9º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 20/05/2013 à 27/05/2013

Avaliação do efeito inibitório de polissacarídeos de Pleurotus spp sobre o crescimento de células tumorais in vitro

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus , citotoxicidade, sarcoma 180

As neoplasias malignas foram responsáveis por quase 17% dos óbitos ocorridos por causa conhecida no Brasil em 2009. Sarcomas são tipos de neoplasia de origem no tecido conjuntivo. Estudos recentes mostram que o uso medicinal de macrofungos tem tido importante possibilidade na inibição do crescimento deste tipo celular. A atividade antineoplásica em quase todos os cogumelos está atribuída a polissacaarídeos contituintes da parede celular. Cogumelos do gênero Plerotus são conhecidos por apresentarem polissacarídeos do tipo ß -(1,3) e ß -(1,6) glucanos, que pertencem a uma classe de imunoterapêuticos que inibem ou eliminam o crescimento das células cancerígenas, ativando e reforçando as funções imunológicas do hospedeiro. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito citotóxico de diferentes concentrações de três extratos (PM1, PM2 e PE2) de Pleurotus djamor e Pleurotus sajor-caju sobre células VERO e de SARCOMA 180 (S-180) in vitro, nos períodos de 24 e 48 horas. As análises de citotoxicidade foram feitas pelo método de exclusão do azul de tripan e o método de redução do MTT. A concentração que inibiu 50% da viabilidade celular em relação ao controle foi considerada como concentração citotóxica (CC50). Sendo assim, o extrato PM1 obtido do cultivo de P. djamor não foi tóxico em nenhuma das concentrações testadas, para ambas as células, em ambos os testes. O extrato PM2 do mesmo fungo não foi tóxico para células VERO. No entanto, foi tóxico para células S-180 na concentração 16 mg/mL. O extrato PM2 de P. djamor foi tóxico para ambas as células a partir de 8 mg/mL, em ambos os testes. O teste de exclusão do azul de tripan resultou em toxicidade apenas para S-180, em 16 mg/mL, quando o extrato PM1 de P. sajor-caju foi utilizado. No entanto, o mesmo extrato, na concentração de 16mg/L, apresentou toxicidade apenas para células VERO no teste M TT. O extrato PM2 do mesmo fungo foi tóxico para ambas as células na concentração 16mg/mL, em ambos os testes. Já o extrato PE2 de P. sajor-caju apresentou toxicidade a partir de 8mg/mL para células VERO, a partir de 16mg/mL e, para células de S-180, quando o ensaio de MTT foi utilizado. Já o teste do tripan resultou em toxicidade apenas para células S-180 a partir de 8 mg/mL, sugerindo danos na membrana celular. Os resultados apontam para uma possível atividade de inibição dos extratos sobre o crescimento de células de Sarcoma 180.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE FAPESC

ISSN: 1808-1665