17° Seminário de Iniciação Científica

De 15/10/2012 à 19/10/2012

Levantamento da fauna de pequenos mamíferos não-voadores do Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: mastofauna, ecossistemas costeiros, Parque Estadual Acaraí

A falta de conhecimento da mastofauna brasileira, juntamente com a drástica redução da Mata Atlântica, uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo, tem aumentado o interesse no assunto de diversos pesquisadores nos últimos anos. O conhecimento da mastofauna em Santa Catarina ainda é um dos menores dentre os estados brasileiros. Autores sugerem que se pode atribuir o uso potencial da fauna de pequenos mamíferos para diferentes categorias ecológicas e considerá-los como indicadores da qualidade ambiental, pois atestam o grau de alteração em que se encontra o seu habitat. Este trabalho tem com objetivo conhecer a mastofauna de pequenos mamíferos no Parque Estadual Acaraí,SC Foram definidos 10 pontos de amostragem nos principais ambientes do parque: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (3 pontos), Floresta Ombrófila Densa submontana (1 ponto) e Restinga (6 pontos). Em cada um dos pontos foi plotada um linha com 15 estações a 20 metros de distância umas das outras; em cada estação foi armada uma armadilha de contenção viva no chão (modelo tipo Sherman) e uma no sub-bosque (modelo tipo Tomahawk), totalizando 30 armadilhas por linha. No total houve um esforço de 2.100 armadilhas-noite, e uma taxa de captura total de 1.19%. Na restinga a taxa de captura foi de 0,16%, seguido da floresta com 2,74%. Foram capturados 20 indivíduos de seis espécies, duas de marsupiais Micoureus paraguayanus e Didelphis aurita, e quatro de roedores Nectomys squamipes, Akodon sp., Euryoryzomys russatus e Oligoryzomys sp.. Na restinga houve somente a captura de dois indivíduos. A espécie mais abundante foi o Akodon sp. com 11 individuos representando 52,38% das capturas, seguido de Euryoryzomys russatus com cinco indivíduos e 23,8%, Nectomys squamipes com dois e 9,25% e por fim as demais espécies com um individuo e 4,76%. Desta forma, o parque aparentemente possui baixa densidade populacional e riqueza, principalmente na restinga, com relação a muitos estudos realizados na Mata Atlântica. Entretando para se tirar reais conclusões são necessários estudos de maior duração levando em conta principalmente a sazonalidade.

Apoio / Parcerias: FATMA - Parque Estadual Acaraí

ISSN: 1807-5754