3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

Avaliação da produção de Pleurotus sajor-caju em resíduos da indústria de aromas

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus sajor-caju, cultivo sólido, resíduos industriais

O setor produtivo de aromas gera grandes quantidade de resíduos que podem provocar impactos ambientais se descartados indevidamente na natureza. Uma alternativa para o aproveitamento desses resíduos é o seu uso como substrato para a produção de cogumelos comestíveis. Nesse aspecto, destacam-se os fungos do gênero Pleurotus por possuírem enzimas capazes de degradar uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos, pela facilidade, rapidez e baixo custo de sua produção, e também pelo valor nutricional e comercial dos cogumelos. O presente trabalho teve por objetivo definir, dentre quatro resíduos gerados em grande quantidade numa indústria de aromas do Norte Catarinense, os melhores para o cultivo de Pleurotus sajor-caju. Para tanto, os resíduos guaraná, mate tostado, carvalho e cacau foram testados em duas condições: (1) logo após a extração dos aromas (substrato sem imersão) e (2) após a extração dos aromas e imersão em água por 12 horas e escorridos por aproximadamente 2 horas (substrato com imersão). A velocidade do crescimento micelial radial foi utilizada para definir o melhor substrato. Os resíduos (5 g em massa seca) foram acondicionados em placas de Petri e esterilizados por 1 hora a 121 ºC. As tampas das placas foram marcadas com uma divisão em quatro quadrantes e posteriormente, em câmara de fluxo laminar, foram inoculadas, no centro, com um disco de ágar de 8 mm Æ contendo micélio fúngico de Pleurotus sajor-caju, de 7 dias. Foram realizadas, então, medições diárias em cada quadrante, com o auxílio de uma régua, da distância em milímetros avançada pelo micélio fúngico, partindo-se da borda do disco. Durante o experimento, pôde-se observar que os resíduos que passaram pelo processo de imersão tiveram maior velocidade de crescimento micelial, quando comparados a seus respectivos resíduos sem imersão. Sendo assim, os melhores resultados foram obtidos com os resíduos de guaraná e mate com imersão, que obtiveram velocidade radial de 3,96 ± 0,03 e 3,14 ± 0,13 mm/dia, respectivamente, em um tempo aproximado de 11 dias, que foram selecionados como promissores para a produção de P. sajor-caju. Os resíduos de carvalho e cacau, com imersão, apresentaram velocidade de crescimento radial de 0,7 ± 0,04 e 0,19 ± 0,05 mm/dia, significativamente inferiores aos resíduos selecionados.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

ISSN: 1808-1665