8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 14/05/2012 à 18/05/2012

RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO: DESENVOLVENDO MATERIAL EDUCATIVO PARA AS CRIANÇAS.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Automedicação, Riscos, Crianças

Introdução: A automedicação constitui o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um médico, ou outro profissional habilitado. O excesso de consumo eleva o número de intoxicações e as crianças estão inseridas nesta realidade. Há estudos que indicam um alto consumo de medicamen­tos em praticamente todas as faixas etárias e revelam que, na ausência de orientação médica, a mãe aparece como a principal orientadora do consumo de medicamentos. Objetivos: Adaptar o material desenvolvido pelo projeto de Extensão Riscos da Automedicação: tratando o problema com conhecimento para a utilização em palestras direcionadas às crianças em idade escolar. Metodologia: Inicialmente houve reuniões com profissionais da área de pedagogia para discutir que materiais deveriam ser desenvolvidos facilitando o aprendizado de acordo com a faixa etária das crianças. Posteriormente foi elaborada uma palestra envolvendo conceitos básicos sobre medicamentos e sobre os riscos da automedicação. Com base no material do projeto EDUCANVISA foi elaborado um jogo de perguntas e respostas sobre os temas apresentados na palestra. Neste jogo as crianças são divididas em grupos e competem entre si. Outros jogos (caça-palavras, separar em sílabas, certo e errado, etc.) são entregues para que as crianças levem para casa e brinquem com seus pais. Resultados: As atividades desenvolvidas foram testadas com crianças de 08 a 10 anos de uma escola de Joinville. Foi possível constatar utilização esporádica de medicamentos por todas as crianças sendo que, segundo elas, casos de dor e febre muitas vezes são tratados sem acompanhamento médico. Quando foram mostradas figuras de analgésicos e antitérmicos frequentemente utilizados, as crianças relataram que gostavam de utilizar aqueles medicamentos por os considerarem saborosos e alguns afirmaram já terem administrado medicamentos sem o conhecimento dos pais. Casos de intoxicação ocorridas com parentes ou conhecidos que confundiram medicamentos com balas ou que tomaram escondido dos pais várias doses de medicamentos adocicados foram relatados. Chamou atenção o fato de alguns fazerem uso frequente de ácido acetilsalicílico fornecido principalmente por avós. As crianças demonstraram interesse com relação ao tema e durante a realização do jogo foi possível verificar que as informações a palestra foram fixadas. Para o ano de 2012 já estão agendadas atividades em outras escolas. Conclusão: Constatou-se a importância de se trabalhar com as crianças visando formar adultos mais conscientes a cerca dos problemas relacionados à má utilização dos medicamentos.

ISSN: 1808-1665