de trabalho de 2 L. Como inoculo de fermentação foi empregado 20 % v/v de suspensão microbiana contendo Saccharomyces cereviase previamente cultivo em meio líquido sintético com 20 g/L de glicose. O maior rendimento em AT (74,1±11,4 %) foi observado na hidrólise enzimática do pseudocaule previamente tratado com NaOH 1%. Este valor foi da ordem de 186 % superior ao melhor resultado alcançado nos ensaios de hidrólise ácida (25,85%, com NaOH 3%) e foi 23 vezes maior do que o valor máximo obtido com o uso do substrato in natura (3,2 %). Nos ensaios de fermentação foi obtido rendimento máximo da ordem de 0,31 g etanol/g massa seca de substrato, com produtividade em etanol de 0,90 g/(L.h) e eficiência do processo de 61%. Esses resultados comprovam a potencialidade do uso do pseudocaule como substrato da fermentação alcoólica; porém, novos experimentos precisam ser realizados para otimização do processo produtivo visando, principalmente, o aumento da concentração máxima de etanol até então obtida no caldo fermentado (5 g/L).

Apoio / Parcerias: FAPESC

ISSN: 1808-1665