9º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 20/05/2013 à 27/05/2013

Análise da farmácia caseira e orientação quanto aos riscos da automedicação aos usuários da Unidade de Saúde do Bairro Costa e Silva

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: automedicação, orientação, farmácia

A automedicação constitui o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um profissional habilitado. Grande parte da população possui medicamentos em sua residência, acumulando-os de forma a constituir o que se pode denominar de farmácia caseira. A farmácia caseira deve garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento destes. O acúmulo doméstico de medicamentos pode influenciar os hábitos de consumo, ocasionar equívoco, causar intoxicação por ingestão acidental, além de afetar a eficiência e a segurança no uso de medicamentos devido a falta de cuidados. Análise da farmácia caseira e orientação quanto aos riscos da automedicação aos usuários do Sistema Único de Saúde. Foram realizadas visitas domiciliares juntamente com as agentes comunitárias do bairro Costa e Silva. Foram obtidas informações sobre locais e condições de armazenamento dos medicamentos, tipo de medicamentos armazenados, além de se verificar a forma de utilização dos mesmos. Para minimizar a recorrência dos problemas encontrados foram elaboradas intervenções. Resultados e discussão: Foram realizadas entrevistas à 58 residências sendo que todas apresentavam pelo menos um medicamento estocado totalizando 436 medicamentos. Segundo os entrevistados, 317 medicamentos eram de uso continuo e 119 medicamentos de uso esporádico. Os locais mais freqüentes para guarda foram cozinha (n=37), sala (n=25) e quarto (n=11) onde a guarda era realizada principalmente dentro do armário e em cima de móveis/eletrodomésticos. Em 17% dos casos os medicamentos estavam ao alcance de crianças, expostos ao calor e/ou a umidade. A maioria dos 436 medicamentos eram de venda sob prescrição médica. 237 medicamentos estavam estocados sem embalagem, 278 estavam sem bula e 22 estavam vencidos. Metade dos medicamentos analisados foi comprada e, em 32% destes casos os medicamentos foram obtidos sem receita. As intervenções envolveram principalmente orientações sobre armazenamento e descarte de medicamentos. Foi elaborado um relatório para que os profissionais da unidade pudessem acompanhar os casos e verificar se as intervenções surtiram o efeito esperado, ou, em alguns casos, em conjunto com a equipe multidisciplinar fossem tomadas providências. Os dados obtidos mostram que há necessidade dos profissionais da área da saúde de intervir em favor do uso racional de medicamentos e orientar quanto ao armazenamento de produtos farmacêuticos.

ISSN: 1808-1665