17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

Eletroporação de Cupriavidus necator e extração de polihidroxibutirato

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cupriavidus necator, Polihidroxibutirato, Extração

Os PHAs, polímeros biodegradáveis, são armazenados na forma de grânulos (medindo 0,2 – 0,5 μm de diâmetro) no interior de bactérias gram-positivas e gram-negativas, podendo chegar até 80% do peso seco da célula. Dentre os PHAs podemos destacar o polihidrixibutirato (P(3HB), polímero produzido intracelularmente por diversos micro-organismos como reserva de carbono e energia em condições desbalanceadas. Por se tratar de um metabólito intracelular, é necessária a utilização de métodos de extração que promovam a remoção da substância de interesse do interior da célula. A retirada dos produtos intracelulares é na maioria dos casos dispendiosa e lenta, se comparada aos produtos extracelulares. A partir disto, vários processos de extração são descritos, dos quais se deve optar, preferencialmente, por aquele com um maior aproveitamento, menor custo e menor impacto ambiental. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é de aplicar diferentes métodos de extração (químico – por meio do uso de solventes e mecânicos) visando à remoção de P(3HB) sintetizado a partir de Cupriavidus necator bem como avaliar a influência do método sobre as características do polímero. Após a extração o material usando moinho de bolas, ultrassom sem pérolas de vidro, ultrassom com pérolas de vidro e ultrassom seguido de moinho de bolas nos tempos 10, 20, 30 e 40 min, as amostras passaram pelo processo de metanólise e em seguida foi analisado por cromatografia gasosa para quantificar o produto extraído. Ao final, o material extraído foi analisado por TGA para verificar a estabilidade térmica do polímero obtido. Após a extração e análise dos polímeros pudemos constatar, que o método mecânico, permitiu uma eficiência de extração de cerca de 71% enquanto o método químico apresentou 65% de eficiência. Consideração o tempo de extração (20 minutos para o moinho de bolas e 2,5 horas para o método com solventes), podemos perceber que o moinho de bolas se mostra vantajoso como método de extração. Em relação aos métodos físicos, a eficiência de extração em ordem crescente foi: ultrassom sem pérolas, seguido do ultrassom com pérolas, ultrassom seguido de moinho de bolas e ao final e com a maior eficiência o moinho de bolas apenas, independente do tempo de extração aplicado. Quanto à manutenção das propriedades dos polímeros extraídos, da mesma forma, o polímero extraído com o moinho de bolas foi o que apresentou melhor estabilidade térmica.

Apoio / Parcerias: Univille, CNPq

ISSN: 1807-5754