2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

ESTUDO DA RECICLABILIDADE DO POLIPROPILENO (PP) MEDIANTE COMPARAÇÃO COM NANOCOMPÓSITO DE PP COM NANOARGILA ORGANOFÍLICA (OMMT)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: reciclagem, nanocompósito, polipropileno

Os produtos convencionais de plásticos de origem petroquímica se tornaram essenciais no estilo de vida contemporâneo sendo utilizados em praticamente todas as áreas das atividades humanas devido às suas características versáteis, excelentes propriedades e baixo custo. Contudo, nas últimas décadas, a preocupação ambiental cresceu acerca dos problemas provocados através dos resíduos gerados e seu longo tempo de degradação principalmente com a saúde dos seres vivos devido à alta química e aditivos presentes em sua estrutura. Com isto, alternativas como a reciclagem dos materiais poliméricos começaram a ser pesquisadas e incentivadas com o objetivo de diminuir o índice de resíduo gerado. Contudo, a maioria destes materiais apresentam suas propriedades físico-químicas inferiores aos termoplásticos virgens. Como alternativa para o fator ambiental e melhoria da performance do polímero, nanocompósitos podem ser obtidos incorporando um baixo percentual (<6%) de carga à matriz polimérica pura. A montmorilonita (OMMT) vêm sendo estudada e quando incorporadas em materiais poliméricos puros e compósitos convencionais demonstraram melhorias significativas nas propriedades como: estabilidade térmica, melhor tenacidade e melhorias nas propriedades mecânicas. Diante deste cenário, neste trabalho foram processados, pelo método de injeção, compósitos de PP virgem, PP reprocessados até a quarta vez e nanocompósito de PP reforçado com 1% de nanoargila montmorilonita organofilicamente modificada com o objetivo de avaliar suas propriedades térmicas e mecânicas mediante comparação de seus resultados. As temperaturas de degradação térmica foram obtidas por análise termogravimétrica (TGA) e constataram que houve um aumento de 72,7ºC do nanocompósito em relação ao PP virgem. As análises de DSC mostraram que as temperaturas de fusão se mantiveram dentro da faixa teórica, 160 – 165ºC, para todos os corpos de prova e o grau de cristalinidade para o nanocompósito foi de 45,28 %, o menor valor obtido, contra 55,96 % do PP virgem. Através dos resultados de MEV observou-se que o polímero virgem e o nanocompósito possuem estrutura de fratura mais dúctil, enquanto que os compósitos reprocessados adquiriram caracterização de fratura frágil. Já nas propriedades mecânicas, foi observado uma diminuição de 2,1 % na resistência à tração, 4,7 % no módulo e 6,25 % no alongamento na ruptura do nanocompósito, quando comparado ao PP virgem. Os resultados obtidos mostram que a incorporação da nanoargila aumentou a estabilidade térmica e diminuiu seus valores quanto às propriedades mecânicas.

ISSN: 1808-1665