2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

Implantação de banco de DNA associado ao Registro Brasileiro de Acidente Vascular Cerebral

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Biobanco, DNA

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de óbitos no mundo, responsável por 11% das mortes em 2011. Na América Latina, o Brasil é o país com as maiores taxas de mortalidade. Apesar dos fatores de risco cardiovasculares clássicos serem bem definidos, não se sabe a razão porque alguns indivíduos apresentam maior susceptibilidade estando nas mesmas condições ambientais. Desconhece-se biomarcadores confiáveis ou genes preditivos de risco de desenvolvimento para cada tipo de AVC, porém suspeita-se que até 10% dos casos relacionam-se a fatores genéticos. Assim, espera-se que a constituição de um banco de DNA auxilie na investigações do AVC criptogênico. Objetivo: Estabelecer um banco de DNA genômico de pacientes e indivíduos controle de diferentes localidades brasileiras para posterior investigação de marcadores genéticos predisponentes ao AVC. Metodologia: Desde o início de 2015, equipes multidisciplinares em quatro cidades com diferentes perfis socioeconômicos (Canoas/RS, Campo Grande/MS, Sertãozinho/SP e Sobral/CE), além da equipe responsável em Joinville/SC, coletam amostras de sangue e dados demográficos, clínicos e radiológicos de pacientes diagnosticados com qualquer subtipo de AVC e indivíduos controle não consanguíneos. Após punção digital, as amostras são armazenadas em “FTA Elute Card” e enviadas ao processamento na Univille, em Joinville/SC. O DNA é extraído segundo instruções do fabricante e armazenado em alíquotas a -80°C. As coletas são realizadas com o consentimento dos participantes. Resultados: Os grupos de pacientes (n=414; 52,7% homens) e controles (n=295; 37,9% homens) apresentam 64,4 ±15,5 e 48,86 ±15,66 anos de idade média, respectivamente. A maioria dos pacientes foi diagnosticada com AVC isquêmico (249 casos; 60,14%), seguido de AVC hemorrágico (57 casos; 13,76%), permanecendo 108 (26,1%) pacientes sem classificação concluída. Até o momento, foram processadas 452 amostras (198 pacientes e 254 controles). Conclusão: Em dois anos, espera-se coletar amostras e dados de 4.000 pacientes e 8.000 controles, correspondendo à expectativa mensal de 500 coletas. Ao final, com tal dimensão e distribuição geopolítica, o banco terá condições concretas de contribuir com a investigação de marcadores genéticos envolvidos na susceptibilidade e patogênese do AVC, constituindo o maior banco brasileiro de DNA e dados associados sobre esta doença.

Apoio / Parcerias: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

ISSN: 1808-1665