2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

Prematuridade dos recém-nascidos de Joinville no ano de 2012

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Prematuridade, Recém-nascido, Risco

Introdução: A prematuridade é um agravo à saúde passível de ser evitado em muitas ocasiões. Sua ocorrência representa um elevado risco de morbimortalidade para os recém nascidos, ocasiona sofrimento aos familiares e aumenta demasiadamente os gastos do sistema de saúde. O conhecimento do perfil dos recém nascidos prematuros e a identificação dos riscos associados à prematuridade podem auxiliar no aprimoramento da assistência à saúde materno infantil.

Objetivo: comparar as características das mães, da gestação e do parto entre recém nascidos a termo e prematuros de Joinville, SC, e identificar fatores associados à prematuridade.

Métodos: estudo transversal de base populacional, compreendendo todos os nascidos vivos residentes em Joinville no ano de 2012, identificados a partir do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC).

Resultados: Identificou-se 7.887 nascidos vivos, 12,4% dos quais eram prematuros. Houve predomínio de mães com idade acima de 20 anos (86,5%), com companheiro (80,4%), com trabalho remunerado (60,8%), de cor branca (91,8%) e com gestações anteriores (56%). A maioria teve gestação única (98%), parto cesariano (55,6%) e realizou 7 ou mais consultas de pré-natal (71,5%). Houve predomínio de recém nascidos do sexo masculino (50,6%), com Apgar maior ou igual a 7 (99%), com peso maior ou igual a 2.500g (92,4%) e sem malformações (99,1%). Predominaram os partos em hospital público (58%) e 88,3% dos recém nascidos não utilizou UTI neonatal. Os fatores associados à prematuridade foram: mãe com companheiro (p = 0,0128), com ocupação (p<0,0001), com gestação múltipla (p<0,0001) e com menos de 7 consultas no pré-natal (p<0,0001); RN com Apgar no 5º minuto menor que 7 (p<0,0001), baixo peso (p<0,0001), com malformação (p = 0,0075), que fez uso de UTI neonatal (p<0,0001) e nascimento em hospital público (p<0,0001).

Conclusão: o aperfeiçoamento da assistência pré-natal e ao parto, especialmente para mães multíparas e que possuem trabalho remunerado, propiciando acesso oportuno e qualificação da atenção prestada pode reduzir a ocorrência de prematuridade e os riscos advindos deste agravo à saúde dos recém nascidos.

ISSN: 1808-1665