17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

Avaliação dos parâmetros produtivos e do valor nutricional de Pleurotus ostreatus cultivado em diferentes frações de bainha e folhas da pupunheira.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, valor nutricional, produção

O cultivo e a extração de palmitos geram grande quantidade de resíduos e apenas uma parte da palmeira é comercializada na forma de palmito em conserva (menos de 10% da palmeira), a maior parte dela fica disposta no solo. Uma alternativa viável para aplicação destes resíduos é o seu aproveitamento como substrato para a produção de cogumelos comestíveis. O gênero Pleurotus, da classe dos Basidiomicetos, pertence a um grupo denominado de “fungos de podridão branca”, por produzirem um micélio branco e degradarem tanto a lignina como a celulose. Possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único que fazem com que degradem uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo cultivar Pleurotus ostreatus DSM 1833 em diferentes frações de bainha (%) e de folhas (%) da pupunheira (50/50, 75/25 e 25/75) avaliando-se o rendimento (R %), eficiência biológica (EB %), perda de matéria orgânica (PMO %), tempo de colonização micelial (tc - dias) e produtividade (Pr - g/dia). Os corpos frutíferos da melhor condição de cultivo foram avaliados em termos de carboidratos, lipídeos, proteínas, fibras, cinzas, fósforo e potássio, além de metais pesados como chumbo e mercúrio. Estas análises também foram realizadas para o substrato antes e após o cultivo. Verificou-se que não houve diferença significativa entre os valores médios de R, EB, tc e Pr permanecendo em torno de 39,8%; 3,7%; 21,5 dias; 0,01 g/dia, respectivamente. Observou-se que a fração composta por 75% / 25% de bainha/folha, apresentou PMO estatisticamente maior que a fração (25% / 75%), no entanto, a fração (50% / 50%) não apresentou diferença significativa sobre nenhuma das outras duas, alcançando 27% de PMO. Portanto, para dar continuidade ao trabalho, definiu-se o experimento que utiliza 50% de bainha e 50% de folhas de pupunheira por utilizar frações iguais dos dois resíduos. Observou-se nas análises uma redução nos teores de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, cinzas, fósforo e potássio no substrato após o cultivo em relação ao substrato antes do cultivo. Os corpos frutíferos apresentaram 8,47% de carboidratos, 26,7% de proteínas, 2,99% de gordura, 3,57% de fibras, 6,62% de cinzas, 1,18% de P e 2,27% de K. Mercúrio (Hg) não foi detectado no substrato antes e após o cultivo e, conseqüentemente, não foi encontrado nos corpos frutíferos. Quanto ao chumbo (Pb), traços foram encontrados nos substratos antes (7,51mg/Kg) e após o cultivo (3,00mg/Kg) e também nos corpos frutíferos (2,40mg/Kg).

Apoio / Parcerias: Cnpq

ISSN: 1807-5754