O aumento da população vem gerando um descontrole para as cidades, afetando diretamente a qualidade de vida de seus moradores. A cidade de Joinville, devido ao crescimento populacional, está se desenvolvendo com pouco planejamento urbano e com grandes problemas envolvendo a mobilidade urbana. Sem projeção definida para a cidade, a quantidade de pessoas, e consequentemente os problemas do sistema viário, aumentou. Segundo pesquisa realizada em 2010, 26,48% da população utiliza o transporte coletivo e a cidade possuía uma frota de aproximadamente 1.544 ônibus e micro-ônibus (IPPUJ, 2015). Porém, a cidade não conseguiu atender as legislações municipais e federais de acessibilidade de implementação de elevadores em todos os ônibus da sua frota. Em 1999, a tentativa foi considerada inacabada, pois a quantidade de pessoas com deficiências era considerada pequena, com apenas oito passageiros/mês (MCIDADES, 2007). O insucesso foi integrado também ao trajeto entre a residência e o ponto de partida, por causa das condições das calçadas, com isso a circulação das pessoas ocorre com dificuldade (MCIDADES, 2007). A partir dessas informações, colocou-se em pauta o problema: é possível planejar a mobilidade e a acessibilidade na cidade de Joinville? O objetivo foi identificar possibilidades para que a mobilidade e acessibilidade da cidade fossem melhoradas, integrando as pessoas de forma eficiente com a infraestrutura urbana. A metodologia englobou pesquisa bibliográfica, análise de soluções desenvolvidas em outras localidades e estudo do cenário e mapas do centro de Joinville. Devido à quantidade de pessoas que transitam pelo centro, optou-se por analisar este local. Buscou-se então entender seus fluxos e o perfil das pessoas que utilizam o transporte público. Nos dias de hoje, a distância é um grande obstáculo, de maneira que a falta de sistemas de transporte público eficientes, excesso de veículos particulares e a falta de infraestrutura urbana compatível estão dificultando cada vez mais a mobilidade no dia a dia tão conturbado da cidade. Os engarrafamentos são constantes, assim como a falta de acessibilidade, dificultando as atividades do dia-a-dia. Neste sentido, foram identificadas possibilidades que podem ser adaptadas aos grandes centros urbanos, utilizando a cidade de Joinville como estudo de caso. Como resultado, apresenta-se uma nova proposta de vias, reformulando também o gabarito da região central, num raio de 1 Km do centro da cidade, modificando assim os fluxos da cidade e promovendo um uso maior do transporte público, pensando em todos os perfis e necessidade das pessoas.