2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

DESENVOLVIMENTO DE MEMBRANAS BIOCOMPÓSITAS FUNCIONALIZADAS COM AGENTES ANTIMICROBIANOS NANOESTRUTURADOS PARA REGENERAÇÃO TECIDUAL GUIADA NO TRATAMENTO DE DOENÇA PERIODONTAL

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: nanopartículas de prata, nanopartículas de zinco, membranas para periodoentite

A periodontite é uma doença que afeta os tecidos de suporte dental, causando perda da inserção óssea. Ela se inicia a partir da gengivite, que quando não tratada, progride e a inflamação se torna mais grave. Apresenta também risco de efeitos sistêmicos, já que o biofilme formado no local da inflamação é fonte de bactérias que podem entrar na corrente sanguínea e afetar órgãos como coração, pulmão, articulações, rins e fígado. Um dos tratamentos possíveis para a periodontite é por meio da técnica de regeneração tecidual guiada, que consiste em inserir uma membrana biocompatível que faz uma oclusão, permitindo que se forme um coágulo sanguíneo que vai maturar e possibilitar a regeneração do periodonto. A membrana também obstrui a área, protegendo a lesão de possíveis contaminações bacterianas. Atualmente, o tratamento é composto de uma cirurgia para inserção da membrana e outra para a retirada da mesma, além da prescrição de antibióticos para inibir processos infecciosos. A alternativa proposta neste trabalho foi produzir uma membrana biopolimérica biocompatível e bioreabssorvível, eliminando a necessidade de uma segunda intervenção cirúrgica já que será absorvida naturalmente pelo organismo sem nenhum prejuízo e também funcionalizadas com agentes microbianos nanoestruturados de prata e zinco em diferentes concentrações que vão impedir a formação de biofilme e como o mecanismo de ação bactericida destas nanopartículas metálicas é diferente dos mecanismos de ação dos antibióticos, não permitem o desenvolvimento de resistência bacteriana, trazendo benefícios ao paciente. As membranas de poli(L-ácido láctico-co-glicólico) (PLGA) foram preparadas a partir da dissolução dos copolímeros em clorofórmio na concentração 5 % (g/mL), na temperatura ambiente. A funcionalização das membranas de biopolímero foi realizada mediante adição das nanopartículas dispersas em clorofórmio. As amostras foram caracterizadas por atividade bactericida, ângulo de contato, microscopia eletrônica de transmissão (MET), análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). Por TGA observou-se que as amostras com a presença de nanopartículas apresentaram aumento da estabilidade térmica. Por DSC foi observado que as temperaturas de transição vítrea (Tg) e de fusão (Tm) se mantiveram constantes. Entretanto, a presença das nanopartículas dificultaram o empacotamento das cadeias poliméricas diminuindo o grau de cristalinidade do polímero. Isso é bom pois as membranas menos cristalinas se decompõem num tempo menor, uma vez que a degradação hidrolítica se inicia pela fase amorfa. As outras análises estão em andamento. Após realização das análises será possível selecionar qual nanoparticula possui as características mais eficientes para o tratamento da periodontite.

Apoio / Parcerias: Profa Dra Eliana Aparecida de Rezende Duek, pela síntese do copolímero PLGA.

ISSN: 1808-1665