Clusters criativos são locais de trabalho e residência, onde os produtos criativos são produzidos e consumidos, nutridos por diversidade, em cidades multiculturais, que têm sua distinção e também conexão com o mundo. Irão representar um novo modo de pensar a localização dos espaços na configuração urbana, constituirão um desafio à forma tradicional das empresas se configurarem e a maneira como as instituições, como universidades, poderão contribuir para o sucesso competitivo. Até agora a política de indústria criativa teve maior êxito em criar a infraestrutura necessária para estimular o crescimento da base das indústrias criativas ou fomentar a colocação de empresas e recursos complementares e menos bem-sucedida em criar conexões e espaços entre as diferentes partes da ecologia das indústrias criativas. A partir deste contexto o projeto tem como objetivo compreender o conceito de clusters urbanos criativos e suas implicações, para posteriormente desenvolver uma proposta de cluster para a cidade de Joinville. A parte inicial do projeto consistiu em uma revisão bibliográfica sistemática e posterior pesquisa exploratória qualitativa sobre o tema. Os resultados iniciais permitem observar que os estudos sobre indústria criativa são muito escassos, principalmente no Brasil, porém tem-se um interesse em mudar essa realidade. Também foram analisadas soluções existentes em outras cidades e países, exemplos como 22@barcelona, o projeto Mission Bay e a situação de Londres no Reino Unido, que é considerado um grande polo criativo. Apesar do Brasil possuir áreas com potencial competitivo e bom nível de criatividade, existem pontos fracos, como ineficiência dos recursos humanos, ausência de universidades, fraqueza da estrutura física, incentivos limitados e alto número de impostos. Um ponto relevante abordado pela Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de empreendimentos Inovadores), mostra que as regiões que mais cresceram como sedes de parques tecnológicos no Brasil foram as regiões Nordeste e Sul, sendo que a região Sul foi a que mais cresceu: saltou de nove para dezessete parques; esses possuem vínculo com institutos de pesquisa e universidades. O ponto positivo desta pesquisa mostra que por meio desses parques, tem-se a possibilidade de alcançar o desenvolvimento econômico local e promover as regiões onde se localizam, o que favorece a criação dos clusters. A próxima etapa visa identificar espaços ociosos em Joinville que possam vir a ser utilizados como clusters urbanos criativos. Em seguida serão elaborados conceitos projetuais em forma de croquis, para que o resultado final seja a elaboração de um projeto com uma proposta para Joinville.