3ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 31/10/2016 à 04/11/2016

Produção de etanol 2G de pseudocaule de bananeira por co-cultura microbiana.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: bioetanol, biomassa, etanol celulósico

A produção de etanol 2G ou bioetanol a partir da sacarificação de resíduos agroindustriais tem sido estudada em todo o mundo. Diferentes tipos de processos de hidrólise e de fermentação com diferentes espécies de microrganismos vêm sendo avaliadas para promover melhor aproveitamento desses resíduos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção de etanol 2G de mosto sacarificado de pseudocaule de bananeira por processo fermentativo descontínuo empregando como inóculo co-culturas microbianas compostas por: (1) Saccharomyces cerevisiae ATCC 26603 e P. tannophilus ATCC 32691, (2) S. cerevisiae 9080 e P. tannophilus ATCC 32691. Primeiramente foram realizados ensaios com cada uma das co-culturas utilizando como mosto de fermentação meio sintético contendo 130 g/L de glicose (Ensaios EG26603 e EG9080, respectivamente). Em seguida, uma dessas duas co-culturas foi selecionada e utilizada como inóculo na fermentação de mosto de pseudocaule de bananeira. O mosto foi obtido conforme proposto por Souza (2016), seguido de evaporação até concentração inicial de açúcares redutores totais (ART) da ordem de 150 g/L. Todos os ensaios de fermentação foram realizados em frascos de Erlenmeyer e conduzidos a 30 °C, pH inicial 5, com agitação constante de 100 rpm. Nos ensaios com glicose, a maior produtividade volumétrica em etanol (QP = 0,74 g/L.h) foi obtida na fermentação EG26603. Em EG9080, esse valor foi da ordem de 42% menor (0,43 g/L.h). Com o uso da co-cultura com S. cerevisae ATCC 26603 + P. tannophilus na fermentação do mosto de pseudocaule (Ensaio EP26603) o valor de QP foi 59% menor do que com o uso de glicose, obtendo-se 0,30±0,02 g/L.h. Verificou-se, também, que não houve o consumo total de AR no final da fermentação (ARf = 44,2 ± 0,78 g/L). A menor produtividade nesse tipo de mosto pode ser explicado pela presença de compostos inibidores da fermentação provenientes do processo de sacarificação empregado (hidrólise ácida seguido de hidrólise enzimática). A ocorrência de alta concentração de ARf pode ter sido provocada pela limitação do processo devido ao fato de ter-se aumentado o valor de AR0 sem, contudo, aumentar as concentrações dos demais nutrientes normalmente utilizados para AR0 até 100 g/L. Além disto, com maior AR0 alcançou-se maior acúmulo de etanol no meio de fermentação, o que pode ter provocado a inibição do processo pelo produto. Novos estudos estão sendo realizados para reduzir o valor de ARf e proporcionar, assim maior rendimento e produtividade.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1808-1665