Esta pesquisa de PIBIC, financiada pelo FAP/UNIVILLE, objetivou desenvolver uma coleção de acessórios, utilizando refugos de materiais (pedras semipreciosas e couro) descartados por indústrias do Sul do Brasil. Inicialmente investigaram-se termos e conceitos definidores da pesquisa. A partir desta investigação inicial compreendeu-se que o termo “Pedras semipreciosas” está inadequado, pois de acordo com o apoio teórico elegido para a investigação, o termo utilizado para qualquer pedra ornamental de valor é “gema”. Para a confecção dos artefatos, buscou-se a produção manual e técnicas artesanais operadas por integrantes dos projetos que visam geração de trabalho e renda, desenvolvidos pela Extensão Universitária da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Investigaram-se referentes bibliográficos relacionados ao acessório e definiu-se o artefato ‘bolsa’ para a coleção. Sequencialmente foram analisadas questões histórico-sociais-culturais, estéticas e projetuais, com base nas teorias do design e da sociologia. A metodologia aplicada envolveu coleta de dados, por meio da definição do público alvo, analise paramétrica, pesquisa de tendências de moda acerca de acessórios, pesquisa de inspiração, briefing e conceituação. Na sequência, foram geradas alternativas com base nas pesquisas, sendo selecionadas as mais interessantes, por meio da matriz de decisão. Elaboraram-se fichas técnicas, memorial descritivo e, por fim, passou-se a confecção e fotografia dos artefatos. Optou-se pelo desenvolvimento de bolsas por ser um acessório historicamente usado pela maioria das mulheres, não apenas pelo aspecto funcional, mas também como objeto de desejo, vinculado a questões estéticas e simbólicas. Por fim, apresentou-se como resultado uma coleção de bolsas, criada a partir de refugos de gemas e couro, entrelaçadas aos saberes das artesãs dos projetos geração de renda da UNIVILLE.