Inúmeras são as experiências em design social ao longo do país, as quais podem servir como referência para estudos e entendimento acerca da importância dos fazeres manuais enquanto “criação de valor cultural, social, ambiental e financeiro, contribuindo para o desenvolvimento da atividade nas esferas da Economia Criativa, da Economia Solidária e da Economia Verde” (FREEMAN, 2010, p. 10) no domínio dos grupos produtores. A realidade presente no contexto Institucional da UNIVILLE, efetivada como Projeto de Extensão Universitária relacionada ao Design Social, é-nos apresentada por meio do DESOL, cujas ações têm como escopo o desenvolvimento de propostas voltadas ao design social com vistas à autogestão de empreendimentos em artesania. Trata-se do aporte dos conhecimentos teóricos e práticos da área do design aplicados no fomento ao desenvolvimento de produtos, à gestão produtiva e à comunicação, junto a grupos artesanais produtivos no município de Joinville e região Norte de Santa Catarina. Isso resulta no estímulo à criação e/ou melhoria de produtos artesanais com ênfase na qualidade e visibilidade de mercado, considerando ainda aspectos relacionados à sua identidade visual. Para a efetivação de tais ações, o Projeto DESOL conta com uma equipe multidisciplinar formada por professores e acadêmicos de cursos complementares ao campo do design, que atua em atenção aos empreendimentos no âmbito institucional, ou seja, assessorando a partir de agendamentos prévios. Além disso, o projeto DESOL se articula junto a algumas Prefeituras da região, as quais reúnem grupos empreendedores para formações, cujos conteúdos estimulam o desenvolvimento ou melhoria de produtos de base artesanal. Nesse sentido, as ações empreendidas no contexto da extensão universitária estimulam a comunidade externa, quando se trata também de ampliar as parcerias sendo que, a cada edição do Projeto, antigos e novos parceiros têm acreditado e investido nas propostas apresentadas. No ano de 2013 o formato teve alguns ajustes para atender ao público alvo de maneira mais direta. Em 2014, foi proposto um novo modelo de diagnóstico e realizados os agendamentos dos empreendedores às frentes de trabalho, de modo a sistematizar e otimizar os assessoramentos. Já em 2015, tendo ainda as atividades em andamento, novas perspectivas estão sendo sinalizadas, considerando a participação e engajamento de projetos de pesquisa no âmbito extensionista, por meio de estudos avançados do Projeto de Pesquisa DZArt: Investigação acerca das possibilidades metodológicas do design e seu uso em processos de artesania e do grupo de pesquisas que leva o mesmo nome.