2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

EFEITO DA GALACTOSEMIA CLÁSSICA SOBRE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SANGUE DE RATOS

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Galactosemia Clássica, Estresse oxidativo, Sangue

A galactosemia clássica é uma doença genética causada pela deficiência na atividade da enzima galactose-1-fosfato uridiltransferase, a qual catalisa a conversão reversível da UDP-glicose e galactose-1-fosfato a UDP-galactose e glicose-1-fosfato. Os principais sintomas, na ausência de intervenção, incluem vômitos, diarreia, catarata, hepatomegalia e sepse por E. coli. A doença também pode causar retardo mental, dificuldades de fala e deficiência intelectual e, no sexo feminino, insuficiência ovariana. Considerando que a patogênese do quadro clínico característico apresentado por pacientes galactosêmicos é ainda desconhecida este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos in vitro da galactose sobre as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS) e o conteúdo total de sulfidrilas em plasma e sobre a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px) em eritrócitos de ratos. Foram utilizados ratos machos Wistar de 30 e 60 dias de idade, não tratados. A galactose foi adicionada ao ensaio a fim de se obter as seguintes concentrações finais: 0,1, 3,0, 5,0 e 10,0 mM. O grupo controle foi realizado sem a adição da galactose. A atividade das enzimas CAT, GSH-Px e SOD foi determinada pelos métodos de Aebi (1984), Wendel (1981) e Marklund (1985), respectivamente, o TBA-RS foi determinado pelo método de Esterbauer e Cheeseman (1990), o conteúdo total de sulfidrilas pelo método de Aksenov e Markesbery (2001) e a determinação das proteínas foi realizada pelo método de Lowry (1951). Os resultados mostraram que a galactose nas concentrações de (3,0 mM, 5,0 mM e 10,0 mM) aumentou TBA-RS em plasma de ratos de 60 dias [F(4,30)=110,966; P<0,001] e na concentração de 10,0 mM reduziu o conteúdo total de sulfidrilas em plasma de ratos de 30 dias [F(4,30)=11,100; P<0,001]. Com relação as enzimas antioxidantes, a galactose nas concentrações de 5,0 mM e 10,0 mM aumentou a atividade da CAT em eritrócitos de ratos de 30 [F(4,30)=3,195; P<0,05] e 60 [F(4,30)=5,332; P<0,01] dias e na concentração de 10,0 mM reduziu a atividade da SOD em eritrócitos de ratos de 60 [F(4,30)=3,574; P<0.05] dias, porém não alterou a atividade da GSH-Px em eritrócitos de ratos de 30 [F(4,30)=0,170; P>0,05] e 60 [F(4,30)=0,811; P>0,05] dias de idade. Os resultados indicam que a galactose induz o estresse oxidativo em sangue de ratos, uma vez que causa peroxidação lipídica, dano em proteínas e alterações na atividade de enzimas antioxidantes.

Apoio / Parcerias: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico – CNPq (Brasil) e FAP/UNIVILLE.

ISSN: 1808-1665