1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Estudo palinológico de espécies da família Malvaceae (Juss.) Bayer

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: malváceas, palinologia, pólen

A família Malvaceae possui ampla distribuição, ocorrendo predominantemente nas regiões tropicais. No Brasil é representada por cerca de 750 espécies, distribuídas em 70 gêneros. Diversas malváceas apresentam interesse sendo utilizadas na alimentação, na indústria têxtil, no paisagismo, na indústria farmacológica, dentre outras aplicações. Visando a caracterização morfológica das espécies de importância econômica, foram analisados dez espécies de Malvaceae: Abelmoschus esculentus (L.) Moench (quiabo); Abutilon megapotamicum (A. Spreng.) A. St.-Hil. & Naudin (lanterninha-japonesa); Abutilon striatum Dicks. ex Lindl. (lanterna chinesa); Dombeya natalensis Sond. (astrapéia branca); Dombeya wallichii (Lindl.) K. Schum. (astrapéia) ; Hibiscus rosa-sinensis L. (hibisco); Hibiscus sabdariffa L. (rosélia); Malvaviscus arboreus Cav. (hibisco-colibri); Sida rhombifolia L. (guanxuma); Talipariti pernambucense (Arruda) Bovini (hibisco-da-praia). Os grãos de pólen foram preparados segundo a técnica de acetólise, sendo montadas três lâminas histológicas para cada espécie e observados em vista polar e vista equatorial (grãos isopolares). As observações ocorreram sob microscópio óptico e microscópio eletrônico de varredura, sendo que para o último o pólen foi submetido à desidratação alcoólica. Os caracteres polínicos utilizados foram: unidade polínica, âmbito, simetria, polaridade, ornamentação e espessura da exina e aberturas. Os grãos de pólen se apresentaram em mônades, com simetria radial. Em sua maioria mostraram tamanho grande (56,87 a 147,85 mm) exceto H. sabdariffa que se apresentou gigante (204,94 mm). A forma ocorreu como oblato-esferoidal, havendo também prolato-esferoidal (Abutilon megapotamicum, Hibiscus rosa-sinensis, Malvaviscus arboreus) e esférico (Abelmoschus esculentus, Talipariti pernambucense). Em relação à polaridade, a maioria se apresentou apolar, exceto as espécies de Dombeya e Abutilon que se mostraram isopolares. A exina apresentou variação na espessura (de 2,94 mm nas espécies menores a 15,65 mm nas espécies maiores). O âmbito variou de subcircular (Abutilon megapotamicum, Dombeya natalensis, Dombeya wallichii) a circular. Todas as espécies apresentaram na exina espinhos, com ápice agudo ou arredondado, variando de 5,51 a 30,59 mm na altura e de 6,40 a 10,27 mm no diâmetro da base. Todas as espécies apresentaram aberturas, sendo os grãos das espécies de Dombeya e Abutilon 3-4porados com ânulos e os das demais, pantoporados. A família Malvaceae, atualmente, inclui os integrantes das antigas famílias Sterculideae, Tilacideae e Bombaceae. As espécies analisadas no presente trabalho se incluem nas atuais subfamílias Dombeyoideae e Malvoideae. Foi observado que, entre as espécies de Dombeya e Abutilon ocorreram caracteres polínicos similares e, entre as outras espécies, os caracteres se apresentaram distintos. Estes dados podem contribuir em análises filogenéticas.

ISSN: 1808-1665