17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

OCORRÊNCIA DE AVES AQUÁTICAS NA DESEMBOCADURA DO RIO PEDREIRA, SÃO FRANCISCO DO SUL, SC.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Pedreira, Ocorrência, Aves aquáticas

O estuário da Baía da Babitonga é um importante local de reprodução de aves aquáticas, possuindo três áreas de nidificação. Uma delas localiza-se na desembocadura do Rio Pedreira, colonizada por vegetação nativa de manguezal. A desembocadura do Rio Pedreira está localizada próxima ao centro de São Francisco do Sul e ao lado do Porto de São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, e vem sofrendo intensa pressão antrópica, que resulta em grandes mudanças nas suas características. Diante disto, é importante a caracterização e o monitoramento da colônia reprodutiva das aves aquáticas na área como subsídio para a preservação deste ambiente. Este trabalho teve como objetivo identificar as espécies que ocupam e nidificam na área, descrever a ecologia reprodutiva e estimar o sucesso reprodutivo das espécies. Até o momento, as amostragens foram realizadas de junho a agosto de 2012, semanalmente, e terão continuidade nos próximos meses. As amostragens foram realizadas com binóculos 7x50, percorrendo ambas as margens do rio. Foram registradas informações como o horário da avistagem, o comportamento das aves, o ambiente utilizado, bem como o número de indivíduos, seus estágios (jovem ou adulto) e as espécies presentes, identificadas com auxílio de guias de campo. Até o momento foram totalizadas sete horas e quarenta e três minutos de observação e identificadas 27 espécies. As espécies mais abundantes no local foram o savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea) e o savacu (Nycticorax nycticorax), que normalmente são observados descansando na vegetação. Outras espécies, como o tapicuru-de-cara-pelada (Phimosus infuscatus), a garça-azul (Egretta caerulea), a garça-branca-pequena (Egretta thula), a Sabia-poca (Turdus amaurochalinus) e o quero-quero (Vanellus chilensis) foram registrados com frequência forrageando nas planícies lodosas, quando a maré estava baixa. Apesar de menos abundantes, também foram registradas a garça-branca-grande (Ardea Alba), o colhereiro (Platalea ajaja), o martim-pescador (Chloroceryle sp.) e o martim-pescador-grande (Megaceryle torquata) no local, repousando e forrageando. Foram registrados voando sobre a área o gaivotão (Larus dominicanus), que ocasionalmente também utiliza a planície para alimentação, o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e o caracará (Caracara plancus), que também são consideradas espécies predadoras em ninhais. Os dados mostram a grande diversidade de aves na área e destacam sua importância para o descanso e alimentação das aves, além de servir de local de nidificação para algumas dessas espécies. Até o momento não foram registradas atividades reprodutivas na área, que provavelmente iniciem no final de agosto.

ISSN: 1807-5754