1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

EFEITO DO METABÓLITO ÁCIDO ARGINÍNICO ACUMULADO NA HIPERARGININEMIA SOBRE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SANGUE DE RATOS

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ácido arginínico, Estresse oxidativo, Sangue

A hiperargininemia é um erro inato do ciclo da ureia, causado pela deficiência na atividade da arginase hepática, que catalisa a conversão de arginina em ureia e ornitina. Essa doença leva ao acúmulo tecidual de arginina e de seus metabólitos, os compostos guanidínicos. Os principais sintomas, que se manifestam progressivamente, são caracterizados por espasticidade, epilepsia e retardo mental. Considerando que a patogênese do quadro clínico característico apresentado por pacientes hiperargininêmicos é ainda desconhecida este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos in vitro do composto guanidínico ácido arginínico sobre a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD) em eritrócitos e sobre a formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS) e conteúdo total de sulfidrilas em plasma de ratos. Foram utilizados ratos machos Wistar de 60 dias de idade, não tratados. O composto guanidínico ácido arginínico foi adicionado ao ensaio a fim de se obter as seguintes concentrações finais: 0,1, 1,0 e 5,0 µM. O grupo controle foi realizado sem a adição do composto guanidínico. A atividade das enzimas CAT, GSH-Px e SOD foi determinada pelos métodos de Aebi (1984), Wendel (1981) e Marklund (1985), respectivamente, o TBA-RS foi determinado pelo método de Esterbauer e Cheeseman (1990), o conteúdo total de sulfidrilas pelo método de Aksenov e Markesbery (2001) e a determinação das proteínas foi realizada pelo método de Lowry (1951). Os resultados mostraram que o composto guanidínico ácido arginínico in vitro na concentração de 5 µM alterou significativamente a atividade das enzimas antioxidantes CAT [F(3,20)=11,564; p<0,001], SOD [F(3,20)=5,397; p<0,01] e GSH-Px [F(3,20)=13,702; p<0,001] em eritrócitos. Os resultados também mostraram que o ácido arginínico adicionado ao meio de incubação (estudos in vitro) não alterou os níveis de TBA-RS [F(3,20) 0,917; p>0,05] e o conteúdo total de sulfidrilas [F(3,20) 1,051; p>0,05] em plasma de ratos. Os resultados indicam que o composto guanidínico ácido arginínico induz o estresse oxidativo em sangue de ratos, uma vez que altera as defesas antioxidantes.

Apoio / Parcerias: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – FAPESC; FAP/UNIVILLE.

ISSN: 1808-1665