17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

Apicultura e meliponicultura no município de Joinville e região

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Apis mellifera, abelhas sem ferrão, APIVILLE

A apicultura é uma atividade que desenvolve a criação da abelha exótica Apis mellifera L. para fins comerciais, ocorrendo no Brasil desde 1839 e, em Santa Catarina, a partir de 1845, trazida pela imigração européia. Anteriormente, havia criação local de abelhas sem ferrão (meliponíneos), nativas e muito dóceis. Atualmente predomina a criação de A. mellifera africanizada que se constitui em opção para aumentar a renda na agricultura familiar. Visando reunir informações sobre o desenvolvimento da atividade de apicultura e meliponicultura em Joinville e na região, foram realizadas entrevistas no período de agosto de 2011 a maio de 2012 com sócios e não sócios da Associação de Apicultores de Joinville, APIVILLE, fundada em dezembro de 1984 por 48 sócios fundadores. Atualmente a APIVILLE conta com 70 sócios efetivos sendo que são 160 apicultores registrados para região. No total foram aplicados 33 questionários. 85% dos entrevistados residem em Joinville e os demais em regiões próximas. 60% dos apicultores tem a apicultura como atividade secundária e 51% tiveram influência familiar para seguir na atividade. Em Joinville estão localizados 26% dos apiários e 74% estão distribuídos nas proximidades (Araquari, São Francisco do Sul, Garuva, Jaraguá, Itapocu, Campo Alegre, Barra do Sul, Barra Velha, Guaratuba, Itapoá) sendo a maioria (83%) no campo e apenas 17% em perímetro urbano. A espécie mais criada é Apis mellifera L. (44%) e, dos meliponíneos, mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836) e jataí (Tetragonisca angustula Latreille, 1811), com poucas colmeias. A obtenção das colônias se faz por caixa isca (40%) e colaboração com os bombeiros, multiplicação de colmeias, captura na natureza, compra ou instalação de caixa núcleo (60%). Os modelos de colmeias utilizados são Langstroth (71%) e Schenck (29%).Para alimentação, 82 % oferecem alimento (xarope, mel das próprias abelhas, açúcar invertido, farinha de mandioca). Estes apicultores dispõem de um total aproximado de 1690 colmeias, somando uma produção média de 100 ton/ mel/ ano além de cera, geleia real, própolis e pólen. A comercialização dos produtos apícolas ocorre predominantemente em casa (70%). Como maiores problemas para a criação foram relatados principalmente formigas (40%) além de roubo, desaparecimento das abelhas, mau tempo e ataque de iraras, traças, baratas, o ácaro Varroa e vandalismo. A pratica da apicultura na região se mostra em desenvolvimento, porém a meliponicultura poderia ser melhor explorada, aproveitando as espécies nativas e a capacidade florística da região.

ISSN: 1807-5754