1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Levantamento clínico e de sensações neuromusculares de pacientes pós resolução da sepse para elaborar protocolo de avaliação

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: sepse, polineuropatia, sensações neuromusculares

Introdução A sepse é uma síndrome resultante da resposta inflamatória sistêmica à infecção, que, em virtude do grande impacto sistêmico, apresenta altas taxas de mortalidade, sendo a maior causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI) e uma das maiores causas de morte nos EUA. Além da alta mortalidade, a sepse é responsável por interferir significativamente na qualidade de vida, a longo prazo, de seus sobreviventes6. A fraqueza muscular é uma das complicações neuromusculares da sepse, comum em pacientes críticos, sendo atribuída a duas condições: a miopatia do paciente crítico (MPC) e polineuropatia do paciente crítico (PPC). Foi encontrado que até 70% dos pacientes com sepse e falência múltipla de órgãos, desenvolvem PPC. A remissão completa do quadro ocorre em até 53% dos pacientes que sobrevivem. O quadro clínico de destas doenças são semelhantes e apresentam gravidade e impacto variável na qualidade de vida. Ambas apresentam acometimento dos membros inferiores, agravado nas porções distais dos membros, podendo haver alteração na sensibilidade a dor, temperatura e vibração. Objetivo O objetivo deste trabalho é elaborar e validar um questionário, a fim de, futuramente, avaliar as sequelas neuromusculares referidas pelos pacientes após quadro séptico, bem como, o impacto destas sequelas nas atividades da vida diária e qualidade de vida. Métodos Após vasta pesquisa na literatura sobre sintomas neuromusculares no paciente crítico, e em especial ao séptico, somado ao acompanhamento da rotina de fisioterapeutas com os pacientes, foi elaborado um questionário contendo 16 questões. Num primeiro momento, para validação das questões, o questionário foi submetido a avaliação de especialistas (fisioterapeutas e médicos intensivistas) com o intuito de validar esse intrumento de medida. Assim, logo abaixo de cada questão, foi disponibilizada uma escala de validade, onde poderia ser assinalada uma nota de 0 (zero) a 10 (dez). As questões avaliadas entre 0 (zero) a 4 (quatro), seriam anuladas ou substituídas, por serem consideradas inválidas, as que receberiam notas entre 5 (cinco) e 7 (sete) seriam revistas, por serem consideradas pouco válidas e as questões com notas 8 (oito) a 10 (dez) seriam aprovadas, sendo mantidas em sua forma original, por serem válidas.Resultados Os resultados encontrados nessa fase de validação do questionário foram os seguintes: 68,7% do total das questões obtiveram médias acima de oito, portanto, são consideradas válidas, e os 31,3% restantes apresentaram médias inferiores a oito, necessitando revisão. Assim, essa primeira fase de validação foi concluída com índice muito satisfatório.

ISSN: 1808-1665