17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

Blendas de etilcelulose e poli(L-ácido láctico) como matriz para o encapsulamento de piroxicam

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Piroxicam, Etilcelulose, Poli(L-ácido láctico)

O piroxicam (P) pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais, podendo causar irritação da mucosa gastrintestinal quando administrado por via oral, fato que justifica a sua utilização na forma de sistemas multiparticulados. A etilcelulose (EC) é um derivado de celulose amplamente usado no revestimento de formulações sólidas para administração oral de fármacos; quando utilizado como única matriz para o piroxicam, as micropartículas obtidas apresentaram uma eficiência de encapsulamento próxima a 80%, entretanto a taxa de liberação do fármaco limitou-se em 24%. Diante dessa constatação, escolheu-se o poli(L-ácido láctico) (PLLA), um poliéster considerado biodegradável e biocompatível, amplamente usado nas áreas médica e farmacêutica por apresentar alta estabilidade e relativamente lenta decomposição no meio corpóreo, para compor uma blenda com a EC. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da incorporação do PLLA na formulação Etilcelulose/Piroxicam (EC/P) sobre o processo de preparação das micropartículas. Testou-se a metodologia EC/P para a obtenção de micropartículas e maior domínio do procedimento. Posteriormente iniciaram-se testes incorporando o PLLA à formulação. As micropartículas foram preparadas por meio da técnica de emulsão e evaporação do solvente. Inicialmente preparou-se a fase externa: foi pesado o PVA em um béquer e adicionado água destilada mantido em agitação a 50 °C até completa solubilização. Em outro béquer foi preparada uma solução de cloreto de sódio, a qual foi mantida sob agitação e adicionado metanol. A solução de NaCl foi vertida na fase externa. Na fase interna, foram adicionados: EC e PLLA, na proporção 70/30 em massa, P, e SPAN 80 a um frasco Duran, e acrescentado diclorometano. Esse frasco foi fechado à meia rosca permanecendo em agitação e temperatura de 50 °C até completa solubilização. Com auxílio de uma pipeta pasteur, gotejou-se vagarosamente a fase interna sobre a fase externa. Esse sistema foi mantido sob agitação por aproximadamente 24 horas para completa evaporação do solvente. Em seguida, as micropartículas foram filtradas e lavadas com água destilada, transferidas para uma placa de Petri e colocadas em estufa a uma temperatura constante de 60ºC, por aproximadamente 8 horas. Com a incorporação do PLLA facilitou-se o gotejamento facilitado da fase interna na externa, formaram-se micropartículas menores, com menor formação de filme, ao contrário da EC/P que formou maiores micropartículas com grande formação de filme e gotejamento dificultado em virtude da viscosidade da solução. Com isso, concluiu-se que o PLLA aperfeiçoou o processo de obtenção de micropartículas. Outras proporções dessa blenda estão sendo produzidas.

ISSN: 1807-5754