17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

TOXICIDADE AGUDA DA FRAÇÃO SOLÚVEL DE ÓLEO DE COZINHA USADO

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Óleo, Toxicidade, Mysidopsis juniae

O município de São Francisco do Sul encontra-se em uma região litorânea, que está em constante crescimento populacional. Esse crescimento, aliado às variações populacionais sazonais, principalmente do verão, ocasionam um aumento significativo no despejo de esgoto doméstico in natura nos recursos hídricos, já que a cidade não possui um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário. Nesse contexto, sobretudo no que tange às emissões de óleo de cozinha via despejo no esgoto sanitário, deve-se dar atenção aos possíveis impactos desse poluente nos ecossistemas costeiros da região. O óleo quando em contado com o recurso hídrico marinho descaracteriza o habitat natural a qual os organismos estão inseridos, interferindo na sobrevivência dos mesmos. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo estudar a toxicidade da fração solúvel do óleo de cozinha usado. Para tal, inicialmente preparou-se a solução-estoque de 5 mL de óleo de cozinha usado em 1000 mL de águam marinha reconstituída.A solução permaneceu em agitação durante 24 h, para extração da fração solúvel do óleo de cozinha. Em seguida colocou-se a água contaminada em um funil de decantação por mais 24 h, obtendo-se assim a solução estoque final com a fração solúvel do óleo, a qual foi utilizada para o preparo de amostras em diferentes concentrações: 75%, 50%, 25%, 10%, 1% da água contaminada, bem como o controle contendo apenas água marinha reconstituída com sal da marca RedSea Salt®. Foram realizados testes de toxicidade aguda no Laboratório de Toxicologia Ambiental da UNIVILLE – Unidade São Francisco do Sul, com organismo-teste Mysidopsis juniae, cultivado em laboratório de acordo com a norma ABNT NBR 15308/2005. Os organismos foram alimentados a cada 24 horas com náuplios de Artemiasp.enriquecidos com óleo de peixe e óleo de fígado de bacalhau. A temperatura foi mantida em 25±1 ºC, com fotoperíodo de 12/12h (claro/escuro).Após o período do teste foram contados os organismos que sobreviventes e efetuado o cálculo da CL50(96 h)utilizando-se o método dos Probitos. O valor da CL50(96h) foi de 75%. Serão realizadas novas baterias de testes para verificar a consistência e o refinamento dos resultados. Espera-se com esse estudo, contribuir com informações para auxiliar o poder público na tomada de decisão quanto à definição de políticas públicas de proteção.

ISSN: 1807-5754