8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 14/05/2012 à 18/05/2012

ATIVIDADE ANTITUMORAL DE FRAÇÕES POLISSACARÍDICAS DE Pleurotus ostreatus DSM 1833

Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, Frações polissacarídicas, Atividade antitumoral

O câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil. Estimativas para 2011, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontam ocorrência de cerca de 490 mil novos casos da doença no país. A busca por novas substâncias biologicamente ativas aumentou o interesse no uso dos cogumelos devido aos seus vários efeitos terapêuticos. Polissacarídeos sintetizados por Pleurotus, entre eles os β-glucanos, são considerados os principais responsáveis pelas suas propriedades terapêuticas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de frações polissacarídicas, provenientes da biomassa micelial congelada de Pleurotus ostreatus DSM 1833, na redução do desenvolvimento do Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE) e do Sarcoma 180. Foi avaliada a atividade antitumoral de seis frações polissacarídicas (FC, FS, FI, FII, FIII-1 e FIII-2) administradas em camundongos por via intraperitoneal. O tratamento dos animais foi iniciado 24 horas após o implante tumoral e foi conduzido durante 10 dias, na dose de 30 mg/Kg-1. A avaliação do desenvolvimento tumoral foi realizada 21 dias após a indução do tumor pela determinação do volume e da massa tumoral. A fração polissacarídica que promoveu maior eficácia foi testada, também, nas doses de 10 e 50 mg.Kg-1, a fim de determinar a dose capaz de proporcionar maior regressão tumoral. Os resultados mostraram que as frações FC, FI e FII, na dose de 30 mg/Kg-1, proporcionaram um valor médio de 70 % de inibição do desenvolvimento do TAE, enquanto as frações FII e FIII-2, na mesma dose, resultaram no valor médio de 90% de inibição do Sarcoma 180. As doses de 10 e 30 mg.Kg-1, da fração FII, promoveram a maior inibição do Sarcoma 180, cerca de 75%, sem diferença significativa entre si, sendo a dose de 10 mg.Kg-1, a que representa a necessidade de uma menor massa para a realização do tratamento.

Apoio / Parcerias: Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e FAP/Univille.

ISSN: 1808-1665