2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

Escotismo: juventudes, gênero e currículo

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Currículo, Juventude, Genero

A pesquisa em tela tem o Movimento Escoteiro como foco e apresenta: uma narrativa histórica sobre sua fundação e os interesses que permearam essa iniciativa; a forma como ele aborda as construções dos gêneros dentro dos Grupos Escoteiros; seu posicionamento enquanto um movimento juvenil e suas intenções enquanto formador de um currículo de educação não formal. Ao iniciar essa pesquisa não se possuía uma quantidade expressiva de fontes, entretanto ao longo do seu desdobramento foram vislumbrados alguns estudos que vêm sendo elaborados acerca de todos os temas contemplados nessa pesquisa, bem como o interesse do próprio Movimento Escoteiro em discutir as principais questões em que o país se pauta na atualidade, educação e gênero. É a partir da problemática do posicionamento da União dos Escoteiros do Brasil sobre as formações e inserção dos diferentes gêneros no Escotismo, que a pesquisa foi levantando algumas questões: o Movimento Escoteiro está preparando os seus membros para casos como esses? Ou melhor reformulando a pergunta, o Movimento Escoteiro está discutindo isso com seus membros, adultos e juvenis?! Vale lembrar o artigo número 4 da Lei Escoteira “O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros”. Para que fosse possível estabelecer as análises durante a pesquisa, a metodologia que fundamentou teoricamente foi a Análise do Discurso, de Michel Foucault em que através da busca por fontes de pesquisa em três diferentes arquivos históricos ocorreu um confronto com os dados obtidos através dos manuais escritos pela União dos Escoteiros do Brasil – UEB – e também por meio de livros escritos por B.P. Foi, muitas vezes, conflitante perceber o posicionamento da UEB frente às questões propostas, pois seus discursos, ainda em análises, apontam discrepâncias de linguagem e também direcionam a pesquisa por outros caminhos de análise. Entretanto conclui-se que a co-educação escoteira vem acontecendo, porém as discussões de gênero se pautam na lógica binária, não dialogando com as questões LGBT’s. Ao se pensar nos sentidos de currículo que são propostos pelo Escotismo, estes vêm sendo refletidos e aprimorados em congressos – nacionais e mundiais – entretanto ainda na estética de formação de uma geração “salvadora e emancipatória”.

ISSN: 1808-1665