1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

As espécies de abelhas de Santa Catarina

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: apifauna, diversidade, levantamento

Com o objetivo de expandir o conhecimento sobre a diversidade da apifauna amostrada em Santa Catarina (SC), foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos publicados sobre levantamentos de espécies de abelhas. Foram analisadas 39 referências (período 1897-2014), realizadas em oito formações vegetacionais e 24 municípios. Resultou uma diversidade de 358 espécies de abelhas, de 28 tribos, sendo as mais representativas Augochlorini (85 espécies), Megachilini (78) e Meliponini (43). As espécies mais relatadas foram Trigona spinipes (34 trabalhos), Bombus morio (32), Apis mellifera (25), Bombus pauloensis (21). A riqueza dos táxons por formação vegetal é: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (FODTB) (172 espécies), Floresta Ombrófila Mista (FOM) (152), Floresta Ombrófila Densa Sub Montana (FODSM) (112), Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM) (68), Floresta Estacional Decidual (FED) (64), restinga (63), campos (50) e campos de altitude (CA)(19). As formações vegetacionais onde ocorreram mais amostragens foram FODTB (13 trabalhos) e FOM (4). Os municípios onde foram amostradas mais espécies de abelhas foram Florianópolis (136 espécies), Blumenau (98) e Porto União (79). Os municípios onde ocorreram mais trabalhos foram Florianópolis (8), Blumenau (4) e Joinville (3). Após Muller (1897), os autores que acrescentaram maior quantidade de táxons à lista de espécies de SC foram Orth (1983) em Caçador (mais 63 espécies), Feja (2003) na ilha de SC (mais 26), Krug & Alves-dos-Santos (2008) em Porto União (mais 24), Steiner et al. (2006) na ilha de SC (mais 24 espécies), Mouga (2004) em Mafra (mais 23), Krug (2010) em Blumenau/ Concórdia (mais 19) e Silva (2005) em Cocal do Sul/ Criciúma/ Nova Veneza (mais 19 espécies). A curva de acumulação de espécies está em crescente (ainda há espécies a serem assinaladas). Os estimadores de riqueza jackkniffe 1 e 2 apontam valores de 494 e 561 espécies, respectivamente. Por formação vegetal, o índice de Simpson (1-D) mostra a sequência: restinga > CA > campos > FODSM > FODTB > FODM > FOM > FED enquanto que o índice de Shannon-Wiener (SW) retrata que os ambientes mais diversos são restinga > FODSM > FODTB > campos > CA > FODM > FOM > FED, evidenciando, em SW, o enviesamento causado pela abundância. O índice de Pielou, por formação vegetal, mostra que os ambientes com maior equabilidade são: CA > campos > restinga > FODSM > FODM > FODTB > FOM > FED. Estudos sobre a diversidade da apifauna devem ser continuados a fim de conhecer este patrimônio.

ISSN: 1808-1665