17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

ECOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO ESTROGENICA POR PROCESSOS OXIDATIVOS, UTILIZANDO EUGLENAS GRACILLIS COMO BIOTESTE COMPARATIVO DE TOXICIDADE CRÔNICA

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade de resíduos hormonais, técnicas oxidativas, estrógenos

Atualmente existe uma preocupação crescente com relação à contaminação dos rios e estações de tratamento de águas e de efluentes pelos chamados “poluentes emergentes” (PE). Merece destaque especial à contaminação originada de produtos farmacêuticos e seus derivados. Um PE que se enquadra nesta categoria são os estrógenos e seus derivados. Dentro deste contexto, a existência de métodos de eliminação baseado em técnicas oxidativas (TO) vem conseguindo reduzir a níveis aceitáveis a atividade hormonal presente na água coletada. As TO empregadas devem ter como premissa básica o fato de serem o menos agressivo possível ao. A problemática reside na questão da possível ecotoxicidade gerada pelos compostos formados a partir deste processo em longo prazo, sendo esta toxicidade relevante ou não. Apesar da eficiência no processo de remoção da atividade estrogênica, pouco se sabe a respeito das características dos produtos originados após degradação. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo vem objetivando comparar a ecotoxicidade dos compostos de degradação obtidos após dois processos oxidativos distintos: combinação de cloro com ozônio e o foto fenton. Para analise foi utilizado o equipamento New Generation Ecotox 5.0 (NG-Tox), aparelho que utiliza para biotestes os flagelos unicelulares Euglenas gracialis. Trata-se de um sistema de teste biológico automático que analisa os parâmetros de mobilidade, velocidade, orientação gravitacional das algas. Medição da atividade fotossintética foi feita através do PAM. Amostras contendo águas tratadas foram submetidas ao teste, por período crônico de 30, 45 e 60 dias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No presente momento a avaliação do comportamento das algas frente aos hormônios vem demonstrando queo 17 β estradiol influenciou a atividade nos cloroplastos em 205 vezes o rendimento da fotossíntese quando comparado com o controle. Por outro lado o 17 α etinil estradiol apresentou um estimulo menor sobre o rendimento (167 vezes) quando comparado com o controle. O 17 β estradiol apresentou uma interação mais significativa (p > 0,001; DP 17 β = 0,054; DP 17 α = 0,043) com o cloroplasto quando comparado com o hormônio o 17 α estradiol. A concentração utilizada nos experimentos não se mostrou como fator determinante para um maior rendimento de fotossíntese. As Euglenas sofrem influência dos hormônios e os mesmos interferem no seu metabolismo energético aumento a produção de oxigênio, o que em presença de luz pode levar a morte das mesmas. Resta avaliar a atividade das algas com os resíduos pós POA e comparar os efeitos e verificar a existência de ecotoxicidade.

Apoio / Parcerias: INOVAPARQ

ISSN: 1807-5754