8º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 14/05/2012 à 18/05/2012

FLORA VASCULAR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CUBATÃO

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, Flora vascular, Levantamento florístico

A Mata Atlântica consiste num conjunto de formações florestais que inclui desde campos de altitude até manguezais, sendo considerada importante abrigo de fauna e flora. Na região nordeste de Santa Catarina encontra-se a Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, gerenciada pelo CCCJ (Comitê Cubatão Cachoeira Joinville). Uma das demandas deste comitê é conhecer a vegetação encontrada nessas bacias hidrográficas. Embora a região da Bacia do Rio Cubatão tenha sofrido com a ocupação antrópica intensa e desordenada, ainda ocorrem fragmentos florestais expressivos que, até o momento, não tiveram sua vegetação inventariada. O projeto FLORA, em execução desde 2010, tem por objetivo conhecer e identificar a diversidade da flora vascular da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, em Joinville/SC. Em 2011 realizou-se o levantamento florístico parcial da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, que faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão. Foram delimitados e georreferenciados quatro pontos dentro da bacia, de acordo com o grau de preservação das áreas: Morro do Finder, Empresa Franke do Brasil, Perini Business Park e área de preservação permanente da Prefeitura Municipal de Joinville, situada à Rua Hellmuth Miers, Foram coletadas amostras de plantas férteis, que foram encaminhas ao Herbário Joinvillea para herborização. A identificação das plantas foi realizada por meio de comparação com exsicatas existentes no acervo do Herbário e consulta a especialistas, além de busca em literatura específica. Até o momento foram reconhecidas vinte e seis famílias de Magnoliophyta e dez de samambaias. Dentre as Magnoliophyta, destacaram-se as famílias botânicas Acanthaceae (Aphelandra mirabilis Rizzini), Arecaceae (Bactris setosa Mart.; Euterpe edulis Mart.; Geonoma elegans Mart.; Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman), Asteraceae (Vernonanthura divaricata (Spreng.) H. Rob.), Euphorbiaceae (Alchornea glandulosa Poepp. & Endl.; Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.; Sapium glandulosum (L.) Morong), Fabaceae (Inga vera Willd.; Senna multijuga (Rich) Irwin et Barn.), Lauraceae (Nectandra membranaceae (Sw.) Griseb; Nectandra oppositifolia Nees), Meliaceae (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.; Cedrella fissilis Vell.; Guarea macrophylla Vahl.), Myrtaceae (Campomanesia reitziana D. Legrand; Marlierea obscura O. Berg; Marlieria tomentosa Cambess.), Phyllanthaceae (Hieronyma alchorneoides Allemão), Rubiaceae (Psychotria nuda Cham. & Schltdl.) e Urticaceae (Cecropia glaziovii Sneth.). Dentre as samambaias evidenciaram-se Aspleniaceae (Asplenium pteropus Kaulf.), Blechnaceae (Blechnum brasiliense Desv.), Cyatheaceae (Alsophylla setosa Kaulf.; Cyathea phalerata (Mart.) Barr.), Dryopteridaceae (Ctenitis pedicellata (Christ.) Copel) e Polypodiaceae (Campyloneurum minus Feé; Pleopeltys hirsutissima (Raddi) de La Sota; Polypodium latipes Langsd. & Fisch.). Estes dados, embora preliminares, apontam para uma grande diversidade de espécies nos fragmentos florestais amostrados, enfatizando-se a necessidade de sua conservação.

Apoio / Parcerias: 1) Empresa Franke do Brasil 2) Perini Business Park 3) Prefeitura Municipal de Joinville 4) FAP / UNIVILLE

ISSN: 1808-1665