Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil
Palavras-chave: reconciliação , medicamento, hospital
Introdução: Erro de medicação é o tipo mais comum de erro que afeta a segurança do paciente, ocorrendo com mais frequência nos pontos de transição de cuidados no momento da admissão hospitalar. Estes erros na maioria dos casos são passíveis de prevenção com o uso da reconciliação medicamentosa, que se mostra eficiente na redução das discrepâncias encontradas entre as prescrições médicas e os medicamentos já utilizados pelo paciente, resultando na redução dos erros em cerca de 70%. A reconciliação é descrita como um processo para obtenção de uma lista completa, precisa e atualizada dos medicamentos que cada paciente utiliza em casa e comparada com as prescrições médicas feitas na admissão, transferência e alta hospitalar.Objetivo: Demonstrar a importância da reconciliação medicamentosa para a redução de erros de medicação quando o paciente muda de nível de assistência à saúde em uma unidade hospitalar.Metodologia: Estudo realizado no Setor O do Hospital Hans Dieter Schmidt, em Joinville/SC nos meses de julho e agosto de 2013. Utilizou-se questionário adaptado a partir do instrumento desenvolvido por Ketchum e colaboradores para obtenção de dados referentes aos medicamentos utilizados pelos pacientes de forma contínua; medicamentos utilizados anteriormente à internação; posologia; via e forma de administração; utilização de plantas medicinais e/ou medicamentos fitoterápicos.Resultados e Discussão: Foram entrevistados 92 pacientes sendo 30 mulheres, 48 homens, 14 excluídos por falta de informações e 1 negou a participar da entrevista. Até o momento foram avaliados 50 prontuários, dos quais foram encontradas discrepâncias principalmente relacionadas a: medicamentos de uso contínuo não incluídos nas prescrições hospitalares(n=57); troca de classe terapêutica ou por outro medicamento da mesma classe(n=34); omissão medicamentosa quando pacientes utilizavam medicamentos trazidos de casa, sem que estes fossem acrescentados na prescrição hospitalar, impossibilitando a checagem diária da administração por parte da enfermagem(n=5); adição de medicamento não justificado pela situação clínica do paciente(n=28); duplicidade terapêutica por prescrição duplicada(n=5); falta de checagem e execução da administração de medicamento por parte da enfermagem(n=5). Não foi possível entrar em contato com os prescritores para discutir as discrepâncias encontradas. Com relação aos pacientes que apresentaram discrepâncias, está-se analisando os prontuários para verificar se há dados sobre a evolução clínica dos mesmos que possam indicar problemas advindos destas discrepâncias, bem como os medicamentos que foram prescritos na alta hospitalar.Conclusão: A reconciliação medicamentosa mostra-se importante para a garantia de um tratamento de excelência, visto que os erros de medicação podem prejudicar a saúde dos pacientes.
ISSN: 1807-5754